Os constantes roubos de tampões de ferro dos poços de visita do sistema de coleta de esgotos sanitários ocasionam problemas para a população, causando transtornos para o trânsito de veículos e movimentação de pedestres, tendo em vista a abertura de buracos na via pública. Além disso, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte(Caern) tem, mensalmente, prejuízo de R$ 6,5 mil, ou R$ 78 mil por ano, para adquirir e repor cerca de 120 peças, que são criminosamente arrancadas pelos marginais, cerca de 10 a cada mês, provavelmente para revenda em sucatas.
O chefe da Unidade de Esgotos da Regional Natal Sul, engenheiro Raulyson Ferreira de Araújo, adianta que existem 5 mil poços de visita em operação no sistema de esgotos das regiões Leste, Sul e Oeste. O equipamento, que é vedado por um tampão de ferro, é um acessório com 60 centímetros de diâmetro, instalado na rede, que permite o acesso do pessoal que trabalha na manutenção do serviço de coleta de esgotos sanitários.
“Quando o tampão é retirado é facilitada a entrada de resíduos sólidos (lixo) e água de chuva para a rede, que é projetada para transportar apenas efluente doméstico (sem água de chuva e lixo). Desta forma, a rede coletora tem sua capacidade de transporte saturada”, acrescenta o engenheiro. Ele reforça que essa ação provoca extravasamentos de esgotos nas vias públicas e até retorno para dentro dos imóveis, causando problemas de saúde pública e danos ao patrimônio de particulares.
Outro prejuízo provocando pela retirada da peça é que, quando o esgoto flui em vias públicas, geralmente é direcionado para o sistema de drenagem urbana, poluindo as lagoas de captação de águas pluviais e reduzindo a capacidade de infiltração da água das chuvas, salienta Raulyson Ferreira.
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