Judiciário

Juíza nega afastar Fábio Wajngarten do cargo de Secretário Especial de Comunicação da Presidência da República e rejeita tese de favorecimento de TVs

Foto: Fátima Meira / Estadão Conteúdo

A Justiça do Distrito Federal rejeitou nesta quinta-feira (23) a concessão de uma liminar para afastar Fábio Wajngarten do cargo de Secretário Especial de Comunicação da Presidência da República. Em seu despacho, a juíza Solange Salgado, da 1ª Vara Federal Cível da Justiça Federal do Distrito Federal, descartou também a acusação de favorecimento da Secom a algumas emissoras de televisão em contratos de publicidade.

Em janeiro, o PSOL entrou com ação popular pedindo a revogação das nomeações de Wajngarten e do secretário-adjunto da Secom, Samy Liberman, por manterem contratos com empresas que recebem recursos do governo.

Wajngarten é sócio da FW Comunicação e Marketing, dona de contratos com ao menos cinco empresas que recebem recursos direcionados pela Secom. O secretário argumenta que os acordos comerciais foram feitos antes de seu ingresso na pasta e, desde então, não sofreram qualquer reajuste ou ampliação.

Para Salgado, “admitir-se que há conflito de interesses simplesmente porque algum agente público é cotista de uma sociedade empresária que presta serviços que não se relacionam com as atividades desempenhadas pelo órgão significaria igualmente admitir a existência de uma responsabilidade objetiva por mera conjectura”.

A juíza escreve também que concluir que exista favorecimento de determinados veículos pela Secom “revela uma ausência completa de conhecimento sobre a publicidade institucional dos órgãos governamentais” e que não há “qualquer favorecimento a quem quer que seja, mas sim tão somente um planejamento que busca a eficiência administrativa”.

Por fim, para Salgado, “não restou demonstrado que a atuação do poder público na nomeação de Wajngarten está em desconformidade com o ordenamento jurídico, inexistindo qualquer nulidade ou violação aos princípios constitucionais que regem a administração”.

R7

Opinião dos leitores

  1. Sempre notei que as coisas da esquerda não eram direitas. Agora estou notando, que as coisas erradas da direita, são direitas. Ao que parece, nossa justiça está bem alinhada pela direita. Mas quando passa para a esquerda, o andamento é totalmente desalinhado.

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Jornalismo

É mais divertido tuitar sobre programas de TV, do que propriamente assisti-los

Thaís Pinheiro/Estadão

Nas noites de sábado, quando o programa Legendários entra no ar pela Record, uma legião – com o perdão do trocadilho – de internautas já está a postos, interagindo pelas redes sociais ou assistindo ao Legendários na Web, que acontece exclusivamente na web e chega a ter 200 mil visualizações durante sua exibição ao vivo. Isso não significa que toda essa turma estará com o controle remoto na mão.

UFC: evento bombou na televisão e nas redes sociais - Wilton Junior/AE

A audiência da televisão agora se consolida em outras plataformas e aqueles que nem sempre registram números tão surpreendentes no Ibope podem ter seu barulho potencializado quando ganham terreno na web, principalmente nas redes sociais. “É quase mais divertido acompanhar os tweets do que o próprio jogo ou uma novela que está passando na televisão. Criou-se uma comunidade em torno de Vale Tudo, por exemplo, que era quase mais forte na internet do que na TV a cabo”, avalia João Ramirez, consultor de negócios digitais e estrategista digital da campanha de Marina Silva à Presidência da República, em 2010.

O Legendários, que já nasceu baseado no conceito de multiplataformas, investe tanto na TV quanto na internet para ver seu conteúdo repercutir. “No nosso caso, a audiência da TV hoje é muito maior, claro, 10 pontos de audiência é muita gente. O que a gente está fazendo é crescendo paralelamente, juntos. Não gera uma competição, gera um complemento”, explica Marcos Mion, apresentador da atração e que conta com quase 3 milhões de seguidores no Twitter.

É no Twitter, aliás, que alguns dos temas tratados na tela ganham mais força. Em 2010, a vitória de Fernanda Souza na Dança dos Famosos, quadro apresentado no Domingão do Faustão, rendeu muitos comentários na rede social, com direito a troca de farpas entre participante e jurado.

Às segundas-feiras, não escapam dos Trending Topics (assuntos mais populares do Twitter) temas relacionados a programas que abocanham uma fatia muito menor no Ibope se comparados à atração de Fausto Silva, mas que conseguem ser assunto por alguns dias na rede, casos do CQC, da Band, e o do Roda Viva, da Cultura.

“Os integrantes do CQC possuem uma comunidade de fãs própria, eles chegam a quase 14 milhões de seguidores”, observa o consultor João Ramirez. “Se eles chamarem o público para assisti-los, quase não precisam da emissora para veicular o programa. Eles acabam potencializando toda e qualquer atividade da qual participam”, continua. Na TV, o programa pilotado por Marcelo Tas não passa dos 6 pontos de média no Ibope e há um ano mantém o CQC 3.0, só para a web. O sucesso do formato “3.0” foi tanto que outros dois programas da casa ganharam versão online: Jogo Aberto e Receita Minuto.

No último dia 17, o Roda Viva ganhou nova bancada, novo apresentador e seus tuiteiros de volta. O resultado foi 0,7 ponto de audiência (o que não chega a 58,2 mil domicílios na Grande São Paulo) – mesma média da temporada com Marília Gabriela – e um lugar cativo nos TT’s, que pode ser visto por milhões de pessoas. “O Roda Viva sempre teve a caraterística de ter muita repercussão, jornais repercutiam ao longo da semana toda. O programa tem uma longevidade maior do que seu próprio horário”, aponta Fernando Vieira de Mello, vice-presidente de conteúdo da emissora. Além de ser uma ferramenta de divulgação, a rede de microblogs também é vista como termômetro pela TV. “É um manancial importante para sentir um pouco o pulso do telespectador, quais são as preocupações, tendência de opinião”, conclui Mello, justificando que os tuiteiros se ausentaram da bancada durante o período de Gabi apenas porque a atração era gravada.

Outros assuntos bombardearam as redes sociais neste ano foram o UFC no Brasil (RedeTV!) e o Rock in Rio (Globo e Multishow). Neste caso, segundo Ramirez, seu sucesso na web é só representação do que está em alta no cotidiano. “Não acredito muito em fenômenos que aconteçam só na internet. Esses são exemplos de coisas que estavam engajando as pessoas de alguma forma.”

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Jornalismo

O Brasil corre o risco de sofrer um apagão nas transmissões de tevê durante a Copa do Mundo de 2014

Isto É Dinheiro:

O ano era 1981 e a Seleção de futebol do Brasil, comandada pelo técnico Telê Santana, disputava as eliminatórias para a Copa do Mundo da Espanha. Em dois jogos do torneio, no entanto, surgiu um problema que deixou a população brasileira preocupada. Por conta de uma falha no satélite, as imagens que seriam transmitidas ao vivo pela televisão não chegaram aos telespectadores. Assustado, o povo se perguntava: o País vai ficar sem ver a Copa? Após alguns ajustes, a Intelsat, empresa americana dona do satélite utilizado para a transmissão na época, normalizou a situação.

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