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Terapias para pessoas trans não trocarem de gênero dobram risco de suicídio, aponta novo estudo

Novo estudo sobre pessoas transgênero mostra que “terapias de conversão” estão associadas a taxas dramaticamente altas de tentativas de suicídio. A pesquisa, publicada no periódico científico JAMA Psychiatry, é a primeira em larga escala sobre o tópico.

Os resultados da análise confirmam o que associações profissionais já declararam: “métodos de conversão” prejudicam a saúde mental de pessoas trans.

Jack Turban, pesquisador do Hospital Geral de Massachusetts, perguntou a mais de 27 mil adultos transgênero dos Estados Unidos se eles haviam experimentado “terapias de conversão”. Ele também fez questões sobre a saúde mental dos participantes. Cerca de 14% relataram que foram obrigados a passar por essas terapias uma ou mais vezes, o que representa quase 20% das pessoas que conversaram com um profissional de saúde mental, como psicólogos, sobre sua identidade de gênero.

O estudo mostrou que as pessoas que experimentaram os “métodos de conversão” apresentaram 2,3 mais vezes de tentarem suicídio. Se as terapias ocorreram antes dos 10 anos de idade, as tentativas de suicídio foram quatro vezes maiores. Os resultados foram os mesmos quando as terapias foram oferecidas por psicólogos ou figuras religiosas.

A pesquisa também demonstrou que os adultos trans que passaram por estes métodos sofreram psicologicamente 56% a mais antes de responder as perguntas do estudo. Eles também apresentaram 49% mais tentativas de suicídio no ano anterior.

A análise não prova diretamente que as “terapias de conversão” causaram as tentativas de suicídio. No entanto, os especialistas do estudo defendem que esses métodos só causam mais danos a saúde mental das pessoas trans.

O pesquisador Turban ainda apontou que “terapias para conversão de gays”, ou seja, que tentam mudar a sexualidade de gays ou lésbicas, também são prejudiciais, podendo levar a tentativas de suicídio ou danos na saúde mental.

Galileu

 

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