Diversos

Pílula anticoncepcional afeta as emoções das mulheres, sugere estudo

PÍLULA ANTICONCEPCIONAL (FOTO: MARCOS SANTOS/ USP IMAGES)

Um novo estudo publicado na revista Frontiers in Neuroscience traz evidências que uma das implicações do uso da pílula anticoncepcional é de prejudicar o reconhecimento de emoções em mulheres que a utilizam.

O psicólogo cognitivo Alexander Lischke explica que, apesar das evidências, não há motivo para pânico. Segundo ele, muitos dos efeitos que seu time de especialistas encontrou ainda são apenas “deficiências sutis”, ou seja, quase imperceptíveis.

Os efeitos causados pela pílula anticoncepcional nas mulheres pode variar muito. Mudanças no corpo, mente, humor e bem-estar são alguns exemplos. Segundo o portal Science Alert, cerca de 100 milhões de mulheres em todo mundo utilizam a pílula contraceptiva como forma de evitar a gravidez ou para controlar a menstruação.

Para o estudo, as participantes tiveram de identificar algumas emoções humanas. De acordo com os pesquisadores, as mulheres que estavam sob efeito da pílula anticoncepcional tiveram dificuldade na hora de reconhecer algumas das emoções que lhe foram dadas.

Ainda em fase de desenvolvimento, o estudo contou com apenas 94 participantes na Alemanha, mas já se destaca entre outras pesquisas feitas anteriormente por focar na saúde mental, controle e reconhecimento das mulheres.

Além dessa pesquisa, outros estudos feitos anteriormente sugerem que o uso da pílula pode prejudicar a habilidade das mulheres em lidar com as próprias emoções e de terem empatia por outras pessoas. Das 94 mulheres que participaram do estudo, 41 utilizava o contraceptivo e 53 não estava fazendo o uso do medicamento. Após responderem perguntas sobre menstruação, empatia e o uso do contraceptivo em si, elas participaram da próxima fase da pesquisa.

EXEMPLO DE IMAGEM UTILIZADA NO TESTE “LENDO A MENTE NOS OLHOS” (FOTO: KAWATA ET AL., 2014/ REPRODUÇÃO)

Chamado de “’Reading the Mind in the Eyes” (Lendo a mente nos olhos, em tradução livre) o teste consiste em testar a habilidade de identificar algumas expressões em imagens preto e branco, variando entre as mais fáceis e difíceis. Depois, os pesquisadores notaram que as mulheres que faziam uso do contraceptivo regularmente eram quase 10% piores no teste com imagens mais complexas.

“Como os contraceptivos orais funcionam suprimindo os níveis de estrogênio e progesterona, faz sentido que os contraceptivos orais também afetem o reconhecimento de emoções das mulheres”, explica Lischke. Em entrevista ao portal ScienceAlert, o pesquisador conta que, apesar dos resultados, ainda não há informações precisas sobre os efeitos da pílula na vida das mulheres.

Galileu

 

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Diversos

Todos os seres humanos descendem de um único casal, sugere estudo

Estudo do DNA mitocondrial sugere que todos os humanos têm a mesma origem. Pixabay

Estudo liderado pelos pesquisadores Mark Stoeckle e David Thaler, da Universidade de Basel, na Suíça, sugere que todos os humanos modernos são descendentes de um casal que viveu entre 100 mil e 200 mil anos atrás.

Os cientistas utilizaram no estudo o DNA mitocondrial de 5 milhões de animais de mais de 100 mil espécies, incluindo humanos.

O DNA mitocondrial é passado de geração em geração da mãe para seus descendentes. Por isso, foi possível encontrar semelhanças genéticas e levantar a hipótese de que existiu um casal que originou todas as pessoas.

A análise desse código genético sugere que 9 em cada 10 espécies têm como origem apenas um par de indivíduos. No caso dos humanos, os dois indivíduos ancestrais teriam sobrevivido a uma catástrofe natural que quase dizimou a vida na Terra.

A pesquisa conclui que 90% das espécies surgiram na mesma época, há 250 mil anos, e coloca em dúvida os padrões da evolução humana.

“Os humanos colocam tanta ênfase nas diferenças individuais e de grupo, que talvez devêssemos passar mais tempo em perceber como nos parecemos um com o outro e com o resto do reino animal”, disse Mark Stoeckle ao site britânico Daily Mail.

O estudo foi mal recebido por alguns grupos religiosos que entenderam que todas as formas de vída surgiram juntas há 100 mil anos, como em um Big Bang.

Os pesquisadores afirmam que o estudo tem como base a evolução darwiniana, incluindo a ideia de que toda a vida evoluiu de uma origem biológica comum ao longo de bilhões de anos. E negam que estejam propondo que houve um único ‘Adão’ ou ‘Eva’ como origem dos homens.

R7

Opinião dos leitores

  1. Só pode ser um estudo pedido por nosso maior Bispo e Mentor, Edir Macedo.
    Nos da Universal já sabíamos da verdade!

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Diversos

Espécies preguiçosas têm mais chances de sobreviver, sugere estudo

(Peopleimages/iStock)

Um estudo da Universidade do Kansas (EUA), publicado na última semana, sugere que a preguiça serviu, ao longo da evolução das espécies, como uma estratégia de sobrevivência altamente eficaz. Pois é, deixe de lado, pelo menos por enquanto, aquele papo de “sobrevivência do mais forte”. Os cientistas analisaram 299 espécies de gastrópodes (caramujos, lesmas, mexilhões etc.) que viveram e morreram no Oceano Atlântico nos últimos 5 milhões de anos. Eles compararam as taxas metabólicas – ou seja, a quantidade de energia gasta por um organismo – das espécies extintas com as que ainda existem.

Os pesquisadores observavam que a maioria dos animais que já sumiram da Terra gastavam muito mais energia em comparação aos que restaram. Para Bruce Lieberman, um dos autores do estudo, a explicação provável é a de que os bichos mais lentos (leia-se preguiçosos), por não precisarem de mais alimentos, contentavam-se com pouco, mesmo quando a situação estava ruim. Como não precisavam de muito para sobreviver, aguentavam mais as agruras da existência terrena.

“Quanto menor a taxa metabólica, maior a chance de sobrevivência das espécies”, disse Lieberman, em entrevista ao jornal inglês The Guardian. Segundo os cientistas, os moluscos foram escolhidos como objeto de estudo por conta do extenso conjunto de dados disponíveis – de coleções de fósseis a informações já registradas -, algo essencial para se chegar às tais taxas.

Pode levantar do sofá

Os resultados da pesquisa poderão servir para saber qual a relação entre o metabolismo e a extinção em outros animais para, assim, prever as chances de desaparecimento das espécies atuais frente às atuais mudanças climáticas.

Isso é motivo de comemoração para os preguiçosos de plantão? Não. Para Lieberman, a regra não se aplicaria aos humanos. “Este resultado não significa necessariamente que as pessoas preguiçosas são as mais aptas, porque às vezes são elas as que consomem mais recursos”. Nossa preguiça, segundo ele, pode ser um dos maiores perigos que o planeta enfrenta.

Talvez seja melhor adiar aquela soneca.

Super Interessante

 

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Saúde

Luz azul de smartphones pode acelerar cegueira, sugere estudo

(Foto: Japanexperterna / Wikimedia)

Um estudo publicado recentemente na revista Scientific Reports, realizado por pesquisadores da Universidade de Toledo, em Ohio, nos Estados Unidos, indica que a luz azul emitida pelas telas de smartphones pode ser mais prejudicial do que se pensava.

Os pesquisadores descobriram que essa luz azul é capaz de intoxicar células da retina, que, com o tempo, podem se tornar “venenosas” e matar outras células ao seu redor. Isso pode levar a um processo acelerado de cegueira, segundo eles.

O retinal, substância formada a partir da oxidação de vitamina A, quando exposto à luz azul de fonte artificial, se transforma num “veneno” e começa a atacar os fotorreceptores, células essenciais para a formação da visão em seres humanos.

Com a morte dos fotorreceptores, aumenta-se o risco de degeneração macular, uma das principais causas de cegueira no mundo. A doença geralmente surge com o envelhecimento das células, mas, segundo este estudo, luz azul pode acelerar o processo.

Os pesquisadores expuseram outras células do corpo à luz azul, como cancerígenas, células do coração e neurônios. No entanto, elas só morreram quando associadas ao retinal. Sem esta substância, a luz de frequência azul não gerou qualquer reação sobre as células.

Além disso, o retinal não se torna venenoso quando exposto à luz verde, amarela ou vermelha. “A toxicidade gerada pelo retinal através de luz azul é universal. Pode matar qualquer tipo de célula”, disse Kasun Ratnayake, um dos autores do estudo, ao site Business Insider.

Até hoje, tudo o que se sabia a respeito de luz azul é que ela atrapalha o nosso sono quando somos expostos à ela em ambientes escuros ou durante a noite, por exemplo. Por isso alguns smartphones já vêm de fábrica com um filtro de luz azul que pode ser ativado automaticamente em horários pré-definidos.

Vale lembrar que estamos expostos à luz azul de fontes naturais todo o tempo, não só olhando para telas de celulares ou PCs. No entanto, este é um dos primeiros estudos a identificar de maneira abrangente um risco real de doença ocular relacionado à luz azul de smartphones.

“Não é segredo que a luz azul prejudica nossa visão ao danificar a retina do olho. Nossos experimentos explicam como isso acontece, e esperamos que isso leve a terapias que retardem a degeneração macular, como um novo tipo de colírio”, comentou Ajith Karunarathne, outro coautor do estudo.

Olhar Digital

 

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Diversos

O estado da Bahia corre risco de virar um deserto, sugere estudo

Um estudo feito pela Unicamp utilizou inteligência artificial para verificar os níveis de desertificação no estado da Bahia, que há muito vem apresentando um aumento no índice de aridez e redução de chuvas.

O norte do estado, conhecido como Polígono da Seca, tem experimentando essa ausência de chuvas agravada nos últimos dez anos. E a situação pode piorar ainda mais nos próximos 30 anos, conforme verificado pelos pesquisadores.

Para o estudo, os cientistas reuniram dados de sete indicadores, incluindo índice de aridez, dados do solo, e níveis de chuva, e alimentaram um sistema de algoritmo inteligente capaz de aprender com dados e descobrir e apresentar padrões.

Verificou-se então que, entre os anos 2000 e 2014, a Bahia apresentou uma queda relevante no nível de precipitação, cobertura vegetal nativa e um aumento no índice de aridez e de áreas em risco de desertificação.

Já para os anos de 2021 a 2050, os pesquisadores previram que o estado poderá enfrentar um aumento de temperatura de 1° C, bem como terá chuvas cada vez menos frequentes em relação a situação atual.

“Essa pesquisa exibe o cenário futuro; então, se quisermos minimizar esses riscos, temos que tomar decisões e atitudes agora ou será muito tarde para fazer as correções”, escreveu Stanley Oliveira, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária e um dos orientadores do trabalho, no site da Unicamp. “Não podemos esperar até 2050”.

Ainda, segundo os pesquisadores, o aumento do risco de desertificação foi observado de maneira mais intensa nos principais polos agrícolas baianos.

“A depender da prática agrícola que é adotada hoje, terras produtivas serão transformadas em improdutivas. Não adianta utilizar práticas inadequadas que não visam à sustentabilidade daquele solo e dos recursos naturais”, afirmou a doutoranda Camila da Silva Dourado, da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp, ao Jornal da Unicamp.

“Esse processo ameaça diversos setores econômicos e sociais da região, principalmente o agropecuário. É preciso alertar o grande e pequeno produtor sobre formas de produção que amenizem essa situação. É uma questão de sensibilização. São necessárias políticas públicas também para que haja incentivo às novas formas de produção e de utilização da terra e dos recursos naturais”, concluiu a pesquisadora.

Jornal Ciência, com Unicamp

 

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Diversos

Álcool prejudica o cérebro mais do que a maconha, sugere estudo

Ao contrário das bebidas alcoólicas, a maconha não afeta o tamanho ou integridade da matéria branca ou cinzenta do cérebro, mesmo depois de anos de exposição, segundo um novo estudo.

Enquanto a matéria cinzenta permite que o cérebro funcione, a branca faz a comunicação entre os neurônios. Logo, os cientistas concluíram que o álcool é mais prejudicial para o cérebro do que a maconha, embora os estudos sobre os efeitos mentais da maconha ainda sejam muito limitados. As informações são do Daily Mail.

“Embora a maconha também possa ter algumas consequências negativas, elas definitivamente não chegam nem perto das do álcool”, disse o autor do estudo, Professor Kent Hutchison, da Universidade do Colorado Boulder.

Segundo a principal autora do estudo, Rachel Thayer, ainda há muito sobre o uso da maconha que a ciência não sabe. “Não há consistência nos estudos“, disse ela.

“Quando você olha as pesquisas muito mais de perto, você vê que muitas delas provavelmente não são precisas”, acrescentou o professor Hutchison. “Quando você olha esses estudos de anos, vê que alguns informam que o uso de maconha está relacionado a uma redução no volume do hipocampo [uma região do cérebro associada à memória e emoções]. No entanto, outro estudo sugere que o uso de maconha está relacionado a mudanças no cerebelo”.

“O ponto é que não há consistência em todos esses estudos em termos das estruturas cerebrais reais“, acrescentou. “Ainda temos muito trabalho a fazer“.

Embora as descobertas pareçam positivas, os pesquisadores também acrescentam que há um longo caminho a percorrer antes que a maconha seja legalizada no mundo. Eles afirmam estar mais preocupados com a forma como a droga afeta pessoas de diferentes idades, gerencia a dor e causa dependência.

“Considerando tudo o que está acontecendo no mundo real, em relação ao movimento de legalização, ainda temos muito trabalho a fazer“, disse Hutchison.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram 853 adultos com idades entre 18 e 55 anos, além de 439 jovens entre 14 e 18 anos. Eles verificaram o consumo de álcool e maconha dos participantes por um período de 30 dias. Então, foram realizadas varreduras de ressonância magnética dos cérebros dos participantes.

Verificou-se que a maconha reduziu o risco de epilepsia em quase 50% dos participantes, o que está em acordo com pesquisas publicados no começo do ano, que descobriram que uma droga derivada da Cannabis sativa reduziu o risco de epilepsia em pacientes com a síndrome de Lennox-Gastaut, uma condição que causa lapsos no tônus muscular em crises que duram cerca de 15 segundos.

“São necessárias desesperadamente opções de tratamento para os pacientes que continuam a lutar contra crises incontroladas e esses resultados oferecem esperança muito necessária aos que vivem com essa condição debilitante“, disse Christina SanInocencio, diretora executiva da Fundação da Síndrome de Lennox-Gastaut, na ocasião.

A droga em questão, conhecida como Epidiolex, é feita à base de canabidiol, uma substância química que é pensada possuir uma gama de benefícios medicinais, incluindo no tratamento de enxaquecas, psoríase, acne e depressão.

Jornal Ciência, via Daily Mail

Opinião dos leitores

  1. Pensava que ia passar o mês em branco, já estava sentido falta de alguma reportagem a favor da maconha, "Ufa!"

    1. Mas falando sério, uma pesquisa com lapso de tempo de 30 dias é no minimo perigoso afirma alguma coisa. Pela ótica da estatistifica, o universo trabalhado e período de tempo verificado, os resultados das analises são muito pouco contundentes…
      No mais, antes de falar sobre liberar a maconhar temos de repensar o uso do álcool, o mal de um não justificar o risco do outro.

  2. Ja familias destruidas por alcool, crack, e cocaina e psicotropicos, agora por causa de maconha o maximo é adolescente q mata aula para fumar maconha e rir da grama, claro que nao deixa de ser porta de entrada para outras drogas, assim como o alcool tambem é, sendo que tem mais potencial por se um tipo de desenibidor, no maisq quem fuma so maconha, consegue produzir muito quando tem horarios definidos para tudo.. ou seja tudo tem sua hora, todo o tempo qlqr coisa eh prejudicial

    1. Meu primo ainda deu uns tapas na irmã e ameaçou de expulsar a mãe de casa, de resto "tudo normal", né?
      Maconha não mata, só maltrata a família e o dependente.

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Diversos

Partos por cesáreas podem estar afetando a evolução humana, sugere estudo

Quando pensamos em evolução humana o que geralmente vem a mente é um processo lento que ocorre dentro de um período de milênios. No entanto, este nem sempre é o caso.

Um estudo publicado em 2016 sugeriu que o sucesso dos nascimentos cesarianos na segunda metade do século XX poderia estar influenciando a evolução humana, segundo informações da Smithsonian.

Desde a Segunda Guerra Mundial, graças aos avanços cirúrgicos, as cesáreas tornaram-se cada vez mais populares e seguras. Embora tenha sido criada como uma opção de emergência, ela agora virou alternativa para as mulheres que temem as dores do parto normal. Apenas no Reino Unido, cerca de um quarto das mães dão à luz por meio de cesárea, enquanto nos EUA, um terço. Contudo, um grupo de pesquisadores da Universidade de Viena acredita que a popularidade do procedimento pode começar a alterar o curso da evolução humana.

No estudo, publicado na revista Proceedings of the Natural Academy of Sciences, eles sugerem que uma das razões mais comuns para as mulheres optarem por cesáreas é a pelve estreita. E, de acordo com os pesquisadores, o número de bebês “grandes” aumentou 20% desde que o método começou a ser utilizado.

Segundo o biólogo teórico e principal autor do estudo, Philipp Mitteroecker, em entrevista à BBC, este tipo de complicação é uma das muitas razões para a qual esse tipo de cirurgia foi projetada. No entanto, antes da invenção da cesariana, esta condição que era mortal, significava que os genes dificilmente eram transmitidos através das gerações.

“Sem a intervenção médica moderna, tais problemas eram frequentemente letais e isso, de uma perspectiva evolutiva, seletivo“, explicou Mitteroecker. “As mulheres com uma pelve muito estreita não teriam sobrevivido ao nascimento há 100 anos. Eles fazem isso agora e transmitem seus genes codificando uma pelve mais estreita para suas filhas”.

Entretanto, os pesquisadores enfatizam que o estudo é preliminar e, portanto, não podemos saber com certeza se de fato uma mudança evolutiva está acontecendo. “A equipe de Mitteroecker não produziu nenhuma evidência de que está acontecendo. O estudo foi o trabalho teórico, com base em conectar figuras observadas para a taxa de parto obstruído em seus modelos“, lembrou Clare Wilson, da The New Scientist.

Ainda, o aumento que a equipe previu é pequeno, de cerca de 3% para aproximadamente 3,6% nos dias atuais, e há muitos outros fatores que podem interferir nas conclusões. Por exemplo, muitas mulheres estão tendo bebês mais tarde na vida, o que significa que estão dando à luz quando seus corpos são menos flexíveis. Além disso, o peso e outros problemas de saúde também podem desempenhar um papel importante para um médico recomendar a cirurgia.

“Eu acho que coisas mais importantes nesta questão da evolução é o fato de que a diabetes está se tornando muito mais comum em uma idade mais jovem, então vemos muito mais mulheres ainda em idade reprodutiva com diabetes“, disse Daghni Rajasingam, um consultor de obstetrícia e porta-voz do Royal College of Obstetricians. “Isso tem consequências sobre o fato de precisarem ou não de uma cesariana“.

Embora os cientistas apontem para o vínculo, a verdade é que a cesariana, desde que começou a ser utilizada, já salvou muitas vidas. No entanto, vale lembrar que é importante entendermos melhor a história por trás da evolução de nossa espécie.

Jornal Ciência

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Diversos

Pedir para outra pessoa escolher sua foto de perfil pode ajudar na hora de conseguir emprego ou encontro, sugere estudo

Embora grande parte de nossa experiência em redes sociais na internet tenha sido conquistada por meio de sites extintos como Orkut e Flogão, por exemplo, e até mesmo o obsoleto MySpace, a verdade é que ainda não dominamos a arte de escolher imagens de perfil adequadas.

Essa afirmação veio por meio de um estudo publicado recentemente no periódico Cognitive Research: Principlesand Implications, que sugeriu que nós simplesmente não estamos aptos a isso. Com informações da Science Alert. “Pode ser que nos percebamos de uma forma mais positiva do que os outros, em geral, o que pode interferir com nossa capacidade de selecionar uma foto específica que de uma impressão mais positiva“, explicou o pesquisador e psicólogo David White, da Universidade de New South Wales (UNSW) na Austrália.

“Nosso estudo mostra, pela primeira vez, que as pessoas selecionam imagens mais belas para o perfil quando o fazem para completos estranhos, diferente de quando fazem por si mesmas”, acrescentou. O estudo, realizado por pesquisadores da UNSW e da Universidade de Sidney, coletou cerca de 12 imagens do Facebook de cada um dos 102 alunos analisados. Então, estes foram convidados a classificar suas próprias fotos com pontuações definidas em: atraente, confiável, dominante, confiante e competente.

Depois, os participantes tiveram de selecionar qual delas acreditavam ser mais adequadas como imagem de perfil em uma conta profissional para Facebook e outra de namoro. Em seguida, 160 pessoas alheias a esses voluntários, e completamente desconhecidas por eles, tiveram de classificar as 12 fotos utilizando os mesmos índices. Os pesquisadores descobriram que, quando os alunos selecionaram as próprias fotos, escolheram as menos favoráveis em relação à opinião dos estranhos.

“Selecionar imagens de perfil para sites sociais, românticos e até profissionais é uma tarefa comum na era digital, mas escolher a imagem certa pode ser algo mais crítico“, disse White. “Fazemos inferências sobre o caráter e a personalidade de um indivíduo dentro de uma fração de segundo após vermos uma fotografia de seu rosto”, explicou. “Essas primeiras impressões podem influenciar decisões importantes, como se alguém quer fazer amizade com você, namorar com você ou contratá-lo”.

Contudo, embora os resultados sejam surpreendentes no contexto da pesquisa de aperfeiçoamento, os pesquisadores consideram que eles podem estar relacionados com a descoberta de que as pessoas tendem a perceber-se mais positivamente do que as outras o fazem. Então, basicamente, o estudo sugere que pedir para que outra pessoa escolha sua próxima foto de perfil pode ajudar na hora de conseguir um próximo encontro ou emprego.

Jornal Ciência

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Diversos

Arrancar fios de cabelo pode curar a calvície, sugere estudo

2013-631422883-2013-631304057-20130723165504662rts.jpg_20130723.jpg_20130724Para quem sofre com a queda de cabelo, pensar em arrancar um fio sequer pode soar aterrorizante. Mas é exatamente esse o método para reverter a calvície proposto por um grupo de pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, num estudo publicado na “Cell”, uma das principais revistas científicas do mundo. Eles demonstraram que, ao arrancar 200 fios de cabelo de um padrão específico, outros 1.200 fios cresceram

A regeneração não ficou restrita à área afetada, mas se espalhou por regiões vizinhas do couro cabeludo, aumentando o volume de cabelo. Na verdade, de pelos, porque o experimento foi realizado em camundongos. Embora a pesquisa ainda esteja num estágio inicial, o autor principal do estudo, Cheng-Ming Chuong, pesquisador-chefe do departamento de células-tronco da universidade, acredita que ela pode levar a uma terapia eficiente contra a calvície.

— O trabalho abre as portas a potenciais novos alvos para o tratamento da alopécia, uma forma de queda de cabelo — afirma.

Durante o experimento, os cientistas retiraram os 200 fios, um por um, das costas do camundongo. Quando a área circular da retirada era maior que seis milímetros, nada acontecia. Mas se a retirada se limitasse a uma área de três a cinco milímetros, ocorria a regeneração de 450 a 1.300 fios.

ESTÍMULO MANUAL DE ÁREA AFETADA

Se para leigos o método parece extremo, para a dermatologista Denise Steiner, coordenadora científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia, ele faz sentido e, inclusive, tem uma abordagem similar ao que já é feito hoje.

— Trata-se de um estímulo manual para gerar uma resposta na área atingida. Na clínica, usamos métodos que não são iguais, mas que têm uma proposta semelhante. Por exemplo, o microagulhamento e a radiofrequência são técnicas já usadas — explicou Denise. — A linha de pesquisa é interessante, mas ainda precisa de muito aperfeiçoamento.

Através de análises moleculares, a equipe de pesquisadores americanos mostrou que os folículos arrancados dos camundongos geraram um “sinal de socorro”, liberando proteínas inflamatórias, que recrutaram células do sistema imunológico para o local da lesão. Essas células, por sua vez, secretam moléculas de sinalização — por exemplo o fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) — que, a determinadas concentrações, se comunicam com os folículos, tanto de áreas afetadas como preservadas, e estimulam o crescimento dos fios.

O trabalho não tem previsão de ser testado em humanos. Enquanto isto, estudos vêm sendo realizados, mas, segundo Denise, a maioria em fase inicial. Portanto, ela não espera ver resultados promissores ainda nesta década. Hoje há tratamentos, mas nenhuma fórmula que agregue alta eficácia sem efeitos colaterais. A dermatologista explica que a dificuldade de desenvolvê-la ocorre porque cientistas ainda não desvendaram o mecanismo que provoca a calvície.

Durante o último Congresso Americano de Dermatologia, em março, na Califórnia, algumas linhas de pesquisa foram apresentadas.

— Falou-se numa substância que era estudada para tratar a asma e a rinite e que tem apresentado bons resultados no tratamento da calvície — conta Denise, citando ainda estudos com base na engenharia de tecidos, que é a regeneração ou a criação de tecidos ou órgãos a partir do cultivo de células, e nas células-tronco.

A dermatologista fez um alerta:

— Um estudo interessante mostrou que a creatina, suplemento popular em academias, pode piorar a calvície, porque ela aumenta o hormônio di-hidro-testosterona (DHT), responsável pelo afinamento dos fios.

O Globo

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Homossexualidade foi essencial para a evolução humana, sugere estudo

LESBIAN300Um estudo preliminar mostra que a atração por pessoas do mesmo sexo ajuda as pessoas a criarem laços entre si, algo que é importante para a sociedade. O trabalho, publicado no Archives of Sexual Behavior, também indica que níveis mais altos de progesterona, tanto em homens quanto em mulheres, deixam as pessoas mais abertas à ideia de ter contato homossexual.

A pesquisadora Diana Fleischman, da Universidade de Portsmouth, e sua equipe investigaram a relação entre o hormônio progesterona e atitudes sexuais para explorar o papel que as relações homossexuais podem ter tido na geração de alianças ao longo da evolução humana.

A progesterona é conhecida por contribuir com as relações sociais, algo que trouxe benefícios para os humanos ao longo de sua existência. O hormônio é produzido principalmente pelos ovários, na mulher, e pelas glândulas adrenais, no homem.

O grupo descobriu que mulheres com altos níveis de progesterona são mais simpáticas à ideia de fazer sexo com outras mulheres. E percebeu, ainda, que quando homens heterossexuais são lembrados da importância de ter amigos e aliados do sexo masculino,  eles têm uma atitude mais positiva em relação ao contato homossexual – padrão que também foi associado a níveis mais altos do hormônio.

Para chegar à conclusão, a equipe usou dois diferentes métodos. Em primeiro lugar, os pesquisadores desenvolveram uma medida para a motivação homoerótica por meio de uma pesquisa on-line com 244 pessoas. O questionário envolvia perguntas do tipo: “a ideia de beijar uma pessoa do mesmo sexo te deixa excitado (a)?” ou “se alguém do mesmo sexo desse em cima de você, sua reação seria de nojo?”.

Em seguida, os pesquisadores mediram os níveis de progesterona de 92 mulheres e viram relação entre quantidades maiores do hormônio e abertura em relação à ideia de transar com outras mulheres.

No experimento seguinte, a equipe dividiu 59 homens aleatoriamente em três grupos para montarem quebra-cabeças. Um deles continha palavras ligadas a amizade, o outro, termos neutros, e o terceiro, palavras ligadas a sexo. Antes disso, eles mediram a progesterona dos participantes.

Os homens que montaram o quebra-cabeça sobre amizade apresentaram uma motivação homoerótica 26% maior que os participantes dos outros grupos. E aqueles com nível mais alto de hormônio tinham uma motivação homoerótica 41% maior.

Estudos com outros primatas também já indicaram que o comportamento homossexual às vezes é adotado pelos animais como forma de manter e fazer novas amizades.

Apesar de o comportamento sexual ser associado à reprodução, em termos evolutivos, várias espécies de animais, incluindo os seres humanos, também fazem sexo simplesmente porque isso traz prazer e intimidade. Homens e mulheres gostam de transar mesmo quando não há possibilidade alguma de ter filhos.

Fleischman também lembra que muita gente têm relações com pessoas do mesmo sexo sem se identificar como homossexuais. Ela diz que agora pretende pesquisar outros contextos e influências de hormônios que podem aumentar a motivação homoerótica em homens e mulheres.

UOL, via Blog do Jairo Bouer

Opinião dos leitores

  1. Ninguém em dúvida disso, principalmente quando se fala em REPRODUÇÃO DAS ESPÉCIES!!! Por isso que o mundo começou com com ADÃO e IVO.

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Diversos

Casamento: Pessoas que dormem peladas são mais felizes em relacionamentos, sugere estudo

10393801_10151932806363239_3848943858184430815_nA melhor maneira de manter um casamento feliz é dormir totalmente sem roupas, sugere um estudo publicado no Reino Unido.

Aqueles que não usam absolutamente nada na cama são mais felizes em seus relacionamentos do que aqueles que dormem vestidos, de acordo com a pesquisa realizada pela Cotton USA (empresa de promoção de exportações do Conselho Nacional de Algodão dos EUA, com sede em vários países, incluindo a Inglaterra).

Dos 1.004 britânicos ouvidos, 57% dos que dormem nus disseram que estavam felizes em seus relacionamentos, em comparação com 48% das pessoas que usam pijamas, 43% das que usam camisa e 38% das que usam macacão.

O resultado da pesquisa pode ser uma boa notícia para muitos casais no mundo. Por exemplo, quatro em cada dez britânicos dormem sem vestir nada, de acordo com o estudo.

Stephanie Thiers-Ratcliffe, da sede da Cotton USA em Londres, afirma que há muitos fatores que podem afetar o sucesso de um relacionamento. Um, muitas vezes esquecido, é o ambiente do quarto. “A cama pode ser extremamente macia e sentida contra a pele, estimulando a abertura e a intimidade entre os casais e, com isso, aumentando a felicidade”.

A pesquisa também revelou outras manias no quarto que podem afetar a felicidade nos relacionamentos. Metade das pessoas se incomoda por companheiros que comem na cama, 59% detestam roupa suja no chão e 23% odeiam quando seu parceiro usa meias.

UOL

Opinião dos leitores

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