Clima

2020 tem o novembro mais quente de todos os tempos

Foto: David Becker – 17.ago.2020 / Reuters

O mundo acabou de passar pelo novembro mais quente já registrado, enquanto a Europa teve o outono com temperaturas mais altas, segundo um alarmante relatório do Serviço de Mudança Climática do Copernicus, da União Europeia.

As temperaturas foram mais elevadas em regiões ao norte da Europa, Sibéria e Oceano Ártico, onde o gelo do mar ficou no segundo nível mais baixo da história para o mês de novembro.

Os Estados Unidos, a América do Sul, a África do Sul, o planalto do Tibete, o leste da Antártica e a maior parte da Austrália também registraram temperaturas muito acima da média.

Em todo o planeta, novembro ficou quase 0,8ºC acima da média para os anos de 1981 a 2010, e 0,1ºC mais quente que 2019. E esse calor incomum surgiu mesmo com o efeito de esfriamento do fenômeno La Niña.

Tendência de aquecimento

Na Austrália, um incêndio florestal está há seis semanas fora de controle na região turística de Fraser Island, enquanto algumas partes do país sofrem com uma onda de calor recorde.

“Esses recordes são compatíveis com a tendência de aquecimento de longo prazo do clima global”, disse Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudança Climática do Copernicus no Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo.

Ele afirmou que novembro foi “um mês excepcionalmente quente” em todo o planeta e as temperaturas no Ártico e no norte da Sibéria permaneceram altas enquanto o gelo do mar ficou no nível mais baixo.

“Essa tendência é preocupante e destaca a importância do monitoramento abrangente do Ártico, enquanto ele se aquece mais rápido do que o restante do mundo”, disse Buontempo.

Ele ressaltou que governantes que priorizam a mitigação dos riscos climáticos “devem ver esses recordes como um alarme” e pensar mais seriamente do que nunca em como cumprir com o Acordo de Paris de 2015.

Cenário perturbador

Os Estados Unidos deixaram o Acordo de Paris em novembro, com o atual presidente Donald Trump alegando que ele “foi projetado para matar a economia norte-americana”. Contudo, o presidente eleito, Joe Biden, prometeu que o país vai voltar ao tratado assim que ele tomar posse.

Dados do Serviço de Mudança Climática do Copernicus mostram que 2020 pode ser o ano mais quente já registrado. Ele está no mesmo nível de 2016, o mais quente até agora, e provavelmente vai igualar o recorde ou excedê-lo levemente, a menos que haja uma queda em dezembro.

O relatório climático anual da Organização Mundial de Meteorologia (WMO, em inglês), divulgado na semana passada, mostrou que 2020 estava a caminho de ser um dos três anos mais quentes da história, atrás apenas de 2016 e 2019.

A WMO informou que a média global de temperatura foi de cerca de 1,2ºC acima dos níveis pré-industriais. Deve-se evitar que as temperaturas globais subam acima de 1,5ºC para que grandes impactos no clima sejam contidos, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas (ONU).

Apesar de os dados de dezembro serem decisivos, é quase certo que 2020 será o ano mais quente para a Europa, indicam relatórios do Copernicus. O período de janeiro a novembro foi 0,5ºC mais quente do que o mesmo período de 2019, e ao menos 0,4ºC mais quente do que o mesmo período de qualquer outro ano.

Em setembro, outubro e novembro, a temperatura média na Europa foi 1,9ºC acima da média de 1981 a 2010 e 0,4ºC acima da média de 2006, outono (no hemisfério norte) mais quente até então. A maior parte da Europa viu um calor acima da média, com temperaturas subindo mais nas regiões ao norte e leste do continente.

No Ártico e nas áreas ao norte da Sibéria, as temperaturas têm ficado acima da média para todo o ano de 2020. A cobertura do gelo marinho está particularmente baixa desde o início do verão.

CNN Brasil

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Educação

Enem 2019 foi “melhor de todos os tempos”, diz ministro da Educação

Foto: Adriano Machado/Reuters

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nesta sexta-feira (17) que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 foi o “melhor de todos os tempos”. Junto ao presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, o ministro deu entrevista coletiva para divulgar o resultado do desempenho dos 3,9 milhões de participantes do exame.

“[Está] tudo mostrando que foi o Enem de todos os tempos. Mostrando que gestão e eficiência e respeito ao dinheiro público são marcas do governo Bolsonaro. Resumidamente, estou muito satisfeito”, disse Weintraub, que enfatizou como sucesso o fato de não ter havido polêmicas relacionadas ao Enem. “Não teve polêmica, foi tudo muito aceito. A gente não teve problema operacional nenhum a cargo do MEC [Ministério da Educação]. A única coisa que houve, pontualmente, foi uma tentativa de sabotagem, uma pessoal que já está com a Polícia Federal. Então não prejudicou nada”, afirmou.

As notas individuais do Enem 2019 foram divulgadas nesta sexta-feira pelo Inep e podem ser acessadas na Página do Participante (https://enem.inep.gov.br/participante/) e pelo aplicativo do Enem, por meio do número de CPF cadastrado e da senha. Quem não lembra da senha para acessar os dados pode recuperá-la ou mesmo resetá-la e fazer uma nova.

Durante a coletiva, o presidente do Inep apresentou os número gerais do exame. As médias gerais foram 523,1 para matemática e suas tecnologias; 520,9 para linguagens, códigos e suas tecnologias; 508 para ciências humanas e suas tecnologias; e 477,8 para ciências da natureza e suas tecnologias.

Quanto à redação, 53 participantes obtiveram a nota máxima (1.000) e 143.736 zeraram. Os maiores percentuais de motivos para nota zero foram: redações em branco (56.945), fuga do tema (40.624) e cópia do texto motivador (23.265). Para os treineiros, que são os que não concluíram o ensino médio, a média ficou em 592,9. Estes poderão ter acesso às notas em março, assim como ao espelho da redação.

Dos 5.095.308 de inscritos, 1.160.151 não compareceram às provas, o que correspondente a 22,77% dos inscritos. Destes, 67,28% tiveram direito à isenção da taxa de inscrição.

O exame também ofereceu 38.466 atendimentos especializados (destinados a pessoas com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, autismo e/ou discalculia) e 11.654 atendimentos específicos (gestante, lactante, idoso, estudante em classe hospitalar e/ou pessoa com outra condição específica).

O presidente do Inep disse ainda que o aumento nos recursos de acessibilidade se refletiu no desempenho dos participantes. Ao todo, foram disponibilizados 53.552 recursos de acessibilidade, como videoprova em Libras, tradutor-intérprete de Libras, sala de fácil acesso, prova ampliada (com letras maiores), prova em braile, auxílio para transcrição e leitura, e o uso de aparelho auditivo ou de implante coclear. “No caso dos participantes surdos quando a gente colocou mais recursos para eles fazerem as provas houve um aumento substancial no desempenho dos surdos”, disse Lopes.

Enem digital

O ministério vai realizar, em 2020, uma versão digital do Enem. A aplicação do exame será opcional e a estimativa inicial é de 50 mil participantes, podendo chegar aos 100 mil. As provas ocorrerão nos dias 11 e 18 de outubro, antes do Enem tradicional, marcadas para os dias 1º e 8 de novembro. A implantação do Enem Digital será progressiva, com previsão de consolidação em 2026.

“O aluno vai optar entre uma das versões do Enem. A orientação do jurídico [do Inep] é que a escolha seja por ordem de inscrição. O exame vai ser aplicado em 15 capitais, o candidato vai selecionar a cidade e vai pedir a inscrição, se tiver a vaga ele se inscreve, se não tiver ele será direcionado para fazer a inscrição no Enem tradicional”, informou Lopes.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Bando de ladrão! Melhor, só se foi pra ELE e pros que fazem parte d Gang do Bozo. Ainda vão ser descobertos todos os Podres deste FARSANTE. Ele pode ser tudo, menos HONESTO.

  2. Haddad disse: vamos caçar o mandato de Bolsonaro!kkkkkk. Analfa, professor de faculdade particular. Kkkkkk

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