Saúde

Vacina contra o HIV apresenta baixa eficácia e estudo é encerrado

Foto: Pixabay

Uma vacina experimental contra o HIV, vírus causador da Aids, teve os estudos encerrados após dados mostrarem que a proteção oferecida pelo imunizante ao organismo era insuficiente. Fabricada pela Johnson & Johnson, a vacina apresentou apenas 25% de eficácia.

— Eu já deveria estar acostumada, mas você nunca está. Você ainda coloca seu coração e alma nisso — afirma a principal pesquisadora do estudo e presidente do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul, Glenda Gray, ao jornal New York Times. A pesquisadora tem tentado desenvolver uma vacina para o vírus há mais de 15 anos.

O estudo, denominado Imbokodo, analisou 2,6 mil mulheres jovens, entre 18 e 35 anos, de cinco países da África Subsaariana (Malaui, Moçambique, África do Sul, Zâmbia e Zimbábue). A região escolhida foi determinante no estudo, uma vez que representa a maior parcela de mulheres vulneráveis em todo o continente, representando quase dois terços das novas infecções por HIV em 2020.

Os testes tiveram início em 2017. Desde então, as participantes receberam quatro doses do imunizante ao longo do período e foram acompanhadas pela equipe de pesquisadores. Em dois anos de observação, 51 das 1.079 participantes que receberam a vacina foram infectadas; já entre as 1.109 voluntárias que receberam placebo, 63 contraíram o vírus. A tecnologia utilizada no imunizante é a do adenovírus inativado, assim como as vacinas AstraZeneca, Janssen e Sputnik V contra a Covid-19.

Apesar da baixa eficácia, o estudo trouxe alguns dados úteis. Pesquisas recentes realizadas na Tailândia indicaram que os anticorpos provocados pela vacina podem ser suficientes para oferecer proteção contra o vírus em um período inicial da infecção. Isso significa, segundo Glenda, que o fato de o estudo ter sido conduzido na África, onde as taxas de incidência de HIV são maiores, pode ter sido determinante no resultado.

— O tipo de resposta imunológica induzida não foi suficiente para interromper as altas taxas de ataque que vemos na África — diz a pesquisadora.

Um trabalho paralelo, denominado Mosaico, ainda deve prosseguir, segundo a fabricante. Um outro imunizante está sendo atualmente testado em oito países, incluindo o Brasil, em homens que fazem sexo com outros homens e pessoas trans.

O Mosaico é um esforço conjunto público-privado envolvendo os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos EUA, a Rede de Ensaios de Vacinas contra o HIV, com sede no Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson, o Comando de Pesquisa e Desenvolvimento Médico do Exército dos EUA e a farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson.

A Moderna, que também é uma das fabricantes de uma vacina contra o Sars-CoV-2, anunciou recentemente que vai iniciar a testagem de um novo imunizante contra o HIV. Segundo a empresa, os testes devem começar ainda neste ano.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 38 milhões de pessoas vivem com o HIV em todo o mundo; 1,5 milhão infectadas no último ano.

O Globo, com informações de agências internacionais

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Saúde

RN recebe mais 150 mil vacinas contra Covid-19; Coronavac/Butantan, Astrazeneca/Fiocruz e Pfizer

Foto: Julianne Araújo

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) recebe nesta quarta-feira (1°), divididas em quatro carregamentos, mais 150.500 doses de vacinas contra a Covid-19. São imunizantes da Coronavac/Butantan, Astrazeneca/Fiocruz e Pfizer que vão reforçar tanto a ampliação do público atendido com a primeira dose como para completar o esquema vacinal.

Em dois voos, entre 10h e meio-dia, foram descarregadas 108.440 unidades da Coronavac/Butantan no Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante. Os lotes são divididos por igual entre primeira e segunda doses.

À tarde, de acordo com o Ministério da Saúde, serão mais 21.060 imunizantes da Pfizer e 21 mil da Astrazeneca/Fiocruz, todas destinadas para aplicação da segunda dose.

Recentemente, a Sesap registrou na plataforma RN+Vacina números importantes da vacinação contra a Covid-19 no RN. Já são mais de 3 milhões de doses aplicadas, para 2,1 milhões de pessoas que tomaram ao menos uma dose, representando 80% da população adulta do estado. Já entre as pessoas que tomaram as duas doses ou a dose única o número passa dos 34%, somando mais de 923 mil pessoas acima dos 18 anos.

Opinião dos leitores

  1. OBRIGADO PRESIDENTE BOLSONARO, dando show no envio de vacinas para imunizar o povo potiguar, se estivéssemos dependendo das vacinas compradas pela GOVERNADORA não teríamos um único braço vacinado e ainda estaríamos todos sendo ameaçados por essa doença.
    Há muito que o STF autorizou os Governadores a comprarem vacinas para os seus Estados, no entanto é o Presidente que segue comprando as vacinas.

  2. O governo Bolsonaro é o responsável pela aquisição de TODAS as vacinas no Brasil e as prefeituras são responsáveis por sua aplicação. Os estados em nada contribuem na vacinação e muitos, como o RN, só atrapalham.

    1. Quem coordena distribuição e armazenamento? Seu mito do pau oco?

    2. ia ter um grande esquema de corrupção com compra de vacinas, ainda bem que foi descoberto!

  3. O governo Bolsonaro estácinundando o Brasil com vacinas. Mais uma narrativa mentirosa da esquerdalha que cai por terra.

    1. Realmente, não presta. Melhor tomar um chá de eucalipto com alho e limão ou uma cana com limão e mel de abelha. Mas dá certo prá esquerdalha.

    2. Que ridículo, até agora não mudou nada na porra desse país.

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Saúde

Mais de 80 mil vacinas contra Covid-19 foram distribuídas no RN nesta terça

Reprodução

A campanha de vacinação contra a Covid-19 no Rio Grande do Norte recebeu mais um reforço nesta terça-feira (31). As secretarias de Estado da Saúde Pública (Sesap) e da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) fizeram no início da tarde a distribuição de 80.399 doses de imunizantes enviadas pelo Ministério da Saúde para os municípios potiguares.

O trabalho de logística, seguindo o padrão de toda a campanha, se deu menos de 24h após a chegada de um novo lote de vacinas ao estado. Com o apoio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, a Sesap encaminhou as vacinas e os insumos a todas as regiões.

Os lotes estão divididos entre 20.255 doses da Astrazeneca/Fiocruz e 60.144 da Pfizer, ambas para completar o esquema de vacinação para quem já foi atendido pela primeira dose.

Nesta terça-feira, o RN ultrapassou a marca das 900 mil pessoas que receberam as duas doses ou a dose única de vacina contra a Covid-19. No total, a plataforma RN+ Vacina recebeu o registro de 2.123.323 pessoas que tomaram ao menos uma dose, representando 79% do público-alvo acima dos 18 anos.

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Diversos

São Gonçalo faz repescagem para pessoas de 30 a 59 anos que não tomaram a 1ª dose da vacina contra a covid-19

Foto: Junior Santos

Neste sábado (28), a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante/RN vai realizar repescagem para aqueles que ainda não tomaram, por algum motivo, a primeira dose da vacina contra a covid-19. A ação, que acontecerá das 8h às 13h no campus do IFRN, no Centro, será para a população de 30 a 59 anos. Desta vez não precisa de agendamento, apenas estar cadastrado no RN Mais Vacina.

Simultaneamente vai acontecer mais um mutirão para aplicação da segunda dose, na Unidade Móvel da Cruz Vermelha, que vai estar estacionada na Avenida Alexandre Cavalcanti, no Centro, em frente à sede da Secretaria de Assistência Social, também das 8h às 13h. O município segue fazendo chamamento dos que tomaram a D1 dos imunizantes Oxford/AstraZeneca e Pfizer até dia 3 de junho, e Coronavac há 28 dias.

Para receber a D1 é necessário documento oficial com foto e comprovante de residência no nome. Se tiver no nome de algum familiar, será preciso comprovar grau de parentesco. Já para a D2, basta o documento oficial com foto e o cartão de vacina comprovando a primeira dose no município.

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Saúde

Pfizer anuncia parceria para produzir vacina contra Covid-19 no Brasil

A farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou nesta quinta-feira (26) um acordo com a brasileira Eurofarma para a produção local da vacina de mRNA da empresa contra a Covid-19, a ComiRNAty, que será distribuída exclusivamente na América Latina.

Em nota, a Pfizer afirmou que foi assinada uma carta de intenção com a empresa brasileira, que ficará responsável pelas “atividades de fabricação dentro da cadeia de fornecimento e rede de fabricação de vacinas contra a Covid-19 globais da Pfizer e da BioNTech”.

A previsão é que as atividades de transferência técnica, desenvolvimento no local e instalação de equipamentos comecem imediatamente. A Eurofarma receberá o produto de instalações nos Estados Unidos e a fabricação das doses acabadas terá início em 2022.

A expectativa é que, em plena capacidade operacional, a produção anual no Brasil da vacina da Pfizer excederá 100 milhões de doses. Com o acordo, a Pfizer afirmou que a produção de seu imunizante será feita em quatro continentes, em mais de 20 instalações.

“Nossa nova colaboração com a Eurofarma expande nossa rede global de cadeia de suprimentos, nos ajudando a continuar fornecendo acesso justo e equitativo à nossa vacina. Continuaremos a explorar e buscar oportunidades como esta para ajudar a garantir que as vacinas estejam disponíveis para todos os que precisam”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer, em nota

“A parceria de hoje é um passo importante para ampliar o acesso às vacinas na América Latina e além, expandindo nossa rede de fabricação global ”, afirmou Ugur Sahin, CEO e cofundador da BioNTech.

Também em nota, a Eurofarma afirmou que a parceria com a Pfizer e a BioNtech é motivo de “orgulho e esperança” para a empresa.

“A assinatura dessa colaboração na produção da vacina contra a Covid-19 representa mais um marco em nossa trajetória. Estamos disponibilizando nossos melhores recursos em capacidade industrial, tecnologia e qualidade para este projeto, para que possamos cumprir o contrato com excelência e contribuir com o abastecimento do mercado latino-americano”, disse Maurízio Billi, presidente da farmacêutica.

CNN Brasil

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Saúde

RN ultrapassa 30% dos adultos totalmente vacinados contra Covid-19, que corresponde a mais 817 mil pessoas; 50 mil ainda não foram tomar a 2ª dose

A campanha de vacinação contra a Covid-19 segue avançando no Rio Grande do Norte. No início desta semana, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) registrou dois números que apontam para este avanço. A plataforma RN+ Vacina registra no fim da manhã desta quarta-feira (25) que mais de 30% dos adultos que moram no estado receberam as duas doses ou a dose única.

O percentual representa mais de 817 mil pessoas que completaram o esquema vacinal desde o início da campanha de imunização, sendo 762.521 que tomaram as duas doses de Coronavac/Butantan, Astrazeneca/Fiocruz ou Pfizer e outras 54.937 que tiveram aplicada a Janssen.

A Sesap ressalta, no entanto, que ainda há um quantitativo substancial de moradores do RN que ainda não foram até os postos de vacinação para tomar a segunda dose. O número de pessoas, segundo levantamento mais recente feito na RN+ Vacina, ultrapassa as 50 mil pessoas. No próximo sábado (28), a secretaria vai apoiar junto aos municípios a realização de mais um Dia D de vacinação, com foco nas pessoas que ainda precisam completar o esquema vacinal.

Primeira dose

Outro número alcançado esta semana reforça o avanço da vacinação contra a Covid-19 no RN. Já são mais de 2 milhões de potiguares que receberam ao menos uma dose, chegando a 76% do público-alvo.

Até o início da manhã desta terça-feira, eram exatos 2.039.755 pessoas que tiveram a aplicação de suas doses cadastradas pelos municípios junto à RN+ Vacina. O total de doses administradas nas salas de vacina das 167 cidades potiguares é de 2.857.213 unidades.

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Saúde

Mais de 560 mil pessoas de Natal receberam a D1 ou dose única da vacina contra Covid-19; veja se você está na data para D2

Foto: Joana Lima / Secom

De acordo com a estimativa populacional do Ministério da Saúde, a faixa etária a partir de 18 anos de Natal é de 690.627 pessoas, e deste quantitativo, 560.197 receberam a primeira dose (D1) ou a dose única (DU), da vacina contra Covid-19. Em termos percentuais, 81% da população vacinável recebeu uma dose e 32% da população natalense completou o esquema vacinal.

Outro dado da capital é que, na faixa etária dos 40 anos a acima de 80, 85% receberam a D1 ou a dose única. “Nosso apelo agora é para que a faixa etária dos 18 anos aos 39 anos compareça aos pontos de vacinação”, afirma o secretário Municipal de Saúde, George Antunes.

Segundo o secretário, 77% da população entre 30 a 39 anos já recebeu a D1, e 65% da população dos 18 aos 29 anos, procura os pontos de imunização. “Reforçamos a importância no combate ao vírus. A vacina é a forma mais eficiente de se proteger. A vacinação acontece de forma muito rápida, basta levar um documento com foto, cartão de vacina e comprovante de residência de Natal”, reforça.

A SMS Natal segue vacinando a faixa etária de 18 anos e a segunda dose nos cinco drives e nas 35 UBS. Todos os horários e locais estão disponíveis no site https://vacina.natal.rn.gov.br/

SEGUNDA DOSE:

CORONAVAC

As pessoas que completaram os 28 dias da primeira dose do imunizante Coronavac podem procurar as 35 UBS ou qualquer drive-thru.

OXFORD

As 35 UBS e todos os drives estão com aplicação da D2 da Oxford para quem se vacinou até o dia 06 de junho.

Grávidas que tomaram a D1 de Oxford

As gestantes que tomaram a primeira dose com o imunizante Oxford e que, por recomendação do Ministério da Saúde, não tomaram a segunda dose, poderão completar seu esquema vacinal com o imunizante da Pfizer nas 35 UBS ou qualquer ponto de aplicação (exceto Arena das Dunas).

PFIZER

A segunda dose da Pfizer está disponível nas 35 UBS ou nos drives Nélio Dias, Palácio dos Esportes, Via Direta e SESI para quem tomou a primeira dose até 03 de junho.

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Saúde

Vacina contra Covid aplicada perto do glúteo em SC repercute; entenda

Foto: Laura Braz/Arquivo pessoal

A foto de uma moradora de Joinville, no Norte catarinense, recebendo a vacina contra a Covid-19 no músculo do ventroglúteo, próximo ao glúteo, chamou a atenção nas redes sociais, já que muitos municípios têm aplicado o imunizante no braço. Laura Braz, de 25 anos, foi vacinada com a primeira dose na sexta-feira (20) (veja mais abaixo).

A gerente de Vigilância em Saúde de Joinville, Fabiana Almeida, afirmou que outros imunizantes já são aplicados dessa forma no município. “Como já é rotina de outras vacinas, nós optamos pelo ventroglúteo”, disse.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), porém, afirmou que não há diferença na eficácia da vacina ou posterior dor no local entre os dois músculos.

O G1 aguardava, até a publicação desta notícia, resposta do Ministério da Saúde sobre qual local de aplicação da vacina contra Covid-19 é recomendado.

Sem diferença

A explicação da gerente de Vigilância em Saúde de Joinville, de aplicação da vacina conforme já é feito no município, está de acordo com as orientações da Dive. “O estado já orienta que seja feita [a imunização contra a Covid] como as vacinas de rotina”, disse a gerente de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Arieli Fialho.

O ventroglúteo pode ser uma primeira opção.

“Esse músculo é maior, é livre de nervos. Desde que o profissional da saúde tenha capacitação para delimitar esse músculo, é uma opção”, afirmou Fialho.

Ela também disse, porém, que as bulas das vacinas falam mais do deltoide, que fica no braço. “A vacinação é intramuscular. Geralmente as bulas vêm com orientação de deltoide, mas não significa que não possa ser feita em outros músculos”, afirmou.

Não há um levantamento para saber quantos municípios catarinenses optam por braço ou ventroglúteo. “Acredito que a maioria seja deltoide. Como estão fazendo muito drive-thru, é um músculo de mais fácil acesso”, disse Fialho. Segundo ela, alguns pontos em Florianópolis também aplicam a vacina no ventroglúteo.

A gerente de Imunização da Dive também afirmou que não há estudos sobre diferenças de efeito colateral entre os dois músculos.

“Pode ter dor no local de qualquer maneira. Pode dar as mesmas reações, como dor e vermelhidão”, declarou.

“Não tem problema deltoide ou ventroglúteo, desde que o profissional de saúde tenha capacidade para delimitar o músculo. Não vai diminuir a eficácia”, resumiu.

Repercussão

A doutoranda Laura Braz ficou surpresa com a repercussão nas redes da foto da vacina.

“Estamos isolados em casa, eu e meus pais, todo mundo trabalhando de casa. A vacina era muito aguardada. Meus pais já tomaram as duas doses, a minha foi a primeira, na sexta. Meus pais já tinham tomado [a vacina] no quadril, não foi surpresa nenhuma. Já tinha tomada outras vacinas perto do glúteo. Não estou entendendo a repercussão, é algo totalmente comum”, disse.

Como esperava muito pela vacina, ela quis fazer a foto. “Registrei, não tive constrangimento nenhum. É algo bem comum para mim. Não ia perder. Pessoal tava estranhando ser perto do glúteo. Resolvi postar por brincadeira e saiu do controle. Agora não paro de receber mensagens”, contou.

Ela acredita que repercussão possa trazer algo positivo. “Se servir como incentivo para o pessoal se vacinar, já está bom. Até para o pessoal de Joinville perder a vergonha de postar, não tem nada de mais. Às vezes publicar, pode incentivar as outras pessoas”, resumiu.

Vacinação e Covid-19 em Joinville

Em Joinville, 331.045 pessoas receberam a primeira dose contra a Covid-19, de acordo com dados da manhã desta segunda (23) da Secretaria de Estado da Saúde. Esse número corresponde a 55,39% da população da cidade, que é a maior de Santa Catarina.

Receberam também a segunda dose 136.240 pessoas, o equivalente a 22,8% da população.

Moram em Joinville 597.658, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em Santa Catarina, 4.429.485 receberam a primeira dose, o que corresponde a 61,08% da população. Também receberam a segunda 1.954.140 pessoas, o equivalente a 26,94% da população do estado.

Moram em Santa Catarina 7.252.502 pessoas, conforme estimativa do IBGE.

G1

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Saúde

FDA concede registro definitivo para a vacina da Pfizer contra Covid nos EUA

Foto: Myke Sena

A Agência reguladora dos Estados Unidos (FDA) concedeu nesta segunda-feira (23) o registro definitivo para a vacina da Pfizer contra a Covid-19 para pessoas com 16 anos ou mais no país. Esta é a primeira vacina contra o coronavírus aprovada pela Food and Drug Administration e espera-se que abra as portas para mais restrições que exigem a vacinação nos EUA.

“A aprovação desta vacina pelo FDA é um marco à medida que continuamos a lutar contra a pandemia de Covid-19”, declarou a Dra. Janet Woodcock, chefe do FDA.

A vacina da Pfizer/BioNTech foi autorizada para uso emergencial nos Estados Unidos em dezembro de 2020, para pessoas com 16 anos ou mais. Em maio deste ano, a autorização foi estendida a maiores de 12 anos.

De mais de 170 milhões de pessoas nos Estados Unidos totalmente vacinadas contra a Covid-19, mais de 92 milhões receberam a vacina da Pfizer/BioNTech.

“Embora esta e outras vacinas tenham atendido aos rigorosos padrões científicos da FDA para autorização de uso de emergência, como a primeira vacina Covid-19 aprovada pela FDA, o público pode estar muito confiante de que esta vacina atende aos altos padrões de segurança, eficácia e qualidade de fabricação”, disse Woodcock.

Para poder autorizar o registro definitivo, o FDA diz ter feito uma avaliação “incrivelmente completa e cuidadosa dessa vacina”, segundo o diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, Peter Marks.

“Avaliamos dados científicos e informações incluídas em centenas de milhares de páginas, conduzimos nossas próprias análises de segurança e eficácia da Comirnaty e realizamos uma avaliação detalhada dos processos de fabricação, incluindo inspeções das instalações de fabricação”, disse em nota.

Como funciona a vacina da Pfizer

A vacina Pfizer/BioNTech utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). O material genético sintético, que carrega o código genético do SARS-CoV-2, estimula o organismo a gerar anticorpos contra o vírus.

Em outras palavras, o objetivo é que o mRNA sintético dê as instruções ao corpo humano para a produção de proteínas encontradas na superfície do vírus. São essas proteínas que levam à resposta do sistema imunológico e trazem a proteção para o indivíduo.

As vacinas de RNA mensageiro são um novo tipo de imunizante, considerado de terceira geração, que também tem como objetivo proteger as pessoas de doenças infecciosas.

CNN Brasil

 

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Saúde

Eficácia de vacina da Pfizer cai mais rápido do que AstraZeneca, diz estudo

Foto: Bigstock

Um estudo publicado nessa quinta-feira (19) indicou que a eficácia da vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech decai mais rapidamente do que a da AstraZeneca/Oxford, embora a primeira seja mais efetiva no combate à variante Delta do novo coronavírus.

A pesquisa, liderada por especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, indicou que, em infecções com alta carga viral, a proteção oferecida pelo imunizante da Pfizer um mês depois da segunda dose é 90% maior do que em indivíduos não vacinados, mas depois cai para 85% e 78% depois de dois e três meses, respectivamente. Já no caso do agente desenvolvido pela AstraZeneca, a proteção oferecida foi de 67%, 65% e 61%, respectivamente.

O estudo, que ainda não foi revisado pela comunidade científica internacional, analisou dados do serviço de Saúde Pública do Reino Unido (NHS), coletados entre dezembro de 2020 e agosto de 2021.

Além disso, os especialistas examinaram os testes de detecção do novo coronavírus de 700 mil pacientes, feitos antes e depois de 17 de maio, quando a variante Delta se tornou dominante no território britânico.

Os resultados, segundo os autores do estudo, apontam que as pessoas que contraem a Covid-19 por causa desta mutação, depois da aplicação da segunda dose da vacina, têm níveis máximos de vírus similares ao de pessoas não imunizadas.

Além disso, indicam que os preparados não eliminam a possibilidade de contrair a doença, mas sim, reduzem o risco de contágio e seguem sendo a forma mais efetiva de garantir a proteção contra a variante Delta do patógeno. “Contudo, não sabemos quanta transmissão pode causar as pessoas que contraem a Covid-19 depois de serem vacinadas. Podem ter, por exemplo, níveis altos de vírus durante período de tempos mais curtos”, afirma Sarah Walker, especialista em estatística médica e epidemiologia da Universidade de Oxford.

Porém, ela afirma, que o fato de os pacientes poderem apresentar níveis altos, sugere que “as pessoas que não estão vacinadas podem não estar tão protegidas contra a Delta como esperávamos”. E que “isto significa que é essencial que se vacine o máximo de pessoas possível, tanto aqui no Reino Unido, como no restante do mundo”, garante a especialista da instituição de ensino britânica.

Koen Pouwels, também participante do estudo, aponta que, apesar de a Pfizer e AstraZeneca apresentarem “ligeiras diminuições de proteção” contra todas as infecções e contra aquelas com alta carga viral, a eficácia geral das vacinas ainda é “muito alta”.

Paralelamente, os pesquisadores constataram que uma dose do imunizante produzido pela companhia americana Moderna tem eficácia contra a variante delta “igual ou maior” do que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca, no entanto, ainda não há dados para avaliar os dados do esquema completo, com duas doses.

Intervalo entre doses

Sobre os intervalos entre as aplicações, o estudo comprovou que esse fator não altera a eficácia das vacinas para prevenir novas infecções, ao mesmo tempo em que detectaram que os grupos mais jovens, de 18 a 34 anos, apresentam níveis de proteção mais altos que os mais velhos, de 35 a 64 anos.

Os pesquisadores indicaram que as conclusões que chegaram poderiam servir para assessorar o Comitê Conjunto sobre Vacinação e Imunização mantido pelo governo britânico, que deverá decidir se recomendará a administração de uma terceira dose, de reforço, ainda neste ano.

Gazeta do Povo

Opinião dos leitores

  1. Venha apresentar suas falácias sobre a Coronavac aqui, Calígula! Apresentar suas inverdades sobre a eficácia da mesma! Preciso de diversão!

    1. Eu sinceramente preferia ter tomado a Coronavac. Óbvio que, sendo educada, instruída e humana (mesmo que isso soe como falta de modéstia), não perguntei qual era nem nada quando fui tomar. Mas eu queria era a vacina do criador do vírus. Quem vai saber fazer vacina melhor do que o criador e vetor do vírus?

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Saúde

Natal inicia 2ª dose de Pfizer para quem se vacinou até 31 de maio; Oxford até o dia 02 de junho a partir de sábado, assim como Coronavac após 28 dias

Foto: Alex Régis/Secom

Natal amplia a vacinação da segunda dose de Pfizer contra a Covid-19 neste sábado (21) atendendo às pessoas que receberam a primeira dose do imunizante até o dia 31 de maio. Para se vacinar, a população pode se dirigir a um dos drives Via Direta, Sesi, Palácio dos Esportes e Nélio Dias, que também contam com salas para pedestres, e, na segunda-feira, além desses locais, as pessoas podem comparecer a uma das 35 salas de imunização nas Unidades Básicas de Saúde de Natal.

“As informações sobre a vacinação contra Covid-19 são bem dinâmicas, então é importante que antes de sair de casa o cidadão acesse o site https://vacina.natal.rn.gov.br/ e clique no link quem pode se vacinar hoje, pois lá tem todas as informações da vacinação do dia”, afirma o secretário Municipal de Saúde de Natal, George Antunes.

Outros imunizantes

As demais vacinas, Oxford e Coronavac, estão disponíveis neste sábado também no drive da Arena das Dunas, além dos outros quatro.

As pessoas que receberam o imunizante da Oxford até o dia 02 de junho também podem procurar um dos pontos de vacinação neste sábado.

Com relação à Coronavac, quem completou 28 dias da primeira dose já pode receber a segunda dose.

A SMS Natal reforça ainda que o público a partir de 18 anos precisa comparecer aos pontos de vacinação para receber o imunizante. “A pandemia não acabou, de fato tivemos grande avanço com a vacinação, mas devemos continuar com os cuidados usando álcool, máscaras e evitando aglomerações”, afirma o secretário.

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Saúde

COVID: Fiocruz entrega 3,9 milhões de doses da vacina da AstraZeneca ao Ministério da Saúde

Foto: © Myke Sena/MS

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entrega nesta sexta-feira (20) ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), mais 3,9 milhões de doses da vacina contra covid-19 da AstraZeneca. O imunizante é produzido no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

Do total de doses, 308 mil são destinadas ao Rio de Janeiro e as demais serão distribuídas aos demais estados pelo Ministério da Saúde, de acordo com a Fiocruz.

Com a remessa de hoje, a Fiocruz atinge a marca de 88,4 milhões de doses entregues ao PNI, das quais 84,4 milhões foram produzidas em Bio-Manguinhos e 4 milhões importadas do Instituto Serum, que fica na Índia.

Agência Brasil

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Saúde

Rio: servidora aplica vacina de poliomielite no lugar da covid-19; Secretaria informou que 44 pessoas receberam imunização errada

A Secretaria Municipal de Saúde de São João da Barra, norte fluminense, informou que 44 pessoas receberam a vacina contra a poliomielite no lugar da vacina contra a covid-19 da CoronaVac na tarde de terça-feira (17) na Unidade de Saúde da Família da Nova São João da Barra, na sede do município. Uma servidora da unidade admitiu ter se confundido no momento de separar os frascos. Assim que percebeu o erro, ela suspendeu a aplicação da vacina e comunicou ao setor responsável.

Em nota, a Secretaria de Saúde do município lamentou o ocorrido e informou que será instaurado um processo administrativo para apurar o caso. A servidora, que é funcionária de carreira da prefeitura, foi afastada até que a apuração seja concluída. A nota informa ainda que o fato isolado não prejudica o andamento da vacinação no município, que segue avançada e está na faixa de idade a partir de 21 anos.

“No total são 37.648 vacinas aplicadas, sendo 25.485 na primeira dose e 12.163 na imunização concluída. Na população acima de 18 anos, a campanha de imunização corresponde a 90,5% com a primeira dose e 43,2% no esquema vacinal completo”, informou a secretaria.

As equipes responsáveis pela imunização entraram em contato com todas as pessoas que tomaram a vacina contra a poliomielite, com idades entre 21 e 44 anos. A secretaria fez o reagendamento para daqui a 15 dias, tanto para quem estava agendado para a primeira quanto para a segunda dose do imunizante.

A Secretaria de Saúde informou que a vacina contra a poliomielite não possui efeitos colaterais. Ela é aplicada em crianças e não há necessidade de aplicação em adultos, somente em casos de deslocamento para países com surto da doença. A vacina também não tem contraindicações para lactantes.

“A vacina aplicada de poliomielite inativada não causa nenhum malefício ao paciente adulto, inclusive é aplicada nos pacientes que vão viajar para áreas endêmicas”, disse o médico infectologista da rede municipal de Saúde de São João da Barra, Renato Sodré.

A Secretaria Municipal de Saúde do município vai solicitar ao governo do Estado a reposição de doses da vacina contra a paralisia infantil.

Agência Brasil

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Saúde

RN terá dois dias exclusivos para vacinação das pessoas que estão com atraso na D2; mais de 60 mil ainda precisam completar esquema vacinal

Nos próximos dois sábados de agosto, dias 21 e 28, o Rio Grande do Norte fará uma grande mobilização de vacinação para as pessoas que estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em atraso. A estimativa atual é que 61.628 pessoas ainda precisam completar seu esquema vacinal.

Em nota técnica, emitida nesta quarta-feira (18), a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) detalhou o quantitativo de doses que será enviado para cada município, totalizando 155.775 doses exclusivas para D2. Seguindo o Plano Nacional de Imunização, as doses são destinadas aos: profissionais da Educação Infantil; trabalhadores portuários; profissionais da saúde; pessoas com comorbidades e pessoas portadoras de deficiência permanente; gestantes e população geral na faixa etária de 49 a 45 anos de todos os municípios do Rio Grande do Norte.

Os municípios com maior número de cidadãos com a segunda dose em atraso são: Natal (20.980), Mossoró (6.971), Parnamirim (3.476) e São Gonçalo do Amarante (2.618).

Através de discussão na Câmara Técnica da Vacina, a Sesap recomenda e solicita que todos os municípios do RN, através das Secretarias Municipais de Saúde, mobilizem suas equipes a fim de sensibilizar a população para tomar a segunda dose da vacina Covid-19, a fim de completar o esquema vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde.

“A ideia é que os municípios lancem mão de estratégias, como a realização de busca ativa, procurando as pessoas em seus domicílios, ligando ou mandando mensagem, para que quem já está em tempo oportuno da aplicação da segunda dose possa ter a garantia da efetivação de sua imunização nos próximos dias. Queremos mobilizar o maior número de pessoas pra garantir o acesso a segunda dose e acreditamos também que ainda no mês de agosto conseguiremos vacinar toda a população adulta maior de 18 anos, com pelo menos a primeira dose da vacina”, disse a coordenadora de vigilância em saúde da Sesap, Kelly Lima.

Opinião dos leitores

  1. Não acredito que esses dados são corretos. Tomei 2° dose da coronga vac em maio e no + vacina ainda estou como pendente

  2. Ser a que vai ter Baladas ou troca de Balas kķkkk.
    O RN nas mãos de Fátima Paraíba, está mas perigoso que o Afeganistão.
    Socorro o Afeganistão é aqui.

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Saúde

Brasil ultrapassa EUA em adultos com 1ª dose de vacina e chega a 73,9%

Foto: Sérgio Lima/Poder360

O Brasil chegou nessa 5ª feira (12.ago.2021) a 73,9% de adultos vacinados com ao menos uma dose. O percentual é superior ao dos Estados Unidos, que têm 71,5% da população vacinada com ao menos uma dose.

Os dados consideram as pessoas acima de 18 anos e são da plataforma coronavirusbra e do CDC (Centers of Diseases Control), órgão de saúde pública dos EUA.

Quando se compara aos adultos totalmente imunizados, porém, o Brasil fica atrás: 30,6% contra 61,3%.

VACINAÇÃO ACELERADA

A média móvel (considerando os últimos 7 dias) de vacinação no Brasil está em 1,5 milhão de doses aplicadas por dia. É o maior valor já registrado desde o início da vacinação. Desde 13 de junho, a média diária supera 1 milhão de doses.

Nos Estados Unidos, essa média chegou a 3,4 milhões de doses diárias em 13 de abril. A vacinação, no entanto, caiu. A média mais recente é de 730 mil doses diárias.

O país da América do Norte enfrenta dificuldades de ampliar a vacinação, com grupos que resistem em tomar o imunizante. Por conta disso, tem adotado medidas como tornar a vacinação obrigatória nas Forças Armadas.

Foto: Reprodução/Poder 360

Com Poder 360

Opinião dos leitores

  1. la estagnou devido a resistencia da população em se vacinar, grande parte devido a movimentos anti vacina. Qanun.

  2. Cade o discurso de genocida? Vão dizer, então estariamos bem melhor se não fosse o PR. Bando de zumbis.

  3. Certamente as mídias podres não irão comentar esta capacidade do governo federal de vacinar os brasileiros, e cai por terra a narrativa de que o governo federal está represando vacinas, os estado é que terão que dar conta dos estoques que possuem, o ministério da saúde já entregou 197 milhões de doses e só foram aplicadas 160 milhões, as 37 milhões de doses sobrando nos Estados, ninguém questiona.
    Bando de canalhas antipatrotas.
    Parabéns presidente e equipe por mais essa conquista 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷

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Saúde

Covid-19: Fumar pode diminuir resposta imune da vacina, sugere estudo

Foto: Pixabay

Fumantes correm o risco de ter uma resposta imunológica mais baixa que o restante da população após receber a vacina contra a Covid-19. É o que sugere um estudo feito por pesquisadores japoneses do Utsunomiya Hospital e da Jichi Medical University.

Em um estudo preliminar com 378 profissionais de saúde, com idades entre 32 e 54 anos, os pesquisadores analisaram os níveis de anticorpos protetores induzidos pela vacina da Pfizer, usando amostras de sangue obtidas cerca de três meses após a aplicação da segunda dose.

A primeira constatação do estudo foi que participantes mais velhos tinham menos anticorpos que os mais novos, algo já visto em trabalhos anteriores de outros grupos de estudo. Depois de levar em consideração a idade, os únicos fatores de risco para níveis mais baixos de anticorpos eram sexo masculino e tabagismo.

Os pesquisadores especulam que a diferença de sexo não esteja relacionada a fatores biológicos, e, sim, porque as taxas de tabagismo eram duas vezes mais altas nos homens do que nas mulheres: 61% das pessoas do sexo masculino que participaram do estudo fumavam, contra 31% do sexo feminino.

— O cigarro não é bom para nada e tem relação com pelo menos 45 doenças. Nós sabemos que existem receptores de nicotina espalhados pelo corpo inteiro, inclusive no baço, órgão importante relacionado ao linfócito T (célula com função imunológica). Acredito que a diminuição de anticorpos tenha a ver com a ação do cigarro nestes órgãos associados ao sistema imunológico — diz Jaqueline Scholz, cardiologista e diretora do programa de tratamento do tabagismo do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP).

“Para esclarecer os efeitos do tabagismo, realizamos análises adicionais. No entanto, o Índice de Brinkman (que mede a exposição ao tabaco) e o número de cigarros por dia não influenciaram os níveis de anticorpos. Assim, fumar em si é um fator de risco para níveis baixos de anticorpos, ao invés da duração do fumo ou do número de cigarros por dia.”, escreveram os pesquisadores.

Os cientistas observaram, no entanto, que ex-fumantes apresentaram um resultado imunológico melhor do que fumantes ativos. Por isso, eles sugerem que parar de fumar reduzirá o risco de apresentar menos anticorpos após a vacinação.

— As pessoas precisam se antecipar às más notícias para pararem de fumar. Esta é mais uma evidência dos malefícios do cigarro — pontua Scholz.

O estudo ainda não foi revisado por pares. Os cientistas afirmam que são necessárias mais pesquisas para confirmar as conclusões do trabalho.

O Globo

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