Complemento da reportagem, Tem gente que não deveria, mas ignora o futebol potiguar. Arena das Dunas
O problema foi que o Governo não se preocupou com os clubes locais, em especial o América, que ficou sem um local para realizar as partidas que tem mando de jogo, ao lado da torcida. Veio a proposta de revitalização do Estádio Juvenal Lamartine e de construção de um novo estádio na Zona Norte, mais especificamente no terreno onde hoje funciona o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Ambas em vão, porque as duas eram inviáveis tanto técnica, quando financeiramente. Foi acertado, então, o paliativo do Estádio José Nazareno do Nascimento, de Goianinha, mais conhecido como “Nazarenão”, que agradou a todos para a realização da série C que todo jogo era uma final. Já no Estadual virou um elefante branco, distante, desconfortável e bastante oneroso.
Para garantir uma maior capadidade no Nazarenão, A Prefeitura de Goianinha e diretora do América Futebol Clube trataram de providenciar arquibancadas móveis, semelhantes àqueles puleiros de circo, enquanto não eram construídos novos lances de arquibancadas de alvenaria. O problema é que esses lances não ficaram concluídos e de acordo com as exigências da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para realização dos jogos da Série B do Campeonato Brasileiro. O BG Voador já teve a informação que do jeito que está, o América não tem como mandar os jogos em Goianinha. Um aviso já foi dado pela própria CBF no lançamento da tabela oficial, que considera como “a definir”, os locais de mando de campo do América.
Paralelamente a essa confusão com o futebol potiguar, já que ABC e Alecrim indiretamente foram atingidos, mas, principalmente, o Alvirrubro, que ficou sem um local para sediar os jogos em casa, nos deparamos com a OAS a mesma responsável pela construção da Arena, que também é responsável por construir a Arena Fonte Nova na Bahia, mas que, por terras soteropolitanas patrocina os dois grandes clubes capital: Bahia e Vitória. Os valores não foram descobertos pelo blog, mas fontes do futebol garantiram que cada um dos contratos com as equipes baianas supera a cifra de R$ 2 milhão por ano. Nas duas equipes, as cotas adquiridas são cotas master, as mais caras.
Ficam as perguntas: porque a OAS também não investe no futebol potiguar? Porque não patrocinar América, que está sem casa? O ABC que teve uma boa projeção com a Copa do Brasil do ano passado com vários títulos estaduais? Porque não separar R$ 1 milhão por ano de um contrato de R$ 1,2 bilhão? Seria uma forma de aproximar o público potiguar da empresa, de aproximar os torcedores, de mostrar carisma junto aos natalenses e de dizer que realmente acredita no futebol potiguar. Mas a empresa simplesmente ignora? É isso?
Será que o América vai ter que jogar em João Pessoa para o ficar mostrado a incompetência na conducão das praças esportivas no RN para todo o Brasil?
Fica a dica. Patrocínio não é dar esmola ou dinheiro de graça. É investimento, planejamento e retorno. Distanciamento não é o caminho. Fica aqui o registro pra OAS mostrar sua força também em terras potiguares, em terras natalenses, assim como faz na Bahia.
A OAS Tem vários empreendimentos na Bahia.
Não tem no RN.