Saúde

Por que estudos defendem que algumas pessoas que já tiveram Covid-19 podem tomar apenas uma dose da vacina

Foto: CHRISTOF STACHE / AFP

A bióloga molecular Shannon Romano teve Covid-19 no final de março passado, cerca de uma semana depois que ela e seus colegas fecharam o laboratório no Hospital Mount Sinai, em Nova York. Uma dor de cabeça debilitante veio primeiro, seguida de uma febre que não parava de subir e, na sequência, dores excruciantes no corpo. “Não conseguia dormir. Não conseguia me mover ”, disse. “Cada uma das minhas juntas doía por dentro.”

Não era uma experiência que ela quisesse repetir — nunca mais.

Quando ela se tornou elegível para ser vacinada, no início deste mês, ela tomou sua dose. Dois dias após a injeção, desenvolveu sintomas que eram muito familiares. “A maneira como minha cabeça e meu corpo doíam era a mesma de quando tive Covid-19”, disse. Ela se recuperou rapidamente, mas a resposta intensa de seu corpo a pegou de surpresa.

Um novo estudo pode explicar por que Romano e muitos outros que tiveram Covid relataram essas reações inesperadamente intensas à primeira dose da vacina.

Em um artigo publicado online nesta segunda-feira, pesquisadores descobriram que pessoas que já haviam sido infectadas com o vírus relataram fadiga, dor de cabeça, calafrios, febre e dores musculares e articulares após a primeira injeção com mais frequência do que aquelas que nunca foram infectadas. Os sobreviventes da Covid também apresentaram níveis muito mais altos de anticorpos após a primeira e a segunda doses da vacina.

Com base nesses resultados, dizem os pesquisadores, as pessoas que tiveram Covid-19 podem precisar de apenas uma dose.

“Acho que uma dose da vacina deve ser suficiente”, disse Florian Krammer, virologista da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai e autor do estudo. “Isso pouparia os indivíduos de dores desnecessárias ao receber a segunda dose, assim como liberaria doses adicionais de vacina.”

As descobertas de Krammer e seus colegas ainda não foram publicadas em uma revista científica.

Um outro estudo divulgado na segunda-feira reforça a ideia. A pesquisa incluiu 59 profissionais de saúde, 42 dos quais já tinham tido Covid (com ou sem sintomas). Os pesquisadores não avaliaram os efeitos colaterais, mas descobriram que aqueles que haviam sido infectados anteriormente responderam à primeira dose gerando altos níveis de anticorpos, maiores se comparados às quantidades observadas após a segunda dose em pessoas que nunca haviam sido infectadas. E, em experimentos de laboratório, esses anticorpos se ligaram ao vírus e o impediram de entrar nas células.

Para aumentar o fornecimento da vacina, os autores concluem e sugerem que aqueles que já tiveram Covid devem ser movidos para baixo na lista de prioridades e receber apenas uma dose da vacina enquanto os suprimentos de vacinas são limitados.

Precedente complicado

Enquanto alguns cientistas concordam com essa lógica, outros são mais cautelosos. Alterar o número de doses pode criar “um precedente realmente complicado”, disse E. John Wherry, diretor do Instituto de Imunologia da Universidade da Pensilvânia. “Não aceitamos a aprovação do FDA (agência reguladora semelhante à Anvisa) para um medicamento quimioterápico e depois simplesmente descartamos o esquema de dosagem”, disse.

Wherry também apontou que as pessoas que tiveram casos leves de Covid parecem ter níveis mais baixos de anticorpos e podem não ter proteção contra variantes mais contagiosas do vírus. Também pode ser difícil identificar quais pessoas foram infectadas anteriormente. “Documentar isso se torna um problema de saúde pública potencialmente confuso”, afirmou.

Efeitos colaterais são esperados

Os efeitos colaterais após a vacinação são totalmente esperados. Eles mostram que o sistema imunológico está montando uma resposta e estará mais bem preparado para combater uma infecção se o corpo entrar em contato com o vírus. As vacinas da Pfizer e da Moderna são particularmente boas em evocar uma resposta forte. A maioria dos participantes nos ensaios das empresas relatou dor no local da injeção, e mais da metade relatou fadiga e dores de cabeças.

Dúvidas sobre reações mais graves à vacina em pessoas que já tiveram Covid surgiram em uma reunião de 27 de janeiro de um comitê de especialistas que assessora os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Pablo J. Sánchez, membro do comitê do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil Nationwide em Columbus, Ohio, observou que ouviu de pessoas que tiveram uma resposta à vacina pior do que sua experiência anterior com Covid-19. Ele sugeriu que uma pergunta sobre infecção anterior fosse adicionada às informações feitas pelo CDC. “Isso não é perguntado”, disse Sánchez. “E acho que isso é muito importante.”

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Agora que os testes das vacinas estão iniciando, fizeram pesquisa com pessoas jovens e saudáveis os resultados foram ótimos, agora é que veremos a realidade das vacinas em pessoas idosas ,as que foram infectadas e aquelas com comorbidades .

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Saúde

Brasil deve receber 1,6 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 pela Covax no primeiro trimestre de 2021, totalizando 10,6 milhões até julho

Foto: Fotoarena / Agência O Globo

A aliança global Covax anunciou nesta quarta-feira (3) que o Brasil deve receber 1,6 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford no primeiro trimestre de 2021, por meio do consórcio, e mais cerca de 6 milhões no segundo trimestre. Outros 3 milhões devem ser entregues no segundo semestre, totalizando 10,6 milhões de doses nesta primeira fase.

A entrega está estimada para começar no final de fevereiro. A quantidade prevista está abaixo da anunciada anteriormente pelo Ministério da Saúde. No sábado (30), a pasta informou que o Brasil receberia de 10 a 14 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca por meio da Covax em meados de fevereiro. No entanto, após o Valor Econômico revelar que o país não receberia as doses de uma só vez este mês, o Ministério informou ao GLOBO na terça-feira (2) que a entrega das doses se daria “ao longo do período entre fevereiro e julho”, sem informar mais detalhes sobre o processo.

A iniciativa Covax, coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com a Aliança Mundial para Vacinação Gavi e a Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), visa acelerar o desenvolvimento e universalizar o acesso aos imunizantes contra a Covid-19.

O consórcio destaca que os valores divulgados são indicativos de distribuição, mas estão sujeitos a possíveis alterações por questões como a capacidade de produção dos imunizantes, financiamento e disponibilidade dos países.

Além disso, o imunizante de Oxford/AstraZeneca ainda não foi autorizado pelo departamento de vacinas da OMS, embora a avaliação esteja em andamento. A aprovação é necessária para que seja distribuído pela Covax.

Ao aderir à iniciativa, o governo brasileiro optou por contratar doses de vacinas para o equivalente a 10% da população brasileira, no total de 42,5 milhões de doses, considerando duas por pessoa. De acordo com a previsão de distribuição, o país vai receber apenas um quarto desse total na primeira fase.

Distribuição entre os países

O plano de distribuição da aliança global divulgado nesta quarta-feira (3) considera a alocação de 240 milhões de doses do imunizante de Oxford/AstraZeneca via Instituto Serum, na Índia, e mais 96 milhões de doses adicionais de um acordo com a AstraZeneca para o primeiro semestre de 2021. Além disso, também prevê a distribuição dos primeiros 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer/BioNTech para o primeiro trimestre.

Segundo os organizadores, as doses totais cobrem, em média, 3,3% da população total dos 145 participantes que devem recebê-las neste primeiro momento.

Bangladesh, Índia, Indonésia, Nigéria e Paquistão devem receber uma quantidade de doses maior do que o Brasil na primeira fase, segundo o plano de distribuição.

Em coletiva nesta quarta-feira (4), Frederik Kristensen, executivo da CEPI, destacou que com novas variantes do coronavírus se espalhando “é mais importante do que nunca” garantir que as vacinas sejam desenvolvidas e distribuídas globalmente. Ele disse que a coalizão está trabalhando com os laboratórios adaptações necessárias nos imunizantes para lidar com elas.

Covax firma novo acordo

A diretora-executiva da UNICEF Henrietta Fore anunciou um novo acordo com o Instituto Serum, na Índia, pelo qual fornecerá 1,1 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pela AstraZeneca e pela Novavax para cerca de 100 países de baixa e média renda, ao custo de aproximadamente 3 dólares cada.

Segundo Fore, as doses serão produzidas pelo Instituto Serum sob um acordo de transferência de tecnologia, e fazem parte de um contrato de fornecimento de longo prazo.

O Globo

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Saúde

COVID-19: Doses enviadas nos primeiros lotes acabam e Natal suspende vacinação após imunizar 23,9 mil

Em 13 dias, Natal vacinou 23.962 pessoas com as primeiras doses da vacina contra a Covid-19, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. As últimas doses foram aplicadas nesta terça-feira apenas em seis unidades de saúde. Com o fim dos primeiros lotes recebidos pelo município, o programa de imunização foi suspenso. A vacinação começou dia 20 de janeiro na capital. De acordo com levantamento do G1, O RN + Vacina – sistema criado pelo governo do estado em parceria com a UFRN para gerenciar a imunização no estado – informou que a capital teria recebido 26.181 doses. Seriam 2,2 mil doses a mais em relação ao número de vacinados. Mas o município informou que recebeu efetivamente 13.313 doses da Coronavac e 10.640 da vacina de Oxford.

“A diferença se deve, provavelmente, ao fato do Estado ter retido doses para vacinar os hospitais de sua rede própria e inserido essas doses no sistema RN + Vacinas”, disse a SMS em nota.

O G1 questionou a Secretaria Estadual de Saúde, mas não recebeu resposta até a publicação da matéria. A Prefeitura de Natal informa que o número de pessoas vacinadas na cidade chegou a 2,62% da população, ficando acima da média nacional e estadual (1,35%).

A SMS Natal afirmou que aguarda o envio da segunda dose do imunizante para iniciar a vacinação. Para a Coronavac, o intervalo de recebimento da segunda dose da vacina é de duas a quatro semanas após a aplicação da primeira dose. Para a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, o intervalo para a vacinação é de 12 semanas a partir da primeira aplicação.

A administração das doses da segunda etapa do primeiro lote de Coronavac enviado deverá ser iniciada no prazo de 28 dias, segundo o município. O estado é responsável pela distribuição das vacinas para os municípios em todas as campanhas.

Mais detalhes AQUI em matéria na íntegra.

Com G1-RN

Opinião dos leitores

  1. Essa conversinha de imunizar profissionais da "saúde", garantiu muita vacina pra gente que nunca trabalhou em um hospital, nunca atendeu um paciente com covid, ou seja, muita gente que não estava na linha de frente, nem na de trás. E os nossos idosos, como ficam????

    1. Profissionais da educação física, personal trainer que só vive na balada furou a fila…parabéns prefeito…belo trabalho.

  2. Acabou? Foi mermu? Né feiki mermu não? Imagine se o calça colada não tivesse brigado pela do jacaré!!! ???

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Saúde

Vacina de Oxford garante 100% de proteção contra casos graves de covid em 22 dias

Foto: Reprodução/CNN Brasil

Novo estudo produzido pela Universidade de Oxford sobre o imunizante contra coronavírus desenvolvido em parceria com a farmacêutica AstraZeneca revela que a vacina é 100% eficaz contra casos graves da doença 22 dias após a aplicação da primeira dose. O resumo do artigo foi publicado nesta terça-feira (2) pela revista científica Lancet — a versão completa deve ser publicada na semana que vem.

Além da alta eficácia contra o agravamento da doença, a vacina de Oxford tem 76% de eficácia contra as formas mais moderadas e leves da covid-19 também em 22 dias. Ou seja, os pesquisadores conseguiram comprovar que, 22 dias após receber a vacina, o sistema imunológico humano consegue produzir uma boa resposta ao coronavírus.

“O impacto na saúde pública é fantástico. A resposta imune é rápida, são ótimos dados”, afirmou à CNN Sue Ann Clemens, uma das autoras do estudo e responsável pela coordenação dos testes com a vacina de Oxford no Brasil, que já aplica o imunizante e aguarda a chegada de matéria-prima para garantir a produção deste no país, através da Fundação Oswaldo Cruz.

Os dados revelam, ainda, que a vacina é mais efetiva com intervalos mais longos entre as aplicações da primeira e segunda doses, e reforça a recomendação do Comitê de Imunização do Reino Unido para que o espaço de até três meses entre elas. “As pessoas já estão protegidas 22 dias após receberem uma única dose da vacina”, celebrou Andrew Pollard, investigador-chefe dos estudos da vacina de Oxford.

CNN Brasil

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Saúde

Vacina de Oxford tem 76% de eficácia em pacientes após três semanas da 1ª dose, e de 82,4% em um intervalo de três meses após a 2ª dose

Foto: Ilustração/Dado Ruvic/Reuters/Arquivo

Pesquisadores afirmam que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca teve eficácia de 76% três semanas depois da primeira dose, de acordo com um estudo preliminar divulgado nesta terça-feira (2).

Os estudos clínicos da vacina também apontaram uma eficácia de 82,4% em um intervalo de três meses após a segunda dose. Esse novo resultado é melhor do que o encontrado anteriormente, com uma eficácia de 54,9%, quando o reforço estava sendo aplicado após um mês e meio.

Em dezembro do ano passado, um especialista britânico havia informado a eficácia por volta de 70%, mas o dado não chegou a ser divulgado oficialmente.

A vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, a ChAdOx1 nCoV-19, está sendo aplicada no Brasil após aprovação para uso emergencial. Na sexta-feira (29), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu o pedido de registro definitivo, com um prazo de 60 dias para a avaliação do processo. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) importou a tecnologia e prevê a seguinte produção nos próximos meses:

Com a chegada dos insumos para a produção da vacina, 50 milhões de doses serão produzidas no Brasil até abril;

100,4 milhões serão produzidas até julho;

No segundo semestre, uma nova importação dos insumos será necessária. De agosto a dezembro, a previsão é de mais 100 milhões de doses.

Por enquanto, o Brasil está distribuindo as 2 milhões de doses que foram importadas do Instituto Serum, na Índia. A Fiocruz aguarda a chegada dos insumos e a possível aprovação definitiva da Anvisa para iniciar a produção.

Aliança Covax

A aliança Covax, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) para garantir o acesso equitativo às vacinas contra a Covid-19, também deve enviar de 10 a 14 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil ainda neste mês.

A informação foi divulgada no sábado (30) pelo Ministério da Saúde, que disse ter recebido a estimativa em uma carta enviada pelo consórcio internacional.

A Covax Facility é uma coalizão de mais de 150 países criada para impulsionar o desenvolvimento e a distribuição das vacinas contra a Covid-19. O Brasil é um dos participantes.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, já havia anunciado no último dia 22 que as primeiras doses da Aliança Covax seriam distribuídas a partir deste mês – sem detalhar quanto cada país receberia.

Bem Estar – G1

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Saúde

Vacina contra a Covid-19 aquece o mercado de clínicas particulares no Brasil

Foto: Amit Dave/Reuters/Arquivo

A possível chegada de vacinas contra a Covid-19 à rede particular aqueceu o mercado de clínicas privadas no Brasil. É que o dizem especialistas e consultores da área ouvidos pelo G1.

Ainda que a campanha de vacinação esteja restrita à rede pública, eles relatam que:

a rede privada passou a negociar a compra de vacinas;

clínicas já estabelecidas buscam agregar serviço de imunização, e há quem esteja começando o negócio do zero;

para os novatos, compra de vacinas é um desafio (quase 100% dos imunizantes disponíveis na rede privada são importados);

e a venda de refrigeradores subiu (com registro de até 30% entre 2019 e 2020).

Trata-se de um mercado que demanda alto investimento inicial, importação de vacinas e conhecimento de normas e regulamentações. Por exemplo: toda dose de vacina aplicada na rede particular deve ser reportada ao Ministério da Saúde, assim como eventuais efeitos adversos.

O presidente da Associação Brasileira de Clínica de Vacinas (ABCVac), Geraldo Barbosa, disse que a possibilidade real da chegada da vacina contra a Covid- 19 desencadeou nos últimos meses um aumento “significativo e expressivo” da procura de profissionais de saúde por informações sobre como abrir a própria clínica.

Fenômeno semelhante ocorreu em 2016, depois de um surto da gripe H1N1, quando filas enormes se formaram em clínicas particulares de vacinação.

Segundo Barbosa, de 2016 para 2017, o número de clínicas cresceu 60% no país. Mas, entre os estabelecimentos que abriram no período, apenas metade conseguiu manter as operações. “Houve uma expectativa de que era um serviço fácil de executar – e não é”, afirma ele.

No início de janeiro de 2021, a ABCVac informou que estava negociando a compra de 5 milhões de doses da vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech. A iniciativa despertou o interesse de clínicas particulares brasileiras.

No dia 12 de janeiro, a Bharat disse que assinou um acordo de fornecimento para a companhia brasileira Precisa Medicamentos. Nesta segunda-feira (1º), a Precisa anunciou que vai pedir autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar os testes clínicos da fase 3 da Covaxin no Brasil. Caberá a um hospital coordenar os estudos com os voluntários.

A possibilidade da chegada da vacina na rede privada – enquanto a vacinação na rede pública ainda é incipiente – gerou críticas de especialistas.

“As vacinas são bens públicos nesse momento”, disse no início de janeiro à GloboNews Mariângela Simão, diretora-adjunta para acesso a medicamentos da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Não deveria ter discriminação no acesso à vacina para quem paga e não paga.”

Toda a produção do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é destinada à rede pública.

Há duas iniciativas da rede privada para a tentativa de compras de vacina:

a da ABCVac com a indiana Bharat Biotech;

e outra frente formada por empresas brasileiras que buscam doses do imunizante de Oxford/AstraZeneca.

Novo negócio

Dono de uma empresa de tricô em Imbituva, no interior do Paraná, Leandro de Andrade, de 42 anos, viu a renda minguar em 2020. Com a chegada da Covid-19, ele e a esposa, que é dentista, resolveram abrir uma clínica particular de vacinação.

“É duro a gente falar isso, mas infelizmente foi por causa da pandemia”, disse Leandro.

Os dois começaram a concretizar o plano em setembro de 2020, e a previsão é inaugurar em março de 2021. Eles buscam ocupar um espaço ainda pouco explorado no pequeno município em que moram. “Será a primeira clínica na cidade. É nisso que a gente está apostando também”, afirma ele.

Hoje, no Brasil, em teoria, qualquer pessoa pode abrir uma clínica de vacinação, desde que o espaço tenha um responsável técnico (médico, enfermeiro, farmacêutico ou biomédico, filiado ao conselho da sua categoria).

No caso do estabelecimento de Leandro, uma enfermeira foi contratada para desempenhar a função.

Aumento de demanda

O consultor Marcos Tendler, que atua há 20 anos na área de abertura de clínicas de vacinação, viu aumentar a demanda por seus serviços nos últimos meses, principalmente na virada do ano.

Ao longo de dezembro de 2020, 28 pessoas solicitaram à empresa dele informações sobre o tema. Considerados só os primeiros 15 dias de janeiro, foram 74 interessados.

O consultor disse que uma clínica padrão, de 30 m², é um “pequeno bom negócio” para um profissional de saúde: “Em vez de fazer dois ou três plantões para complementar a renda, ele tem uma clínica”.

Segundo os especialistas, a maioria das pessoas que abrem uma clínica de vacinação é formada por profissionais de saúde que já têm alguma estrutura – um consultório, por exemplo – e querem passar a prestar o serviço de imunização.

É o caso da imunologista Nathalia Simis, de 36 anos, que pretende abrir uma clínica de vacinação em Sorocaba, no interior de São Paulo, em fevereiro. O sogro dela tem laboratórios e consultórios, e a família irá aproveitar a infraestrutura, já pronta, para também aplicar vacinas. Simis e o marido, também médico, irão continuar atendendo seus pacientes, e o empreendimento trará uma renda complementar.

Para quem quiser sair do zero, o investimento é alto. “Vai precisar de uns R$ 200 mil para começar, até ter um faturamento positivo, o que deve acontecer na virada do primeiro para o segundo ano [após a abertura do negócio]”, disse Tendler.

A enfermeira e consultora Meire Branco, do Mato Grosso, também recebe ligações de todo o país em busca de orientações para a abertura de clínicas particulares. Ela diz já ter rejeitado clientes ao perceber eles tinham uma visão oportunista.

“Eu já dispensei muitos treinamentos, muitas aberturas de clínica, porque a pessoa liga para mim e fala: ‘Ai, eu quero um treinamento, porque quero abrir uma clínica e bombar com essa vacina da Covid’.”

Para a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), é importante ressaltar que “vacinar não é aplicar uma injeção”.

O profissional de saúde que irá trabalhar com imunização tem de atender a uma série de exigências e padrões técnicos da Anvisa, além de reportar cada dose aplicada e possíveis eventos adversos ao Ministério da Saúde.

Aumento de venda de refrigeradores

As empresas que vendem refrigeradores específicos para o armazenamento de vacinas já sentem o aquecimento do mercado. A Indrel Scientific, uma das líderes do segmento, informou que em 2020 as vendas foram 30% maiores que em 2019.

“Sentimos um aumento grande na procura do meio de 2020 até o momento. As clínicas estão se preparando para uma possível abertura da vacina do Covid na rede particular”, disse ao G1 o CEO da empresa, João Rapcham.

Ele afirma que também já recebeu demanda de países da América Latina, como Paraguai, Bolívia, Peru e República Dominicana.

A Biotecno, também líder de mercado, disse que em 2020 o aumento de faturamento foi de 35%.

Comparando a primeira quinzena de janeiro de 2020 ao mesmo período neste ano, o aumento chega a 800%. “Isso é algo nunca experimentado antes por nós, algo novo, e [é] uma demanda que estamos preocupados em atender”, disse Lídia Linck Lagemann, sócia-diretora da Biotecno.

As duas empresas vendem tanto para a rede privada como para governos e não revelam os números absolutos das vendas.

Vacinas da rede particular são importadas

Para além das normas obrigatórias do setor, o profissional que abrir uma clínica terá de entrar na disputa pela compra de vacinas.

Hoje, na rede particular do Brasil, quase todas as vacinas são importadas, a maior parte vinda dos Estados Unidos e da Europa, segundo a ABCVac. A única produzida no Brasil que vai para a rede privada é a BCG, fabricada na Fundação Ataulpho de Paiva.

Ou seja: o país disputa a compra de vacinas com outros mercados do mundo. “Quem tem vacina é quem tem contrato de longo prazo com o fornecedor, os novos estão sofrendo muito”, disse Geraldo Barbosa, presidente da Associação Brasileira de Clínica de Vacinas (ABCVAC).

Segundo Barbosa, hoje várias vacinas estão em falta na rede particular, como febre amarela, BCG e algumas de meningite.

“O cara vai cair de paraquedas no mercado, não vai conseguir comprar vacina de Covid e vai se frustrar”, alerta o consultor Marcos Tendler.

Pela dificuldade em se conseguir vacinas, o presidente da ABCVac afirma que há anos o mercado atua em 70% da sua capacidade de operação. A quantidade de imunizantes que chega ao Brasil já vem dentro do consumo médio estabelecido.

Por isso, quando há algum tipo de crise, muitas vezes não é possível atender a demanda e se formam as longas filas, como quando foi disseminada a informação de que o neto do ex-presidente Lula, de 7 anos, teria morrido de meningite.

“Você não tem noção do que viraram as clínicas de vacinação. Em um mês consumiram 90% do estoque das vacinas de meningite”, contou Marcos Tendler.

“Então, não basta você abrir uma clínica, você tem que ter certeza que terá acesso ao imunizante”, afirma Barbosa.

Compra de vacinas pelo setor privado

A vacina indiana Covaxin recebeu autorização emergencial da agência reguladora de medicamentos da Índia no início de janeiro. No entanto, ainda não foram divulgados os resultados da fase 3 de testes, o que deve ser feito até o final deste mês.

A expectativa é que a Bharat faça a solicitação de registro na Anvisa em fevereiro. “A gente não está com essa pressa de fazer com que a Anvisa corra. A gente quer que o processo seja feito dentro dos trâmites normais para garantir a vacina”, disse o presidente da ABCVac.

Já a iniciativa de grandes empresas brasileiras que tentam adquirir 33 milhões de doses da vacina de Oxford ainda não tem data prevista. O presidente Jair Bolsonaro falou que aprova a compra pela rede privada.

No entanto, em nota, a AstraZeneca informou que, por ora, não tem condições de vender doses para o setor privado.

“No momento, todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, incluindo o Covax Facility [consórcio coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)], não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado”, disse a farmacêutica.

G1

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Saúde

The Lancet: Eficácia da vacina Sputnik V contra Covid-19 é de 91,6%, diz estudo

Foto: Sputnik V/Divulgação

A vacina Sputnik V mostrou grandes resultados em termos de eficácia, imunogenicidade e segurança contra o novo coronavírus em análise intermediária de um ensaio clínico de Fase 3.

A eficácia do imunizante foi de 91,6% em regime de duas doses, de acordo com a revisão do estudo publicada na revista médica The Lancet nesta terça-feira (2).

A análise incluiu dados de 19.866 voluntários, que receberam a primeira e a segunda doses da vacina Sputnik V, ou seu placebo, entre os quais foram confirmados 78 casos de Covid-19.

O estudo apontou que entre os 2.144 idosos com mais de 60 anos que participaram do estudo, a taxa de eficácia foi de 91,8% e, portanto, não diferiu estatisticamente do grupo de 18 a 60 anos.

“Entre os casos analisados, mais de 98% dos voluntários desenvolveram uma resposta imune humoral e 100% uma resposta imune celular. O nível de anticorpos neutralizantes do vírus nos voluntários vacinados com Sputnik V é 1,3 a 1,5 vezes maior do que o nível de anticorpos dos pacientes que se recuperaram da Covid-19”, afirmou, em nota, o Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), que patrocinou o desenvolvimento da vacina.

Ainda de acordo com o RDIF, a Sputnik V será uma das vacinas mais acessíveis do mundo, com preço inferior a US$ 10 (cerca de R$ 54) por dose.

O fundo diz que o imunizante já foi registrado em 16 países: Rússia, República da Bielo-Rússia, Sérvia, Argentina, Bolívia, Argélia, Palestina, Venezuela, Paraguai, Turcomenistão, Hungria, Emirados Árabes Unidos, Irã, República da Guiné, Tunísia e Armênia.

Além disso, ainda nesta semana a vacinação com a Sputnik V começará em 12 países: Bolívia, Cazaquistão, Turcomenistão, Palestina, Emirados Árabes Unidos, Paraguai, Hungria, Armênia, Argélia, República Sérvia da Bósnia, Venezuela e Irã.

CNN Brasil

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Saúde

União Europeia aprova vacina Oxford/AstraZeneca para adultos e idosos

Foto: © REUTERS/Dado Ruvic/Direitos Reservados

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) recomendou hoje (29) a aprovação da vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford contra Covid-19 para pessoas com mais de 18 anos, incluindo idosos. O imunizante é o terceiro a ser liberado para uso na União Europeia.

A EMA reconheceu que ainda não houve resultados suficientes sobre pessoas com mais de 55 anos para determinar como a vacina funcionaria para este grupo, mas afirmou que a proteção é esperada e que a Oxford/AstraZeneca pode ser dada a pessoas mais velhas.

“Com esta terceira opinião positiva, expandimos ainda mais o arsenal de vacinas disponíveis para os Estados-membros da UE e da AEE para combater a pandemia e proteger seus cidadãos”, disse Emer Cooke, diretor-executivo da EMA.

As preocupações sobre a eficácia em idosos foram levantadas na quinta-feira, quando o comitê de vacinas da Alemanha disse que o imunizante deveria ser administrado apenas em pessoas com idade entre 18 e 64 anos, devido à falta de dados sobre sua eficácia em pessoas mais velhas.

A vacina Oxford/AstraZeneca é o principal imunizante que deve abastecer o Programa Nacional de Imunizações do Brasil, com 210 milhões de doses ao longo de 2021. A produção no país se dará em um processo de transferência de tecnologia, na Fundação Oswaldo Cruz, que vai se tornar autossuficiente na produção da vacina no segundo semestre deste ano.

Em nota, a fundação reforçou que a vacina Oxford/AstraZeneca é segura para ser administrada em idosos e produziu anticorpos em 100% das pessoas com mais de 65 anos que foram incluídas nos estudos clínicos de fase 2. Nos estudos clínicos de fase 3, esse grupo representou apenas 8% dos voluntários, quantidade que foi considerada estatisticamente pequena para calcular a eficácia específica em idosos.

A primeira agência reguladora a aprovar a utilização emergencial da vacina foi a MHRA, do Reino Unido, que indicou a vacina para todas as pessoas maiores de 18 anos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também recomendou o uso emergencial da vacina para adultos, sem limite superior de idade. A agência brasileira determinou que mais dados sobre a população idosa deveriam ser fornecidos pelos pesquisadores da vacina.

A Fiocruz explica que os estudos de fase 3 seguem em andamento, com inclusão de mais voluntários idosos e a produção dos dados adicionais pedidos pela Anvisa. “Mais dados deverão ser disponibilizados em breve, quando se terá número de participantes suficiente para uma estimativa estatística significativa de sua eficácia neste sub-grupo de idade”, afirma a fundação. “De toda forma, para a vacina de Oxford/AstraZeneca, as evidências apresentadas já confirmam a segurança e a imunogenicidade (produção de anticorpos) da vacina para idosos”.

Agência Brasil

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Judiciário

Supremo descarta prioridade em vacina a pessoas com deficiência

FOTO: NELSON JR./SCO/STF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski negou em despacho de terça-feira (25) a inclusão de todas as pessoas com deficiência e seus cuidadores ou responsáveis no grupo prioritário da vacinação contra a covid-19.

Segundo o ministro, a alteração na lista de grupos prioritários exigiria uma série de providências, como identificação e quantificação das pessoas beneficiadas, e elas “que demandariam avaliações técnicas mais aprofundadas e estudos logísticos de maior envergadura, incompatíveis com uma decisão de natureza cautelar”.

“Além disso, considerada a notória escassez de imunizantes no país – a qual, aliás, está longe de ser superada -, não se pode excluir a hipótese de que a inclusão de um novo grupo de pessoas na lista de precedência, sem qualquer dúvida merecedor de proteção estatal, poderia acarretar a retirada, total ou parcial, de outros grupos já incluídos no rol daqueles que serão vacinados de forma prioritária”, argumentou Lewandowski.

Hoje, estão incluídos no grupo prioritário da campanha nacional de imunização os portadores de deficiência permanente e severa.

Lewandowski observou em sua decisão que o pedido feito pelo partido Podemos é semelhante ao apresentado pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, que também foi negado.

R7

Opinião dos leitores

  1. Ele negou a prioridade da Vacina para a Pessoa com Deficiência, porque com certeza ele não tem um Filho, um Neto, o Pai ou a Mãe ou alguma PESSOA COM DEFICIENCIA na sua família.
    PERDOA meu Deus esse Senhor, ele não sabe o mal que estar fazendo a População das Pessoas com Deficiência, em todo o Brasil.???

  2. Quem diria que,
    Leite condensado e chiclete teriam mais repercussão que Champanhe,Caviar e Lagosta.
    Realmente são novos tempos.??‍♀️

    1. Leite condensado para centenas de mihares.
      Lagosta para algumas dezenas.
      O senso de equivalência da esquerdalha me comove.

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Saúde

Com apenas 1 dose, vacina da Johnson teve eficácia de 85% contra casos graves de Covid-19, e sem mortes de imunizados; capacidade global é de 66%

Foto: Dado Ruvic/Reuters

A Johnson anunciou, nesta sexta-feira (29), que sua vacina contra a Covid-19 teve 66% de eficácia em prevenir casos moderados e graves. Considerados apenas os casos graves, o nível de proteção foi de 85%. Nenhuma pessoa vacinada morreu de Covid. A eficácia global da vacina não foi divulgada, e os resultados ainda não foram publicados em revista científica.

A vacina da Johnson é uma das que foram testadas no Brasil. Por isso, a empresa pode entrar com o pedido de uso emergencial no país: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que só pode haver liberação para uso emergencial de vacinas que já estejam em teste no Brasil.

A Johnson ainda não entrou com o pedido de uso emergencial ou pedido de registro sanitário junto à Anvisa.

O imunizante também funcionou contra a variante da África do Sul, mais contagiosa. A vacina, que usa a tecnologia de vetor viral, é a única em etapa avançada de testes com apenas uma dose.

Veja os principais pontos do anúncio:

Considerando todos os ensaios de fase 3 – em 8 países, incluindo Estados Unidos, Brasil e África do Sul – a vacina teve 66% de eficácia contra casos moderados e graves de Covid 28 dias após a vacinação. Isso significa uma redução de 66% nos casos moderados e graves de Covid no grupo vacinado em relação ao grupo não vacinado.

Nos ensaios dos EUA, a eficácia contra casos moderados e graves foi de 72%; na América Latina, de 66%; na África do Sul, onde uma variante mais contagiosa do coronavírus está circulando, a eficácia foi de 57%.

Considerados apenas os casos graves, em todas as regiões, a eficácia da vacina chegou a 85%. Isso significa uma redução de 85% nos casos graves de Covid no grupo vacinado em relação ao grupo não vacinado.

A proteção começou 14 dias após a vacinação.

A eficácia da vacina aumentou com o passar do tempo: não houve nenhum caso grave de Covid nos participantes vacinados 49 dias após a aplicação da vacina. A vacina garantiu 100% de proteção contra hospitalização e morte por Covid 28 dias depois da vacinação. Após essa data, ninguém foi hospitalizado ou morreu de Covid.

A proteção foi, de forma geral, “consistente” em todos os participantes, independentemente da raça ou idade – inclusive em adultos acima de 60 anos.

A vacina pode ser armazenada por pelo menos 3 meses em temperaturas de 2ºC a 8ºC – o que é compatível com a rede de frio de vacinação usada no Brasil hoje. Em temperaturas de -20ºC, ela fica estável por dois anos, estima a Johnson.

No Brasil, segundo a Anvisa, 7.560 pessoas participaram dos ensaios: em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

G1

Opinião dos leitores

  1. Prefiro a gota milagrosa da Venezuela, 100% de eficácia e nem precisa de agulhas – 10 gotas abaixo da língua e o milagre está feito, segundo Maduro. O PT e Gleisi Hoffman não vão fazer nenhum esforço pra trazer pra o Brasil as gotas milagrosas do Maduro? Se movimentem!!! Cadê Mineiro?! Taí uma primeira missão kkkkkk

    1. Precisa não. A Coronavac que já está no Brasil tem eficácia de 100% p casos graves

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Judiciário

Juízes federais do RS tentam adquirir duas doses de vacina a R$ 800

Foto: Reprodução

O lote de 5 milhões de doses da vacina Covaxin, da fabricante indiana Bharat Biontech, já está sendo negociado para os consumidores finais no Brasil. Juízes federais do Rio Grande do Sul estão encomendado o imunizante por R$ 800 (duas doses). No entanto, essa precificação é considerada ilegal. Isso porque as vacinas que entrarem no país com registro definitivo, como pretende fazer a farmacêutica indiana, precisam ter seu preço aprovado, antes de qualquer comercialização, na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial que acompanha também preços de vacina.

Essa etapa de precificação só acontece após a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceder o registro permanente da vacina no país. A Covaxin está na fase 3 de estudos clínicos na Índia, sendo que a expectativa da farmacêutica é ter sua aprovação concluída até 25 de fevereiro e, na sequência, entrar com pedido de registro permanente na agência reguladora brasileira. Pelas regras atuais da Anvisa, o setor privado não pode comprar vacinas de uso emergencial. O lote de 33 milhões de doses da AstraZeneca que o presidente Jair Bolsonaro aprovou para empresas adquirirem ainda não tem nenhum dos dois registros.

Ainda assim, a comercialização da vacina corre solta. A importadora Precisa, que representa a indiana Bharat Biontech no Brasil, já estabeleceu seu preço de custo, variando de US$ 32,71 a US$ 40,78, a dose, e as clínicas estão colocando seu valores. A clínica Multivacinas, que tem unidades em Porto Alegre e Gravataí, estabeleceu em R$ 800 para juízes federais do Rio Grande do Sul, mas esse valor pode mudar conforme o cliente.

A estratégia é vender, inicialmente, para clientes corporativos. Um desses contratos é com a Associação dos Juízes Federais do Rio Grande do Sul (Ajufergs), que conta com 185 associados e terão sua imunização bancada pela entidade. Cada magistrado poderá indicar até oito dependentes, sendo que esses precisam pagar pela vacina. Os interessados precisam fazer suas reservas e pagar 50% do valor, caso tenham dependentes, até hoje ao meio dia. “A vacina para os juízes está sendo paga com recursos da entidade, não envolve dinheiro público”, disse Rafael Martins Costa Moreira, presidente da Ajufergs.

Matéria completa AQUI no Justiça Potiguar.

Opinião dos leitores

  1. Como vamos acreditar na justiça de um país desses – se um pobre fura a fila ou rouba alimento para comer é preso.
    Em um momento de pandemia, onde toda a população espera pela vacina um ato desses chega a ser vergonhoso e criminoso.
    Isto é BRASIL – se julgam Deuses inatingíveis.

  2. Via de regra, os seres humanos são criaturas extremamente egoístas, sem empatia e más. Isso aí só prova parte dessa teoria! Se os "seres humanos" sumissem desse planeta, quão bom e tranquilo seria, ao menos para os animais, esse planeta!

    1. Verdade. E a julgar pelos comentários de "jênios" do naipe do Caligula e seus outros pseudônimos por aqui chega-se a conclusão que a espécie humana deu totalmente errado. Só o meteoro para limpar esse planeta.

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Judiciário

Vinte autoridades são investigadas por furar fila da vacina no país

MP pediu exoneração de secretário de Cultura de Amaturá (AM), Paulo Barbosa, por furar a fila da vacina da Covid-19 Foto: Reprodução

Passados 12 dias da primeira dose de vacina aplicada contra a Covid-19, suspeitas de fura-fila se multiplicam entre autoridades do interior e até de capitais, como Manaus, onde promotores chegaram a pedir, sem sucesso, a prisão do prefeito David Almeida nesta quarta-feira.

Na capital do Amazonas, pelo menos nove pessoas são investigadas, sendo quatro secretários, além de assessores de diversas pastas.

Naquele estado, cujo sistema de saúde entrou em colapso sem oxigênio, um dos episódios ocorreu em Amatura nesta quinta-feira, quando o MP solicitou à Justiça a exoneração do secretário de Cultura, Paulo Barbosa, conhecido como Paulo Boi.

Motivo: Barbosa foi vacinado, mesmo sem estar no grupo prioritário, e publicou a foto nas redes sociais.

Em Alto Alegre (RR), por seu turno, a Promotoria pediu a exoneração da secretária-adjunta de Saúde, Danyele Santos Negreiros, também por furar a fila de prioridade.

Negreiros é influenciadora digital e namorada do prefeito.

Em Candiba (BA), o prefeito Reginaldo Prado foi alvo de uma ação por improbidade.

Já em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, o secretário de Esportes, Marco Aurélio Silva, acabou demitido.

Leia: Com fila de pacientes de Covid, Rondônia alerta ministério sobre leitos inativos por falta de médicos

Prefeitos, um vice e secretários também são investigados em Pombal (PB); Itabi (SE); Ijaci (MG); Aldeia Brejão (MS); Pires do Rio (GO); e Serra do Navio (AP).

Com Guilherme Amado – Época

 

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Judiciário

Força-tarefa da Lava Jato quer disponibilizar R$ 550 milhões recuperados em operação para compra de vacina contra covid-19

Foto: Reprodução

Atualmente, os processos decorrentes da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro mantêm custodiado, em contas judiciais vinculadas ao Juízo da 7ª Vara Federal Criminal, o valor total de R$ 552.574.264,16, com expectativa de que esses valores aumentem substancialmente nas próximas semanas, em virtude do cumprimento de outras obrigações decorrentes de acordos de colaboração premiada e de leniência já celebrados.

“Consultamos a União se há interesse em realizar o levantamento antecipado dos valores custodiados em contas judiciais, com a finalidade específica de aquisição de vacinas para a imunização contra a covid-19, o que se justificaria dada a situação de emergência na saúde pública e a urgente necessidade de imunização da população”, explica o ofício assinado pelos membros da força-tarefa.

Matéria completa AQUI no Justiça Potiguar

Opinião dos leitores

  1. Essa lava pano é uma piada, quebrou centenas de empresas, desempregou milhares de trabalhadores…
    Os que usam argola de ferro na venta acreditam nessa balela..

    1. É, melhor terem continuado a roubalheira, mais de um trilhão de reais desbaratado e uns 40 bilhões recuperados não é positivo. Melhor terem reforçado o poder da quadrilha e não ter recuperado nada. Com roubalheira o país tem mais futuro. Foi assim com os países de 1o mundo, roubalheira grande e os países se desenvolveram. Excelente raciocínio, parabéns zênio!

    2. Prezado Getulio, em um país sério, essa operação teria ido adiante sim! Só que, não é necessário fechar as empresas como se fez no Brasil.
      Se afasta a diretoria, prende quem tiver que prender e a empresa continua viva e mantendo os empregos.
      Entendeu ou precisa que desenhe?

    3. Devia era usar para recuperação dos empregos dos pais famílias, que eles com essas operações sem do nem piedade deixaram milhares de pais de famílias desempregados por vários anos principalmente da construção civil, deixando claro que não concordo com roubo, mas com a preservação e geração de empregos e renda.

  2. Não gaste esse dinheiro com vacina, luladrão vai provar sua inocência, esse dinheiro vai ser devolvido aos seus legítimos donos. Temos que aniquilar com o lavajatismo e compensar os que foram injustiçados.

    1. Umas perguntas simples:
      De onde o ex presidente teria ganho ou recebido esses milhões? Qual a origem?
      Se juntar tudo que ele recebeu oficialmente, durante toda vida, não chaga a 10% do montante, então explique como ele conseguiu toda essa grana?

  3. Bora lavajatoooo…Tirou dos vagabundos e vai nos devolver em vacinas….Com essa os amantes do vírus e adoradores de corruptos não contavam…haverá chiliques coletivos…kkkkkk

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Saúde

Alemanha não recomenda vacina de Oxford/AstraZeneca para idosos

(Foto: Getty Images)

As autoridades sanitárias da Alemanha recomendaram a utilização da vacina anti-Covid de Oxford/AstraZeneca apenas em pessoas entre 18 e 64 anos, alegando falta de dados suficientes para avalizar sua aplicação em idosos.

A recomendação foi feita pelo comitê de vacinas do país, em comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (28). “Até o momento, não há dados suficientes disponíveis para avaliar a eficácia a partir dos 65 anos de idade”, diz o relatório.

Segundo uma tabela dos ensaios clínicos de fase 3 divulgada pelo comitê, foram constatados apenas dois casos do novo coronavírus em pessoas com 65 anos ou mais durante os testes do imunizante, sendo um no grupo que tomou a vacina e outro no grupo de controle (que recebeu um placebo).

Esse pequeno número, de acordo com a Alemanha, não é suficiente para avaliar a eficácia do imunizante de Oxford/AstraZeneca em idosos. A tabela reúne dados relativos a 11.636 voluntários, sendo que apenas 660 tinham 65 anos de idade ou mais.

Considerando apenas pessoas de 18 a 64 anos, a eficácia apresentada é de 71,1%. Nenhum indivíduo que tomou a vacina e contraiu o vírus necessitou de hospitalização.

Dosagens

Os números divulgados pela Alemanha também confirmam a diferença de eficácia de acordo com a dosagem. O regime de duas doses apresentou índice de 62,1%, enquanto o de meia dose seguida de uma dose inteira teve eficácia de 90%.

Porém este segundo grupo é muito menor (2.741) do que o primeiro (8.895) e também não incluiu idosos. Os dados estão em linha com os divulgados pela revista científica The Lancet no início de dezembro e validados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 17 de janeiro.

Segundo o estudo revisado pela Lancet, a eficácia média do imunizante é de 70,42%, com 62% no regime de duas doses inteiras e de 90% no de meia dose seguida de uma dose completa. Os ensaios clínicos de fase 3 da vacina ainda estão em curso.

O parecer da agência de medicamentos da União Europeia (EMA) sobre o imunizante de Oxford/AstraZeneca é aguardado para esta sexta-feira (29), e a multinacional anglo-sueca já é alvo de críticas do bloco por conta de atrasos na produção.

No Brasil, a vacina está aprovada para uso emergencial inclusive em idosos. O primeiro lote de 2 milhões de unidades produzidas pelo Instituto Serum da Índia já está sendo utilizado no país, mas o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Anvisa e à Fiocruz dados sobre a eficácia em idosos.

Galileu

Opinião dos leitores

  1. Vixe! Pensei que o MINTOmaníaco só comprava vacina boa! Que adianta uma vacina se não pode dar pra idoso?

    1. Tá alegando falta de dados, exatamente, o que acontece com a chinesa. Não inventa narrativa!

    2. Além de vibrar diante das mentiras de que não existe tratamento precoce,
      agora vibra também por suposta infeficácia de vacinas.
      Que ser humano!

    3. Neco, eu torcer ou não pela vacina ou por um remédio milagroso que só o MINTOmaníaco e o gado acredita que a cloroquina eh, não me faz bom ou mau. A cloroquina não ajuda em nada contra a covid, nem a azitromicina. Já está provado e só mesmo aqui no Brasil que ainda teimam eh usar! Quanto a vacina, quem torceu contra mais que ninguém foi o inepto MINTOmaníaco do nosso presidente! Aquele mesmo q dizia que não compraria q vacina coronavac de forma alguma ou vc esqueceu? Larga de torcer pelo inepto e acorda, tira a viseira e vá pesquisar! A sociedade de infectocontagia sabe que não existe tratamento precoce! Pesquise, leia, pense! Quando a ciência que seu MINTOmaníaco tanto nega comprovar que algum remédio cura covid, certamente vai ser uma vitória pra todos! Antes disso, sou contra o MINTOmaníaco gastar nosso dinheiro em remédios sem eficácia NENHUMA! Aliás, o TCU Tb eh contra sabia?!

    4. Não é fazendo argumento ad verecundiam, mas vá discutir a ineficácia da HCQ com profissionais como Dra. Marina Bucar, Ilse Yamagushi ou Paulo Zanoto. O que existe é muito lobby (sempre existiu) da indústria farmacêutica, para vender remédios caros. HCQ nem patente tem. Agora se se comprou HCQ, que serve para um monte de coisa, e uma parte vai se estragar, tenha paciência. Era o que se tinha á mão. Tinha profisional defendendo, num momento que estava todo o mundo, inclusive a OMS, batendo cabeça sobre o que fazer. Não tinha tempo de fazer teste científico (demora pra burro, cheio de etapas, exige muita gente topando fazer duplo-cego – quando estavam todos correndo contra o relógio). Vcs insistem nessa idéia de que Bolsonaro quer matar pessoas. PUSTA MELDA… que político quer fazer isso? a troco de que? … tente pensar com menos maniqueísmo.

    5. Todas as doenças do mundo podem ser atenuadas com uso precoce de medicamentos.
      Agora um djabo duma virose não tem nada o que se fazer?
      Nem o básico, como reforçar o sistema imunológico (até com alimentação) ou suplementos?
      Não tem nada pra que os pulmões não inflamem?
      Alguém é diagonsticado com covid e vai ao médico. O profissional não deve receitar nada, pq a tal ciência ainda não consolidou nada?

    6. Eu não preciso discutir eficácia de remédio com ninguém. Quem defende o uso de cloroquina que tem que comprovar sua eficácia com as devidas pesquisas não com achismo ou torcida. Só que não tem como, já que foram realizadas várias pesquisas em vários países e a cloroquina ou hidroxicloroquona não serve de NADA! A azitromicina também segue o mesmo descrédito. Por que essas pessoas que tanto defendem o uso do tratamento precoce não comprovam sua eficácia? Já temos quase um ano de pandemia e não comprovaram! Pesquise, leia e saia dessa bolha narrativa. O fato do remédio ser barato ou não ter patente não o torna eficaz. Isso não eh ciência, isso eh torcida junto com alienação!

    7. Fato é que vc não tem credencial científica nenhuma para discutir com os profissionais mencionados. Nem para ler, de fonte primária, os estudos. De fazer uma meta-análise mais porca que seja. Vc desconhece até o que é conhecimento empírico. Faz uma seleção de evidências. Coisa de picareta.

    8. Faz assim: tiver sintomas, só aceite a medicação prescrita se tiver estudo massificado, randomizado, estratificado, com duplo-cego, revisão de pares, meta-análise, com umas duzentas instituições referendando, com análise temporal de uns cinco anos. Lembre-se de ler tudo. Não acredite em jornalista não especializado. Não vale a experiência do médico. Isso não é ciência, viu?

    9. Neco vc eh um poço de contradição cara! Fala que eu uso argumento de autoridade quando eh vc que cita profissionais que ainda acreditam e seguem um "tratamento precoce " que só existe no Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, a hidroxicloroquina já foi banida faz tempo e lá não tem essa de medico A ou B ficar prescrevendo da cabeça não. Foi proibida e acabou! Aqui ni Brasil, houve uma politização ridícula pq há quem quer torcer por remedio A ou B por ser barato , por não ter patente. Chegam a ser ridículos os argumentos! Só me soa estanho um cara como vc, que parece ser tão "inteligente" e usa "palavras bonitas" não tem o menor bom senso em pesquisar pra saber que , no fundo, segue um político ignorante que só quer empurrar um remédio sem efeito algum no covid pra justificar o gasto público e ilegal que fez num remedio que nunca teve comprovação que fazia efeito! Acorda cara! Usa esse teu conhecimento pra pesquisar em fontes confiáveis! Vai na associação de infectologia brasileira pra saber a orientação deles! Vc se acha muito inteligente mas falta o básico: senso crítico! Vá estudar e sai dessa bolha!!!

    10. No Brasil ela não foi banida. Há médicos usando.
      Emprismo vale. Dizer que só existe no Brasil é mentira.
      Fato x narrativas. Não me acho muito inteligente.
      Só tenho discenimento e não caio nesse papo de que naõ existe
      nada a se fazer precocemente.

    11. Manoel por experiência própria lhe digo que funciona, minha mãe com 76 anos histórico de câncer e hipertensa, teve Covid-19 tomou o kit de medicamentos no início da contaminação e só teve sintomas leves.
      Esses medicamentos já fazem parte do tratamento profilático na minha família e ninguém ficou internado.
      Conforme você explicou não existe nenhum medicamento para amenizar a contaminação certo? mas como a ciência explica o baixo índice de mortes por Covid-19 no continente africano que tem mais de um bilhão de habitantes?
      Lockdown?
      Hospitais altamente capacitados no atendimento?
      Os médicos são mais experientes?
      As máscaras e a prevenção da população são mais eficientes?
      Já que você segue tanto a ciência pesquise e me convença que não é algum medicamento que eles utilizam que vem dando resultados favoráveis.

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Saúde

Prefeitura no interior do RN abre sindicância para apurar suposto sumiço de uma dose da coronavac

O radialista e blogueiro Marcos Dantas destaca nesta quinta-feira(28) que o prefeito de Serra Negra do Norte(303 km de Natal), Sérgio Fernandes de Medeiros, instaurou uma sindicância administrativa para apurar o suposto desaparecimento de uma dose da vacina coronavac, no Centro de Saúde Sueli Lucena de Araújo, neste mês.

Segundo Marcos Dantas, a Secretaria de Saúde de Serra Negra do Norte recebeu, inicialmente, 60 doses da coronavac, tendo vacinado 46 profissionais de saúde, mas restavam apenas 13 doses, ao invés de 14, que seria o número correto. Ainda segundo
Marcos Dantas, o prazo para conclusão da sindicância não excederá 60 dias, podendo ser prorrogado por igual período.

Íntegra de matéria abaixo:

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Diversos

Vacina da Pfizer é eficaz contra cepas do Reino Unido e da África do Sul, diz estudo

Foto: Dado Ruvic/Reuters

A vacina desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech conserva praticamente toda sua eficácia contra as variantes britânica e sul-africana do vírus da covid-19, informaram as duas empresas em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, 28. Os testes in vitro realizados com o vírus original e as mutações registradas (E484K e N501Y) “não demonstraram a necessidade de uma nova vacina”, segundo os dois laboratórios, que afirmam continuar monitorando essas variantes e estar “prontos para reagir”, se alguma delas se tornar resistente à vacina. A variante brasileira ainda não foi testada pelo laboratório. Chamada de P.1, ela contém várias mutações, entre elas a E484K e N501Y.

O estudo divulgado nesta quinta-feira, 28, feito em parceria com a Universidade do Texas, foi publicado na plataforma bioRxiv, mas ainda não foi revisado por pares. Os pesquisadores analisaram os anticorpos gerados por 20 pessoas – vacinadas com as duas doses da Pfizer/BioNTech – para três mutações do coronavírus criadas em um laboratório, incluindo as principais mutações das variantes britânica e sul-africana.

Essas mutações são localizadas na proteína spike do vírus, as “pontas” características que estão na superfície e permitem que o coronavírus entre nas células humanas. “O plasma dos indivíduos que receberam a vacina neutralizou todas as variantes”, disseram as empresas, que reconheceram ainda que a neutralização foi “ligeiramente mais leve” nas três mutações da variante sul-africana em comparação com a britânica.

Outro estudo publicado na semana anterior, de pesquisadores da África do Sul, já havia sinalizado a maior resistência da variante sul-africana. Os laboratórios afirmaram que vão seguir adiante com os estudos sobre as mutações, principalmente a sul-africana, e que vão “vigiar a eficácia da vacina no mundo” diante do surgimento de novas variantes.

Mesmo assim, as empresas acreditam que a “flexibilidade da vacina, baseada na tecnologia de RNA mensageiro”, que injeta no corpo instruções genéticas que dizem às células o que fazer, é “apropriada para desenvolver novas versões da vacina, se necessário”./AFP

Estadão

Opinião dos leitores

  1. As cepas agora têm nacionalidade, mas o vírus CHINÊS não pode ser Chinês??? Duplo padrão. Já está mais que manjado!

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