Diversos

Taxa de fecundidade no Brasil é baixa e está em queda acelerada

Foto: Pixabay

O Brasil figura entre os países que apresenta queda acentuada da taxa de fecundidade. A taxa do país de 1,7 está abaixo do nível de reposição populacional, de 2,2.

O dado, do relatório “Situação da população mundial”, realizado anualmente pela UNFPA (Fundo de Populações das Nações Unidas), agência da ONU para questões populacionais, foi divulgado nesta quarta-feira (17).

Essa diminuição do número de filhos foi observada em todas as regiões do país e extratos sociais, no entanto, a maior queda foi registrada na população mais pobre e menos escolarizada.

“A fecundidade no grupo populacional com menor renda, que corresponde aos 20% mais pobres, caiu 1 filho por mulher nos últimos 14 anos, entre 2001 e 2015”, afirma Vinícius Monteiro, oficial do Programas para População e Desenvolvimento do UNFPA no Brasil.

Na faixa mais pobre e com menos escolaridade (de zero a quatro anos de estudo), a taxa de fecundidade caiu de 3,45 para 2,9 filhos por mulher.

Na faixa com maior renda e maior escolaridade (a partir de 12 anos de estudo), a taxa de fecundidade também caiu, mas proporcionalmente menos – de 1,56 para 1,18.

Vale ressaltar que o número é quebrado, pois se trata de uma taxa. A taxa de fecundidade corresponde ao número total de filhos nascidos dividido pela população de mulheres em idade reprodutiva (15 a 49 anos) naquele ano. Essa taxa de fecundidade é relativa ao ano de 2015, ano das estatísticas mais recentes divulgadas nesta pesquisa.

“Observamos que o acesso a serviços de saúde e à informação, além do processo de urbanização, fizeram com que mulheres tivessem mais condições de aproximar o número de filhos que gostariam ter ao que realmente tem”, afirma Monteiro.

Razões da queda incluem acesso à informação

A principal razão da queda das taxas é o acesso à informação e serviços que vem aumentando desde a década de 1990 por meio de programas sociais, segundo ele. “Basta apenas informação e desenvolvimento para garantir o poder da escolha do número de filhos”.

O Brasil teve queda de fecundidade acentuada e ainda está caindo, mas há contrastes internos muito marcados, principalmente relacionados à educação e renda, de acordo como oficial da UNFPA no Brasil.

“Geralmente, mulheres com maior nível educacional e maior renda tendem a engravidar mais tardiamente e ter menos filhos, com taxa de fecundidade próxima a de países tidos como mais desenvolvidos. Já mulheres com menor nível de escolaridade e de renda também estão tendo cada vez menos filhos, mas elas ainda têm mais filhos e mais cedo do que gostariam”, completa.

O levantamento mostra que existe uma tendência de convergência entre as taxas de fecundidade das regiões do Brasil, mas as taxas da região Norte ainda são mais elevadas em relação às demais áreas. Mesmo assim, está bem próximo do nível de reposição populacional.

A região Norte apresenta taxa de 2,12. No Sudeste, é de 1,7. “São os extremos do Brasil”, diz o oficial da ONU. “No Norte e Nordeste, a taxa caiu mais aceleradamente. No Nordeste passou de 2,68 em 2001 para 1,96 em 2015. E no Norte caiu de 2,6 para 2,12”, explica Monteiro.

O relatório afirma que a fecundidade no meio rural tende a ser mais elevada por uma questão cultural. A tendência é que os países, de uma forma geral, alcancem um maior nível de urbanização e, por consequência, reduzam a sua fecundidade. No Brasil, o nível de urbanização é de 84%, de acordo com o estudo.

Gravidez em adolescentes ainda preocupa

A pesquisa releva que a taxa de fecundidade no país só não está diminuindo entre as adolescentes. “A gravidez na adolescência é um grande desafio no Brasil. Ela impacta de maneira muito decisiva a trajetória dessas meninas. Um filho em uma situação não-desejada e em idade precoce pode significar interrupção da trajetória escolar e dificuldade de ingresso no mercado de trabalho, gerando uma série de impactos que vão ter reflexo para sempre na vida dessas meninas”, afirma.

O Brasil dispõe da sétima maior taxa de gravidez em adolescentes da América do Sul, empatando com Peru e Suriname, com índice de 65 gestações para cada 1 mil meninas entre 15 e 19 anos. De acordo com a UNFPA no Brasil, um em cada cinco bebês que nascem no país é filho de mãe adolescente. Entre elas, de cada cinco, três não trabalham nem estudam; sete em cada dez são afrodescendentes e cerca de metade mora na região Nordeste.

“A gravidez entre as jovens ainda é alta, mas acima de tudo é importante não culpabilizar as adolescentes. É preciso ressaltar que a fecundidade das adolescentes está associada a questões de acesso à informação e a serviços. Oferecer isso e, principalmente, oportunidades de trajetória para a vida é importante para que fecundidade não aconteça de maneira não-desejada e para que elas tenham um projeto de vida que vá além de ser mãe e dona de casa”, afirma o oficial da UNFPA no Brasil.

Monteiro destaca que, mesmo na era da internet, existe falta de informação sobre essas questões. “Na internet, a informação está misturada com desinformação. Então, é preciso que o governo, junto à sociedade civil, trabalhe em gerar informações mais qualificadas, além de considerar quem não têm acesso à internet ou não procura por esse conteúdo na rede”, diz.

Queda da mortalidade leva à queda da fecundidade

A taxa de fecundidade no Brasil começou a cair por volta da década de 1960, quando a média eram seis filhos por mulher, mas o ritmo e os momentos desse declínio foram diferentes em cada região, tendo início no Sudeste e se estendendo posteriormente para Norte e Nordeste, de acordo como relatório.

Em 1960, a taxa de fecundidade na região Norte, então a maior do país, era de 8,33. Em 2015, de 2,12.

Essa chamada “transição da fecundidade” segue uma lógica, segundo Monteiro. “Primeiro ocorre queda na taxa de mortalidade, para em seguida ocorrer na de fecundidade”, explica.

A partir dos anos 1970, o Brasil passou por um declínio intenso da taxa de fecundidade, que seguiu caindo em ritmo constante até os anos 2000, segundo o levantamento.

Número de gestações desejadas x realizadas

Monteiro afirma que se observa que ainda existe uma distância muito grande entre o número de gestações desejadas e realizadas. “Mulheres com maior nível educacional têm 1 filho em média e muitas gostariam de ter tido mais. Já as que nunca estudaram ainda que quisessem ter três filhos, elas acabam tendo mais que quatro, por exemplo”, afirma.

Embora o Brasil tenha taxa abaixo da estabelecida para garantir a reposição populacional, isso não significa necessariamente que a população brasileira irá imediatamente parar de crescer.

“Existe um fenômeno chamado de inércia populacional. Como há ainda muitas mulheres entrando em idade reprodutiva, a população tende a crescer até um determinado ponto”, diz.

A expectativa é que população brasileira se estabilize a partir de 2045, se for mantida essa tendência de queda da fecundidade, abaixo do nível de reposição, explica Monteiro. “Essa ainda não é uma preocupação do Brasil, mas de alguns países asiáticos e do Norte da Europa”.

O país com a maior taxa de fecundidade é a Somália, com 6,1, e com a menor, Portugal, com 1,2.

R7

 

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Saúde

Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro, mas mantém prisão e fisioterapia no horário da PF

Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja submetido a cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral. A decisão veio após laudo da Polícia Federal indicar a necessidade do reparo, mas ressaltou que o procedimento não tem caráter de urgência e deve ser agendado previamente pela defesa.

O laudo da PF apontou que a cirurgia é necessária devido à piora do sono e da alimentação, à resistência aos tratamentos anteriores e ao risco de complicações causadas pela pressão intra-abdominal. Apesar disso, Moraes manteve que o procedimento é eletivo, ou seja, pode ser realizado sem urgência.

Na mesma decisão, o ministro negou o pedido da defesa para que Bolsonaro cumpra a pena em regime domiciliar. Moraes lembrou que a legislação prevê prisão domiciliar apenas para condenados em regime aberto, enquanto o ex-presidente cumpre pena em regime fechado na Superintendência da PF, em Brasília, por condenação de 27 anos e 3 meses no processo da chamada trama golpista.

Moraes também rejeitou o pedido para alterar o horário das sessões de fisioterapia de Bolsonaro. Segundo o ministro, o atendimento deve seguir as regras administrativas da PF, e o profissional de saúde precisa se adequar aos horários da unidade.

A decisão reforça que Bolsonaro tem autorização judicial para receber atendimento médico e fisioterapêutico, desde que respeitadas as normas de segurança da Superintendência.

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Geral

O Natal no Papo de Fogão vem com muito sabor!

A chef portuguesa Cláudia Correia de Sá, do Restaurante Cantinho Português, na Pousada Mar no Olhar (Rio do Fogo/RN), prepara o clássico bacalhau à Brás.

Na Dica Rápida, o chef Marcos Rios faz um caprese e a bartender Anna Beatriz um Tom Collins, direto do Rios Potiguares (Natal/RN).

SÁBADO
BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h
Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Política

Lula reafirma veto a redução de pena e promete ‘surra’ na extrema direita em 2026

Foto: Ton Molina

O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira (19) que vetará o projeto de lei que reduz penas do ex-presidente Jair Bolsonaro, de generais e de integrantes do governo anterior condenados pelo STF. Ele disse ainda que dará uma “surra” em quem achar que a extrema direita poderá voltar a governar o país a partir de janeiro de 2027.

“Estou terminando o governo em um momento muito bom. Sei que tem muita gente já pensando nas eleições de 2026. Deixa eles pensarem. E, quando quiserem, venham. Porque vamos dar uma surra em quem se meter a achar que a extrema direita vai voltar a governar este país”, falou.

O petista, que tem 80 anos, afirmou que não envelhece por ter uma causa. “Se eles soubessem o tesão que tenho para governar esse país, eles não brincariam”, disse, reforçando seu tom de campanha para 2026, quando tentará o quarto mandato presidencial. A disputa será a sétima do petista pela presidência da República.

O PL da Dosimetria, como ficou conhecido, voltará ao Congresso caso Lula mantenha o veto. Parlamentares poderão derrubar a decisão presidencial em sessão conjunta de deputados e senadores, mantendo ou alterando a proposta de redução de penas.

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Saúde

Defesa de Bolsonaro pede mudança de horário da fisioterapia na prisão

Foto: Reprodução

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, para alterar os horários das sessões de fisioterapia que ele realiza durante os banhos de sol na superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Em decisão de quinta-feira (18), Moraes havia autorizado que as fisioterapias ocorressem junto ao banho de sol. A defesa agora solicita que as sessões sejam feitas após as 18h, para se adequar à agenda do fisioterapeuta Kleber Antônio Caiado de Freitas, que atua em clínica própria e precisa se deslocar até a PF.

Segundo a defesa, o pedido é “meramente organizacional”, feito de boa-fé, e visa conciliar a decisão judicial com a rotina profissional do fisioterapeuta, garantindo que o tratamento de Bolsonaro continue sem comprometer seus atendimentos na clínica.

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Política

Funcarte inicia pagamento de cachês e emendas de 2024 com prioridade para artistas locais

Foto: Secom/PMN

A Fundação Capitania das Artes (Funcarte) começa, na próxima semana, um plano de pagamento para quitar cachês artísticos e emendas referentes a 2024. A medida segue orientação da Prefeitura do Natal, que determinou levantamento detalhado das pendências para organizar um cronograma responsável e transparente.

O plano prioriza artistas locais, além de pequenos e médios fornecedores, reconhecendo a importância desses profissionais para a economia criativa da cidade. O estudo técnico considerou o volume de demandas e a necessidade de manter equilíbrio financeiro sem comprometer as atividades culturais em andamento.

A secretária municipal de Cultura e presidente da Funcarte, Iracy Azevedo, afirmou que a iniciativa é resultado de trabalho criterioso e diálogo com o setor. “Organizamos um cronograma que começa já na próxima semana, com o objetivo de fortalecer a cultura local”, disse.

Com a medida, a Prefeitura avança na organização financeira da política cultural, garantindo previsibilidade, respeito aos profissionais e a continuidade das ações que valorizam a produção artística da cidade.

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Política

Paulinho Freire assina criação da comissão do concurso da Guarda Municipal de Natal

Foto: Rennê Carvalho/Secom

O prefeito de Natal, Paulinho Freire, assinou nesta sexta-feira (19) o termo de criação da Comissão Especial Organizadora do Concurso Público da Guarda Municipal. A assinatura ocorreu no Palácio Felipe Camarão e marca um passo importante para a realização do certame, aguardado há cerca de 20 anos pelos natalenses.

A comissão, coordenada pelas secretarias de Administração (Semad) e de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes), será responsável por adotar todas as providências para a realização do concurso, incluindo a condução dos procedimentos para divulgação do edital e definição da banca examinadora contratada.

Paulinho destacou a prioridade da gestão em fortalecer a segurança e valorizar a Guarda Municipal. “Estamos dando um passo decisivo para a realização do concurso. Vamos trabalhar para que aconteça o mais rápido possível e traga benefícios concretos para a cidade”, afirmou o prefeito.

A secretária da Semdes, Samara Trigueiro, e o comandante da Guarda Municipal, Francisco Carlos Fonseca, ressaltaram o caráter histórico da medida e o impacto da renovação do efetivo na segurança pública de Natal. A comissão será composta por nove servidores e a portaria entra em vigor após publicação no Diário Oficial do Município.

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Economia

Nordeste pode virar motor do Brasil com população jovem e energia limpa, aponta Banco Mundial

Foto: Reprodução/TV Globo

Com 80% dos seus 54 milhões de habitantes em idade ativa, o Nordeste tem potencial para impulsionar o progresso do país, aponta o relatório do Banco Mundial Rotas para o Nordeste: Produtividade, Empregos e Inclusão, divulgado no início do mês.

Segundo o estudo, a região pode gerar mais empregos de qualidade e reduzir desigualdades se investir em setores em crescimento, como manufatura e serviços, além de apostar em infraestrutura via parcerias público-privadas.

O relatório destaca avanços na educação: a parcela de trabalhadores com diploma universitário subiu de 9,1% em 2012 para 17% em 2023. Mesmo assim, o Nordeste enfrenta desafios para transformar escolaridade em renda e oportunidades. Entre 2012 e 2022, a taxa de desemprego ficou em 12% e a informalidade em 52%, índices acima da média nacional.

Outro ponto forte da região é a energia limpa: o Nordeste produz 91% da energia eólica e 42% da energia solar do país, o que, segundo o Banco Mundial, pode acelerar um crescimento industrial sustentável e abrir espaço para setores emergentes, como o hidrogênio verde.

O estudo recomenda também políticas para incluir mulheres e grupos marginalizados, já que apenas 41% das mulheres participam da força de trabalho nordestina.

Para transformar o potencial em resultados concretos, o Banco Mundial sugere melhorar a intermediação de mão de obra, estimular o empreendedorismo, atrair investimentos, simplificar burocracia e modernizar infraestrutura de rodovias, ferrovias, redes digitais, água e saneamento.

O relatório alerta que planejamento e fiscalização cuidadosos são essenciais, e reforça o papel do setor privado em parcerias estratégicas para garantir impacto positivo no desenvolvimento da região.

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Geral

Omoda 5: Super Híbrido chega a Natal por R$ 159.990 – Mais potente, mais econômico e mais completo que todos os seus concorrentes

Foto: Divulgação

A Redenção Omoda Jaecoo apresentou oficialmente em Natal o Omoda 5 HEV, o novo SUV híbrido com mais de 1.000 km de autonomia que promete redefinir o segmento de SUVs médios no Brasil. Com preço de lançamento a partir de R$ 159.990, o modelo chega reunindo potência, eficiência e tecnologia premium — características que o tornam mais potente, mais econômico e mais completo que todos os seus concorrentes.

Com design arrojado e linhas futuristas, o Omoda 5 HEV mantém o estilo marcante já visto no E5, mas traz uma dianteira redesenhada para abrigar o novo conjunto híbrido.

O modelo é equipado com um motor 1.5 turbo a gasolina com um sistema elétrico, resultando em uma potência combinada de 224 cv e 30,1 kgfm de torque, com aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos, proporcionando desempenho superior com baixo consumo de combustível. O sistema inteligente alterna automaticamente entre os modos elétrico e a combustão, assegurando uma condução suave, silenciosa e eficiente.

No interior, o Omoda 5 impressiona pelo alto nível de tecnologia e conforto. O painel traz duas telas de 12,3 polegadas integradas, compatíveis com Apple CarPlay e Android Auto sem fio, além de carregador por indução de 50 W, sistema de som com seis alto-falantes e comandos de voz inteligentes. O acabamento premium e a chave presencial reforçam a sensação de sofisticação e praticidade.

A chegada do Omoda 5 HEV marca um novo capítulo da Omoda Jaecoo em Natal e fortalece a estratégia global de expansão da marca, que já ultrapassou 540 mil unidades vendidas desde 2023. Um sucesso mundial que agora conquista também o público potiguar.

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Política

Lulinha, vice-líder do PT no Senado e alvos da PF têm convocação protocolada pela CPMI do INSS

Foto: Reprodução

O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), protocolou nesta sexta-feira (19) pedidos de convocação de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha; do senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do Governo no Senado e de outros investigados pela operação Sem Desconto da Polícia Federal, deflagrada na quinta-feira (18). A intenção é trazer novamente os alvos da PF para prestar esclarecimentos à comissão.

O nome de Lulinha voltou à mira da CPMI após nova fase da operação atingir Roberta Luchsinger, amiga do filho do presidente Lula. Segundo a PF, foi paga uma mesada de R$ 300 mil a uma empresa de Luchsinger, referência a “o filho do rapaz” em mensagens, sem detalhar quem seria.

Gaspar também pediu a convocação de Danielle Fontenelles, radicada em Portugal, que atuou em campanhas do PT e teve a agência Pepper investigada por repasse de caixa dois.

Entre os convocados está também Adroaldo da Cunha Portal, ex-secretário-executivo do Ministério da Previdência, exonerado após ser preso na operação, e Gustavo Marques Gaspar, ex-assessor de Rocha, apontado como responsável por assinar procuração dando poderes a Rubens Oliveira Costa, o “homem da mala” do chamado “careca do INSS”.

“Todos esses personagens, em algum momento do meu trabalho na relatoria, apareceram. A maioria já tinha pedido de convocação e até de prisão, mas foram blindados por parte do governo”, afirmou Gaspar à CNN Brasil, criticando a proteção da base governista durante os trabalhos da comissão.

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Economia

Governo Lula recorre a impostos e “receitas extras” para segurar Orçamento de 2026

Foto: Reprodução

O Orçamento de 2026, aprovado pelo Congresso nesta sexta-feira (19), precisou de “receitas extras” para tentar equilibrar as contas e garantir o superávit de R$ 34,3 bilhões. Entre as medidas do governo estão o projeto do devedor contumaz, cobrança de IOF sobre criptoativos, renegociações de dívidas da União e aumento do Imposto de Importação.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que essas medidas são necessárias depois que o Congresso reduziu o pacote fiscal enviado pelo governo. Ele ainda aposta em decisões do STF favoráveis e na tributação de bets, fintechs e Juros sobre Capital Próprio (JCP) para recompor a arrecadação.

Segundo Haddad, o governo trabalha com um “mapa de possibilidades” para compensar a frustração de receitas. A arrecadação com o devedor contumaz e as demais medidas ainda não tem números consolidados, mas devem ser usadas para tentar segurar o Orçamento.

O ministro aproveitou para criticar o passado: disse que herdou déficit de cerca de R$ 180 bilhões, atacou o antigo teto de gastos e afirmou que o Banco Central, sob Gabriel Galípolo, indicado por Lula, recebeu problemas graves herdados das gestões anteriores.

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