Diversos

“Método milagroso” não recomendado por especialistas diz que tabaco na vagina ajuda a aumentar a libido

Foto: shutterstock

Antes de continuar, aqui está uma breve atualização dos itens que você deve manter longe dos órgãos genitais: pasta de dente como lubrificação? Não. Dentes de alho para tratar infecções fúngicas? Também não. Agora, está surgindo uma nova tendência, que envolve tabaco – não precisamos dizer isso de verdade, mas colocar tabaco na vagina é uma péssima ideia.

Comumente usado no Senegal, o ” tabaco vaginal” é comercializado como um método “milagroso” para “enviar seu homem ao sétimo céu”, de acordo com o professor Pascal Foumane, que falou com o SciDevNet . É usado na África Ocidental por três razões: aumentar a libido , ajudar no prazer sexual e diminuir os órgãos genitais – e é vendido a um preço muito barato de 13 rand por saqueta.

Como o “tabaco vaginal” é feito

É feito de folhas de tabaco secas e tangora (raízes de uma árvore específica), além de plantas encontradas na área, incluindo kankouran mano e koundinding. O produto tem vários nomes de código, como “Secret” e “Jumbo”. Alguns produtores também incluirão refrigerante e manteiga de karité como componentes adicionais no tabaco.

Os riscos de colocar tabaco na vagina

As mulheres estão sendo admitidas na emergência depois de terem perdido a consciência como resultado do uso dos produtos, de acordo com Gnima Ndiaye, coordenadora de saúde reprodutiva no Senegal, que também revela que encontrou uma mulher de 36 anos com câncer de colo de útero em estágio três, que é “muito raro para alguém da idade dela”.

“No mesmo ano, recebi uma menina de 25 anos que tinha lesões vaginais e que sangrava em contato com o espéculo [uma ferramenta médica usada para exames vaginais]”, disse ela. “Nos dois casos, elas disseram que usavam tabaco”.

Outros sintomas do uso do produto incluem um colo do útero ou vagina inflamada, além de ISTs repetidas. Uma mulher senegalesa, chamada Neyba, acredita que o tabaco vaginal a ajudou a conceber um filho.

“Eu disse a uma tia sobre minha dificuldade em engravidar e ela recomendou este produto”, disse ela. “Até os médicos ficaram surpresos. Sinto mágoa e dores insuportáveis ​​toda vez que aplico o produto. Mas depois que o efeito passou, eu me sinto muito bem.”

No entanto, Aminata Seck, uma parteira, lembra as complicações no parto que ela viu devido às mulheres terem usado o chamado tabaco vaginal. “Eles tiveram um aumento muito grande na taxa de contrações uterinas, o que às vezes causou uma diminuição da oxigenação no feto, resultando em natimortos ou, em outros casos, morte neonatal”, disse.

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Opinião dos leitores

  1. Não foi atoa que o TABACO foi associado ao TABACO. Kkkkk
    Se isso pega, vai ter tabacaria aberta em toda esquina.

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Jornalismo

Sedentarismo mata tanto quanto cigarro

Um estudo divulgado a poucos dias do início das Olimpíadas diz que a falta de exercícios tem causado tantas mortes quanto o tabagismo.

A pesquisa, publicada na revista médica Lancet, estima que um terço dos adultos não têm praticado atividades físicas suficientes, o que tem causado 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

A inatividade física é responsável por uma em cada dez mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon, diz o estudo.

Os pesquisadores dizem que o problema é tão grave que deve ser tratado como uma pandemia.

Eles afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade, e sugerem a criação de campanhas para alertar o público dos riscos da inatividade, em vez de lembrá-lo somente dos benefícios da prática de esportes.

Segundo a equipe de 33 pesquisadores vindos de centros de vários países diferentes, os governos deveriam desenvolver formas de tornar a atividade física mais conveniente, acessível e segura.

Um dos coordenadores da pesquisa é Pedro Hallal da Universidade Federal de Pelotas. “Com as Olimpíadas 2012, esporte e atividade física vão atrair uma tremenda atenção mundial, mas apesar do mundo assistir a competição de atletas de elite de muitos países, a maioria dos espectadores será de sedentários,” diz ele.

“O desafio global é claro: tornar a prática de atividades físicas como uma prioridade em todo o mundo para aumentar o nível de saúde e reduzir o risco de doenças”.

No entanto, a comparação com o cigarro é contestada por alguns especialistas.

Se o tabagismo e a inatividade matam o mesmo número de pessoas, o número de fumantes é bem menor do que o de sedentários, tornando o tabaco muito mais perigoso.

Para Claire Knight, do Instituto de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha, “quando se trata de prevenção de câncer, parar de fumar é de longe a coisa mais importante que você pode fazer”.

América Latina

Na América Latina e no Caribe, o estudo mostra que o estilo de vida sedentário é responsável por 11,4% de todas as mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon. No Brasil, esse número sobe para 13,2%.

Os países com as populações mais sedentárias da região são Argentina, Brasil e República Dominicana. O com a população menos sedentária é a Guatemala.

A inatividade física na América Latina seria a causa de 7,1% dos casos de doenças cardíacas, 8,7% dos casos de diabetes tipo 2, 12,5% dos casos de câncer de mama e 12,6% dos casos de câncer de cólon.

No Brasil, ela é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas, 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e 14,6% dos casos de câncer de cólon.

A doutora I-Min Lee, do Hospital Brigham e da Escola Médica da Universidade de Harvard, que dirigiu o estudo, assinalou que todos esses casos poderiam ter sido prevenidos se a população de cada país e cada região fosse mais fisicamente ativa.

Ela diz que na região das Américas poderiam ser evitadas cerca de 60 mil mortes por doenças coronárias e 14 mil mortes por câncer de cólon.

Desafio global

É recomendado que adultos façam 150 minutos de exercícios moderados, como caminhadas, ciclismo e jardinagem, toda a semana.

O estudo indica que as pessoas que vivem em países com alta renda per capita são as menos ativas. Entre os piores casos está a Grã-Bretanha, onde dois terços da população não se exercitam regularmente.

A presidente da Faculty of Public Health, órgão que formula políticas e normas de saúde pública da Grã-Bretanha, professora Lindsey Davies, diz que “precisamos fazer o possível para que as pessoas cuidem da sua saúde e façam atividade física como parte da vida cotidiana”.

Fonte: Estadão / BBC Brasil

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