Eu tenho uma curiosidade enorme para saber de quem foi o projeto da nova Via Costeira, alguém ai sabe?
Segue reportagem do Diário de Natal: Duplicada para aumentar a segurança dos motoristas, a Avenida Dinarte Mariz – mais conhecida como Via Costeira – parece não conseguir cumprir o seu papel. De janeiro a outubro deste ano, segundo dados do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE RN), foram registrados 83 acidentes de trânsito, um número 22,05% mais alto que o mesmo período antes da realização da obra. Nos dez primeiros meses de 2009, foram 68 acidentes; no ano passado, 77. Erros na infraestrutura e a imprudência de muitos motoristas são os principais motivos para a elevação nos números.
O número de feridos também aumentou (apesar de estar estável desde o ano passado): há dois anos foram 11, enquanto em 2010 e 2011, 18 pessoas foram feridas até outubro. A quantidade de mortos, porém, diminui já que este ano só foi registrado um acidente fatal enquanto no ano passado foram três vítimas e, em 2009, quatro. Não é preciso entender de engenharia de trânsito para saber que a “nova” ViaCosteira foi mal projetada. O primeiro item que falta a ela é o acostamento, equipamento necessário para o caso de algum imprevisto onde o condutor precise parar o veículo. As curvas que já apresentavam perigo pelo próprio traçado do Parque das Dunas aumentaram a sinuosidade após a obra. Isso porque foram instaladas dez rotatórias que ampliaram o risco de acidentes para quem vem no sentido Praia do Meio/Ponta Negra. A entrada para o Centro de Convenções é uma das mais perigosas já que o motorista tem pouca visibilidade no momento de cruzar a avenida.
Apesar do limite de velocidade ter sido reduzido para 70km/h (antes, o máximo permitido eram 80km/h), os meio-fios são testemunhas dos constantes acidentes: ao longo de todo trecho há barreiras destruídas após carros subirem e as bases dos postes caídos são prova de que ali, algum motorista perdeu o controle.
Quatro redutores controlam a velocidade no sentido Ponta Negra/Centro. No retorno, são três aparelhos.
Diariamente, cerca de 500 bugues trafegam pela Dinarte Mariz. O presidente do Sindicato dos Bugueiros Profissionais do Estado (Sindibuggy), Paulo Severo, acredita que a duplicação trouxe melhorias para os motoristas, mas as curvas muito fechadas são o principal risco.
Ele acredita que, somente este ano, já ocorreram dois ou três acidentes envolvendo bugueiros justamente devido esse problema. “É preciso muita cautela principalmente quando se vai em direção a Ponta Negra porque o risco de colisão aumentou já que a pista é estreita”. Para o coronel Francisco Canindé Freitas, comandante do CPRE, a Via Costeira não é perigosa. Ele aponta vários fatores que explicam o aumento dos acidentes no trecho. Entre eles estaria o aumento da frota de veículos em Natal, além de um crescimento no fluxo de turistas – que utilizam particularmente a avenida para chegar ao Litoral Norte. Além disso, a falta de prudência dos condutores é um agravante. “Perigosos são os motoristas. Vários acidentes poderiam ser evitados caso o limite de velocidade fosse respeitado. Como a Via Costeira é um acesso às praias há também muitos casos de acidentes provocados por embriaguez, principalmente, durante o fim de semana”.
Na tentativa de minimizar o problema, o coronel Freitas explica que a Operação Verão vai fiscalizar o uso do álcool ao volante. Segundo ele, serão 68 bafômetros para realizar esse trabalho no Rio Grande do Norte.
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