Diversos

Anvisa nega pedido da Unicamp a estudo com cultivo de Cannabis

Foto: Eric Engman / AP

A Anvisa negou um pedido da Unicamp para desenvolver uma pesquisa com o cultivo de Cannabis.

A resposta negativa foi dada em 6 de novembro, após nove dias de análise.

Em parceria com a empresa Entourage Phytolab, o estudo agronômico da Unicamp duraria dois anos e trabalharia com 91 tipos de sementes de Cannabis para a produção de medicamentos.

Um recurso será apresentado nos próximos dias à Diretoria Colegiada da agência, que deve ser julgado em janeiro.

“É uma pena. Infelizmente estamos passando por um momento de muito obscurantismo. Não estamos pedindo nada que não esteja autorizado pela lei”, afirmou Caio Santos, CEO da Entourage, ressaltando que o trabalho pode contribuir com o combate de doenças coronárias, emagrecimento e tratamentos anti-inflamatórios.

Na semana passada, a Universidade Federal de Viçosa e a startup ADWA Cannabis iniciaram uma pesquisa para o melhoramento genético da planta.

Contudo, após resistência da Anvisa, o estudo só começou após uma decisão judicial.

Guilherme Amado – Época

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Saúde

Unicamp cria spray que inativa novo coronavírus e pode criar proteção extra em máscaras

Foto: Antonio Scarpinetti

Uma tecnologia que inativa o vírus Sars-CoV-2, da covid-19, pode ser usada na fabricação de máscaras e equipamentos de proteção contra a contaminação da doença. A novidade em forma de spray, que acaba de ser anunciada por cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), já foi patenteada e está disponível para ser produzida em escala industrial.

As informações são da pesquisadora Marisa Masumi Beppu, professora titular da Faculdade de Engenharia Química da universidade. “É uma tecnologia que impede o vírus de se replicar e que pode ser usada na produção dos chamados EPIs (equipamentos de proteção individual)”, explicou a especialista, que lidera o Laboratório de Engenharia e Química de Produtos (Lequip).

Em entrevista ao Estadão, ela contou que a eficácia foi comprovada em laboratório e está disponível para interessados na fabricação de máscaras, que hoje são descartáveis e têm duração limitada. O SprayCov, como foi patenteado, não é um sanitizante, esclareceu a pesquisadora. O produto é um composto de íons de cobre que aderem às superfícies de materiais têxteis.

“As máscaras hoje são barreiras físicas contra as gotículas que podem conter o vírus e a ideia é que, com esta tecnologia, possam oferecer proteção também para eliminar o vírus”, disse Marisa. Ela confirmou que já há empresas interessadas na produção, mas alerta que a oferta de EPIs com a tecnologia depende da capacidade do investimento e adaptação de uma planta de produção industrial.

“Isso pode demorar alguns meses”, alertou a pesquisadora. A venda ao público do produto com a substância protetora vai depender desse fator de produção, mas ela garantiu que a pesquisa comprovou a eficácia da tecnologia, que pode ser aplicada na parte externa das máscaras para inativar o vírus. Em laboratório, o produto se mostrou eficiente em 99,9% dos casos durante pelo menos três dias.

Segundo os cientistas, a equipe da Unicamp já pesquisava “o potencial das interações de íons metálicos com polímeros naturais na área ambiental e biomédica” quando houve a explosão do novo coronavírus no País. A partir daí, a equipe ampliou a pesquisa para avaliar se as substâncias poderiam ser eficazes também o Sars-CoV-2.

O produto agora entra em outra fase, podendo ser feito em escala para aplicação nas EPIs ou em líquido para uso em spray. O produto forma uma capa de proteção contra o vírus. Conforme material sobre o SprayCov, distribuído pelos pesquisadores, os sais de cobre já são usados em larga escala na agricultura, há mais de um século, como fungicida para conter o avanço de pragas e tem baixo custo. A pesquisa mostra que o custo de recobrimento de máscaras com o SprayCov foi calculado em pouco menos de R$ 0,02 por máscara.

Estadão

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  1. Notícia péssima pra Doria e alguns esquerdopatas que querem o comércio fechado, chopa essa babacas, como diz na no Ceará. Kkkk

    1. As pesquisas estão avançadas . O problema é o tamanho do produto . Para mim esse detalhe não tem importância . Pode ser do tamanho da minha arminha .

  2. Mais uma vez a ciência fazendo seu papel, será que alguns governantes vão ignorá-la, mais uma vez?

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Educação

Unicamp é a universidade mais prestigiada da América Latina; UFRN dentre as instituições que perderam posição

Pelo segundo ano consecutivo, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi considerada a instituição de ensino superior mais prestigiada da América Latina no ranking de reputação acadêmica da revista Times Higher Education (THE). A Universidade de São Paulo (USP) aparece em segundo lugar.

A publicação da tradicional revista britânica ressalta o domínio das instituições brasileiras na região. Das 129 universidades que entraram para o ranking, 43 são do País – sendo que seis entraram para o top 10. No entanto, o relatório faz um alerta e diz que “apesar do domínio regional contínuo” a situação econômica brasileira coloca o sistema de ensino superior em ‘posição precária’”.

“A profunda pressão financeira sobre suas universidades está prejudicando seu desempenho e atratividade no cenário global e colocando em risco seu imenso potencial. No entanto, face a esses desafios, a resiliência e a ambição das universidades são claras, assim como a contínua busca de aumentar a qualidade e atender às necessidades de sua nação”, avalia Phil Baty, diretor editorial do Global Rankings da THE.

Dentre as instituições que perderam posição neste ano estão as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), do ABC (UFABC), de Pernambuco (UFPE), do Ceará (UFC), de Goiás (UFG) e do Rio Grande do Norte (UFRN). Em nota, o Ministério da Educação (MEC) diz que não comenta estudos que não são oficiais do governo por desconhecer a metodologia aplicada. No entanto, destaca que não houve “cortes” neste ano e que, mesmo com as limitações orçamentárias enfrentadas pelo País, não faltam recursos para as universidades.

Cenário

A análise geral dos países mostra que o Brasil é o que mais se destaca no ambiente para pesquisa. A Argentina está no topo do ambiente de ensino e o Equador tem o melhor desempenho de influência de pesquisa e perspectivas internacionais. “O Brasil definha atrás de seus vizinhos quando se trata de perspectivas internacionais e tem espaço para melhorar sua influência na pesquisa (impacto de citações)”, diz o relatório.

A revista usa 13 métricas de performance das atividades das instituições, divididas em quatro áreas: ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectiva internacional.

Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, destaca o bom desempenho das três universidades paulistas na avaliação – a Universidade Estadual Paulista (Unesp) aparece no 11º lugar -, mas também vê com preocupação a influência da crise econômica no desenvolvimento das instituições.

“É uma situação bastante preocupante. Houve uma redução grande no investimento em ciência e tecnologia no País e a situação financeira no Estado de São Paulo é bastante frágil. A recuperação econômica nas universidades é lenta e corremos o risco de perder os investimentos feitos nos últimos 50 anos. É um momento muito duro”, diz Knobel.

O ranking pode ser conferido no seguinte endereço eletrônico:

https://www.timeshighereducation.com/world-university-rankings/2018/latin-america-university-rankings#!/page/0/length/25/sort_by/rank/sort_order/asc/cols/undefined

Isto É, com Estadão

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