Por interino
OMS acredita que um maior compromisso com a diminuição dos níveis de sedentarismo irá contribuir para a saúde global e uso mais otimizado de recursos (Foto: Arek Socha / Pixabay )
Um em cada 4 adultos não pode ser considerado praticante de atividade física, diz a Organização Mundial de Saúde. Entre os adolescentes (11-17 anos), quatro em cada cinco são sedentários. Nos adultos, o sedentarismo está presente em 23% dos indivíduos; já nos mais jovens, esse índice é de 81% (a OMS tem critérios mais rígidos para a atividade física nos adolescentes; veja quadro).
Os dados sobre inatividade física foram apresentados pela Organização Mundial de Saúde nesta segunda-feira (4), juntamente com uma meta global: que países-membros da OMS se comprometam com a redução do sedentarismo em 10% até 2025 e em 15% até 2030.
A nova meta da entidade está atrelada a outros objetivos: a diminuição das taxas de doenças associadas ao sedentarismo. Pessoas que não praticam atividade física têm mais chance de desenvolver condições como infarto, AVC (Acidente Vascular Cerebral), câncer de mama e câncer colorrretal, por exemplo.
A atividade física também ajuda no controle do peso, contribui para a saúde mental e previne condições como a pressão alta.
O que é ser ativo para a OMS?
Para ser uma pessoa ativa, é necessário praticar 150 minutos de atividade física aeróbica moderada por semana
Para os adolescentes, a recomendação é de 60 minutos de atividade moderada à intensa todos os dias
Fonte: WHO – Global Action Plan on Physical Activity (2018-2030)
Ainda, estima-se que o sedentarismo onere a assistência à saúde no mundo em US$ 54 bilhões anuais: 57% desse valor é pago pelo setor público e os outros US$ 14 bilhões são atribuíveis à perda de produtividade (quando pessoas começam a faltar ao trabalho por condições associadas ao sedentarismo, por exemplo).
“Apesar disso [dos benefícios da atividade física], o mundo está se tornando menos ativo. À medida que os países se desenvolvem do ponto de vista económico, os níveis de inatividade aumentam”, aponta o relatório.
Estudos recentes apontam que o sedentarismo contribui para maiores níveis de glicose no organismo, além de aumentar o risco de mortalidade de modo geral.
A OMS acredita que metas de aumento de atividade física vão contribuir para que outras metas não diretamente associadas à saúde sejam atingidas. Entre elas estão o aumento da qualidade do ar, a conservação do meio ambiente, maior desempenho acadêmico e maior promoção da desigualdade.
As metas de 2030 da Organização Mundial de Saúde; atividade física agora é uma delas (Foto: OMS)
A diretriz da OMS para redução do sedentarismo está apoiada em quatro ações:
Criar sociedades ativas: a promoção de uma mudança de paradigma em toda a sociedade, aumento o conhecimento sobre os benefícios da prática de atividade física.
Criar ambientes ativos: Criar ambientes que promovam a atividade física, como parques abertos a todos e seguros.
Criar pessoas ativas: desenvolver programas em diversos contextos (trabalho, escola, etc) para que mobilizar a atividade física.
Criar sistemas ativos: mobilizar a ação política e lideranças, com a capacitação de profissionais.
Bem Estar – Globo
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