Política

Após ser barrado pelo STF, Maia indica sucessores para comando da Câmara em lista com 5 nomes

Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados/Arquivo

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de vetar a reeleição para o comando do Congresso lhe dá mais tranquilidade para votar a pauta de plenário este ano e que sua intenção já era trabalhar para eleger um sucessor para “manter a Câmara independente”, que “garanta a Câmara livre”.

“Eu sempre disse que meu projeto era construir a candidatura de um sucessor. Sempre disse que o meu caso divergia do caso do presidente [do Senado] Davi [Alcolumbre] e que na democracia a alternância de poder é muito importante”, afirmou, em entrevista à “Globonews”. “Se o Supremo decidisse que posso, mesmo eu trabalhando meu sucessor, sempre ia causar desconfiança de que poderia me candidatar lá na frente”, disse.

Maia afirmou que tem “quatro ou cinco candidatos” de seu grupo, que “estão trabalhando com mais afinco após essa decisão”, e listou-os: os presidentes do MDB, Baleia Rossi (SP), do PSL, Luciano Bivar (PE), e do Republicanos, Marcos Pereira (SP), e os deputados Elmar Nascimento (DEM-BA) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Ele defendeu que o movimento de independência da Câmara é majoritário entre os deputados.

“Eu quero trabalhar a favor da Câmara dos Deputados, que durante muitos anos foi um apêndice dos governos. E que, modéstia à parte, desde a minha presidência, foi de bom diálogo e respeito ao Poder Executivo, mas de muita independência”, afirmou Maia.

O presidente da Câmara defendeu ainda que esse grupo não é contra o governo e inclusive defende a pauta econômica liberal, mas que a diferença seria em relação aos demais projetos. “Por que o governo quer interferir num processo onde todos os candidatos tem a agenda econômica parecida? Porque quer interferir na outra agenda”, disse.

Nenhum dos candidatos de seu grupo, destacou, colocará para votar a proposta de emenda constitucional (PEC) do voto impresso, uma bandeira do presidente Jair Bolsonaro para contestar o resultado das eleições.

Maia destacou seguidas vezes durante a entrevista que a candidatura do seu grupo não pretende se posicionar como antagonista do presidente.

“Não queremos candidatura contra o governo. Queremos candidatura que priorize a pauta de modernização do Estado brasileiro, de respeito ao meio ambiente e que traga a sociedade. Essa pauta não é contra o governo”, afirmou Maia.

Ele disse que o governo, com essa decisão do Supremo, pode parar de trabalhar para travar a pauta da Câmara e se dedicar a votar os projetos na pauta. Ele afirmou que incluiu na pauta projetos de ajuda financeira aos Estados, a liberação do dinheiro de fundos públicos para pagar a conta da covid-19 e a modernização da lei cambial.

Também defendeu que é possível votar a reforma tributária até o fim deste ano, disse que está disposto a suspender o recesso em janeiro para votar as propostas e cobrou que o governo apresente seu parecer sobre a PEC Emergencial, de corte de gastos obrigatórios. “O ministro Paulo Guedes prometeu votar essa PEC em 5 de dezembro e não foi deste ano, foi de 2019”, disse Maia, criticando a estratégia do governo de começar a tramitação dos projetos pelo Senado.

Maia defendeu que o Supremo poderia autorizar a reeleição, assim como interpretou a Constituição em outras pautas importantes, como a prisão após condenação em segunda instância e as cotas para negros e mulheres nas eleições. “Muitos julgamentos fizeram a sua mutação [da Constituição] e precisam ser respeitados”, disse.

Valor

Opinião dos leitores

  1. Nhonhom tá querendo inventar agora wue perdeu.
    Kkkkkkkk
    A lava jato vai te pegar botafogo, e vai ser quando acabar o foro, vai ter que vomitar a grana gastando com advogados caros.
    Kkkkkkkk
    Cadeia braba pra esse corrupto safado é o que ele merece.

  2. Começou a morte política deste senhor Maia!que o Rj comece em 2022 a sua última pá de terra em seu túmulo!

    1. nho nho acabou-se! kkkk ele ainda diz que não queria se reeleger….sei !

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Política

Trump demite o seu secretário de Defesa e anuncia o sucessor

 Foto: Carlos Barria/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (9) que demitiu Mark Esper do posto de secretário de Defesa e nomeou uma nova pessoa para o cargo, Christopher Miller, que era o diretor do Centro Nacional Antiterrorismo.

Trump fez o anúncio em uma rede social. O novo secretário vai começar imediatamente, segundo o presidente americano.

O agora ex-secretário tinha discordado do presidente em relação ao uso de uma lei que permite que os militares sejam mobilizados para impedir a onda de protestos contra o racismo e a brutalidade policial que abalaram o país, o que estremeceu a relação entre eles.

A demissão de Esper já vinha sendo antecipada há alguns dias pela imprensa dos Estados Unidos, em meio à apuração de votos da eleição presidencial na qual Trump saiu perdedor.

As projeções das eleições no país concluem que Joe Biden foi o vitorioso nas eleições que foram realizadas no dia 3 de novembro.

Apesar disso, a contagem dos votos ainda não acabou, já que os estados americanos têm até dezembro para terminar a apuração.

De acordo com o calendário eleitoral dos EUA de 2020, o Congresso declarará oficialmente os resultados eleitorais somente em 6 de janeiro. Isso quer dizer que Biden e sua vice, Kamala Harris, ainda não estão “oficialmente” eleitos e terão alguns passos até tomarem posse:

Até 11 de dezembro — autoridades estaduais devem certificar o vencedor de cada estado. Cada um tem seu próprio prazo; a Califórnia é o último.

14 de dezembro — data prevista para os 538 delegados do Colégio Eleitoral depositarem seus votos, que devem seguir para a capital Washington.

6 de janeiro — o novo Congresso, recém eleito, se reúne para contar os votos do Colégio Eleitoral e confirmar o resultado.

20 de janeiro — presidente toma posse em Washington. Segundo projeções, o cargo deverá ser ocupado pelo democrata Joe Biden, o 46º presidente dos EUA.

Além disso, Donald Trump deixou claro que a transição de poder da Casa Branca não será tranquila. Com pedidos de recontagens, processos judiciais e questionamentos da legalidade desta eleição, o republicano tenta se manter no poder por mais quatro anos.

Vale lembrar que, apesar do anúncio oficial sair somente em janeiro, todas as eleições americanas têm projeção do resultado pela mídia e agências, prática considerada praxe em um país sem um tribunal eleitoral nacional, como no Brasil.

G1

 

Opinião dos leitores

    1. PTralhas adoram ESTADOS UNIDOS??? Achei que esses vermes são contra , amam os comunistas ???

    2. Para agora …esses ratos vermes PTralhas estão adotando o CAPITALISMO??? Idolatria americana ??? Esses vermes amam Venezuela e Cuba ?? oque houve ???? já sei , ladrao é tudo igual , falam uma coisa e fazem outra

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