Saúde

Reino Unido testa anti-inflamatório e remédio contra câncer para tratar Covid-19

Foto: Thomas Peter – 30.mar.2020/Reuters

Dois remédios, um anti-inflamatório e outro contra o câncer, estão sendo testados como possíveis terapias para pacientes com Covid-19, anunciaram as universidades britânicas de Birmingham e Oxford nesta quarta-feira (10).

Acredita-se que casos graves de Covid-19 são desencadeados por uma hiper reação do sistema imunológico, conhecida como tempestade de citocina, e pesquisadores estão investigando se remédios que suprimem certos elementos do sistema imunológico podem desempenhar um papel na contenção de uma escalada rápida dos sintomas.

O primeiro dos quatro candidatos do teste chamado Catalyst é o Namilumab, do laboratório Izana Bioscience, usado nas fases finais de testes para tratamento de artrite reumatoide e uma doença inflamatória conhecida como espondilite anquilosante.

Ele visa a uma citocina chamada GM-CSF: acredita-se que em níveis descontrolados, esta citocina é um catalisador essencial da inflamação pulmonar excessiva e perigosa vista em pacientes com Covid-19. O remédio já está sendo testado como terapia para Covid-19 na Itália.

O segundo medicamento, Infliximab (CT-P13), desenvolvido pela Celltrion Healthcare UK, sediada na cidade inglesa de Slough, é usada para tratar oito doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e a síndrome do intestino irritável.

“Indícios emergentes estão demonstrando um papel crítico de anti-inflamatórios na tempestade de citocina associada à infecção grave de Covid-19”, disse Ben Fisher, investigador de testes clínicos da Universidade de Birmingham.

“No estudo Catalyst, esperamos mostrar, com uma única dose destes tipos de remédios em pacientes hospitalizados, que conseguimos adiar ou evitar a deterioração rápida para o tratamento intensivo e a exigência de ventilação invasiva neste grupo crítico de pacientes.”

Entre os outros remédios para doenças autoimunes que estão sendo estudados devido à sua capacidade de conter a tempestade de citocina em testes estão o Regeneron, o Kevzara da Sanofi, o Actemra da Roche e o otilimab da Morphosys e da GlaxoSmithKline.

CNN Brasil, com Reuters

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Saúde

Vital Brazil e UFRJ testam soro para tratar covid-19 feito a partir do plasma sanguíneo de cavalos

Foto: Cadu Rolim/Estadão Conteúdo

Pesquisadores do Instituto Vital Brazil e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) estão estudando um soro hiperimune que pode tratar a covid-19. Esse medicamento é do mesmo tipo daqueles usados contra a raiva e contra picada de animais peçonhentos.

O soro é feito a partir do plasma sanguíneo de cavalos. No caso dos soros antiveneno, o sangue equino produz agentes de defesa contra a toxina inoculada no corpo. A partir desse plasma com anticorpos, é criado o soro.

O mesmo processo é usado no soro contra a raiva, aplicado em pessoas que possivelmente tiveram contato com o vírus e que impede que o agente viral se manifeste no corpo do infectado.

No estudo contra o novo coronavírus, a UFRJ isolará e inativará o vírus, para que ele possa começar a ser inoculado em cavalos do Instituto Vital Brazil. O teste começa na próxima quarta-feira (27).

“Já vimos em muitas pesquisas realizadas pelo mundo em que o tratamento a partir do plasma de pessoas curadas da covid-19 teve efeito positivo no tratamento de infectados em estado grave. A ideia é fazer um experimento agora a partir do plasma de cavalos, para que possa ser produzido em grande escala”, afirma o presidente do instituto, Adilson Stolet.

Caso os resultados sejam promissores, daqui a quatro meses o soro poderá ser testado em humanos. Em seis meses, seria possível produzir em grande escala. A capacidade do instituto é de produzir até 100 mil tratamentos por ano.

Outra pesquisa do Vital estuda anticorpos e DNA de lhamas. Com os dois estudos, é possível apostar no processo que der resultados mais rápidos.

R7, com Agência Brasil

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