Política

Mourão diz que é preciso repensar voto obrigatório no país

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira (30) que é necessário se questionar a necessidade do voto obrigatório no país após a quantidade expressiva de abstenções nas eleições municipais deste ano. No segundo turno, quase 30% dos eleitores preferiram não votar.

“É uma abstenção alta. Nos últimos anos ela já vinha [crescendo], acredito que aumentou por causa da pandemia”, disse Mourão. , “Há algum tempo já se discute a questão do voto obrigatório aqui no Brasil, quando você vê que tem gente que foi eleito com menos votos que os brancos, nulos e abstenções, isso é algo que a gente tem que pensar.”

Segundo o general da reserva do Exército, a maioria dos partidos que se saíram melhor nas eleições municipais estão ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

“Tem três partidos que detêm a maioria das prefeituras hoje: o MDB, o DEM e o PSDB. E o PP ficou bem posicionado. São os partidos de centro, e a maioria deles está apoiando o trabalho do presidente Bolsonaro.”

Ele analisou que a população escolheu prefeitos com experiência pública e reduziu o espaço dos chamados outsiders. “A população votou em quem sabe administrar, que é o que o prefeito tem que ser, solucionar aqueles problemas imediatos. Ao mesmo tempo, aquela turma que não tinha administrado nada, não tinha sido nem síndico do prédio em que morava ficou para trás.”

Mourão também criticou os institutos de pesquisa que, segundo ele, “têm que rever suas metodologias, porque furaram e furaram feio”. Não especificou qual teria sido o resultado questionável a que se referia.

Ele também declarou que o PT precisa se reinventar e superar a dependência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O PT tem que se libertar, que acreditar que o Lula resolve tudo. O Lula é passado, eles têm que buscar novas lideranças.”

R7

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Diversos

Nesta quarta-feira acontece a Eleição do Conselho Federal de Medicina com voto obrigatório

Nesta quarta-feira (28) acontecem as eleições para escolha dos representantes da classe médica no Conselho Federal de Medicina por meio do voto direto. No Rio Grande do Norte, parte dos médicos votará presencialmente e outra parte por correspondência. A chapa potiguar é única e formada pelos médicos Dr. Jeancarlo Fernandes Cavalcante (efetivo) e o Dr. Marcos Lima de Freitas (suplente). O voto é obrigatório.

Segundo a Comissão Eleitoral, os médicos residentes em Natal, Macaíba, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Extremoz devem votar na quarta-feira, dia 28 de agosto, das 8h às 20h, na sede do CREMERN, no Centro da Cidade, em Natal. Haverá serviço de manobristas para facilitar o estacionamento.

No mesmo dia e horário, os médicos residentes em Mossoró deverão votar na delegacia regional dessa cidade. Os médicos moradores dos demais municípios potiguares votarão por correspondência.

Saiba mais: www.eleicoes.cremern.org.br

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Política

Senadores derrubam proposta que acaba com o voto obrigatório no país

Por 16 votos contrários e 6 favoráveis, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado rejeitou nesta quarta-feira (2) a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acabava com o voto obrigatório no país. Com a derrubada, a proposta segue para o arquivo.

O texto modificava a Constituição para liberar os maiores de 16 anos da obrigatoriedade do voto. A proposta, no entanto, mantinha como obrigatório o alistamento eleitoral para todos os brasileiros maiores de 18 anos. A legislação impõe o voto obrigatório, mas permite aos eleitores justificar os votos se não estiverem em seus domicílios eleitorais. A justificativa pode ser feita até 60 dias depois das eleições.

Os que não justificam, pagam multa de R$ 3,51 e sofrem algumas sanções: ficam impedidos de inscrever-se em concurso público, tomar posse em cargos públicos, receber salário (se for servidor público ativo ou aposentado), participar de licitações, obter empréstimos junto a instituições financeiras oficiais, obter passaporte ou carteira de identidade, renovar matrícula em instituição de ensino e praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.

Os integrantes da comissão discutiram a PEC por quase duas horas. O grupo favorável à mudança argumenta que os eleitores não devem ser obrigados a escolher seus representantes, repetindo modelo de países como os Estados Unidos.

Relator da proposta, o senador Pedro Taques (PDT-MT) disse que os países “influentes e que servem de modelo para os demais” não têm suas eleições contestadas em razão do número de eleitores que vão às urnas com o voto facultativo.

“A qualidade de uma democracia não se deve, unicamente, à participação quantitativa nas eleições, ainda mais se esta for obtida mediante constrangimento legal. O fato de o eleitor comparecer a uma seção eleitoral não significa que ele está interessado nas propostas dos candidatos e dos partidos políticos”, afirmou.

Para o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), um dos autores da PEC, a mudança deve ocorrer para dar liberdade aos eleitores escolherem seus representantes. “O voto obrigatório não tem qualificado a política brasileira. O cidadão pode exercer sua vontade, ou não. Ao não votar, é preciso respeitar sua manifestação de indignação com aquilo que ele não vê representado. Não é a quantidade de voto, é a qualidade de voto que pode representar o exercício da qualidade política”, disse.

Contrários à PEC, os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS) afirmaram que o voto no Brasil já é facultativo, na prática, uma vez que o eleitor pode pagar multa para justificar sua ausência.

“O voto obrigatório no Brasil é facultativo. Se você não justificar, paga multa irrisória para exercer seus direitos. Não podemos abrir mão disso, uma conquista da nossa população”, disse Costa.

Simon afirmou que o atual modelo do sistema político brasileiro não abre brechas para mudanças no sistema do voto obrigatório. “É obrigação do cidadão o voto. O voto obrigatório a pessoa vai se quiser. Para que vamos abrir um precedente desses? Numa eleição de prefeitos do interior, leva a torcida para jogar futebol na outra cidade, tirando votos necessários para ganhar a eleição”, afirmou.

Folha

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  1. A galera das redes sociais anda por fora de muita coisa ainda. Por exemplo, por que não condicionar o recadastramento para identificação biométrica da Justiça Eleitoral à queda do voto obrigatório? Onde já se viu democracia plena com eleitor obrigado a votar?

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