Revoltado com a morte do irmão, também policial militar, o tenente Genilson Alves de Souza, à paisana e armado, invadiu, por volta das 22 horas de sexta-feira, 27, a ala verde do Hospital de Urgência de Sergipe João Alves Filho (Huse), o maior hospital público do Estado, localizado no bairro Capucho, na capital Aracaju, e atirou contra três suspeitos que, feridos durante um tiroteio com Jailson Alves de Souza, eram atendidos na unidade hospitalar.
Os suspeitos executados pelo tenente foram identificados como Adalberto Santos Silva, Márcio Alves dos Santos e Cleidson dos Santos. Os três, segundo a polícia, teriam trocado tiros com Jailson, que também ficou ferido durante o confronto, no bairro Santa Gleide. O policial fazia diligência na região à procura da moto dele roubada por três assaltantes na quinta-feira, 26, quando localizou o veículo e os três supostos criminosos.
Os envolvidos no tiroteio foram baleados e encaminhados para o Huse, onde Jailson morreu. Indignado com a morte do irmão, o tenente invadiu o setor onde os três suspeitos era atendidos e atirou contra eles. Adalberto, Márcio e Cleidson também morreram. Segundo depoimento de pacientes e funcionários do hospital, o tenente, após realizar os disparos, fugiu, mas estaria acompanhado de outros dois homens.
Vigilantes do hospital e PMs que estavam na unidade acompanhando o desenrolar do tiroteio ocorrido fora do hospital tentaram conter o tenente, mas não atiraram no oficial porque temeram atingir outros pacientes que também eram atendidos no local.
Durante as buscas pelo tenente na região, policiais militares detiveram dois suspeitos – que podem ser os mesmos que entraram ao lado de Genilson no hospital e com ele fugiram. Os dois detidos foram identificados como Ralf Souza Monteiro e Ginaldo Alves de Souza, sobrinho e irmão do tenente, respectivamente. A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios, já iniciou as investigações, com auxílio do Instituto de Perícias e o IML.
Segundo nota oficial do Governo de Sergipe, “as secretarias de Estado da Segurança Pública (SSP) e da Saúde (SES)estão acompanhando desde o início os fatos que envolvem os quatro homicídios ocorridos dentro do hospital. Uma força-tarefa foi montada. Os secretários das duas pastas, João Eloy de Menezes(SSP) e Antônio Carlos Guimarães (SES), estão coordenando no momento os trabalhos das polícias Militar, Civil e Técnica e da Fundação Hospitalar de Sergipe. A investigação das mortes e as buscas pelos autores começaram de imediato”.
Fonte: Estadão
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