Política

Com união de Oposição e centrão, Comissão derrota governo e tira Coaf de Moro

Foto: Adriano Machado / Reuters

A comissão especial para analisar a Medida Provisória que montou o governo de Jair Bolsonaro no início do ano aprovou, na manhã desta quinta-feira, a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para o Ministério da Economia. Dos 25 parlamentares que votaram, 14 apoiaram a medida. A medida ainda deve passar pelo plenário da Câmara dos Deputados e do Senado antes de entregar em vigor.

A demanda uniu partidos do centrão e da oposição na última semana . A princípio, o líder do governo no Senado e relator da MP, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), estava aberto a negociações, mas foi orientado pelo governo a não tirar o Coaf do ministro Sergio Moro. No relatório que apresentou nesta terça-feira, ele manteve o órgão na pasta da Justiça, mas foi derrotado hoje por uma emenda articulada entre líderes do PT, PR, PP e DEM.

Moro tem defendido a permanência do Coaf em suas mãos. Segundo ele, é importante aproximar o órgão de inteligência financeira da Polícia Federal, do Ministério Público e das polícias estaduais. Ontem, o ministro afirmou em uma audiência pública na Câmara que o Coaf sofria “descuido” quando estava submetido à Economia .

— A mim, o ministro Sergio Moro não convenceu. A gente fica com medo dessa milícia virtual, que quer ditar como o Parlamento deve funcionar e fica com medo de fazer a coisa certa — disse Elmar Nascimento (BA), líder do DEM na Câmara, na votação de hoje.

No relatório, Bezerra Coelho acatou algumas demandas do Congresso, como o retorno da Funai ao Ministério da Justiça, o fim do monitoramento das ONGs pela Secretaria de Governo e a recriação do Conselho de Segurança Alimentar, responsável por formular a política nutricional do país. Outra demanda acatada foi Bezerra Coelho foi mover as atribuições relativas ao registro sindical, à política de imigração laboral e ao cooperativismo e associativismo urbano para o Ministério da Economia.

O relatório foi aprovado, mas ainda serão votados outros pontos. Parlamentares pedem, também, o retorno da demarcação de terras indígenas para o Ministério da Justiça e a eliminação de uma emenda inserida por Bezerra Coelho que proíbe auditores fiscais de investigar crimes não fiscais, alterando uma lei de 2002 sem relação com a MP.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. POR ISSO NÃO VÃO CONSEGUIR A CORREÇÃO DESEJADA PARA O NOSSO PAÍS ; EU NO MEU HUMILDE ENTENDER SÓ UMA INTERVENÇÃO DO EXERCITO BRASILEIRO, PODERÁ RESOLVER NOSSA SITUAÇÃO.

  2. A quadrilha PTralha festeja …..só tem medo de ser investigado é LADRAO…LADRAO

  3. Corrupção é sinal de Estado fraco, má governança, políticas públicas mal feitas e uma elite política e econômica mal selecionada. Reformas institucionais, políticas e econômicas são necessárias para garantir um aumento sustentável da integridade da esfera pública.

  4. Mas, para que o COAF nas mãos do Moro? Até agora ele nada fez sobre as movimentações financeiras do Queiroz detectadas por este órgão. Antes estava funcionando bem, agora esta parado. Nada mais justo que voltar ao controle do órgão de origem.

    1. Ele é ministro, não é juiz, muito menos MP ou polícia. Ele primeiro tem que desvendar a morte de Celso Daniel, que é mais grave e os petralhas não cobram nada.

  5. Bandidos unidos jamais serao vencidos. Viva os PTRALHAS, centroes e canalhas. Bando de FDP, so jogando uma bomba atomica nesse congresso, ou nunca nos livraremos dessa cambada de canalhas.

    1. Te devolvo a pergunta: a quantas andam as investigações do Caso Flávio Bolsonaro e Carlos Queiroz?
      Pouco importa a pasta a que esteja ligado o COAF. Enquanto esse país for governado por corruptos, as esperanças de dias melhores são minímas.
      Nós, enquanto população, decidimos polarizar a última eleição em dois dos seus piores polos: Bolsonaro e Haddad. Agora, temos que aguentar. Ainda faltam 1332 dias…

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