Geral

Inglaterra acaba com todas as restrições à Covid

Foto: POOL / REUTERS/2-7-21

Todas as medidas de restrição para conter a Covid-19 serão suspensas na Inglaterra no próximo dia 19, anunciou o premier Boris Johnson nesta segunda, traçando a última etapa do desconfinamento britânico após quase um ano e meio de restrições. O alívio, que alguns especialistas teme ser precipitado, coincide com um aumento de 146% nos novos diagnósticos no país, impulsionado pela variante Delta, cerca de 60% mais contagiosa.

Daqui a duas semanas, não será mais obrigatório usar máscaras ou manter um metro de distância, por exemplo. Boates e teatros poderão reabrir, a recomendação para o trabalho remoto será abolida, assim como os limites para aglomerações. Segundo o governo, a responsabilidade sobre como agir agora será dos ingleses, que deverão “aprender a viver” com o vírus. A decisão final sobre o desconfinamento será confirmada no dia 12, mas não há qualquer indício de que o governo ira voltar atrás.

O próprio premier reconhece que a pandemia esta longe de acabar, começando sua entrevista coletiva com o alerta de que os novos casos podem duplicar nas próximas duas semanas, chegando a 50 mil por dia, e que será necessário se “reconciliar com mais mortes”. Ainda assim, ele disse crer que a exitosa campanha de vacinação britânica já está suficientemente avançada e deve continuar a evitar uma piora drástica das internações e óbitos.

— A pandemia está longe de terminar, e certamente não acabará até o dia 19 — disse Boris. — No entanto, deveremos ser honestos com nós mesmos. Se não reabrirmos nossa sociedade nas próximas semanas, quando seremos ajudados pela chegada do verão e pelas férias escolares, então quando poderemos voltar ao normal?

O alívio vale apenas para a Inglaterra, que concentra 55 milhões dos 66 milhões de habitantes do Reino Unido, já que Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte estabelecem seus próprios cronogramas de restrições.

Como um todo, o país já aplicou ao menos um dose em 66,7% de seus habitantes. Quase metade da população já recebeu as duas doses — uma das maiores taxas do planeta e a segunda maior do continente europeu, atrás apenas de Malta. O plano é que, nas próximas duas semanas, todos os adultos já estejam aptos para se vacinar e ao menos dois terços tenham tomado as duas doses.

— Eu não quero que as pessoas achem que este é o momento para ficar eufórico . Estamos muito longe de não precisar mais lidar com o vírus — disse Boris.

Vacinas eficazes contra a Delta

O passo derradeiro do desconfinamento estava previsto para o dia 21 de junho, mas foi adiado diante do crescimento dos casos no país. O Reino Unido registra hoje uma média de 24,5 mil diagnósticos diários, mas as mortes e internações não crescem na mesma proporção: o coronavírus mata em média 17 britânicos por dia. A maciça parte das novas internações, disse Boris, continuam a ser pessoas não vacinadas.

As vacinas usadas no país são eficientes contra a variante Delta: segundo uma pesquisa preliminar divulgada em junho pelo sistema de saúde inglês, as duas doses da Pfizer-BioNTech evitam internações em 96% dos casos e as duas injeções da Universidade de Oxford-AstraZeneca, em 92% dos pacientes.

Uma injeção única, no entanto, teria apenas 33% de eficácia para conter novas infecções, o que levou o governo a acelerar a aplicação da segunda dose. No último dia 14, havia reduzido o intervalo entre os inoculantes de 12 para oito semanas para todos com mais de 40 anos. Nesta segunda, anunciou que o mesmo valerá para as faixas etárias inferiores.

— Obviamente, se nós encontrarmos uma variante que não responda às vacinas, então claramente precisaremos tomar os passos que forem necessários para proteger o público — disse Boris, respondendo a um repórter sobre uma possível volta das restrições.

Em paralelo, Boris confirmou que o governo irá aplicar doses de reforço em todos com mais de 50 anos ou com comorbidades a partir de setembro, na antecipação dos meses de outono e inverno. Não se sabe ao certo por quanto tempo as doses anti-Covid conferem imunidade, mas já em muitos países já se discute a necessidade de novas doses para reforçar a resposta imunológica, algo que pesquisas vêm mostrando ocorrer.

— Queremos estar na linha de frente das doses de reforço contra a Covid-19 para reduzir ao máximo possível a probabilidade de perda de protção devido ao enfraquecimento da imunidade ou de novas variantes — disse Jonathan Van-Than, vice-chefe médico da Inglaterra na semana passada.

Decisão precipitada?

Antes mesmo de Boris anunciar os detalhes do desconfinamento, especialistas e grupos sindicais já demonstravam temores de que as concessões do governo fossem demasiadamente lenientes. À rádio BBC, o conselheiro científico do governo, Stephen Reicher, disse que a Inglaterra terá “problemas” caso o governo ponha completa e exclusivamente na mão do povo:

— Se o governo ceder completamente a responsabilidade, nós teremos problemas — afirmou. — Para que as pessoas ajam com responsabilidade, a informação é crítica, mas os recursos também (…). Meu medo é que quando o governo te diz para agir com responsabilidade, pode parecer que eles estão dizendo que não levarão a responsabilidade deles a sério.

Já o sindicado Unite, que reúne 1,4 milhão de funcionários do setor de transportes, emitiu um apelo para que o governo repense o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras nos transportes públicos. Segundo o grupo, a decisão oficial é “absolutamente ridícula” pois o uso de máscaras “não apenas reduz tranmissões, mas dá segurança extra para os motoristas e passageiros nervosos que temem se infectar.

“Nossos membros já relatam que há um aumento dos passageiros ignorando as regras que dizem respeito às máscaras”, disse ele. “Pôr um fim à obrigatoriedade seria um ato de grande negligência”.

Também em entrevista à BBC, um representante do sindicato da Associação Médica Britânica concordou:

— Não faz sentido parar de usar máscaras em ambientes públicos fechados, como no transporte público — afirmou Chaand Nagpaul, o presidente do órgão. — E, no que diz respeito à “escolha pessoal”, lembrem-se que o uso de máscaras em público não protege predominantemente quem a usa, mas aqueles ao seu redor.

O líder da oposição, o trabalhista Keir Starmer, também criticou a decisão. Para ele, algumas medidas legais, como a obrigatoriedade das máscaras no transporte público, deveriam ser mantidas.

— É irresponsável simplesmente descartar todas as proteções quando a taxa de infecção está subindo — afirmou.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Pronto, o irresponsável do brazil vai dizer que tem que liberar pq vacinou 35%. 3…2…1..🤦‍♂️

    1. Com certeza olhe a pandemia no início na Inglaterra. Após ele pegar Covid a mudança de rumo, incentivando o distanciamento social, investindo em vacinas e com certeza estão colhendo os frutos. Pode ter certeza que se for preciso ele volta a restringir sendo política pública de Estado e querendo o melhor para a economia e a saúde pública. Essa conversa de vocês que um é contra o outro, é o genocida que criou para boi dormir. E tem muito adepto!

    1. O único tratamento para febre aftosa é a vacinação do rebanho. Ao que parece, o “rebanho” não gosta de vacina, prefere remédio para parasita e piolhos ou em uma grau mais avançado, ozônio no orifício…vida que segue

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

‘Todas as vacinas produzidas no Brasil, ou pelo Butantan, pela Fiocruz ou qualquer indústria, terá prioridade do SUS’, diz Pazuello

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira (16) que todas as vacinas produzidas no Brasil terão prioridade no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Todas as vacinas produzidas no Brasil, ou pelo Butantan, pela Fiocruz ou qualquer indústria, terá prioridade do SUS e isso está pacificado”, disse.

O governo federal lançou oficialmente nesta quarta-feira (16) o plano nacional de imunização. “O mais importante de hoje aqui não é apresentar o plano. O mais importante hoje é aqui é nós demonstrarmos que todos os estados, nós estamos juntos, todos os estados da federação serão tratados de forma igualitária, proporcional, não haverá nenhuma diferença”.

O ministro ainda questionou “pra que essa ansiedade, essa angústia?” ao falar sobre a vacinação contra a Covid-19.

“Vamos levantar a cabeça. Acreditem. O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior sistema único de saúde do mundo, de ter o maior programa nacional de imunização do mundo, nós somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Pra que essa ansiedade, essa angústia? Somos referência na américa latina e estamos trabalhando”, afirmou.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, mais de 182 mil pessoas morreram por conta da Covid-19. Pazuello se solidarizou com as famílias das vítimas da pandemia e disse que “os números são duros”.

Segundo o ministro, o governo federal entregará o material para a imunização aos estados, que serão responsáveis pela logística e distribuição em seus territórios. Assim, os estados terão de fazer as vacinas chegarem nos municípios, que aplicarão as vacinas. O Ministério da Defesa auxiliará no trabalho.

Pazuello afirmou que todos os brasileiros receberão a vacina de forma gratuita, nos postos de vacinação. “Vacinas registradas, vacinas garantidas em sua segurança e eficácia. Nós não podemos brincar com a saúde da população brasileira”, disse.

“A logística é simples. Apesar do nosso país ser desse tamanho, temos toda a estrutura já planejada e pronta. O ‘Q’ da questão está no cronograma. Esse cronograma depende de registro. Eu tenho de falar em hipóteses. Temos mais de 200 milhões de doses negociadas, Temos previsão de assinatura de MP [medida provisória] ainda nesta semana de 20 bilhões de reais”, disse.

Ao discursar na cerimônia de lançamento do plano, no Palácio do Planalto, Pazuello afirmou que há muita desinformação sobre a capacidade do Brasil de conduzir um programa nacional de imunização.

“Nossa imprensa que tem realmente sido fundamental na divulgação. O Brasil precisa que a imprensa divulgue as informações reais e que cheguem a todos os brasileiros”, disse.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. O Brasil, apesar de governadores e prefeitos ditadores e despreparados, da sabotagem do STF e do ex ministro "Maneta", incompetente e politiqueiro, está tendo um dos melhores resultados mundiais no combate a esse vírus, tanto no tocante à saúde pública quanto em relação à economia. Temos muito a agradecer ao governo Bolsonaro.

    1. Ótimos resultados. Já iniciamos a vacinação e a economia está de vento em popa. Em que país você vive?

  2. Pense numa ré que o Ministro e o Bozo deram. Meu amigo quem tem Ku tem medo mesmo os homens tão pianinho de mais.

  3. Esse milico deveria voltar pro quartel e ficar lá enfiando peido num cordão. Aliás, ele parece o sargento pincel dos trapalhões

  4. Texto “Todas as vacinas produzidas no Brasil ou pelo Butantã”.
    Agora pergunto. O Butantã não fica no Brasil não?
    Kkkkkk

    1. Mais um "alfabetizado' por um desses métodos paulofreireanos comentsndo.

    2. Ricardo, o que que você sabe sobre Paulo Freire e seu método? Aliás, você sabe de alguma coisa? Por favor brinde-nos com o seu notório saber.

  5. O ministro arregou , Da lua ? se conformou .
    Dória competente a bandeira levantou
    É vacina logo e já
    Para um povo descente
    Mesmo sendo presidido por um sujeito incompetentemente
    Meu braço jã está pronto
    Para vacina receber
    Calígula e seus sobrinhos
    já avisaram que vão querer
    Mas só querem no bumbum
    Em outro lugar pode esquecer
    Chega Aderbal traz logo meu pirão de ubarana que hoje eu estou rimando com força .
    Aí Papai !

  6. Cadê as companhias aéreas?
    Foi só para aparecer kķkkk
    Fez propaganda de graça, Hô cambada de espertos.

    1. Pra transportar o que, titia? O governo não se mexeu pra comprar nem seringa. Não há o que transportar. Vá cuidar dos meninos.

  7. Hô Ministro bom, o Mito acerta em todos os escolhidos.
    Mito é Mito o resto é tampa de furicúlo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Desemprego aumentou em todas as regiões do Brasil com avanço do coronavírus

Foto: iStock

O desemprego aumentou em todas as regiões do Brasil durante o primeiro trimestre de 2020, período que começou a sentir os efeitos da chegada do novo coronavírus ao país, segundo divulgou nesta sexta-feira (15) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A alta na taxa de desocupados foi sentida principalmente na região Nordeste, indo de 13,6% no último trimeste de 2019 a 15,6% nos três primeiros meses deste ano. A taxa também aumentou no Sudeste (11,4% a 12,4%), Norte (10,6% a 11,9%), Centro-Oeste (9,3% a 10,6%) e Sul (6,8% a 7,5%).

“Todas as regiões do país apresentaram crescimento significativo na comparação da taxa com o quarto trimestre”, disse Adriana Beringuy, analista do IBGE.

O primeiro caso conhecido d e Covid-19 no Brasil ocorreu em 25 de fevereiro. No mês seguinte, o país começou a sentir os efeitos econômicos do novo coronavírus, com decreto de quarentenas em estados e municípios por todo o Brasil, o que causou o fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de evitar avanço da pandemia. Até esta quinta (14), eram 13.993 mortos, com mais de 200 mil infectados pela doença.

A divulgação da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) apontou que 12 estados tiveram crescimento na taxa de desocupados. Nas outras 15 unidades da federação, a taxa de desocupação permaneceu estável na comparação com o último trimestre de 2019.

O Brasil terminou o primeiro trimestre deste ano com 1,218 milhão de pessoas a mais na fila do desemprego. Com o avanço no número de desempregados, a taxa de desocupação avançou para 12,2%.

A população desocupada foi de 11,632 milhões, no último trimestre de 2019, para 12,850 milhões nos três meses de 2020, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE. A alta no período foi de 10,5%.

O primeiro caso conhecido de Covid-19 no Brasil ocorreu em 25 de fevereiro. No mês seguinte, o país começou a sentir os efeitos econômicos do novo coronavírus, com decreto de quarentenas em estados e municípios, o que causou o fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de evitar avanço da pandemia.

Desde então, as maiores altas no desemprego foram observadas no Maranhão, que subiu 3,9 pontos percentuais, no Alagoas, com 2,9 ponto percentual a mais que no trimestre anterior, e no Rio Grande do Norte, alta de 2,7 ponto percentual. As maiores taxas foram observadas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%), Alagoas e Roraima (16,5%),

Segundo o IBGE, o desemprego avançou em diversos segmentos da sociedade no trimestre encerrado em março de 2020. Entre as pessoas que se declararam pretas e pardas, a alta foi de 13,5% e 12,6%, no quarto trimestre, para, respectivamente, 15,2% e 14%. Já entre as brancas subiu de 8,7% para 9,8%. Entre as mulheres, a taxa de desocupação ficou em 14,5%, enquanto 10,4% dos homens estavam na mesma situação

Entre os jovens de 18 a 24 anos de idade, o desemprego passou de 23,8%, no último trimestre de 2019, para 27,1%, no trimestre encerrado em março. “A maior parte dos temporários dispensados no início do ano são jovens, o que faz com que a queda no nível de ocupação seja maior nesta faixa”, explica Adriana.

A pesquisa mostrou ainda aumento no tempo de procura por emprego dos brasileiros: 8,1 milhões procuravam um novo trabalho há até um ano. Outros 1,6 milhão buscavam uma ocupação há menos de dois anos, enquanto 3,1 milhões de pessoas tentam emprego há dois anos ou mais.

A Pnad Contínua com os resultados do trimestre em março foi feita pela primeira vez por telefone, com objetivo de proteger os trabalhadores. Estava, porém, com dificuldades de ouvir os brasileiro – a pesquisa não foi desenhada para ser feita por telefone. Assim, a taxa de resposta dos entrevistados foi de apenas 61,6%, bem menor do que os cerca de 88% do mês de dezembro.

O aumento no desemprego apontado pela pesquisa é reflexo de quedas nos indicadores econômicos do país em março, diretamente causadas pelo primeiro mês com medidas de isolamento social decretadas para conter o avanço do novo coronavírus.

O setor de serviços, responsável por 60% do PIB (Produto Interno Bruto), teve queda recorde no mês, de 6,9%. Já as vendas do comércio brasileiro caíram 2,5% em março. A produção industrial, afetada pela queda nas vendas, caiu 9,1%, no pior resultado desde a greve dos caminhoneiros de 2018.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Acho que poderia ampliar essa matéria dizendo que desemprego aumentou em todos os países do mundo e avança no mundo e avança com Corona virus.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Ipea: inflação desacelera para todas as classes sociais

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A inflação desacelerou para todas as classes sociais, especialmente para a faixa de renda mais baixa, informou nesta sexta-feira (14) o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, em maio houve desaceleração pelo segundo mês consecutivo.

De acordo com o Ipea, a deflação no preço dos alimentos beneficiou as famílias de renda mais baixa, que tiveram inflação de 0,10%, enquanto as famílias mais ricas tiveram inflação de 0,18%. No acumulado em 12 meses, de junho de 2018 a maio de 2019, a inflação das famílias mais pobres é de 5,05%, superior à taxa de 4,4% das famílias com maior poder aquisitivo.

A pesquisa mostra que, dos 16 subgrupos que compõem o segmento de alimentação no domicílio, 10 apresentaram deflação em maio. Os itens com as maiores quedas de preço foram tubérculos (-,3%), hortaliças (-4,6%), cereais (-5,0%) e frutas (-2,9%). Os produtos têm maior peso na cesta de consumo das famílias mais pobres. Por isso, a queda nos preços ajudou a anular, em parte, os efeitos da alta de energia elétrica (2,2%), gás de botijão (1,4%) e produtos farmacêuticos (0,82%), diz o Ipea.

Já a inflação das famílias mais ricas foi impactada pela alta de 2,6% no preço da gasolina e no aumento de planos de saúde (0,80%) e serviços médicos (0,56%). Os alimentos contribuíram para a desaceleração, mas em ritmo mais lento.

Segundo o Ipea, na comparação com o mês de maio do ano passado, os alimentos foram responsáveis pela redução da taxa de inflação de todas as classes de renda. No caso das famílias com menor poder aquisitivo, houve recuo de 0,31 ponto percentual e a inflação caiu de 0,41% para 0,10%. Para os mais ricos, a queda foi de 0,20 ponto percentual: a taxa caiu de 0,38% em maio de 2018 para 0,18% em maio de 2019.

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda é calculado mensalmente, com base nas variações de preços de bens e serviços disponibilizados pelo Sistema Nacional de Índice de Preços ao Consumidor (SNIPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Agência Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *