Finanças

Ex-gerente da Petrobras Venina Velosa fez parte de conselho de Abreu e Lima

Por interino

A ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca – que afirma ter alertado o comando da empresa de irregularidades em contratos – foi uma das três integrantes do Conselho de Administração da companhia criada em março de 2008 para administrar a bilionária obra da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, alvo central da Operação Lava Jato, que desmantelou o maior esquema de corrupção e propina na estatal.

Entre 7 de março de 2008 e 21 de junho de 2009, Venina foi um dos três membros do Conselho de Administração da Refinaria Abreu e Lima S.A. Em reuniões na sede da Petrobras, no Rio, estiveram presentes nas deliberações das 19 atas do conselho o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, que era o presidente, e os membros Venina e José Carlos Cosenza (atual diretor de Abastecimento).

O levantamento foi feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base em 70 atas – de um total de 123 – do conselho da época em que era presidido por Costa, entre março de 2008 e janeiro de 2012.

Durante o período em que Venina integrou o conselho, a subsidiária da estatal assumiu os contratos bilionários da obra que eram responsabilidade da Petrobras, abriu concorrências com convite para empresas do cartel alvo da Lava Jato, assumiu o contrato que previa pagamento de R$ 4,2 milhões a Companhia Pernambucana de Saneamento de Pernambuco (Compesa) para serviços de realocação de adutoras de água.

A companhia de água é uma estatal do governo de Pernambuco, que tinha como governador o candidato à Presidência do PSB Eduardo Campos, morto em acidente de avião em agosto. Segundo Costa apontou em sua delação, Campos foi um dos beneficiários das propinas pagas do esquema que cobrava de 1% a 3% nos contratos da Petrobrás.

Iniciada em 2008, quando Costa assumiu a presidência do conselho a obra da Refinaria Abreu e Lima tinha custo inicial estimado em R$ 2 bilhões; hoje, já consumiu mais de R$ 20 bilhões, sem ter sido concluída.

O Tribunal de Contas da União contabilizou superfaturamento em duas frentes de apuração: obras de terraplanagem (R$ 70 milhões) e cláusulas contratuais de reajuste (R$ 367 milhões).

Defesa

O advogado Ubiratan Mattos, que defende Venina Velosa, disse que ela não teve qualquer influência “nas licitações, nem nos contratos nem na execução das obras” da Refinaria Abreu e Lima. Segunda ele, os contratos eram constantemente auditados. A defesa alegou que todos os contratos da Abreu e Lima foram responsabilidade da Diretoria de Serviços e da Gerência de Engenharia.

fonte: Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Quem cruzar o caminho dessa Organização é execrado. Vivemos num pais, onde quem dita as ordens é o PT, tem os três poderes, de prontidão para cumprir o que for determinado. Hoje vivemos um regime venezuelano disfarçado de democracia. Vejam senhores, querem calar o Juiz que investiga o escândalo da Petrobras e que o MP arquive o processo.

  2. Estão vendo o que acontece com quem decide denunciar membros da organização criminosa disfarçada de partido político?
    Em outro ponto alguém leu uma sílaba contra os condenados no mensalão, contra André Vargas, contra os nominados na Lava Jato?
    Nem leu, nem lerá. Essa é uma regra de ouro desde organização similares italianas: defender os membros da família sempre e a todo custo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

Petrobras atribui a ex-gerente Venina Velosa perda de R$ 25 milhões

Por interino

A ex-gerente executiva da área de Abastecimento da Petrobrás Venina Velosa da Fonseca foi responsabilizada pela Comissão Interna de Apuração da companhia por quatro irregularidades que elevaram gastos e indicam a existência de cartel nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Em um contrato com uma empresa alvo da Operação Lava Jato, ela teria desconsiderado um desconto de R$ 25 milhões em favor da estatal.

A refinaria foi orçada em R$ 2,5 bilhões e já consumiu R$ 27 bilhões. A sindicância aponta nove “não conformidades”, que geraram elevação de custo de R$ 4 bilhões. “Estes fatos, associados às declarações do senhor Paulo Roberto Costa, indicam a possibilidade de processo de cartelização relativo às empresas indicadas nos processos analisados”, afirmam os seis servidores responsáveis pela investigação, concluída em 7 de novembro.

Além de Venina, o documento de 88 páginas responsabilizou o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco e os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviços), todos alvo da Lava Jato.

A presidente da estatal, Graça Foster, citou a responsabilização de Venina ao rebater as declarações da ex-gerente de que teria avisado a cúpula da Petrobrás sobre irregularidades desde 2008.

A comissão acusa Venina de omitir informações da Diretoria Executiva sobre mudanças de valores e objetos em contratos; inclusão de empresas do cartel que não atendiam ao critério de seleção, após início do processo licitatório; não apresentação de parecer jurídico para aprovação de contrato; e erro formal de inclusão de empresa.

Sem desconto

O mais grave dos problemas em Abreu e Lima imputados a Venina envolveu as negociações de contratação da Alusa Engenharia para construção da Casa de Força, ao custo de R$ 966 milhões, em 2008. O valor, segundo a sindicância, era 272% acima do orçado.

De acordo com o relatório, Venina e os demais servidores deixaram “de considerar descontos negociados entre setembro e novembro de 2008, com a Alusa Engenharia, da ordem de R$ 25 milhões, após a aprovação pela Diretoria Executiva, em 19 de setembro de 2008”.

Segundo a sindicância, houve novas negociações de desconto mesmo depois de aprovada a contratação da Alusa pela Diretoria Executiva. “A formalização destas negociações constou de proposta comercial enviada pela Alusa Engenharia, endereçada à sra. Venina, em 12 de novembro de 2008”, informa o relatório. O desconto total oferecido era de R$ 34 milhões.

Em 2 de dezembro de 2008, o contrato foi assinado. “Dos descontos oferecidos pela Alusa, somente foram praticados R$ 9,2 milhões, apesar de terem sido atendidas as condições necessárias à sua aplicação integral. Ou seja, R$ 25 milhões não foram efetivamente descontados do valor contratual original.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

fonte: Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. O maior atestado, a maior prova de honestidade e retidão que uma pessoa pode ter no Brasil atual é ser acusada pelos petistas ou pela organização criminosa, de ter cometido algum crime.
    Quem duvidava que essa mulher era correta, taí a comprovação: a máquina petista dizendo o contrário.

    1. Pesquisa sobre o ex marido dessa senhora (Maurício Bittencourt Luz) e quanto em contratos ele ganhou através de sua "ex mulher". A indignação seletiva das pessoas assusta! O TRE/TSE divulgou há pouco que o partido com mais políticos barrados pela lei da ficha limpa em 2014 foi o P$DB, porém o PT, na boca dos "indignados seletivos" e derrotados, é o supra sumo da desonestidade. Lamentável!

    2. Caro Luciano, é muito melhor você ficar calado, do que falar uma besteira dessas! Eu ainda fico sem acreditar quando alguem vem defender roubo!!! Ou vc mama, ou vc é da Caixa, ou da petrobras, pq quem tem o minimo de disernimento nao defende roubo, é melhor vc ficar calado!!!!

  2. NEM QUE SEJA A BASE DE DOSSIÊS FALSOS, FABRICADOS NO QUINTAL DE ALGUM MARGINAL DE PLANTÃO, O PT VAI A TODO CUSTO TENTAR DESTRUIR A IMAGEM DESSA CORAJOSA MULHER QUE FEZ O QUE MUITOS "HOMENS" DA PETROBRÁS TEM MEDO DE FAZER E MOSTRAR.
    VIVEMOS NO PERÍODO DA VERGONHA MORAL

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *