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Emprego dos sonhos: pesquisa vai pagar R$ 11 mil para participante dormir

Foto: Kinga Cichewicz / Unplash

Isso poderia ser literalmente o emprego dos sonhos – ganhar dinheiro dormindo, incluindo uma noite em um resort cinco estrelas.

O site sleepstandards.com, que fornece informações sobre produtos e pesquisas sobre a qualidade do sono, está procurando alguém disposto a ganhar U$ 2 mil (R$ 11 mil) para ajudá-los a estudar a influência dos fatores ambientais na qualidade do sono.

“O candidato escolhido passará cinco noites dormindo em diferentes ambientes configurados por nossa equipe, incluindo uma noite em um luxuoso resort 5 estrelas”, diz a postagem.

O participante deverá escrever um relatório sobre sua experiência a cada noite dormida e sobre como cada um dos ambientes específicos afetou sua qualidade de sono.

A pessoa deve então classificar o ambiente de 1 a 10 para dizer aos pesquisadores a diferença na preferência de sono.

A recompensa para isso é de U$ 2 mil (R$ 11 mil) e todas as despesas pagas.

Os candidatos interessados precisam enviar uma foto e um vídeo de introdução de 60 segundos explicando por que desejam o cargo. Os candidatos também devem compartilhar links de suas páginas nas redes sociais.

As inscrições devem ser enviadas até o dia 30 de março.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

    1. Fale por vc…eu trabalho deitada, em pé, com um pé só, só com as mãos no chão, pendurada pelo cabelo…se o cliente quer, meu amor.

  1. Onde fazer a inscrição.
    Não tenho a menor duvida que serei o escolhido.
    Não quero nenhuma gratificação.
    Pode doar para uma institui de Caridade.

  2. Eu vou de graça.
    Tenho muito o que contar.
    Meu passado como Sonâmbulo dá para escrever um livro

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Diversos

Sonhos durante a quarentena estão mais vívidos e povoados por monstros, aponta estudo pioneiro, com participação da UFRN

Foto: iStock/Getty Images

A data: 21 de março de 2020. “Estou no meio de uma floresta. É inverno, com neve acumulada no chão, mas o ar está quente. Sinto uma dor no ombro direito e vejo um enorme inseto parecido com um gafanhoto, que já roeu o tecido do meu suéter e agora arranha minha pele. Depois, um verme branco e fino aparece em meu quadril. Seu toque é como ácido. Alguém diz que todos são imunes a esses seres, mas preciso sair daqui. Ao acordar, me dou conta da dor no quadril, onde o verme estava.” Trata-se, claro, de um sonho — um dos 9 000 compilados no livro Pandemic Dreams (Sonhos da pandemia), de Deirdre Barrett, psicóloga da Universidade Harvard e coautora de um estudo pioneiro sobre o que os indivíduos sonham desde que a Covid-19 passou a fazer parte do cotidiano coletivo. Ao menos cinco outros projetos em diferentes fases de andamento, inclusive no Brasil, estão analisando como a doença contaminou não só o corpo de 70 milhões de pessoas, mas também o inconsciente dos seres humanos.

Os primeiros resultados apontam para sono mais agitado, sonhos mais vívidos e constantes referências a monstros, a tristezas e, sem surpresa alguma, a uma certa mania de limpeza. Além das noites inquietas, mudanças de hábito como isolamento, uso de máscara e falta de contato físico se refletem em sofrimento e confusão de sinais. “As situações traumáticas costumam gerar um excesso de estímulo, porque desacomodam o indivíduo e requerem uma nova organização mental”, explica Rose Gurski, psicóloga da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenadora do projeto Sonhos em Tempos de Pandemia, junto com a UFMG e a USP.

O histórico do Google, testemunha da sociedade conectada, mostra que as buscas este ano de “por que estou tendo sonhos esquisitos” aumentaram 80% nos Estados Unidos. Aqui, a pesquisa de “como parar de ter pesadelos” cresceu 160%. Segundo Deirdre, os sonhos destes tempos estranhos ou fazem referência direta à Covid-19 (a muito citada angústia de se descobrir nu em público é replicada no temor de se ver sem máscara, por exemplo), ou pendem para o fantástico (o vírus invisível toma a forma de insetos e vermes). A ciência já demonstrou que o conteúdo dos sonhos tem contribuição decisiva para o bem-­estar das pessoas. Reviver no sono acontecimentos traumáticos ajuda a controlar a memória deles, promovendo uma espécie de aprendizado — mais ou menos como na digestão, extraindo o que é benéfico e livrando-se das toxinas. Também os pesadelos têm sua função, treinando respostas para determinadas situações. “A quantidade de sonhos bizarros e assustadores durante a pandemia confirma essas premissas”, diz Natália Mota, pesquisadora do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que desenvolve o estudo “Sonhando durante a pandemia de Covid-19”. Por já compilar sonhos desde antes da crise, a pesquisa pode comparar as mudanças no inconsciente dos indivíduos. “Os temas da morte, segurança pessoal e perdas — do carro, do endereço de casa, da memória — aparecem de múltiplas formas”, relata Natália.

Inspirado na descrição de Sigmund Freud (pai de todas as inferências oníricas) de que os sonhos atuam como vigias noturnos que ajudam a preservar a integridade da mente, o Museu de Londres é a primeira instituição do gênero a planejar um acervo de sonhos na pandemia, o Guardiões do Sono. O projeto se encaixa em uma iniciativa maior, Collecting COVID, que se propõe a registrar as características destes tempos extraordinários para as gerações futuras. A coletânea de sonhos tem como ponto de partida uma pesquisa realizada pelo King’s College, de Londres, em junho deste ano, que aponta que metade dos britânicos relata sono mais perturbado desde que o vírus apareceu. Dois em cada cinco dormem menos horas por noite e três em cada cinco dormem mais horas, mas se sentem menos descansados. “Isso gera um ciclo difícil de quebrar. O stress elevado perturba o descanso, enquanto o sono precário afeta a resiliência mental”, frisa Ivana Rosenzweig, diretora do Centro de Sono e Plasticidade Cerebral da universidade.

A tendência de os sonhos apresentarem conteúdos semelhantes de uma forma coletiva já havia sido constatada em outras situações traumáticas, como nas semanas que se seguiram aos atentados terroristas de 11 de setembro, nos Estados Unidos. “O sonho reside no limiar entre o sujeito e o coletivo, revelando que os problemas sociais também são resolvidos no espaço mais íntimo de cada um”, diz Natália, da UFRN. Deirdre, a psicóloga de Harvard que também estudou os padrões oníricos dos muçulmanos durante a Primavera Árabe e dos prisioneiros de guerra em campos de concentração nazistas, concorda: as imagens e associações de ideias similares revelam, nos dias de hoje, uma espécie de “inconsciente coletivo” da pandemia. “Estamos enfrentando os mesmos medos, por isso apresentamos conteúdos parecidos”, explica. Os braços de Morfeu não andam nada reconfortantes. Mas, em breve, tudo isso vai passar.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Eu sonho que sou um vaqueiro e açoito o lombo de um rebanho muito teimoso…
    Em alguns dias da semana, marcamos com ferro quente o lombo de alguns também.

    1. Arruma um emprego de verdade que logo passa , sua quadrilha PTralha foi expulsa pelo maior roubo da história da humanidade, gado , feno , coisa de VAGABUNDO , vocabulário chulo, vamos lá , tome um banho , faça a barba , procure a carteira de trabalho ( ela é azul ) a vá para frente do SINE , talvez consiga

    2. "Apois" eu já sonho com vc nu correndo atrás de mim critando… – agora é minha vez, agora é minha vez!!!

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Diversos

Complexidade dos sonhos depende da fase do sono, revela estudo brasileiro com pesquisadores da UFRN

Foto:  Artur Debat/Getty Images

Alguns sonhos são vívidos, longos e complexos, com começo, meio e fim bem definidos. Outros são apenas relances desconexos e pouco marcantes, como se fossem uma memória distante. Na analogia da neurocientista Natália Mota, é como se os primeiros fossem filmes, e os segundos, meros GIFs de WhatsApp.

Um novo estudo feito por pesquisadores brasileiros revelou que a profundidade e complexidade dos sonhos depende da fase do sono em que eles ocorrem. A ciência já sabia que os sonhos mais vívidos e memoráveis acontecem durante a fase REM do sono (sigla para Rapid Eye Movement, ou Movimento Rápido dos Olhos). Nessa etapa do descanso, o cérebro apresenta uma alta atividade – comparável aos níveis de quando estamos acordados.

No passado, considerava-se que os sonhos só aconteciam durante a fase REM, mas estudos recentes confirmaram que as outras três fases de sono (conhecidas como não-REM) também produzem sonhos, embora menos vívidos e complexos.

Até agora, essas descobertas haviam sido feitas apenas com relatos subjetivos de voluntários. Nos testes, eles eram acordados em diferentes etapas do sono e descreviam seus sonhos em seguida. Essas descrições eram posteriormente analisadas pelos cientistas. A limitação desse método é que os resultados podem ser enviesados. O pesquisador pode considerar que relatos mais longos significam que os sonhos são necessariamente mais complexos, o que nem sempre é o caso.

Foi pensando nisso que pesquisadores brasileiros criaram um novo método para se analisar diferentes sonhos. Em artigo publicado na revista PLOS ONE, a equipe liderada pelo neurocientista Sidarta Ribeiro, do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, descreve o uso de um modelo computacional baseado teoria dos grafos para analisar os sonhos. Grafos são estruturas matemáticas que representam as relações entre elementos de um determinado conjunto.

Os pesquisadores colheram relatos de 133 sonhos de 20 voluntários, obtidos quando acordavam em diferentes etapas do sonho. Em vez de ler e analisar as histórias oníricas, os pesquisadores utilizaram um software para transformar os relatos em grafos, palavra por palavra. Veja um exemplo abaixo.

Exemplo de um relato de um sonho transformado em um grafo. Sidarta Ribeiro et al/Divulgação

“Não se trata de uma análise semântica, de significado das palavras. Não estamos lidando com o que foi dito, mas com a maneira como foi dito. Isso permite uma infinidade de análises futuras sobre compreensão do sonho em diferentes culturas e países”, explicou Natália Mota, também da UFRN, à Agência FAPESP. Mota já utilizou a teoria dos grafos em seu doutorado, em que desenvolveu um método para diagnosticar esquizofrenia por meio do discurso de pacientes.

O que vale aqui não é o conteúdo do sonho em si ou o quão realista ele é, e sim o quão complexa é a sua estrutura, independente da extensão dos relatos. Com os grafos, os pesquisadores mostraram que sonhos obtidos na fase REM de fato são mais coesos e conectados do que os obtidos em outras fases, que tendem a formar estruturas mais aleatórias e menos complexas.

É a primeira vez que os grafos são utilizados para analisar sonhos. Segundo a equipe, o método é “promissor para pesquisar sonhos, devido à sua natureza automatizada” e pode complementar os métodos tradicionais usados até agora, escreveram no artigo.

Ainda não sabemos o que explica essas diferenças entre os sonhos. Cientistas acreditam que os sonhos acontecem porque o cérebro está organizando suas memórias e informações armazenadas durante o sono. Como se fosse uma grande faxina em que as coisas importantes são armazenadas em gavetas, e as irrelevantes vão para o lixo. Pesquisadores da área ainda devem estudar como esse processo se altera durante as fases do sono e quais outros fatores podem estar envolvidos.

Super Interessante

 

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Diversos

Pesquisa vai analisar sonhos de brasileiros durante a pandemia

Foto: © Rovena Rosa/Agência Brasil

Pesquisadores de quatro universidades iniciaram um projeto para analisar sonhos de pessoas durante a pandemia do novo coronavírus. O objetivo é analisar, sob a ótica da psicanálise, as alterações diante do cenário excepcional para compreender as consequências psíquicas deste momento.

A equipe responsável pelo estudo, batizado de Sonhos em Tempo de Pandemia, reúne docentes das universidades federais de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e do Rio Grande do Norte, além da Universidade de São Paulo. Eles optaram por usar a rede social Instagram para contatar voluntários.

Um perfil foi criado – @sonhosconfinados – onde interessados podem acessar um formulário e deixar seus relatos. Não há remuneração pela participação na investigação. Não é preciso dar o nome, sendo permitido o uso de pseudônimos.

Para além dos relatos de sonhos, que podem ser feitos livremente, o questionário pergunta como a pessoa interpreta o sonho e abre espaço para que o participante fale de situações e sensações percebidas, ou se os sonhos mudaram a partir do isolamento.

Também é oferecida a possibilidade ao participante de conversar com algum dos pesquisadores que compõem a equipe, por telefone ou Whatsapp, para um relato que permita apresentar as informações de forma mais aprofundada.

“O sonho é um laboratório em que a mente trabalha, elabora, sem as censuras da vida consciente, a experiência dos sujeitos. Nossos medos, nossas angústias, desejos, frustrações são encenados, como se fossem projetados numa tela de cinema, ou em várias”, afirmou o coordenador da pesquisa na UFMG, professor Gilson Iannini, do Departamento de Psicologia, em entrevista ao site da instituição.

Agência Brasil

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