Pela primeira vez nos últimos três anos o número de acidentes de trânsito registra redução no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG). De janeiro a março deste ano foram confeccionados 2.574 boletins de atendimento, contra 2.759 em 2015. A diminuição de 185 casos, no entanto, ainda é inexpressiva e representa apenas 6,8% do total de pessoas atendidas a mais no ano passado, no mesmo período.
Os acidentes de moto também diminuíram. Nos primeiros três meses de 2015, a maior unidade de saúde pública para atendimentos do trauma do RN contabilizou 2.448 acidentes envolvendo moto. Este ano, até o final de março, foram registradas 2.240 ocorrências. A queda dos acidentes de moto também é pouco impactante e reflete apenas 8,5% do todo computado no ano anterior.
Segundo o cirurgião geral do HMWG, Ariano Oliveira, “estes números ainda são pequenos e pouco refletem na demanda do trauma do Walfredo Gurgel. Mas, acredito que possa ser um início de um cuidado maior de motoristas e motociclistas no trânsito. Fazia três anos que não víamos redução destes casos. Talvez ainda haja esperança”.
Em contrapartida, os casos de violência a homens, mulheres e menores atendidos no Pronto Socorro Clóvis Sarinho (PSCS) registraram aumento. Também de janeiro a março deste ano, foram registradas 311 ocorrências de agressão a homens. Em 2015 foram 289. Já as mulheres violentadas chegaram a 47 vítimas. No ano passado, foram 31 casos. Até o último dia 31, cinco menores procuraram atendimento de urgência no Walfredo Gurgel devido a agressões físicas. No ano anterior, apenas um. Ferimentos por arma branca também cresceram: foram 179 (em 2016) e 165 (em 2015). Os ferimentos por arma de fogo passaram dos 300 para os 369.
A diretora geral do HMWG, Maria de Fátima Pereira Pinheiro, diz que “a violência em nossa cidade tem crescido sobremaneira. Todos os dias recebemos muitas pessoas alvejadas por armas de fogo. Vivemos um momento de muita insegurança e temeridade. Temos uma enfermaria no quarto pavimento destinada àqueles que vivem a margem da sociedade. E, invariavelmente, eles dão entrada neste hospital feridos por arma de fogo”, explica.
Dos dados de violência levantados pelo Walfredo Gurgel, apenas as ocorrência de agressão com objetos contundentes (pedaço de madeira, martelo, pedra, entre outros), sofreram redução. Saíram das 433 ocorrências para as 235.
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