A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação e a venda dos suplementos alimentares Jack3D, Oxyelite Pro e Lipo-6 Black. Eles contêm a substância dimetilamilamina (DMAA), que pode causar dependência, disfunções metabólicas, insuficiência renal, falência do fígado, problemas cardiovasculares, alterações do sistema nervoso e até morte.
O DMAA é um estimulante usado em processos de emagrecimento e também para o aumento do rendimento durante a prática de exercícios físicos. Segundo alerta feito ontem pela Anvisa, os suplementos vetados não são seguros para o consumo como alimentos. Eles contêm substâncias com propriedades terapêuticas que não podem ser usadas sem acompanhamento médico.
“O forte apelo publicitário e a expectativa de resultados mais rápidos contribuem para o uso indiscriminado dessas substâncias por pessoas que desconhecem o verdadeiro risco envolvido”, afirmou o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa, José Agenor Álvares. Segundo o relatório do órgão, muitos desses suplementos alimentares não estão regularizados e são comercializados irregularmente no País.
No alerta, o diretor da Anvisa declarou que os produtos fabricados com ingredientes que contêm DMAA não passaram por avaliações de segurança. “Esses suplementos contêm substâncias proibidas para uso em alimentos: são estimulantes, hormônios e outros produtos considerados doping pela Agência Mundial Antidoping”, disse Álvares.
Veto internacional
Ainda segundo a Anvisa, a Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da Rede de Autoridades em Inocuidade de Alimentos, alertou que vários países têm identificado efeitos adversos associados ao consumo da DMAA contida nos suplementos alimentares. Alguns países já proibiram a comercialização de produtos feitos à base da substância – Austrália e Nova Zelândia, por exemplo.
De acordo com o diretor da Anvisa, produtos conhecidos popularmente como suplementos alimentares não podem divulgar que têm propriedades ou indicações terapêuticas. “Propagandas e rótulos que indicam alimentos para prevenção ou tratamento de doenças ou sintomas, emagrecimento, redução de gordura, ganho de massa muscular, aceleração do metabolismo ou melhora do desempenho sexual são ilegais e podem conter substâncias não seguras para o consumo”, ressaltou Álvares.
Fonte: Jornal da Tarde
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