O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira o requerimento da CPI da Covid para o compartilhamento dos Relatórios de Inteligência Financeira do Coaf do advogado Frederick Wassef, que atua para o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).
A medida foi dada em um pedido de extensão apresentado por Wassef de uma decisão dada por Toffoli na última quarta-feira, quando o ministro suspendeu a quebra do sigilo fiscal do advogado determinada pela CPI no Senado. A decisão de Toffoli é provisória e tem validade até a análise definitiva da questão.
Pela justificativa do requerimento aprovado pela CPI, os parlamentares querem apurar, a partir dos dados, se o advogado teve algum envolvimento no processo de compra de vacinas contra a Covid-19.
Na decisão desta sexta-feira, sob os mesmos argumentos que usou na decisão sobre o sigilo, o ministro apontou para um “o alargamento da medida, que parte de janeiro de 2016 até a data da aprovação do requerimento, sem uma causa provável” e “o possível conflito com as prerrogativas dos advogados, reconhecidas na Constituição e no Estatuto da Advocacia e da OAB” sobre sigilo profissional.
No caso, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Distrito Federal (OAB-DF) acionou o STF sob a alegação de que o requerimento de quebra de sigilo foi aprovado no último dia 19 sem qualquer fundamentação, acrescentando que Wassef sequer foi intimado a prestar esclarecimentos como testemunha na CPI.
A CPI aponta registros de passagens de recursos e relacionamentos comerciais com a empresa Precisa – Comercialização de Medicamentos Ltda., seus sócios e outros investigados pela Comissão. Por isso, para complementar e esclarecer as informações já levantadas, foi preciso aprovar a quebra de sigilo de Wassef.
Tem muito noiado nesse jogo, escrevendo então kkkkkkk, Toffoli na quadrilha de Bolsonaro, cuma? Menos baseado e mais lucidez, é ridículo falar besteira, homem otario é uma vergonha, conversador demais idem, vão estudar bando de analfabetos, taí o que deu o grande investimento na educação do país, bando de acéfalos, imprestáveis e ridículos, vcs são de fazer corar e envergonhar qualquer paciente psiquiátrico.
A ligação que toffoli tem com a quadrilha de bolsonaro é muito forte, tudo que favorece a essa facção e cai na mão desse ministro é concedido imediatamente. É só acompanhar as decisões dele, é amigos, estamos em maus lençóis, só Moro pra enquadrar esse pessoal.
Não eh a toa que o MINTOmaníaco das rachadinhas vai nomear um “terrivelmente evangélico” petista que foi assessor de Toffoli… O inquérito ilegal foi o que foi aberto pelo Toffoli mas o presidente inepto veio com essa onda de pedir impeachment de Alexandre de Moraes… Haja capim cloroquinado pra ainda acreditar nesse governo…
O que será que o satanista do Wassef tanto esconde?
A Justiça Federal do Rio de Janeiro aceitou uma denúncia de peculato e lavagem de dinheiro contra o advogado Frederick Wassef, que já representou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o filho mais velho dele, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Com isso, Wassef se tornou réu. A Operação E$quema, desdobramento da Lava Jato, investiga desvios na Fecomércio-RJ. A denúncia foi aceita pela juíza federal substituta Caroline Vieira Figueiredo.
Também se tornaram réus, pelos mesmos crimes:
Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio-RJ;
Marcia Carina Castelo Branco Zampiron, advogada;
Luiza Nagib Eluf, advogada.
Marcelo Cazzo, empresário
A denúncia mira um suposto esquema de tráfico de influência envolvendo grandes escritórios de advocacia e encontrou movimentações suspeitas nas contas do escritório de Wassef, que teriam sido desviados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).
Em nota enviada quando foi denunciado, Wassef disse que “estão criminalizando a advocacia no Brasil”, que nunca teve relação comercial com a Fecomércio e que nunca negociou com eles. Segundo Wassef, a denúncia é baseada em “absolutamente nada” contra ele (veja a íntegra da nota e o que dizem os outros citados no fim da reportagem).
Jair e Flávio Bolsonaro não são investigados nessa operação.
Wassef seria informante
O G1 apurou que Wassef foi contratado para atuar como uma espécie de informante de Orlando Diniz, pressionando pessoas e fazendo apurações paralelas. Segundo um depoimento colhido pelos investigadores, o advogado foi contratado por sua habilidade para lidar com escrivães de polícia.
Não está claro para os investigadores se Luiza Nagib Eluf teria contratado Wassef com anuência dos outros envolvidos nem se o serviço, de fato, foi prestado.
Segundo a denúncia, o ex-advogado de Bolsonaro recebeu R$ 4,5 milhões por meio do escritório de Luiza Eluf. Os investigadores querem saber se o dinheiro foi empregado para alguma atividade concreta.
Além de Wassef, foram alvos de busca e denunciados os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, que defendem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (que não é investigado), e Eduardo Martins, filho do atual presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins.
A Justiça Federal aceitou a denúncia contra Zanin, Teixeira e Eduardo Martins e os tornou réus. Na ocasião, Zanin e Wassef negaram irregularidades. A equipe de reportagem não conseguiu contato com Martins.
O que dizem os citados
Wassef (nota enviada no dia da denúncia; nesta quarta, ele ainda não se posicionou): “Estão criminalizando a advocacia no Brasil. Eu não tenho e nunca tive qualquer relação comercial com a FECOMERCIO, não fui contratado por eles, não recebi um único centavo desta entidade e jamais negociei com eles. Fui contratado e prestei serviços advocatícios a um renomado escritório de advocacia criminal de São Paulo, em que a dona é uma famosa procuradora do Ministério Público de São Paulo, conhecida por ter dedicado toda sua vida e carreira a instituição Ministério Público e o combate ao crime, tratando-se de pessoa pública, íntegra, proba e de idoneidade inquestionável. Os serviços advocatícios foram devidamente prestados, os honorários foram declarados à receita federal e os impostos pagos. Após dois anos de investigação da Fecomercio, jamais fui intimado ou convocado por qualquer autoridade a prestar qualquer esclarecimento. Desde o início da referida operação “esquema” não fui investigado e ao final não fui denunciado, pois sempre souberam que jamais participei de qualquer esquema. Estranhamente após a denúncia de todos os advogados citados na referida operação sofri uma busca e apreensão em que nada foi apreendido por não terem encontrado qualquer irregularidade e mais estranhamente ainda resolveram oferecer uma denúncia relâmpago, isolada, baseada em absolutamente nada contra minha pessoa. A denúncia do Ministério Público Federal é inepta e não descreve qualquer conduta praticada por mim ou mesmo qualquer crime, tendo se limitado a narrar simplesmente pagamentos de honorários advocatícios por serviços devidamente prestados, inovando no Brasil, transformando o regular exercício da advocacia em crime, de forma irresponsável e sem medir as consequências de dano de imagem e reputação a minha pessoa. Nunca em minha vida respondi a qualquer processo ou fui investigado, sempre tive um nome limpo e sequer em 28 anos de advocacia tive uma única representação em meu desfavor perante a Ordem dos Advogados do Brasil.”
Luiza Eluf: “A advogada Luiza Eluf lamenta profundamente a genérica decisão da Justiça Federal. Luiza foi denunciada sem jamais ter sido ouvida pelos procuradores da República. Ela reafirma com veemência sua inocência, confiante de que comprovará sempre ter trabalhado de forma correta e transparente, e não permitirá que falsas acusações maculem sua vida pública. As advogadas Izabella Borges e Maíra Fernandes, defensoras de Luiza Eluf, acreditam que esta perseguição é fruto da chamada Justiça do espetáculo, que é extremamente danosa ao nosso país. Luiza Eluf reforça que não praticou crime algum, que o serviço foi prestado conforme contrato, as notas emitidas, os tributos recolhidos.”
A defesa de Orlando Diniz diz que vai se manifestar nos autos do processo.
O advogado Frederick Wassef, que já atuou na defesa da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi denunciado pela Lava Jato do Rio de Janeiro por peculato e lavagem de dinheiro. A informação é do portal G1.
Segundo a denúncia, os procuradores encontraram movimentações suspeitas de recursos supostamente desviados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).
A força-tarefa afirma que houve contratações com escopo contratual falso, “pois ou os serviços arrolados não foram prestados ou foram prestados no interesse exclusivo de Orlando Diniz (então presidente da Fecomércio), para, por exemplo, a perseguição de adversários pessoais”.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), comentou a operação da Lava Jato contra escritórios de advocacia e tem como um dos alvos o advogado Frederick Wassef, que defendeu o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Para o vice, Wassef “tem os problemas dele e não tem nada a ver com o presidente”. “Ele não estava advogando para o presidente nesses casos, então não tem nada”, declarou em rápida entrevista exclusiva à CNN, nesta quarta-feira (9).
A operação decorre da delação premiada de Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomercio-RJ, e investiga o desvio de pelo menos R$ 151 milhões, em contratos de mais de R$ 355 milhões da instituição, do Sesc e do Senac.
São cumpridos mandados de busca e apreensão no Rio, em São Paulo, em Brasília, em Alagoas, no Ceará e em Pernambuco.
PF cumpre mandados da Lava Jato na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução
Os advogados Frederick Wassef (que representou a família Bolsonaro), Cristiano Zanin (Lula) e Ana Tereza Basílio (Wilson Witzel) são alvos de nova fase da Operação Lava Jato, nesta quarta-feira (9). Bolsonaro, Lula e Witzel não são investigados nesta operação.
A Operação E$quema S investiga desvios de pelo menos R$ 150 milhões do Sistema S do RJ por escritórios de advocacia no Rio e em São Paulo, para propinas a agentes públicos.
A operação é baseada em uma delação premiada de Orlando Diniz, ex-presidente da seção fluminense do Sistema S — que engloba Fecomércio, Sesc e Senac.
O juiz federal Marcelo Bretas expediu 50 mandados de buscas e apreensões — não há mandados de prisão — e aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), tornando rés 26 pessoas (veja a lista abaixo) . O MPF não informou todos os alvos das buscas desta quarta.
Equipes da força-tarefa cumpriam os mandados no Rio, em São Paulo e no Distrito Federal.
A Lava Jato apurou que as entidades do Sistema S teriam destinado pelo menos metade do seu orçamento anual a contratos com escritórios de advocacia.
A força-tarefa aponta que a Fecomércio-RJ gastou R$ 355 milhões a pretexto de advocacia, “por serviços supostamente prestados”, dos quais “ao menos R$ 151 milhões foram desviados”.
Réus na E$quema S
Adriana Ancelmo
Ana Tereza Basílio
Antônio Augusto de Souza Coelho
Caio Cesar Vieira Rocha
Cristiano Rondon Prado de Albuquerque
Cristiano Zanin Martins
Daniel Beltrão de Rossiter Correa
Edgar Hermellino Leite Júnior
Eduardo Filipe Alves Martins
Eurico de Jesus Teles Neto
Fernando Lopes Hargreaves
Flávio Diz Zveiter
Francisco Cesar Asfor Rocha
Hermann de Almeida Melo
Jamilson Santos de Farias
João Cândido Ferreira Leão
José Roberto de Albuquerque Sampaio
Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira
Marcelo Henrique de Oliveira
Marcelo José Salles de Almeida
Marcelo Rossi Nobre
Orlando Santos Diniz
Roberto Teixeira
Sérgio Cabral
Tiago Cedraz Leite Oliveira
Vladimir Spínola Silva
Investigação por suspeita de corrupção
Diniz já havia sido preso, em 2018, em desdobramento da Operação Lava Jato no Rio. No mesmo ano, porém, o ex-executivo foi solto por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por volta das 6h, os policiais chegaram em um endereço na Rua Urbano Santos, na Urca, e na Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon, ambos na Zona Sul da cidade.
Pouco depois, os policiais estiveram em um endereço na Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, no condomínio Golden Green, na Barra da Tijuca. Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio.
O ex-empresário foi detido por suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção e integrar organização criminosa.
Um dos crimes investigados na época era a contratação de “funcionários fantasmas” pelo Sesc e pelo Senac (ligados à Fecomércio). Por exemplo, uma chef de cozinha para o Palácio Guanabara e uma governanta do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Elas recebiam salários pelas entidades.
Diniz ficou quatro meses preso. Em junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao ex-empresário.
Aguardem artigos de Kakay e Lenio Streck criticando a Operação e defendendo os "doutos" que ganharam apenas R$ 355 milhões. Aguardem GM invalidando toda a operação.
Pega fogo cabaré.
É muito bandido, travestidos de defensores da moral e dos bons costumes. Exemplo é esse Zanini, defensor do maior corrupto da história mundial, claro que um safado desse tá tirando proveito e muito dessa situação.
O Ministério Público do Rio tem em mãos um áudio que vincula diretamente o nome do advogado Fred Wassef com o apelido “Anjo”, nome da operação que prendeu Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Até agora, haviam sido divulgadas apenas mensagens de texto de familiares de Queiroz usando a expressão, mas sem vínculo direto ao nome do advogado. Desde o mês passado, Wassef vem negando que seja conhecido como “Anjo”.
Em 31 de outubro do ano passado, Marcia Aguiar, mulher de Queiroz, enviou mensagens para o advogado Luiz Gustavo Botto Maia demonstrando preocupação com um áudio de Queiroz publicado pelo GLOBO. Nele, o ex-assessor de Flávio explicava a um interlocutor os mecanismos sobre nomeações no Congresso mesmo estando afastado da política desde a exoneração da Assembleia Legislativa do Rio em outubro de 2018: “tem mais de 500 cargos, cara, lá na Câmara e no Senado. Pode indicar para qualquer comissão ou, alguma coisa, sem vincular a eles (família Bolsonaro) em nada”, disse. “Como está a temperatura desses áudios?”, perguntou Marcia a Botto, que respondeu em seguida: “Bom dia, minha amiga. Tudo bem? Agora nem se fala mais nisso”.
No dia seguinte, às 13h55, Marcia enviou para Botto uma foto de Queiroz dormindo e o seguinte áudio, que pela primeira vez cita Fred Wassef e Anjo em uma mesma frase. “Ele e Felipe foram levar a Ana (Flávia Rigamonti, advogada que trabalhava com Wassef) em São Paulo porque o Anjo queria falar com ela. Aí ele disse que deixou a Ana lá na casa do Fred e quando estava indo embora, falou: ‘Felipe, vamo para o Rio? Vieram para o Rio sem mochila, sem nada. E chegou hoje de manhã aqui, mas pediu para não falar com ninguém não que ele tá aqui”. Botto Maia riu das imagens e do áudio e respondeu por mensagem de texto: “Maluco. Mais tarde vamos tomar cerveja”.
Em três momentos anteriores, o MP já havia encontrado mensagens com a referência ao apelido “Anjo”, mas sem o vínculo a Wassef.
Em uma conversa datada de 21 de novembro do ano passado, Márcia perguntou a Queiroz: “Anjo falou alguma coisa?”. Ele, cujo contato estava salvo como “Casa Q” no celular dela, respondeu: “Não” e, em seguida, completou: “Ele tá que (sic) em Brasília”.
‘Está na caso do Anjo?’
Dias depois, no dia 24 de novembro, às 13h54, Márcia pergunta a Queiroz novamente: “Está na casa do Anjo?” E Queiroz responde: “Estamos”. Márcia então questiona se eles dormiram lá: “Dormiram na casa dele ou no hotel?” e Queiroz escreve: “Sem bateria, 1%. Dormimos”.
Em 2 de dezembro, uma semana depois, outra troca de mensagens mencionou o apelido. Márcia perguntou “Anjo já foi?” e recebeu como resposta de Queiroz: “Já”. Dias depois disso, Márcia foi encontrar a Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano Nóbrega, em Astolfo Dutra, Minas Gerais. Para o MP, eles foram discutir um plano de fuga.
Em entrevista ao “Jornal Nacional” da TV Globo, a advogada Ana Flávia Rigamonti contou que trabalhou para Wassef no ano passado e conviveu com Queiroz na casa de Atibaia. Na ocasião, ela disse que sempre chamou o chefe de “Doutor Fred”. Mas, ao ser questionada se entre ela, o Queiroz e a Márcia, alguma vez eles se referiram a Wassef como “Anjo”, ela não disse: “Bom, essa pergunta eu prefiro não responder.”
Gustavo Botto, como é conhecido, atuou como advogado de Flávio em causas eleitorais às vésperas das eleições de 2018. Em dezembro daquele ano, ele disputou uma “pelada” de fim de ano no Maracanã ao lado de Flávio.
Ele foi apontado pelo MP em situações com ex-funcionários de Flávio na Alerj que, para os investigadores, podem caracterizar obstrução de Justiça. Botto se juntou à mulher de Queiroz, Márcia de Oliveira Aguiar, em uma visita no fim de 2019 a Raimunda Magalhães Veras, mãe do miliciano Adriano da Nóbrega, em Astolfo Dutra (MG). Segundo o MP, o encontro serviu para combinar um “plano de fuga” em caso de avanço das investigações da rachadinha, retomadas naquela época após sinal verde do Supremo Tribunal Federal (STF).
Também foi Botto, segundo o MP, que atuou para adulterar a folha de ponto de Luiza Souza Paes, classificada como “assessora fantasma” pelos investigadores. Botto convenceu Luiza e seu pai, o policial Fausto Antunes Paes, amigo de Queiroz, de que não havia problema em ir à Alerj, no início de 2019, para assinar retroativamente o ponto de 2017.
Por esses fatos apontados, o MP pediu busca e apreensão em seus endereços durante a operação Anjo em junho e pediu o afastamento dele das funções públicas na Alerj, o que já ocorreu. Botto Maia era assessor parlamentar do deputado estadual Renato Zaca (sem partido).
Procurado, Frederick Wassef disse que não possui apelido de anjo e nunca foi chamado assim. “Após a prisão de Queiroz, apareceram vários outros personagens que deram entrevistas e afirmaram que estavam com ele direto e o ajudavam e cuidavam dele. Estas pessoas se encaixam com perfeição no papel de anjo”, afirma a nota.
Já Paulo Emílio Catta Preta, que defende Fabrício Queiroz e sua família, disse pensar que questionamentos sobre as conversas “devem ser respondidos pelo Frederick”.
Íntegra da Nota de Frederick Wassef
Jamais abriguei Queiroz ou qualquer pessoa de sua família em qualquer propriedade minha ou de conhecidos meus na cidade de São Paulo. Não estive com Queiroz ou seu filho no referido endereço e nem levei ninguém lá. Minha ex-companheira não tem e nunca teve qualquer relacionamento com Queiroz e sua família assim como também nunca teve relacionamento com a família Bolsonaro. Ela não conhece Michele Bolsonaro e nunca estiveram juntas. Ela não tem nada que ver com a minha profissão e meus clientes. Ela nada tem a ver com nenhum assunto ou tema relacionado a mim ou ao Presidente da República com quem nunca teve relação de amizade.
Ela é apenas, assim como eu, uma vítima desta campanha suja de mentiras e fake news. De forma criminosa e proposital alguma autoridade pública do Rio de Janeiro está vazando a conta gotas “supostas” informações de um procedimento que está em segredo de justiça. Se após uma perícia, ficar provado que, de fato, tais mensagens de celular não foram fraudadas ou manipuladas, elas devem ser analisadas dentro do contexto e na íntegra. Nunca tive acesso a este material, e não sei do que se trata. Sempre o Grupo Globo tem informações vazadas de autoridades que nem mesmo a defesa técnica teve acesso e isto deve ser investigado pelo Ministério Público do Rio e pelo CNMP. O filho de Queiroz nunca foi investigado e a apreensão de seu celular é ilegal e arbitrária, o que acarretará futuras nulidades.
Conforme inúmeras reportagens mostraram, após a prisão de Queiroz, apareceram vários outros personagens que deram entrevistas e afirmaram que estavam com ele direto e o ajudavam e cuidavam dele. Estas pessoas se encaixam com perfeição no papel de anjo. Nunca tive apelido de anjo e nunca fui chamado assim por ninguém. Após 2 anos e meio de investigação sem obter nada, pescam supostas mensagens de cel fora de contexto e tentam criar fantasias sobre as mesmas.
A 2ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) absolveu a empresária Maria Cristina Boner – ex-mulher de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro – da acusação de improbidade administrativa em tratativas para contrato com a Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), em 2006. A decisão, unânime, foi publicada nesta quarta-feira (24).
A empresária é acusada pelo Ministério Público (MPDFT) de favorecimento em negociação de contrato de sua empresa, a B2BR, com a Codeplan, por serviços de informática. O caso ocorreu em 2010, antes da fundação da Globalweb – empresa citada em manifestação do Ministério Público Federal sobre suspeita de favorecimento com o governo do presidente Jair Bolsonaro (saiba mais abaixo).
O G1 aguarda resposta do Ministério Público para saber se os promotores vão recorrer da decisão.
A denúncia contra Maria Cristina foi encaminhada à Justiça após depoimento de Durval Barbosa que atuava, na época, como Secretário de Assuntos Sindicais. Ele afirmou ter recebido R$ 200 mil em propina pela empresária como contrapartida pelo favorecimento no contrato. Ele falou sobre o caso durante depoimento no processo conhecido como Caixa de Pandora.
Como ex-gestor da Codeplan, Durval relatou a negociação do esquema teria ocorrido em reunião com Maria Cristina e o então presidente da companhia, seu sucessor, Vagner Gonçalves Benck de Jesus.
A empresa B2BR chegou a ser selecionada para um contrato emergencial – quando não há licitação – de R$ 9,8 milhões com a Codeplan. Contudo, a companhia não chegou a repassar recursos, pois o documento foi anulado posteriormente pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal.
Em julgamento na primeira instância, em junho de 2019, Maria Cristina e a empresa foram condenadas por improbidade, com pagamento de multa correspondente a nove vezes o salário de Durval Barbosa na época, corrigidos pela inflação. Se a sentença fosse confirmada, estaria ainda impedida de firmar contratos com o Poder Público por três anos.
Nesta quarta (24), o TJDFT analisou o recurso da empresária, que alegou, principalmente que “não firmou contrato com a empresa” e negou receber recursos públicos.
A relatora do caso, desembargadora Sandra Reves Vasques Tonussi, entendeu que os depoimentos de Durval demonstram “apenas e especificamente a intenção dolosa do gestor público de direcionar a contratação à sociedade empresarial”.
No processo, a Turma manteve a condenação por improbidade de Durval Barbosa e Vagner Gonçalves Benck de Jesus, que o sucedeu na presidência da Codeplan. A reportagem tenta contato com as defesas.
Contratos com o governo federal
Em 2010, Maria Cristina fundou a empresa Globalweb – com registro distinto da B2BR – e mantém contratos com o governo federal. Na última terça-feira (23), o subprocurador geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, enviou para a Corte uma manifestação contra a empresa que, “ao que parece, vem sendo beneficiada” em contratos com a União.
A manifestação de Furtado foi incluída em uma representação que protocolada no tribunal na segunda-feira (22), com o objetivo de investigar os contratos da empresa com o governo.
Furtado citou ainda que atualmente a Globalweb é administrada por uma das filhas de Maria Cristina. Além disso, lembrou que a empresa tem sociedade com a Peach Tree, fundada pela mesma empresária e que atualmente pertence a três filhas dela. Segundo o subprocurador, esses fatos mostram relações “intricadas” entre a ex-mulher de Wassef e a empresa.
“Julgo que tais informações, que denotam a intricada relação da Sra. Maria Cristina Boner com a empresa Globalweb Outsourcing, que, ao que parece, vem sendo beneficiada nas contratações promovidas pelo Governo Federal na área de TI, devem ser consideradas quando da análise a ser promovida pelo tribunal, motivo pelo qual venho solicitar que o presente documento seja acolhido como aditivo à representação protocolada na data de ontem [segunda-feira]”, afirmou o procurador.
A advogada Renata Veríssimo, que representa Maria Cristina, explica que ainda antes da absolvição, a empresária “não tinha qualquer impedimento de firmar contratos”.
“Isso não estava em vigor porque [a condenação] não tinha transitado em julgado. Se fosse confirmada em segunda instância, ela seria condenada por improbidade”, afirma.
R$ 41 milhões em contratos
A Globalweb Outsourcing recebeu R$ 41,6 milhões durante a gestão de Jair Bolsonaro, como mostrou o portal UOL no domingo (21).
O Jornal Nacional confirmou com dados do Portal da Transparência que, de janeiro de 2019 até junho de 2020, a Globalweb Outsourcing recebeu mais de R$ 41 milhões em contratos com pelo menos nove órgãos do governo Bolsonaro, incluindo os ministérios da Economia, da Educação, a Telebrás e agências, como Aneel e Anac.
Os serviços são na área de tecnologia da informação. O valor se aproxima do que a empresa recebeu nos quatro anos dos governos anteriores, de Dilma Rousseff e Michel Temer: mais de R$ 42 milhões.
Segundo o portal, a Globalweb Outsourcing tem contratos vigentes com o governo federal que somam mais de R$ 250 milhões. A maioria foi assinada em governos anteriores, mas vários contratos foram prorrogados no governo Bolsonaro.
Casamento com Wassef
Maria Cristina afirmou à TV Globo que ela e Wassef não vivem juntos. Mas na quinta-feira (18), dia em que a polícia prendeu Fabrício Queiroz, o advogado estava na casa dela. Queiroz é ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Wassef e Maria Cristina tiveram um relacionamento longo. Em 2011, o juiz de um processo aberto no Rio de Janeiro citou Frederick Wassef como companheiro de Cristina.
Maria Cristina disse que nesta segunda-feira (22) que tomaria medidas para destituir Wassef de qualquer vínculo profissional com os negócios da família.
Ela própria começou a deixar a frente dos negócios familiares em 2010, no auge do escândalo do mensalão do DEM, com denúncias de pagamento de propina, quando José Roberto Arruda era governador do Distrito Federal.
Em um vídeo, de 2006, que faz parte da Operação Caixa de Pandora, Cristina Boner aparece no gabinete do operador do esquema, Durval Barbosa. No vídeo, ela comemora mais um contrato fechado.
Oficialmente, assessores do presidente Jair Bolsonaro passaram os últimos dias repetindo que Fabrício Queiroz e Frederick Wassef “complicaram”a vida de Flávio Bolsonaro, que nada sabia sobre o paradeiro do ex-assessor.
Flávio, inclusive, adotou a estratégia de repetir também a quem lhe perguntasse que não poderia imaginar essa situação e que está vivendo um turbilhão.
O Palácio do Planalto, do ponto de vista da sobrevivência política de Flávio, respira aliviado, por ora: avalia que, se o escândalo estivesse no colo de Eduardo ou Carlos Bolsonaro, dificilmente conseguiriam salvar o mandato de um dos filhos “non gratos” do presidente, nas palavras de um interlocutor de Bolsonaro.
Mas, no caso de Flávio, avaliam que ele tem o “apreço” de senadores, incluindo de oposição, e buscam blindagem ao senador junto aos parlamentares. Por isso, apostam no espírito de corpo para salvar Flávio politicamente, que será reforçado com a cobrança — e entrega — de novos cargos ao centrão.
No entanto, admitem que este é o quadro “por ora”: um ministro do governo Bolsonaro afirma que, “até aqui”, Flávio está protegido politicamente pois conseguiu, de certa forma, isolar Wassef. Mas o Planalto classifica o advogado como “imprevisível e incontrolável” — e teme mais o que ele possa fazer e dizer do que Queiroz. Motivo: a família Bolsonaro conhece Queiroz de longa data, e acredita que ele se comporte como um “soldado”.
Além disso, repetem que qualquer acusação ou contato que ele alegue eventualmente ter feito com o presidente seria anterior ao mandato atual — por isso Bolsonaro não poderia ser julgado por fatos cometidos anteriormente ao mandato. O art. 86, parágrafo 4, da Constituição Federal impede que o Presidente da República, durante a vigência de seu mandato, sofra persecução penal, por atos que se revelarem estranhos ao exercício das funções inerentes ao ofício presidencial.
Já sobre Wassef, assessores do presidente afirmam não terem Informações suficientes para traçar uma previsão. Além disso, ele possui informações sobre o atual mandato do presidente quando, de fato, ganhou a confiança de Bolsonaro e acesso livre ao Palácio do Planalto e da Alvorada.
Por isso, hoje, uma eventual prisão do advogado — se comprovada, por exemplo, uma tentativa de obstrução de justiça —, levará a crise palaciana para outro patamar, já que ele não só advogou para Flávio, mas conhece todo o bastidor jurídico de Jair Bolsonaro enquanto presidente da República, que lhe deu procurações para ser representado por Wassef em alguns casos.
Corrupto bom é corrupto protegido, livre, leve, solto e comprando mansões em dinheiro vivo???
Tem muito noiado nesse jogo, escrevendo então kkkkkkk, Toffoli na quadrilha de Bolsonaro, cuma? Menos baseado e mais lucidez, é ridículo falar besteira, homem otario é uma vergonha, conversador demais idem, vão estudar bando de analfabetos, taí o que deu o grande investimento na educação do país, bando de acéfalos, imprestáveis e ridículos, vcs são de fazer corar e envergonhar qualquer paciente psiquiátrico.
A ligação que toffoli tem com a quadrilha de bolsonaro é muito forte, tudo que favorece a essa facção e cai na mão desse ministro é concedido imediatamente. É só acompanhar as decisões dele, é amigos, estamos em maus lençóis, só Moro pra enquadrar esse pessoal.
Não eh a toa que o MINTOmaníaco das rachadinhas vai nomear um “terrivelmente evangélico” petista que foi assessor de Toffoli… O inquérito ilegal foi o que foi aberto pelo Toffoli mas o presidente inepto veio com essa onda de pedir impeachment de Alexandre de Moraes… Haja capim cloroquinado pra ainda acreditar nesse governo…
O que será que o satanista do Wassef tanto esconde?