Foto: Reprodução/Sesap
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) elaborou um cronograma de vacinação em cima da chegada das 35 mil doses da Astrazeneca/Oxford – Fiocruz, visando orientar os municípios. Cada frasco contém um total de dez doses e depois de abertos, precisam ser utilizadas num prazo de seis horas. A imunização das pessoas acamadas com 75 anos ou mais e aquelas com 90 anos ou mais devem ser vacinadas até o dia 02 de março. A vacinação das pessoas que têm entre 85 e 89 anos começa no dia 1ª de março e vai até o dia 05. Já os idosos que têm entre 80 e 84 anos, devem receber as doses da vacina contra a covid-19 entre os dias 08 e 16 de março.
Caso sobrem doses da vacina, após finalizar essa etapa de imunização das pessoas entre 80 e 84 anos, os municípios devem começar a vacinação das pessoas entre 75 e 79 anos. Um detalhe é que cada cidade pode ter um número maior ou menor de idosos, o que implica na necessidade de mais ou menos dias para vacinação, cada município tem autonomia para elaborar seu próprio calendário, desde que respeite a ordem decrescente de idade.
A retomada da vacinação dos demais trabalhadores da saúde que não estão na “linha de frente” e que ainda não foram vacinados, ocorrerá após a finalização da vacinação do grupo de pessoas de 75 anos ou mais, e diante da disponibilidade de doses enviadas pelo Ministério da Saúde.
No caso de sobras ao final do prazo, a Secretaria aponta quais medidas devem ser adotadas:
“Ainda se houver doses residuais em frasco aberto no fim do expediente da sala de vacinação, mesmo com a realização do planejamento descrito anteriormente, a equipe deverá administrar tais doses em indivíduos que atendam aos critérios dos grupos prioritários estabelecidos nesta fase 1 de vacinação. Entende-se que as doses devem ser administradas nos grupos previstos no cronograma acima, e diante da realização da dose em indivíduo que não atenda ao cronograma previsto, mas que esteja no grupo prioritária da fase 1, deve ser registrada observação no ato do registro da vacinação no sistema RN+VACINA justificando tal aplicação. É inadmissível por parte deste programa estadual de imunização uma eventual perda de dose por não aplicação, em caso de frasco aberto, como também vacinação de indivíduos que não atendam aos critérios dos grupos prioritários desta fase em curso”, traz um trecho do documento.
Vacinação de indígenas
A vacinação dos indígenas é fruto do diálogo e insistência do governo do Rio Grande do Norte através de ofícios e pedidos do secretário de estado da saúde pública, Cipriano Maia. Foi encaminhado ofício à Secretaria de Vigilância em Saúde e ao Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde solicitando a inclusão dos povos indígenas do RN na Campanha de Vacinação contra a Covid-19 no estado, tendo em vista que vivem em agrupamentos e são considerados como prioridades para ações relacionadas ao enfrentamento de emergências epidêmicas e pandêmicas.
De acordo com os dados da Sesap, o Rio Grande do Norte possui 6.067 indígenas em nosso território estadual, das etnias: potiguara, tapuia e tapuia paiacú. Estão distribuídos em 15 comunidades nos municípios de: Baía Formosa, Canguaretama, Goianinha, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Natal, Jardim de Angicos, João Câmara, Assu e Apodi.
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