Profoundly.me é um aplicativo de perguntas anônimas — Foto: Nicolly Vimercate/TechTudo
O Profoundly.me, aplicativo de perguntas anônimas, ganhou popularidade na Internet nas últimas semanas. O app saltou da 1068ª posição para o segundo lugar entre os mais baixados da App Store nos Estados Unidos. Seguindo a temática de aplicativos de como o CuriousCat, Secret, Ask.fm e Sarahah, o Profundly.me permite enviar mensagens anônimas para amigos do Facebook, garantindo aos usuários que as perguntas recebidas são de autoria de pessoas próximas.
Mesmo com a rápida popularidade, o Profoundly.me se tornou alvo de críticas devido à sua finalidade e performance. Usuários relatam no Twitter diversas queixas de mau funcionamento do aplicativo, mas a maior polêmica é a prática de cyberbullying dentro da plataforma. O Google Trends, que monitora o volume de pesquisas na Internet, indica um pico de 100% de aumento no interesse pelo aplicativo nos Estados Unidos em abril, o que mostra o sucesso do Profoundly.me apesar das controvérsias. Entenda mais sobre o caso e o conheça o aplicativo na lista a seguir.
1. O que é e como funciona?
O Profoundly.me é um aplicativo que permite enviar perguntas e mensagens anônimas para amigos conectados no Facebook. O app está disponível de graça e em inglês para Android, pelo Google Play, e para iPhone (iOS), na Apple Store. Usuários podem receber conteúdos como confissões, segredos e notícias, sem saber quem enviou o conteúdo. As perguntas podem ser compartilhadas nas redes sociais acompanhadas de respostas.
Após logar com a conta do Facebook no Profoundly.me, a interface se assemelha a de uma rede social. O usuário pode buscar por outros usuários, mas não tem permissão para enviar mensagens anônimas para perfis com quem não compartilha uma amizade no Facebook. É possível conferir as respostas de outras contas, e receber suas próprias perguntas.
2. Por que o Profoundly.me foi banido do Facebook?
Até o final de abril deste ano, o Profoundly.me funcionava dentro do Facebook, como um aplicativo, até que foi banido da rede social. A ação não foi justificada pelas suspeitas de casos de cyberbullying na plataforma (reclamação comum nos comentários dos usuários nos posts), mas em razão da política de regras da rede social, que não permite o compartilhamento de mensagens de forma anônima.
Desde então, o Profoundly.me teve seu modo de funcionamento totalmente remodelado, passando a funcionar apenas dentro de seu aplicativo próprio, para Android e iPhone, sem vínculos com a rede social.
3. O Profoundly.me é seguro?
O Profoundly.me usa criptografia para proteger o anonimato de usuários ao enviar perguntas para outros perfis. Apesar de ter sido banido do Facebook, o aplicativo ainda tem como requisito que usuários compartilhem uma amizade na rede social para enviar mensagens anônimas. Ou seja, pessoas desconhecidas não podem enviar perguntas no Profoundly.me.
Há rumores de extensões e sites criados para roubar informações do app, revelando o nome de quem realizou as perguntas. Contudo, nenhum caso foi confirmado e os criadores do Profoundly.me afirmam que ela é completamente segura.
De acordo com os usuários, o maior risco para quem está no app é sofrer bullying. De acordo com o site Technobuffalo, que testou o Profoundly.me, basta alguns minutos usando o aplicativo para que mensagens ofensivas ou de assédios comecem a chegar. É possível denunciar este tipo de comentário à plataforma e ele some do app, mas não é possível saber quem é o responsável nem há garantias de que conteúdos desse tipo vão parar de chegar.
4. Outros apps de mensagens anônimas que causaram polêmica
É comum que aplicativos de mensagens anônimas sejam usados de maneira indevida para o cyberbullying, apesar das diretrizes das plataformas. O caso do Profoundly.me não é o primeiro a vir à tona, causando preocupação na Internet: aplicativos anteriores com a mesma finalidade chegaram a ser encerrados devido a casos de violência verbal, ameaças e assédio.
O Secret, por exemplo, aplicativo de perguntas anônimas lançado em 2014, ganhou popularidade online, mas logo caiu em desuso devido a casos de cyberbullying. O mesmo aconteceu com o Sarahah em 2017, quando o próprio desenvolvedor decidiu retirar o app das lojas após ele ser usado para espalhar mensagens de agressivas e de ódio.
Buscando reverter a má popularidade, a empresa responsável pelo Sarahah lançou o aplicativo Enoff em fevereiro. O app funciona de forma anônima, mas possui uma finalidade diferente das demais redes sociais: Enoff permite que funcionários de um empresa relatem más condutas de outros trabalhadores diretamente para a equipe responsável. A ideia é criar um ambiente seguro de trabalho para todos.
Globo, via Techtudo, Profoundly.me, Google Trends e TechnoBuffalo
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