Polícia

Vereador do PT acusado de matar palmeirense é preso

Raimundo César Faustino, vereador de Francisco Morato (PT) e membro da Gaviões da Fiel, foi preso na tarde desta terça-feira (26), em Francisco Morato, na grande São Paulo, pelos policias da delegacia seccional de Franco da Rocha. Ele é acusado de ligação com a morte do palmeirense Gilberto Torres Pereira.

Pereira, 31, foi agredido na cabeça durante briga entre torcedores ligados à Mancha Alviverde, do Palmeiras, e à Gaviões de Fiel, do Corinthians, no domingo (17), em frente à estação Franco da Rocha da CPTM. Sofreu traumatismo craniano e morreu na madrugada de quarta para quinta.

Segundo a PM, Faustino -conhecido como Capá- teria fugido do local da briga e, por isso, não foi detido em flagrante. Mas foi indiciado por crimes de homicídio, rixa qualificada e lesão corporal. Ele havia prestado depoimento na segunda (18) e sido liberado.

A Justiça decretou prisão preventiva de Faustino. Ele foi capturado em uma de suas residências em Francisco Morato pelos policias da delegacia de Franco da Rocha, às 15h.

SUSPENSO PELO PT

Por unanimidade, a cúpula do PT paulista aprovou na última segunda (25) a suspensão Faustino dos quadros do partido por 60 dias.

A decisão também foi aplicada aos filiados Leonardo Gomes dos Santos e Gentil Chaves Siani, igualmente investigados por envolvimento na briga que provocou a morte de Pereira.

A Executiva estadual do PT decidiu encaminhar o caso para análise da Comissão de Ética que terá 60 dias para apresentar um relatório sobre o futuro político do vereador.

Segundo petistas ouvidos pela reportagem, caso a Justiça determine a prisão de Faustino, ele deve ser expulso do PT. Se isso ocorrer, ele não poderá tentar a eleição em outubro.

Na reunião do partido, Faustino, conhecido como Capá, negou que estivesse no local durante a briga. Ele manteve sua versão de que foi chamado ao local após a confusão.

Outras seis pessoas -dois corintianos e quatro palmeirenses- foram detidas em flagrante. Os palmeirenses responderão em liberdade.

Folha Press

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Esporte

ENCRENCADO: Após morte, delegada muda acusação de vereador do PT para homicídio

A delegada Fabiana Aparecida Aceto, da delegacia de Franco da Rocha, mudará a acusação sobre o vereador de Francisco Morato e membro da Gaviões da Fiel, Gilberto Torres Pereira, de “tentativa de homicídio” para “homicídio”, após a confirmação da morte cerebral do torcedor palmeirense Gilberto Torres Pereira, 31.

“Acabei de ir ao hospital, onde me confirmaram a morte [cerebral] de Pereira. Vou mudar a acusação de tentativa de homicídio para homicídio, estou aqui no fórum para isso”, informou a delegada à reportagem.

A delegada havia encaminhado na terça-feira (19) ao fórum pedido de prisão preventiva de Faustino, também conhecido como Capá.

Candidato a deputado estadual pelo PT, Faustino envolveu-se no domingo (17) em briga na qual Pereira, 31, sofreu graves lesões e foi submetido a cirurgia. Ele estava internado em estado grave na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital estadual de Franco da Rocha.

A mãe de Pereira, Maria de Lourdes Torres, já havia afirmado que os médicos haviam alertado que “só por milagre” seu filho sobreviveria. Ela disse que buscará justiça para os responsáveis pelas agressões a seu filho.

Seis torcedores envolvidos na briga haviam sido presos em flagrante -dois corintianos e quatro palmeirenses.

A dupla de corintianos, sob acusação de tentativa de homicídio, rixa qualificada e provocar tumulto. É a mesma acusação que pairava sobre Faustino e que agora se agrava após a morte cerebral de Pereira.

Os palmeirenses foram acusados de causar lesão corporal, rixa qualificada e causar tumulto.

Um corintiano detido é assessor de Faustino e outro mora no mesmo endereço de uma assessora do vereador.

A delegada pediu a prisão preventiva para os seis pois seus advogados poderiam pedir o relaxamento dos flagrantes. O inquérito foi encaminhado ao fórum para ser submetido à apreciação do juiz, que poderá ou não, acatar o pedido de prisão de Capá.

A reportagem tentou contato com Faustino em seu celular, mas um homem que o atendeu informou que ele não estava. Uma mulher que atendeu o telefone fornecido por seu advogado, Thiago Coscia, primeiramente informou que ele não estava, e depois disse que o telefone não era de Coscia.

ELEIÇÃO

O PT (Partido dos Trabalhadores) criou uma comissão especial, composta por membros da Executiva, para investigar o caso. Segundo nota assinada pelo presidente do diretório estadual do partido, Emidio de Souza, “o PT-SP repudia veementemente os atos de violência cometidos em Franco da Rocha”.

Na sequência, a nota informa que “o PT-SP reafirma sua rejeição absoluta a qualquer tipo de violência e que, provada a participação de algum filiado seu nestes atos, tomará as providências cabíveis”.

Folha Press

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Polícia

FOTO: Vereador do PT é acusado de fraude em cooperativa de ônibus de SP

senival_moura-jose_patricioFoto: José Patrício/Estadão

O vereador Senival Moura (PT) é acusado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de usar “laranjas” em uma cooperativa de ônibus em São Paulo para atuar como empresário paralelo do sistema. Os veículos eram registrados em outros nomes, mas seriam dele. O suposto esquema fraudava o sistema de cadastro da São Paulo Transporte (SPTrans), empresa da Prefeitura atualmente presidida por Jilmar Tatto, seu aliado político.

O vereador foi procurado pelo Estado por dois dias para comentar o caso. Na noite desta quinta-feira, 19, informou que falaria sobre o assunto nesta sexta, pois antes precisaria conversar com seu advogado.

Pelas regras municipais, cada integrante das cooperativas de ônibus tem direito à permissão para trabalhar com um veículo. “A fraude fica comprovada a partir do momento em que é utilizado um falso cooperado ‘laranja’ para adquirir um veículo em seu nome, mas ele não será o real proprietário, pois o dinheiro para a compra vem do cooperado contratante”, diz o relatório do MPT sobre o processo. Os indícios de crimes foram reportados aos Ministérios Públicos Estadual e Federal.

Cada perua recebe, em média, R$ 25 mil por mês da Prefeitura. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apura “laranjas testas de ferro” que receberiam até R$ 2 mil por mês para emprestar seus nomes.

As acusações constam em uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho apresentada em 2012, antes de o PT assumir a Prefeitura. No fim de 2013, a gestão Fernando Haddad (PT) firmou um acordo para alterar os editais de contratação das cooperativas de lotação da cidade.

Motoristas reclamavam seus direitos, após trabalhar sem registro em carteira nas cooperativas. Segundo eles, Moura exigiu que os profissionais financiassem em seus nomes os veículos das cooperativas. Mas era a empresa que pagava pelos veículos. Os processos não mostram de onde vinha o dinheiro.

Em uma das ações, de 2008, o empregado disse que “foi Senival Moura quem o contratou para ser motorista de micro-ônibus e foi ele quem comprou o veículo”, mas o parlamentar teria usado o nome do empregado. Outro processo, de 2005, agora em fase de pagamento, teve as mesmas características. Em ambos os casos, Moura teria feito acordo com os motoristas. Segundo o advogado de um deles, que pediu para não ser identificado, pelo acordo, o veículo foi transferido para uma terceira pessoa, que manteve a posição de laranja.

As duas fraudes ocorreram em ônibus da Cooperativa de Trabalho dos Condutores Autônomos (Cooperalfa), que na época atuava em linhas da zona leste e foi substituída em outras licitações. Em março, a juíza Eumara Lyra Pimenta, da 40.ª Vara do Trabalho de São Paulo, condenou a SPTrans a fornecer somente o Certificado de Qualificação de Motorista, chamado “Condubus”, quando houver certeza sobre a propriedade do veículo e quando os empregados estiverem registrados. A SPTrans não se manifestou.

PCC. Moura é irmão do deputado estadual Luiz Moura (PT), que participou, em 17 de março, na garagem de uma cooperativa da zona leste, de uma reunião com perueiros e nove suspeitos de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC). A reunião foi flagrada por investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). O deputado afirmou que não sabia que havia pessoas da facção no encontro.

O departamento havia aberto inquérito para apurar ligação do PCC com queima de ônibus na capital. Durante a investigações, policiais encontraram indícios de que a fação lavava dinheiro por meio das peruas que trabalham para a SPTrans.

Estadão

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