Diversos

Países recomendam masturbação, cuidados redobrados com brinquedos sexuais e até vodca como medidas para contenção do coronavírus

Foto: Getty Images

Com 40 mil mortes e mais de 800 mil casos confirmados do novo coronavírus pelo mundo até esta terça-feira (31), a conduta das lideranças de alguns países para conter o avanço da Covid-19 pode ser considerada, no mínimo, inusitada. Em alguns casos, irresponsável.

Na Colômbia, o Ministério da Saúde e Proteção Social preparou um documento com orientações sobre formas consideradas seguras de manter relações sexuais durante o período de isolamento social.

O “ABC sobre as relações sexuais e a doença por coronavírus (Covid-19)” não recomenda, por exemplo, as práticas de sexo anal. A possibilidade de contato com as fezes de pessoas infectadas que, explica o documento, também contêm o coronavírus, aumenta as chances de contaminação.

Práticas mais convencionais estão liberadas com o uso de preservativos, desde que seja reduzido ao máximo o número de parceiros. Quem tem parceiros múltiplos ou “ganha a vida tendo relações sexuais” deve, segundo o documento, considerar adiar os encontros ou optar pelas relações virtuais.

Como alternativa, o ministério colombiano sugere a masturbação. “Você é o seu parceiro sexual mais seguro, e esta é uma forma de obter prazer sexual que não implica contato direto com outras pessoas. Se utilizar brinquedos sexuais, assegure-se de lavá-los com água e sabão.”

A Colômbia registra, até esta terça (31), 798 casos e 14 mortes por coronavírus, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

Em Belarus, no Leste Europeu, o líder do país tem minimizado os riscos da doença.

À semelhança do presidente Jair Bolsonaro, que chamou a Covid-19 de “gripezinha” e “resfriadinho” e classificou o cenário de crise no país como “histeria”, o líder bielorrusso, Alexander Lukashenko, usou os termos “frenesi” e “psicose” para se referir à pandemia.

“É apenas mais uma psicose, que beneficiará algumas pessoas e prejudicará outras. O mundo civilizado está pirando. É uma completa estupidez fechar as fronteiras. O pânico pode nos machucar mais do que o vírus em si”, declarou.

Em entrevista ao jornal britânico The Times, Lukashenko sugeriu que a população “envenene” o coronavírus com vodca e até lave as mãos com a bebida. “Vocês deveriam beber o equivalente a 40-50 mililitros de álcool por dia. Mas não no trabalho.” Não há, no entanto, nenhuma evidência científica de que essa estratégia funcione.

O regime autocrático​ de Lukashenko, que está há 26 anos no poder, ainda não anunciou nenhuma medida mais dura, como o fechamento de fronteiras e o cancelamento de eventos públicos. O próprio líder esteve em uma partida de hóquei no gelo no sábado (28).

“Não tem vírus aqui”, disse durante a partida. “Eu não estou vendo [o vírus]”.

Belarus registra, até esta terça (31), 152 casos de coronavírus, sem mortes.

Já o ditador do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhamedov, anunciou nesta terça (31) o banimento da palavra “coronavírus”, tanto em publicações oficiais quanto no pouco que resta da imprensa independente no país.

A proibição vale também para conversas informais. A polícia pode prender, por exemplo, qualquer pessoa que use a palavra em algum local público, mesmo que seja apenas durante uma conversa com amigos.

No comando do país desde 2007, Berdymukhamedov é conhecido por suas excentricidades e por ter feito do Turcomenistão um dos regimes mais fechados do planeta.

O país é o último colocado no ranking de liberdade de imprensa feito pela ONG Repórteres Sem Fronteiras e o penúltimo no ranking de liberdade global feito pela Freedom House, entidade com sede em Washington.

O Turcomenistão faz fronteira com o Irã, o sétimo país com o maior número de casos de Covid-19 no mundo.

Berdymukhamedov diz que não há nenhum caso confirmado de coronavírus no país, mas ninguém sabe ao certo se os dados oficiais são verdadeiros.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Quem chamou o coronavírus de "gripezinha" e "resfriadinho" foi o médico queridinho da Globo Dr Drauzio Varela, Bolsonaro o ironizou num pronunciamento à nação , mas os esquerdopatas querem confundir o povo.

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Geral

Fisco apreende carga irregular de cachaça, vodca e rum no Alto Oeste potiguar

Dois caminhões transportavam a carga irregular, originária de Campina Grande (PB), e que entraram na fronteira do Rio Grande do Norte com milhares de garrafas de cachaça, rum e vodca sem notas fiscais. A mercadoria está avaliada em mais de R$ 112 mil. Foto: Reprodução
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Auditores fiscais da Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN) apreenderam, na manhã desta terça-feira (4), uma carga de bebidas que estava sendo transportada de forma irregular. Dois caminhões carregados com mais de 13,3 mil litros de bebidas alcoólicas, entre aguardente, rum e vodca, foram interceptados na BR-405, na divisa dos municípios de Rafael Fernandes e Pau dos Ferros, no Alto Oeste Potiguar, com parte da carga sem documentação fiscal. Avaliadas em mais de R$ 112 mil, as mercadorias com notas fiscais dos produtos equivaliam apenas a 14% da carga total.

A apreensão faz parte de um trabalho de inteligência fiscal da SET-RN, que já vinha monitorando a emissão de notas de produtos comercializados por uma fábrica de destilados, instalada em Campina Grande (PB), e que cruzavam a fronteira do Rio Grande do Norte. Os produtos com documentação fiscal tinham como destino um estabelecimento do município de São Miguel, mas os auditores suspeitam que o restante da carga seria distribuído em Pau dos Ferros e cidades vizinhas.

Todo o material – 10.800 garrafas de 980 mililitros de cachaça, 3.600 garrafas de 480 mililitros de cachaça, 924 garrafas de 980 mililitros de rum e 240 latas de 473 mililitros de vodca – ficou retido na 7ª Unidade Regional de Tributação. Os fiscais lavraram o termo e a carga só deverá ser liberada após o pagamento do imposto e da multa aplicada, totalizando um valor superior a R$ 42 mil.

Todo o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Crime contra a Ordem Tributária (Deicot). Estão sendo feitas diligências na região para identificar os destinatários das mercadorias e os envolvidos serão encaminhados à delegacia especializada para apuração do crime de sonegação fiscal.

Essa é a segunda grande apreensão de mercadorias transportadas irregularmente nas rodovias do estado somente neste mês. A primeira ocorreu no domingo (2), quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu na BR-101 uma carga de 17,2 mil pares de calçados que estavam entrando no estado sem notas.

Opinião dos leitores

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Diversos

A cada cinco garrafas de vodca vendidas no Brasil, uma é falsificada, diz estudo

Foto: Arquivo

O mercado ilegal de bebidas alcóolicas movimentou pelo menos 112 milhões de litros de cachaça em 2017. A cada cinco garrafas de vodca, uma é falsificada. Uma a cada quatro garrafas de uísque não é regularizada. Os dados fazem parte de um estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) sobre o impacto da clandestinidade no setor.

De acordo com o levantamento, a comercialização de produtos ilegais fez com que o Brasil deixasse de arrecadar R$ 10 bilhões em impostos em 2017, último ano com dados disponíveis. O valor seria suficiente para pagar salários de 83 mil enfermeiras ou construir mais de 5,2 mil escolas, estimam os autores da pesquisa. O estudo foi realizado pela consultoria Euromonitor International, a pedido de quatro empresas do setor.

Na avaliação do diretor-executivo do Ibrac, Carlos Lima, a ilegalidade no setor tem relação com a alta carga tributária no setor, que chega a 60% — quase o dobro da média nacional, hoje em 34%. A entidade está divulgando o estudo para sensibilizar o governo e a sociedade num momento em que o Congresso discute uma reforma tributária.

As duas propostas em discussão hoje preveem a criação de um imposto seletivo, voltado a produtos como cigarro e bebidas alcoólicas. O temor do Ibrac é que isso se traduza em aumento da carga e, consequentemente, em mais sonegação.

— A principal preocupação é em relação ao Imposto Seletivo. Há uma discussão se o IS será regulatório ou arrecadatório — afirma Lima. — Nossa preocupação é que, se a modulação dessa alíquota não for muito bem feita, o governo possa aumentar a tributação. A tributação de destilados no Brasil já passou há muito tempo do ponto ótimo de tributação.

O estudo estimou que o mercado geral de bebidas no Brasil representa 1,1 bilhão de litros de álcool puro — uma métrica que leva em consideração o teor alcoólico dos produtos pesquisados. Desse total, 14,6% é de bebidas ilícitas, considerando falsificação, sonegação, contrabando e produção ilegal.

Só na produção de cachaça, o número de agentes ilegais é superior a 9 mil produtores no país. Esses podem ser os responsáveis pelas 112 milhões de litros do produto.

Segundo Lima, com tanta bebida ilegal no mercado, o consumidor deve ficar atento para evitar comprar produtos ilegais.

— Primeiro, buscar no rótulo as informações sobre o produto, tentar entender a procedência. Qual é a questão do preço, o local. Às vezes você acha que vai encontrar determinada de uísque por um preço ou num lugar que não necessariamente aquele preço teria — pondera.

O Globo

 

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Economia

Mulher perde parte da visão após beber vodca falsificada

Uma estudante britânica de 21 anos alega que perdeu parte da visão depois de beber vodca falsificada.

Lauren Platts, de Sheffield, comprou em novembro uma garrafa de vodca de uma pequena loja de bebidas da cidade por quase seis libras (pouco mais de R$ 16) e contou à BBC que o vendedor na loja disse, em tom de piada, que a bebida “vai cegar você”.

A estudante conta que, na ocasião, riu do vendedor, mas, depois de descobrir que o que havia na garrafa não era vodca, acredita que poderia ter realmente ficado cega.

“Tive uma enxaqueca horrível, estava extremamente doente e com a visão desfocada. Não parava de vomitar, via manchas pretas. No segundo dia, me perguntei se algum dia eu iria melhorar”, contou Platts à BBC.

Dois meses depois, a estudante ainda tem a visão borrada e, com frequência, perde a visão periférica.

“Estou em casa, não estou trabalhando por causa dos problemas de visão. É muito assustador quando você não consegue ver nada dirigindo ou mesmo andando pela rua”, disse.

“Pensei que me sentiria mal para sempre, mas agora estou grata por estar viva e não estar completamente cega”, acrescentou.

 

Álcool industrial

Depois de consultar a organização Trading Standards, uma associação britânica que fiscaliza o comércio de produtos, Lauren Platts descobriu que o comprou não era vodca, era álcool industrial.

Frequentemente bebidas chamadas metiladas são misturadas com alvejantes para mudar a cor do álcool e torná-lo mais parecido com vodca.

Outros produtos químicos, como isopropanol, usando em fluidos de limpeza, e clorofórmio, também foram encontrados em marcas falsas.

A polícia britânica e a Trading Standards informaram que a indústria de bebidas falsificadas está ficando mais sofisticada.

Na região de Lincolnshire, a nordeste de Londres, cinco homens morreram em julho de 2011 devido a uma explosão em uma instalação industrial. Depois de investigações, a polícia confirmou que havia um local para fabricação de vodca falsa dentro daquele prédio.

Equipes da organização Trading Standards em toda a Grã-Bretanha estão apreendendo bebidas ilegais toda semana.

 

Sintomas clássicos

Lauren Platts apresentou o que especialistas afirmam ser os sintomas clássicos de quem consome etanol e outros produtos químicos, geralmente usados em bebidas alcoólicas ilegais.

Vikas Sodiwala, médico do hospital Lincoln County, afirmou que os pacientes estão aparecendo no setor de emergência mostrando sintomas parecidos aos de Platts: tontura, náusea, dores no estômago, vômito e visão fora de foco.

O médico afirma que a maioria desses pacientes compraram bebidas em pequenas lojas, provaram a bebida em festas ou mesmo compraram de pessoas que levavam a bebida no porta-malas de carros.

“O metanol pode atacar o nervo óptico, atrás do olho. É isto que afeta a visão de uma pessoa e, em alguns casos, leva à cegueira”, disse.

A estudante faz parte de um número cada vez maior de consumidores de vodca, principalmente estudantes, que compram marcas mais baratas.

Universidades em Sheffield e Leeds informaram um grande aumento nas ocorrências de bebidas falsificadas em áreas estudantis em novembro e alertas já foram colocados em sites das universidades.

Fonte: Estadão/BBC Brasil

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