Saúde

Vacina chinesa contra o coronavírus não deu efeito colateral em 94,7% dos voluntários, diz estudo

Governador de São Paulo, João Dória (PSDB), durante coletiva de imprensa para informar as últimas novidades no combate ao coronavírus (Covid-19) — Foto: ANTONIO MOLINA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na tarde desta quarta-feira (23) que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários testados na China não apresentaram nenhum efeito adverso à vacina CoronaVac. O dado faz parte de um estudo divulgado em entrevista coletiva nesta quarta (23).

“Esses resultados comprovam que a Coronavac tem um excelente perfil de segurança e comprova também a manifestação feita pela Organização Mundial da Saúde, indicando a Coronavac como uma das 8 mais promissoras vacinas em desenvolvimento no seu estágio final em todo o mundo”, disse o governador João Doria (PSDB).

A pesquisa testou 50.027 voluntários na China, de acordo com os dados divulgados pela gestão estadual, só foram percebidos efeitos adversos de grau baixo em 5,36% daqueles que foram imunizados, sendo os mais frequentes dores leves no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre moderada (0,21%).

“Os resultados dos estudos clínicos realizados na China mostraram um baixo índice de apenas 5,36% de efeitos adversos e de baixa gravidade. A maioria destes casos apresentou apenas do no local da aplicação da vacina. Efeitos adversos de baixa gravidade para uma minoria de pessoas sã comuns em vacinas amplamente utilizadas. A vacina da gripe, por exemplo, produzida aqui pelo Instituto Butantan em São Paulo para todos os brasileiros apresenta efeitos adversos pouco nocivos, como dor no local da aplicação e não mais do que 10% dessas pessoas da totalidade que são vacinados apresentam alguma reação dessa natureza”, disse o governador João Doria (PSDB) nesta quarta-feira (23).

Crianças e Idosos começaram a ser testados em setembro na China. Ainda, segundo o estudo, até o momento foram vacinadas 422 pessoas maiores de 60 anos e a imunização apresentou 97% de eficácia nesse grupo. Já crianças e jovens com idade entre 3 e 17 anos foram vacinados 552 voluntários.

No Brasil, que está na fase 3 de testes da CoronaVac, dos 9 mil voluntários que receberão a vacina ou o placebo durante o estudo, 5.584 voluntários foram contemplados até o dia 21 de setembro. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirma que os testes devem ser ampliados para 13 mil voluntários no país. A expansão para as fases subsequentes, segundo o diretor, já foi aprovada pela Anvisa. Deverão ser incluídos nesses testes grupos considerados de risco, como idosos e crianças.

A vacina é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Nesta quarta-feira (23) o representante do laboratório Sinovac na América do Sul, Xing Han, participou da entrevista coletiva e disse que daqui a um ou dois meses os resultados finais da fase 3 devem ser divulgados. A declaração, feita em chinês, foi traduzida simultaneamente por um tradutor presente no evento.

Em estudo anterior, com 24 mil voluntários, sendo 421 com mais de 60 anos, o governador João Doria disse que a resposta imunológica dos idosos submetidos aos testes da vacina ficou entre 98% e 99%. Nesta quarta-feira (23) o governador voltou a citar estudo que apontou eficácia da vacina nas fases de testes 1 e 2 na China.

“Além de segura a CoronaVac está se mostrando altamente eficiente. Na China, demostraram que a CoronaVac apresentou 98% de eficiência na imunização das pessoas que foram lá testadas”, disse Doria.

Apesar dos dados do estudo divulgado anteriormente pela gestão estadual, o diretor do instituto Butantan, Dimas Covas, disse ainda que não existem dados disponíveis em relação a eficácia da CoronaVa que só poderá ser concluída na fase 3.

“Além de afirmarmos que não houve efeitos adversos graves, nós ainda não temos os dados disponíveis em relação a eficácia. A eficácia será incluída uma vez que terminada a inclusão dos 9 mil voluntários com duas doses vacinais. A partir do dia 15 de outubro poderemos ter o aparecimento dos dados de eficácia que permitirá o registro da vacina na Anvisa. A Sinovac iniciou também um estudo de fase 3 na Turquia e isso vai corroborar o processo de registro dessa vacina no mundo”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse também nesta quarta-feira (23) que a previsão é a de que a vacinação comece na segunda quinzena de dezembro em médicos e paramédicos.

“Deveremos por óbvio aguardar a finalização desta terceira e última fase de testagem, os seus resultados e obviamente a aprovação da Anvisa. Mas já em dezembro, na segunda quinzena poderemos iniciar a imunização de acordo com os critérios de vacinação adotados pela secretaria da saúde do estado de São Paulo e dentro do protocolo também do ministério da saúde. E os primeiro que receberam a vacina, obviamente serão médicos e paramédicos”, disse Doria.

Na segunda-feira (21) o governador anunciou que toda a população do estado vai receber a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan até fevereiro de 2021.

“Aos brasileiros de São Paulo, sim, garanto que teremos a vacina, a CoronaVac, para atender a totalidade da população de São Paulo, já ao final deste ano e ao longo dos dois primeiros meses de 2021, e vamos imunizá-los”, disse Doria nesta segunda.

O governador não explicou como será feita a distribuição das vacinas. O secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou no último dia 10 que o cronograma dos testes está sendo respeitado e a expectativa é a de que os resultados sejam enviados para a Anvisa no final de outubro. Com isso, ainda de acordo com ele, a vacina será incluída no calendário de vacinação nacional no início de janeiro.

Em julho, o governador havia dito que a vacina seria distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para milhões de brasileiros, não apenas em São Paulo.

“Nessas circunstâncias nós já poderemos iniciar a produção da vacina em dezembro e imediatamente na sequência iniciar a vacinação, com o SUS, de milhões de brasileiros, não apenas em São Paulo como também em outros estados”, declarou Doria na época.

Ao apresentar o projeto desta vacina para o Ministério da Saúde, em agosto, Dimas Covas, diretor do Butantan, também declarou que “a vacina é para brasileiros, não é para paulistas”.

“O Butantan fornece vacinas, todas as vacinas que ele produz, ao Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Imunização, e esse é o projeto. Vamos oferecer essa vacina, esses 45 milhões de doses ao Ministério da Saúde”, disse Dimas Covas no dia 25 de agosto.
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O acordo com o laboratório chinês prevê o envio de doses prontas da CoronaVac, fabricadas na China, além da transferência de tecnologia para que o Butantan possa fabricá-las em território nacional no futuro.

Até a última segunda-feira, o governo estadual afirmava que seriam 45 milhões doses ainda neste ano. Neste domingo, Doria disse, pelas redes sociais, que o total de doses será de 46 milhões apenas em 2020.

O estado de São Paulo tem cerca de 44 milhões de habitantes, segundo o IBGE. Os testes da CoronaVac em voluntários, no entanto, são feitos com duas doses da vacina por pessoa.

Plano alternativo

Questionado sobre como seria feita a imunização em SP, Doria afirmou nesta segunda-feira (21) que o governo estadual já possui um plano alternativo de vacinação, caso a distribuição não seja feita pelo SUS.

“Temos, sim, um plano alternativo, mas preferimos acreditar num plano nacional, num plano que envolva o Ministério da Saúde. É nisso que nós temos trabalhado com o ministro Eduardo Pazuello. Não faz sentido acreditar que o Ministério da Saúde com seriedade, imagine que não vá ter um tratamento igual para todos os brasileiros”, disse Doria.

“O que eu posso garantir é que os brasileiros que residem em São Paulo não vão ficar sem a vacina”, completou.

Doria também afirmou que não existirá preferência para alguns brasileiros em detrimento de outros na distribuição da vacina.

“Entendo que a imunização de todos os brasileiros é fundamental. A meu ver, não existem brasileiros de primeira classe, que tomam a vacina antes dos brasileiros de segunda classe, que tomam a vacina depois. E no meu entendimento também a vacina deve ser obrigatória”, disse o governador.

Vacina ainda em testes

Toda vacina precisa passar por etapas importantes de testes antes que sua distribuição em larga escala seja autorizada. Os testes são necessários para verificar a segurança e eficácia de uma vacina.

A CoronaVac está na terceira fase de testes. Essa etapa serve para avaliar se ela poderá ser distribuída em massa. Esses testes com voluntários começaram no Brasil no dia 21 de julho, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

De acordo com Clinical Trials, que reúne informações sobre estudos clínicos de vacinas, o Instituto Butantan informou que o último voluntário da CoronaVac será examinado em outubro de 2021. No entanto, o governo planeja oferecer a vacina em janeiro de 2021.

Em agosto, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, admitiu, que vai buscar a aprovação da vacina chinesa CoronaVac antes mesmo do fim dos estudos clínicos com os 9 mil voluntários brasileiros.

A CoroVac está na terceira fase de testes. Metade dos voluntários recebem placebo e a outra metade a vacina. Esse tipo de estudo é denominado de duplo cego, pois pesquisadores e pesquisados não sabem quem recebeu qual tipo de tratamento. Após 14 dias da aplicação da primeira dose, os voluntários são submetidos a uma segunda.

Em 3 de julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a nova etapa do projeto. Dias depois, o governador João Doria (PSDB) anunciou que a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) também aprovou a realização dos testes.

Além do Hospital das Clínicas, a vacina será aplicada em doze centros de pesquisa selecionados no país e coordenados pelo Instituto Butantan.

Apenas profissionais de saúde que estejam atuando diretamente no combate à Covid-19 poderão participar da terceira fase de testes da vacina contra o novo coronavírus. Outros pré-requisitos são que os voluntários não tenham se contaminado pela doença anteriormente, mulheres não estejam grávidas ou planejem engravidar nos próximos três meses, e que os voluntários morem perto de um dos 12 centros de pesquisa que conduzirão o projeto.

Ao todo, 9 mil profissionais da saúde devem participar dos testes nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília, durante a terceira fase de testes da vacina chinesa.

5 milhões de doses

Doria anunciou neste domingo (20) que o estado vai receber 5 milhões de doses da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan já no mês de outubro.

“Os testes continuam com os médicos e enfermeiros voluntários em seis estados e, em breve, se tudo correr como planejado, poderemos imunizar milhões de brasileiros. Vacina simboliza a esperança, a certeza de que tudo isso vai passar. Bom domingo a todos”, disse Doria em post nas redes sociais.

Os detalhes do acordo do governo estadual com a Sinovac, laboratório chinês que desenvolve a vacina em parceria com o Butantan, são sigilosos. Se a vacina for aprovada nos testes clínicos da fase 3, que estão em curso atualmente, sua produção em solo nacional será feita em uma fábrica que o governo estadual pretende adaptar.

Número de doses

O total de doses que o governo afirma que serão recebidas por meio do acordo com a Sinovac não consta em nenhum documento oficial. O valor divulgado pelo governador e por seus porta-vozes já variou algumas vezes.

Quando o governo de São Paulo anunciou o investimento de R$ 96 milhões em doações para obras na fábrica, no dia 29 de julho, Doria disse que, se a gestão estadual alcançasse a meta de R$ 130 milhões, seria possível dobrar a produção de 60 milhões de doses previstas para 120 milhões.

No entanto, em um comunicado enviado à imprensa no mesmo dia, a gestão estadual afirmou que já eram previstas 120 milhões de doses da vacina, e que o investimento possibilitaria dobrar esse número, alcançado 240 milhões de doses.

Dias antes, em apresentação online, Dimas Covas, diretor do Butantan, anunciou outra previsão. Segundo ele, a expectativa era a de que seriam recebidas 120 milhões de doses da vacina prontas e semi-prontas e a fábrica do instituto poderia produzir outras 100 milhões de doses.

Posteriormente os valores divulgados mudaram mais uma vez. Atualmente, o acordo com o laboratório chinês prevê, segundo o governo, o envio de 15 milhões prontas e 30 milhões semi-prontas neste ano. Outros 16 milhões de doses semi-prontas estão previstas para serem entregues até março de 2021.

O governo de São Paulo ainda negocia com o Ministério da Saúde um investimento de cerca de R$ 1,9 bilhão que possibilitaria a oferta de 100 milhões de doses da vacina até maio de 2021.

Expansão de fábrica do Butantan

Doria anunciou na última segunda-feira (14) a conclusão de uma nova etapa de arrecadação de doações para a fábrica do Instituto Butantan que deve produzir a vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o instituto.

Segundo Doria, as doações de empresas do setor privado somam R$ 97 milhões. Em 29 de julho, o governo já havia anunciado que obteve R$ 96 milhões em doações para a empreitada.

Na época, o governo estimava que seriam necessários R$ 130 milhões para a empreitada – faltavam, portanto, R$ 34 milhões em doações. No entanto, nesta segunda, o governo anunciou um novo valor estimado para a obra: R$ 160 milhões. Diante dessa nova estimativa, o valor que ainda precisa ser arrecadado pulou para R$ 63 milhões. Toda a verba não virá, necessariamente, de doação. O governo estadual ainda pleiteia aporte do governo federal.

O governo de São Paulo negocia com o Ministério da Saúde um investimento de cerca de R$ 1,9 bilhão, dos quais:

R$ 85 milhões iriam para o estudo clínico

R$ 60 milhões para reforma da fábrica

o restante possibilitaria que a oferta de vacinas chegasse a 100 milhões de doses até maio de 2021

G1

 

Opinião dos leitores

  1. 1- 50000 chineses não é nada… testaram em um quarteirão só…
    2- FDP! vírus começou lá, morreu quase ninguém, mundo se ferrou, ganharam $ a rodo, vendendo EPIs e vacina inclusive.
    Teoria da conspiração ou foi tudo premeditado? A vacina, já devia tá pronta. Infelizmente não duvido de mais nada.

  2. Ela sabe que nada que vem daquele país merece confiança, até pq lá não existe imprensa livre, tudo que é divulgado passa pelo crivo do governo.

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Brasil

VÍDEO: Deficit de R$ 8,07 bilhões das estatais não é rombo, diz Ministra de Lula

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, declarou nesta 6ª feira (31.jan.2025) que o deficit de R$ 8,07 bilhões das empresas estatais, o maior da história, não deve ser classificado como “rombo”. Segundo Dweck, o resultado negativo é só uma demonstração contábil e não deve ser classificado como prejuízo, porque a maioria das empresas seria lucrativa.

“Não chamem de rombo, a gente já explicou isso, é bom lembrar. Hoje, o que foi divulgado pelo Banco Central é o resultado fiscal das empresas, que pensa só as receitas do ano e as despesas do ano. Como eu já expliquei várias vezes, muitas despesas que são feitas pelas estatais são com dinheiro que estava em caixa e, portanto, ele acaba gerando resultado deficitário ainda que as empresas tenham lucro”, disse a ministra a jornalistas depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os Correios.

As estatais fecharam 2024 com o maior deficit da série histórica, iniciada em 2002. O BC (Banco Central) divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta 6ª feira (31.jan). Eis a íntegra do comunicado (PDF – 274 kB).

Em 2023, as estatais registraram deficit de R$ 2,27 bilhões. O saldo negativo subiu 255,8% no ano passado. Segundo dados do BC, o deficit acumulado das estatais no governo Lula foi de R$ 10,3 bilhões.

CORREIOS PUXAM DEFICIT

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Gestão e Inovação na 5ª feira (30.jan), os Correios puxam a fila do deficit primário das estatais federais, com saldo negativo de R$ 3,2 bilhões. A estatal é presidida por Fabiano Silva dos Santos, advogado indicado ao cargo pelo Prerrogativas, grupo de operadores do direito simpáticos ao presidente Lula. O coletivo atuou e segue atuando fortemente contra as acusações de processos da Lava Jato.

O resultado de R$ 4,04 bilhões diz respeito às companhias que entram na meta fiscal e não incluem empresas do grupo Petrobras e bancos estatais, que estão fora da meta

Dweck declarou que 9 das 11 empresas estatais são lucrativas, apesar de também aparecerem como deficitárias. Isso aconteceria porque as instituições voltaram a fazer investimentos com os recursos em caixa. Não é o caso dos Correios, que ainda precisa se tornar lucrativa.

“O foco com os Correios é que eles sejam uma empresa lucrativa, se vai ter deficit ou superavit é o resultado das receitas do ano e as despesas do ano, é muito importante lembrar isso, não é o rombo, das 11 empresas que têm deficit foram divulgadas hoje, 9 têm lucro, portanto não é rombo. Segundo, o Tesouro não vai arcar com isso, a gente já explicou isso, não é o rombo, de novo, é o resultado pelo fato dessas empresas estarem gastando o dinheiro que está em caixa, terem aumentado os investimentos”, disse.

Correios minimizam deficit

O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, minimizou nesta 6ª feira (31.jan) o deficit da empresa em 2024 de R$ 3,2 bilhões em 2024. Ele também diferenciou o valor do rombo com o do balanço, que ainda será divulgado em março, onde será anunciado se a empresa teve lucro ou prejuízo em 2024. Perguntado, entretanto, não citou se há expectativa de lucro para a divulgação marcada para daqui a pouco mais de 1 mês.

“É, assim, nós vamos aguardar a divulgação oficial dos números, ainda estão sendo contabilizados no fechamento do mês de dezembro e quando tiver, naturalmente, esses números vão ser divulgados”, declarou Fabiano.

Ele chegou a dizer, em conversa com jornalistas, que estava trabalhando para que os Correios se tornassem lucrativos ainda em 2025. Perguntado sobre isso, ele recuou, afirmando que os números podem aparecer nos balanços trimestrais ao longo do ano, mas não no fechado de 2024 que será divulgado em março.

Fabiano não quis responder, entretanto, se acredita que a empresa dará lucro em 2024 ou não. A expectativa é que o balanço de 2024 deve mostrar o maior prejuízo da história, de R$ 3,2 bilhões. Até hoje, o pior foi o de 2015, sob Dilma Rousseff (PT): R$ 2,1 bilhões.

Poder 360

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Gastronomia

Camarão Iracema, uma homenagem a praia de Fortaleza e um ceviche de salmão delicioso esperam por você no Papo de Fogão

O Papo de Fogão desta semana está cheio de sabores imperdíveis. O Chef Luciano Ferreira, do Restaurante O Capo em Fortaleza/CE, apresenta o especial Camarão Iracema, um prato que une tradição e sofisticação. E para a dica da semana, a Chef Maristela Franco, do Restaurante Armazém do Chef em São Luís/MA, traz um delicioso Ceviche de Salmão. Não perca essas receitas incríveis!

SÁBADO
BAND
MARANHÃO, 7h
CEARÁ, 8h
PIAUÍ, 8h

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h
PARAÍBA –
TV CORREIO/RECORD, 10h30

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Brasil

Defesa de um dos “kids pretos”, grupo de elite do Exército, pede anulação de delação premiada de Mauro Cid

Antônio Cruz/Agência Brasil – Arquivo

A defesa do tenente-coronel Rodrigo Azevedo, um dos “kids pretos”, grupo de elite do Exército, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid seja anulada. Azevedo está preso pela suspeita de participar do suposto plano de golpe de Estado e assassinato de autoridades.

Segundo a defesa, os áudios divulgados “indicam clara ilegalidade e nulidade do acordo de colaboração premiada firmado entre o tenente-coronel Mauro Cid e a Polícia Federal, uma vez que evidenciam o descumprimento dos requisitos necessários para a validação do aludido acordo”.

Para os advogados de Azevedo, o conteúdo das informações vazadas indica que Cid “teria sido constrangido a assinar um acordo de colaboração premiada cujo conteúdo era dissonante de sua versão a respeito dos fatos”.

Por isso, o conteúdo não teria validade. “Não há dúvidas de que os áudios divulgados pela imprensa indicam possível ocorrência de coação e de ausência de voluntariedade na manifestação de vontade do colaborar, o que, por razões evidentes, deslegitima, invalida e torna ilícito o conteúdo do termo do acordo de colaboração premiada firmado”, completa.

A delação premiada de Cid foi firmada em agosto de 2023 e em 2024. No primeiro depoimento, o ex-ajudante de ordens contou sobre o contexto do grupo de Bolsonaro após a derrota nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva. A delação do tenente-coronel do Exército aborda as divisões internas no núcleo duro de apoio ao ex-presidente.

Como ajudante de ordens da presidência, o tenente prestava assistência direta a Bolsonaro e acompanhava o presidente em compromissos oficiais e reuniões. Ele crava no depoimento que o ex-presidente trabalhava com duas hipóteses.

“A primeira seria encontrar uma fraude nas eleições e a outra, por meio do grupo radical, encontrar uma forma de convencer as Forças Armadas a aderir a um Golpe de Estado”, declarou à PF.

‘Vazamentos seletivos’

A defesa de Jair Bolsonaro criticou o vazamento, no último domingo (26), do primeiro depoimento da delação de Mauro Cid, e falou em “indignação diante de novos vazamentos seletivos”. À PF (Polícia Federal), o tenente-coronel contou como aliados do ex-chefe do Executivo teriam divergido sobre a melhor estratégia para ser adotada após a derrota nas eleições de 2022.

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R7

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Geral

WhatsApp diz que empresa de software espião Paragon vigiou usuários do app em diversos países

Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Um funcionário do WhatsApp disse que a empresa israelense de spyware Paragon Solutions buscou vigiar usuários do aplicativo, incluindo jornalistas e membros da sociedade civil.

O funcionário disse nesta sexta-feira (31) que o WhatsApp detectou um esforço do programa espião para hackear aproximadamente 90 usuários.

Segundo ele, essas pessoas receberam documentos eletrônicos maliciosos que não exigiam nenhuma interação para comprometer seus alvos, uma invasão chamada “zero-click”.

Ainda de acordo com a fonte, a Meta, dona do aplicativo, barrou a invasão e mandou uma carta para a Paragon parar com a ação.

O funcionário se recusou a discutir como foi determinado que a Paragon era responsável pelo ataque. Ele disse que as autoridades policiais e os parceiros do setor foram informados, mas não quis dar detalhes.

O FBI não retornou imediatamente uma mensagem pedindo comentários.
Em um comunicado, o WhatsApp disse que a empresa “continuará a proteger a capacidade das pessoas de se comunicarem de forma privada”.
A Paragon se recusou a comentar.
Alvos em mais de 24 países

O funcionário se recusou a dizer quem, especificamente, era alvo da espionagem. Mas afirmou que os alvos estavam localizados em mais de duas dúzias de países, incluindo várias pessoas na Europa.

O funcionário disse que o WhatsApp está encaminhando os alvos para o grupo canadense de vigilância da internet Citizen Lab.

O pesquisador John Scott-Railton, do Citizen Lab, disse que a descoberta do spyware da Paragon direcionado aos usuários do WhatsApp “é um lembrete de que o spyware mercenário continua a proliferar e, à medida que isso acontece, continuamos a ver padrões familiares de uso problemático”.

Os criadores de spyware, como a Paragon, vendem software de vigilância de alta qualidade para clientes do governo e normalmente apresentam seus serviços como essenciais para combater o crime e proteger a segurança nacional.

No entanto, essas ferramentas de espionagem foram descobertas várias vezes nos telefones de jornalistas, ativistas, políticos da oposição e pelo menos 50 autoridades dos EUA, o que levanta preocupações sobre a proliferação descontrolada da tecnologia.

O que é a Paragon

A Paragon teria sido comprada pelo grupo de investimento AE Industrial Partners, com sede na Flórida, nos Estados Unidos, no mês passado. Ele tentou se posicionar como uma das mais responsáveis no setor.

O site da Paragon oferece “ferramentas, times e dicas baseadas em ética” contra ameaças difíceis de controlar. Também são citadas reportagens onde pessoas familiarizadas com a empresa dizem que a Pagaron só vende seus produtos para governos de países onde a democracia é estável.

G1

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Celebridades

Empresas de Rodrigo Bocardi somam mais de R$ 2,3 mi em dívidas tributárias

Reprodução

Rodrigo Bocardi, âncora do Bom Dia São Paulo, foi desligado da Globo ontem após 26 anos na emissora. O jornalista, em paralelo à Globo, mantinha abertas três empresas em seu nome: a Free Live Produções e Editora (desde 1997), a DigLog Produções e Editora (desde 2015) e a Digital 720 (aberta em 2017). As empresas estão registradas como “produtoras de vídeo e publicidade”.

Só o fato de Bocardi ter empresas com foco em comunicação já pode ser algo encarado, dependendo da interpretação da emissora, como uma quebra do Código de Ética. Isso porque não é permitido que jornalistas do canal façam trabalhos extras.

A Free Live soma dívida de R$ 1.888.136,07. A empresa, que também tem como sócia a esposa do jornalista, a empresária Ana Claudia Bernardino Bocardi, foi aberta em 1997 com um capital social de R$ 1.000.

A Free Live está sediada em São Paulo e tem como atividades “a produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão”.

Já a Diglog acumula débito de R$ 412.164,21. A dívida da empresa com o Simples Nacional está em R$ 395 mil, de acordo com consulta realizada pela reportagem na tarde de sexta-feira (31).

A marca, que foi aberta em 2015, presta serviços de consultoria em publicidade e organização de feiras, congressos, exposições e festas.

Procurado por Splash, o apresentador não retornou até o momento. A reportagem também fez contato com advogados que representaram o jornalista em processos judiciais, mas não obteve resposta. O espaço está aberto.

Por que uma empresa vai parar na dívida ativa da União?

Quando o órgão público não identifica o pagamento de um valor devido, tem 90 dias para solicitar a inscrição do devedor na dívida ativa. Quem faz essa inscrição são as procuradorias. As dívidas das empresas de Bocardi, por exemplo, são tributárias —quando um imposto ou tributo deixa de ser pago.

UOL

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Esporte

VÍDEO: Neymar assina contrato com o Santos


Neymar está oficialmente de volta ao Santos! Na tarde desta sexta-feira (31), o novo camisa 10 assinou contrato com o clube da Vila Belmiro, no CT Rei Pelé, na cidade do litoral paulista.

No momento da assinatura, a caneta utilizada por Neymar falhou e arrancou risos do craque e de Marcelo Teixeira, presidente do Santos.

Início na Vila Belmiro

Revelado pelo Santos, Neymar estreou pelo profissional em 2009. Em síntese, seu talento precoce levou o Peixe para a conquista inédita da Copa do Brasil de 2010 e o fim do jejum de 48 anos sem conquistar a Copa Libertadores, vencida pelo clube alvinegro em 2011.

Ao todo, foram 136 gols marcados e seis títulos conquistados pelo Peixe. Logo, seu brilho chamou atenção de clubes da Europa, em especial o Barcelona, que contratou o atleta por 88 milhões de euros (aproximadamente R$ 233 milhões, na cotação da época), em 2013.

Carreira de Neymar fora do Brasil

No Barcelona, Neymar se destacou ao formar o temido “MSN” com Messi e Suárez. Na passagem, conquistou duas LaLigas, a Champions League de 2014/15, três Copas do Rei e o Mundial de Clubes. Assim, sua participação foi crucial em grandes vitórias do Barça, como a remontada histórica contra o PSG na Liga dos Campeões de 2016/17.

Em 2017, Neymar se envolveu na maior transferência da história do futebol ao ser comprado por 222 milhões de euros (R$ 821 milhões, na cotação da época) pelo Paris Saint-Germain. No clube parisiense, conquistou títulos da Ligue 1, Copas da França e, em 2020, foi fundamental na campanha do clube até a final da Liga dos Campeões, embora o título europeu tenha ficado fora de alcance.

Entretanto, por conta de problemas com lesões, a passagem ficou marcada mais pelas polêmicas extracampo do que pelas suas atuações no futebol saudita. Ao todo, foram apenas sete jogos, um gol marcado e duas assistências distribuídas.

Janela de transferências do Peixe

Agora, Neymar chega como o sexto reforço do Santos para a atual temporada. Anteriormente, o Peixe já havia anunciado os zagueiros Luisão e Zé Ivaldo, o lateral-direito Leo Godoy, o meia-atacante Thaciano e o centroavante Tiquinho Soares.

Ainda assim, o Peixe pretende anunciar em breve Álvaro Barreal, Gabriel Veron e Zé Rafael.

CNN Brasil

 

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Esporte

Justiça aprova plano de pagamentos da dívida do ABC para 2025 e descarta leilão

Foto: X/ABC FC

O juiz Inácio André de Oliveira, do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª região (TRT-RN), aprovou nesta sexta-feira (31) o plano de pagamentos da dívida do ABC para 2025. De acordo com o departamento jurídico do clube, a decisão afastou a possibilidade de leilão de parte do terreno do Complexo Sócio-Esportivo Vicente Farache, onde fica o estádio Frasqueirão, que estava penhorado.

O plano de pagamentos é referente à quitação das execuções decorrentes de reclamações trabalhistas ajuizadas até o ano de 2019. Para o cumprimento, o magistrado determinou que prossiga-se com a utilização dos valores decorrentes do Timemania, entre outras formas.

O juiz também determinou que expeça-se ofício à CBF renovando a determinação de que todos os valores futuros ao ABC sejam depositados nos autos, com autorização da liberação de 80% para o clube, enquanto os 20% remanescentes serão usados para pagamento aos credores.

Também é aguardado o depósito dos valores decorrentes da comercialização dos direitos de uso dos camarotes do estádio, ou o aporte financeiro ou de patrimônio patrimônio correspondente. Depois disso, haverá uma audiência de conciliação para discussão de proposta para uso do dinheiro.

Por fim, para a hipótese de não serem cumpridas as obrigações referidas no último item, o juiz determinou desde já a reavaliação do imóvel referido no processo, de modo a permitir q sua imediata alienação por venda direta ou leilão em caso de descumprimento do plano.

O magistrado informou que os valores não serão suficientes para a quitação integral da dívida. Diante disso, para resguardar o futuro prosseguimento da execução especial a partir de 2026, ele determinou que o Núcleo de Pesquisa Patrimonial proceda com a investigação da existência de outros imóveis em nome do ABC, com a respectiva indisponibilização cautelar.

Tribuna do Norte

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Economia

Supermercados do RN estão reduzindo lucro para não repassar aumentos, diz presidente de associação

Reprodução

O presidente da Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn), Gilvan Mikelyson, afirmou que os supermercados do Estado estão absorvendo parte dos aumentos nos preços para evitar um impacto maior para os consumidores. Segundo ele, existe um equívoco na percepção de que o setor se beneficia da inflação, quando, na realidade, está enfrentando dificuldades para manter os preços acessíveis.

“Existe um estigma de que o supermercado ou o supermercadista está ganhando com isso, com a inflação. E é errado pensar dessa forma. Pelo contrário, cada vez mais a gente não consegue repassar”, declarou Mikelyson, em entrevista à 98 FM nesta quinta-feira. Ele destacou que os supermercados atuam como repassadores, e não como produtores, o que os impede de controlar os preços dos produtos que comercializam.

Para minimizar os impactos no bolso do consumidor, os empresários do setor estão utilizando estoques antigos e reduzindo suas margens de lucro. “Não repassamos todos os aumentos de uma vez. Usamos, às vezes, um estoque de segurança para manter o preço antigo, reduzimos nossa margem de contribuição para os produtos, para não obstruir o consumo e a venda”, explicou.

O presidente da Assurn citou o exemplo do café, cujo preço do pacote de 250 gramas poderia estar em torno de R$ 15, mas ainda pode ser encontrado por valores menores devido ao uso de estoques antigos. “É o esforço do empresário, da loja, deixando sua margem mais achatada para manter o mínimo de consumo”, afirmou.

Ele também mencionou o impacto nos preços de produtos como óleo, tomate e leite. Segundo Mikelyson, houve momentos em que os produtores seguraram os reajustes, mas, quando precisaram repassar, o aumento veio de uma só vez, surpreendendo os consumidores. “Quando você consome o seu estoque, vai chegar um momento que você precisa comprar novamente, mas já não consegue mais pelo preço antigo. E aí o repasse acontece de forma acumulada, causando um impacto repentino”, explicou.

Mikelyson ressaltou que a falta de previsibilidade tem sido um grande desafio para os lojistas, tornando a gestão de compras e precificação uma tarefa cada vez mais complexa. “Hoje, a previsibilidade nas áreas comerciais das empresas, para acertar o volume de compra, o preço de compra e como será repassado para o consumidor, tem sido um desafio muito grande”, concluiu.

Portal 98FM

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Brasil

Presidente dos Correios é cobrado por Lula sobre rombo bilionário

Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu explicações ao presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, sobre o bilionário rombo nas contas da estatal, durante uma reunião no Palácio do Planalto na manhã desta sexta-feira 31. Em uma rápida entrevista coletiva após o encontro, Santos afirmou que Lula cobrou uma reestruturação da empresa. “A missão que o presidente nos deu e nos cobrou também é que a gente apresente um plano de reestruturação”, disse aos jornalistas.

Santos acrescentou que a elaboração das propostas já está em andamento e envolve os ministérios da Gestão, da Fazenda, e das Comunicações. Ele também afirmou que há pressa para reverter a situação. “Estamos trabalhando para ter, em um curto espaço de tempo, um resultado positivo”.

Em 2023, os Correios registraram prejuízo líquido de 597 milhões de reais – o terceiro maior entre as 27 estatais federais que fecharam o ano no vermelho. Os dados de 2024 só devem ser conhecidos em abril, mas há indícios de que a situação continua complicada. Hoje, o Banco Central divulgou as estatísticas fiscais consolidadas de 2024 com um número alarmante: o conjunto de estatais federais, estaduais e municipais fechou o ano com um rombo de 8 bilhões de reais – o maior da história.

Quando se consideram apenas as estatais federais, o buraco totalizou 6,7 bilhões de reais – um salto de mais de dez vezes sobre o déficit de 656 milhões do ano retrasado. O puxão de orelha de Lula em Santos deve-se ao fato de que os Correios foram a empresa que mais contribuiu para o péssimo resultado. Os Correios responderam por 3 bilhões dos 8 bilhões de reais de rombo informados pelo BC hoje.

Aos jornalistas, Santos atribuiu o desempenho ao “sucateamento” da empresa promovido pelo governo de Jair Bolsonaro, que preparava sua privatização. Ele citou ainda que os elevados custos para universalizar os serviços de distribuição de correspondências e encomendas, bem como as grandes despesas fixas com pessoal, agravaram a situação.

O comandante dos Correios deixou de fora, contudo, algo que supera o último governo – o buraco de 15 bilhões de reais no Postalis, o fundo de pensão dos funcionários da estatal. No fim do ano passado, a empresa concordou em injetar 7,6 bilhões no fundo e, para não quebrar, adotou uma série de medidas de contenção de custos. O objetivo, segundo um comunicado enviado aos funcionários, era evitar uma eventual “insolvência” da companhia.

O encontro de Lula com Santos contou ainda com a participação de Esther Dweck, ministra da Gestão. Na coletiva, Dweck afirmou que a conversa serviu para apresentar ao chefe as iniciativas em curso para sanear os Correios. Segundo ela, a companhia “está numa trajetória muito positiva, apesar do resultado divulgado hoje [pelo Banco Central]”. Ela acrescentou que a empresa “vai adotar várias medidas para que isso [os prejuízos] se reverta o mais rápido possível.”

Veja

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