Cervejas da Backer à venda em mercado: produto é investigado pela polícia como causador de síndrome nefroneural Foto: O Tempo / FOTO : Cristiane Mattos / O Tempo
A Polícia Civil de Minas Gerais anunciou na manhã desta segunda-feira que um terceiro lote da cerveja Belorizontina está contaminado com o dietilenoglicol, material que pode ser usado no processo de refrigeração industrial. Além disso, outro material, o monoetilenoglicol, teria sido encontrado em amostras do produto.
O novo lote contaminado é o L2 1354. Até o momento, as investigações apontavam para apenas dois (L1 1348 e L2 1348), disponibilizados desde novembro em Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Espírito Santo.
O superintendente de polícia técnico-científica da Polícia Civil Mineira, Thales Bittencourt, explicou durante a coletiva que existe uma “grande variação do que seria uma dose letal”, que pode ser de 0,0014 mg/ kg até 0,0017 mg/kg. Isso significaria, na prática, que a quantidade letal para um homem de 70 kg pode ser de 1g a 12g.
Em uma vistoria na fábrica da cervejaria Backer, produtora da Belorizontina, a Polícia Civil encontrou resíduos de dietilenoglicol, também conhecido como éter de glicol, em uma máquina que atuaria no resfriamento das bebidas.
O solvente, considerado tóxico, causou insuficiência renal grave e alterações neurológicas em 11 pessoas que teriam consumido a bebida. Um dos pacientes morreu na última terça-feira, em Juiz de Fora. A enfermidade tem sido tratada como “síndrome nefroneural” pelas autoridades.
Ainda segundo a corporação, o laudo definitivo deve ser concluído “nos próximos dias”. A cervejaria Backer, que produz a Belorizontina, nega usar o dietilenoglicol em qualquer etapa do processo de produlção de suas cervejas.
No fim de semana, os investigadores afirmaram que nenhuma hipótese está descartada, incluindo a de sabotagem por um ex-funcionário.
Até o momento, todas as vítimas identificadas pelo governo compraram a cerveja no bairro de Buritis, em Belo Horizonte. No entanto, os lotes contaminados também foram vendidos em outros bairros da cidade e de Nova Lima, cidade da Região Metropolitana da capital que faz divisa com Buritis. Em BH, também foram encontradas unidades no bairro Cidade Nova e no Centro, todas na mesma rede de supermercados.
Todas as unidades estão sendo recolhidas em pontos de entrega na capital mineira. A Backer e o Procon mineiro se disponibilizaram a buscar unidades dos lotes nas residências dos consumidores.
O Globo
Isso tem que ser muito bem investigado e apurado.
Ato terrorista e criminoso
Hoje em dia não dá nem para tomar uma cerveja em paz, que você pode ser envenenado!