Foto: Alexandre Loureiro/Reuters
O prefeito Eduardo Paes voltou atrás e anunciou que vai revogar a presença do público nos estádios do Rio.
A volta da torcida às arquibancadas constava das novas regras contra a Covid-19 publicadas nesta quarta-feira (13) em uma resolução conjunta das secretarias de Saúde do estado e do município.
Em uma rede social, Paes escreveu:
“A decisão de liberar os estádios com uma ocupação máxima de 1/10 está correta tecnicamente, de acordo com nossa secretaria de saúde. No entanto, obviamente trata-se de medida quase impossível de ser fiscalizada. A medida será revogada.”
A reabertura das arquibancadas seria com restrição da capacidade, dependendo da classificação de risco para Covid-19 da região, divulgada toda sexta-feira pelo município.
O último boletim, divulgado no dia 8, trazia 18 bairros com risco alto — caso dos três principais estádios do Rio.
O painel de Covid-19 registrava, na manhã desta quarta-feira (13), 15.664 mortos na capital, com 175 mil casos. Em todo o estado, eram quase 27 mil óbitos e 465 mil casos.
As mortes por Covid-19 no RJ estavam com tendência de alta (+115%), segundo o mesmo boletim.
Nesta quarta, 140 pacientes com suspeita ou confirmação da doença aguardavam transferência — 62 para uma vaga na UTI e 78 para enfermaria.
Outras regras
A resolução tratava ainda do funcionamento de boates, cinemas e teatros. Ao anunciar o recuo nos estádios, Paes não esclareceu se essas medidas serão mantidas.
Casas noturnas devem interditar a pista de dança e proibir pessoas em pé entre as mesas, independentemente da classificação de risco.
Se o estabelecimento ficar em uma região com risco moderado, poderá ter metade da capacidade; com risco alto, 25%; e risco muito alto, não deve abrir.
Nas últimas semanas, no entanto, flagrantes mostraram estabelecimentos lotados e a maioria sem máscara — como em festas de pré-reveillon.
Veja as restrições em outros setores.
Cinemas e teatros
devem ampliar o horário de funcionamento, a despeito da classificação;
risco moderado: metade de capacidade;
risco alto: 1/3 da capacidade;
risco muito alto: 1/4 da capacidade, com distanciamento de 2 metros.
Supermercados e farmácias
risco moderado: sem restrições;
risco alto: 2/3 da capacidade;
risco muito alto: metade da capacidade e ampliação obrigatória do horário.
Shoppings
risco moderado: 3/4 da capacidade;
risco alto: 2/3 da capacidade;
risco muito alto: fechado, exceto para entrega em domicílio.
Fecham em risco muito alto
Além de shoppings e boates, essas atividades e locais não podem funcionar se o bairro estiver em risco muito alto:
Ambulantes e feirantes;
Estádios e ginásios;
Clubes;
Museus;
Galerias e exposições de arte;
Aquário;
Conferências, convenções e feiras comerciais.
Medidas permanentes e sugestões
A resolução reforça os cuidados básicos de higiene, como a limpeza constante de superfícies, o uso de álcool para as mãos e a obrigatoriedade de máscaras.
O texto cita ainda “medidas recomendáveis”.
Evitar ao máximo o convívio com pessoas estranhas ao ambiente doméstico e a proximidade com pessoas do convívio cotidiano que circulam por ambientes externos;
Priorizar atividades ao ar livre, mantendo distanciamento social;
Adotar o regime de teletrabalho;
Deslocar-se pela cidade a pé, bicicletas, patinetes ou patins, como medida para evitar aglomerações no transporte público;
Realizar a autonotificação via app, em caso de sintomas respiratórios.
G1
Impossivel. Revoga-se uma lei ou uma decisão previamente tomada. Não se pode revogar pessoas. O que ele pretende é proibir a presença do público. Os nativos e amantes da língua portuguesa agradecem.
Incrível como só é proibido nessa pandemia brasileira as aulas em escolas públicas e público reduzindo no futebol. Enquanto isso, o restante pode.