A rede hoteleira de Natal registrou a pior Semana Santa dos últimos três anos, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio Grande do Norte (ABIH/RN). A taxa de ocupação hoteleira, definida com base em pesquisa realizada junto aos empresários, variou entre 70 e 77% – muito atrás da registrada no mesmo período do ano passado, quando quase 100% dos leitos (camas nos hotéis) ficaram ocupados. A hotelaria agora se prepara para a pior baixa estação dos últimos anos, segundo Habib Chalita, presidente da associação.
O setor, um dos 52 que integram a cadeia produtiva do Turismo, não foi o único que sofreu com baixa na movimentação no período. Empresas que prestam serviço de receptivo – translado e city tour – registraram retração de até 30%, em relação ao mesmo período do ano passado. Em capitais como Recife/Pernambuco, empresas que prestam o mesmo serviço registraram incremento médio de 15%, em função de grandes eventos, como a Paixão de Cristo, encenada em Nova Jerusalém, a 187 quilômetros da capital Recife.
No cajueiro de Pirangi, o número de visitantes durante a Semana Santa só não caiu porque a Associação de Moradores de Pirangi do Norte, responsável pelo maior cajueiro do mundo, investiu em divulgação, afirmou Francisco Cardoso, presidente da associação. “Esperávamos queda, mas as visitas subiram 1%”. Número, que segundo ele, precisa ser comemorado. De acordo com Francisco Cardoso, a taxa só tem se mantido estável porque muitos potiguares tem visitado o cajueiro nos últimos meses, devido a maior divulgação dentro do estado. O mesmo não ocorre com hotéis e empresas que prestam serviço de receptivo como a do empresário George Costa, cujos clientes ou moram no centro-sul ou fora do país.
A crise, segundo George Costa, que também é diretor executivo do Natal Convention & Visitors Bureau (Natal CVB) – entidade mista que capta eventos de todos os portes – não é a única responsável pelo desempenho abaixo da média. Ele critica a falta de divulgação e a inércia do poder público. “A nossa queda foi bastante acentuada diante de outros destinos que registraram uma boa ocupação”, afirma.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram a desaceleração em marcha no Rio Grande do Norte. Segundo o ministério, a geração de empregos formais no setor de hospedagem e alimentação no RN recuou 62,7% no primeiro bimestre de 2012, em relação ao mesmo período do ano passado. Em Pernambuco, a retração foi quase quatro vezes menor (-17,8%).
A diferença, segundo George, está na realização de grandes eventos – isca para atrair visitantes durante o período de baixa estação e manter a ocupação hoteleira. O Natal CVB captou vários para o segundo semestre de 2012, “mas o número ainda está bem aquém de nossa capacidade”, afirma o diretor executivo da entidade. “Falta o poder público apostar no turismo de eventos”, completa.
Para Habib Chalita, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no RN (ABIH/RN), o futuro do turismo potiguar preocupa. E há razões para isso. Qualquer perda, por menor que seja, no setor é significativa. Até o final de 2011, o Turismo era o setor com maior participação na economia formal do estado. De acordo com estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado em 2011, a participação do turismo na economia formal do estado chegava a 4,4%, a maior do Brasil. O índice mostrava que o estado era o que mais dependia desta atividade econômica no país.
Fonte: Tribuna do Norte
como que levaria sua familia pra uma cidade que não tem acesso a prais, nem calçadão em ponta negra, nem segurança, nem informação e com tudo caro!
A cidade muito suja e mal cuidada( praias urbanas), litoral norte acesso as praias com estradas ainda de barro,litoral sul muitos buracos e a noite o que fazer? Quase nenhuma opção… Que cidade turística é essa????
estive em joao pessoa nossa vizinha, e esta de parabéns, cidade hospitaleira, custo menor e com muitas opções de lazer… o governo do estado tem que abrir os olhos, o rn ja foi uma cidade de turismo esta ficando muito a desejar….
MUITO CARA A CIDADE E OS SEUS SERVIÇOS. ESTÁ NA HORA DO SETOR ENXERGAR ISSO E SE CONSCIENTIZAR QUE TEM DE BAIXAR PREÇOS EM TODA A CADEIA DO TURISMO.