O Presidente Alex Padang confirmou na tarde desta segunda-feira (15) a contratação de mais um atleta para o restante da temporada. Vandinho, de 26 anos de idade e com passagens por Flamengo e Avaí, é o mais novo reforço do alvirrubro. O jogador desembarcará no Aeroporto Augusto Severo nesta terça-feira.
Blog do América
Fico abismado, cada vez mais, com o tamanho da cartola dos dirigentes do futebol local. E haja coelho, haja coelho mas nem o espetáculo decola nem o público se empolga, naturalmente. Isso vale para ABC e América. Ficar abismado é figura de linguagem, já estou acostumado: eu, você e todo mundo. Já foi!… E fico aqui, só ouvindo: "fulano é craque, sicrano e cracaço, zé ruela é gênio…" Quando vai ver, o príncipe era mais um sapo. Basta um time daqui sair para Arapiraca ou Juazeiro, tome couro. Decepção grande (dos que acreditam) diante do quadro que pintam. Quem ouviu, ouviu comentarista acreditar num empate e até virar o jogo, quando o ABC estava perdendo de 2X0 para o Palmeiras. Hilário! Na imprensa pernambucana, vejo os caras irem pra cima dos dirigentes e cobrarem abertamente. Aqui, tem horas que eu penso que vai sair beijinho. Perguntinhas bobas e angelicais, nada que irrite o dirigente. O resultado está aí: um futebol que não existe e um público que não existe mais. Até a jornada esportiva, aqui, está envelhecida. Envelhecida não no sentido de pessoas velhas, mas na forma, no linguajar, na falta de humor, na falta de um vocabulário mais rico, de umas sacada mais inteligente e enriquecedora. É um marasmo só. Para quem está acostumado com a galera que faz futebol no Rio (sempre inovando e ousando), acha tudo sombrio e chato. Bordões velhos, bordões imitados, clichês repetidos desde Câmara Cascudo. Junte tudo isso, e leve em conta que Natal, já faz tempo, é uma cidade de forasteiros, são mais de duzentas mil pessoas que vieram morar aqui nos últimos dez anos. Ou seja: não têm relação sentimental nenhuma com os times daqui. Diferentemente do pernambucano, que nasce, vive e morre apoiando e exaltando o seu futebol. Junte as facilidades da nova tecnologia (ficar batendo perna na internet, por exemplo) e o número de equipamentos de lazer que se abriu aqui: shoppings, cafés, forros, cinemas, motéis, Ribeira Disso, Costeira Daquilo, Beco do Beco e por aí vai. Sem falar na praia e no pagode (para quem gosta) do domingo à tarde. Para você que não é daqui, acredite: Natal já teve futebol e dos bons. Junte todos os times do Nordeste, de hoje, que eu trago o ABC e o América dos anos 70/80: ganho de tudinho. Como trabalhar num emaranhado desses, para deixar o futebol local pelo menos no nível de Fortaleza? Se tem jeito? Até arrisco dizer que sim. Mas isso é coisa para profissional. Muito profissional.