Jornalismo

Fundador do WikiLeaks acusa EUA de tentar "lavar" espionagem

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, acusou na sexta-feira os Estados Unidos de tentar “lavar” as atividades de espionagem, através de acordos confidenciais com operadoras de telefonia e empresas de internet.

Em entrevista à agência de notícias France Presse, ele condenou o monitoramento de milhões de telefones nos Estados Unidos e dados de internet de usuários de todo o mundo. As duas informações foram reveladas pelos jornais “Guardian” e “Washington Post” na última quinta (6).

“O governo americano tem gravações telefônicas de todo o mundo nos Estados Unidos e a NSA [Agência Nacional de Segurança] as tira diariamente das mãos das operadoras em virtude de acordos confidenciais. Isto é o que se entende”.

Sobre a vigilância de jornalistas e personalidades por Washington, Assange lamentou o “colapso catastrófico do direito” americano.

“As pessoas têm o direito de saber o que o governo faz em seu nome. Isso não significa que cada detalhe deva ser tornado público, mas é preciso conhecer elementos suficientes para compreender o que realmente acontece”.

Assange manifestou preocupação com a fonte que forneceu as informações sobre o amplo programa de espionagem americano na internet, que segundo ele pode acabar na mesma situação que Bradley Manning, soldado americano julgado pelo vazamento de milhares de documentos secretos ao WikiLeaks.

“Nós nos perguntamos se a pessoa que revelou essa informação –e as que estão prestes a vir à tona– não estará exatamente na mesma posição que Bradley Manning hoje”.

O soldado Bradley Manning está no início de seu julgamento em um tribunal militar, sob acusação de conluio com o inimigo. O ex-analista de inteligência no Iraque, que admitiu ter divulgado mais de 700 mil documentos militares e diplomáticos confidenciais pelo site WikiLeaks, pode ser condenado à prisão perpétua.

INTERCEPTAÇÃO

Na quinta, os jornais “Guardian” e “The Washington Post” informaram sobre as operações de interceptação de ligações da companhia telefônica Verizon e de dados de usuários de grandes empresas de internet, como Google, Facebook, Microsoft e Apple.

A interceptação dos dados provocou fortes críticas a Obama, que, durante a campanha para seu primeiro mandato como presidente, prometeu manter a privacidade dos americanos. Na sexta (7), o mandatário disse que mudou de ideia e viu que o programa era eficaz no combate ao terrorismo.

“Quando assumi meu mandato, me comprometi com duas coisas: o respeito à Constituição e a proteção dos cidadãos americanos. Não podemos ter 100% de segurança com 100% de privacidade e sem nenhum inconveniente”.

Da Folha

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Jornalismo

Fundador do Wikileaks, Julian Assange, será extraditado para a Suécia

Agência Estado

Um tribunal de apelação do Reino Unido determinou que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deve ser extraditado para a Suécia para enfrentar uma investigação sobre agressão sexual. O tribunal rejeitou o recurso de Assange contra a sentença de extradição de um tribunal mais baixo.

A Suécia não acusou formalmente Assange, mas quer questioná-lo sobre as acusações de que ele teria estuprado uma mulher e molestado outra durante uma visita a Estocolmo no verão (do hemisfério Norte) passado. Ele nega as acusações.

A decisão do tribunal é um revés para o fundador do WikiLeaks, que vinha lutando contra a extradição desde que foi detido em dezembro no Reino Unido.

A sentença do tribunal é dada num momento em que o WikiLeaks afirma que está enfrentando sérias dificuldades financeiras. No mês passado, o WikiLeaks afirmou que vai fechar em seis meses se as companhias de serviços financeiros não suspenderem as restrições às doações para a organização.

O site, que divulga documentos sigilosos vazados, disse que está suspendendo temporariamente todas as operações de publicação para que possa dedicar seus recursos a lutar contra companhias como Visa, MasterCard, PayPal, do eBay, e Bank of America, que proibiram os pagamentos para o WikiLeaks desde dezembro.

O WikiLeaks irritou Washington ao publicar milhares de documentos sigilosos do governo norte-americano sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque, assim como telegramas diplomáticos secretos. As informações são da Dow Jones.

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Jornalismo

Wikileaks: Documentos secretos apontam repórter da Globo como informante dos Estados Unidos

O repórter William Waack, da Rede Globo de Televisão, foi apontado como informante do governo americano, segundo post do blog Brasil que Vai – citando documentos sigilosos trazidos a público pelo site Wikileaks há pouco menos de dois meses.

De acordo com o texto, Waack foi indicado por membros do governo dos EUA para “sustentar posições na mídia brasileira afinadas com as grandes linhas da política externa americana”.

– Por essa razão é que se sentiu à vontade de protagonizar insólitos episódios na programação que conduz, nos quais não faltaram sequer palavrões dirigidos a autoridades do governo brasileiro.

O post informa que a política externa brasileira tem “novas orientações” que “não mais se coadunam nem com os interesses americanos, que se preocupam com o cosmopolitismo nacional, nem com os do Estado de Israel, influente no ‘stablishment’ norte- americano”. Por isso, o Departamento de Estado dos EUA “buscou fincar estacas nos meios de comunicação especializados em política internacional do Brasil” – no que seria um caso de “infiltração da CIA [a agência norte-americana de inteligência] nas instituições do país”

O post do blog afirma ainda que os documentos divulgados pelo Wikileaks de encontros regulares de Waack com o embaixador do EUA no Brasil e com autoridades do Departamento de Estado e da Embaixada de Israel “mostram que sua atuação atende a outro comando que não aquele instalado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro”.

Fonte: R7

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