Entre segunda e terça-feira desta semana, a estação de transbordo de Cidade Nova, na zona Oeste de Natal, recebeu 686 toneladas de lixo. Tal volume poderia ter sido ainda maior, caso a coleta do lixo estivesse regular, pois em parte da zona Sul da cidade, os resíduos domésticos vêm se acumulando nas calçadas e portas de prédios e residências, como ocorria em duas das principais avenidas de Morro Branco e Nova Descoberta: Xavier da Silveira e Rui Barbosa.
O problema também foi constatado nas ruas adjacentes aquelas avenidas, como contou a dona de casa Genisame de Maia, que reside na rua Nilo Bezerra Ramalho, em Morro Branco. “O caminhão não passou essa semana e nem na semana passada”, disse ela, estimando que a coleta não ocorre há pelo menos 15 dias.
Para ela, isso é ruim “porque não se pode guardar lixo dentro de casa”. Além da sujeira, acrescentou, a dona de casa tem de ficar atenta “para cobrir a comida”, pois com o acúmulo de lixo o que mais aparece são aquelas grandes moscas, azuis, popularmente chamadas de “varejeiras”.
O diretor de Operações da Companhia Municipal de Serviços Urbanos (Urbana), Alexandre Miranda, admitiu que a empresa passa por dificuldades financeiras e isso vem atrasando o repasse do pagamento dos serviços prestados pela Lider, cujos garis chegaram a paralisar a coleta na sexta-feira, por falta de repasse do vale-transporte. Ele não explicou quando esse pagamento será realizado.
Flagrante
Alexandre Miranda admitiu que o lixo estava se acumulando desde a semana passada e informava que a Líder já estava trabalhando para recolhê-lo até ás 18 horas de ontem. Pela manhã, a TRIBUNA DO NORTE flagrou o lixo acumulado em tambores de plásticos colocados em frente de alguns edifícios.
Por volta das 16h30 constatou que o problema perdurava em Morro Branco e Nova Descoberta, a exemplo do que ocorreu na semana passada ao longo da avenida Hermes da Fonseca e ruas adjacentes entre o antigo Aero Clube e imediações da AABB. Essa não é a primeira vez nos últimos dias que há problemas de coleta nessas áreas. E sempre há a promessa de solução que ainda não ocorreu.
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