Enfermeira Sandra Lindsay recebeu nesta segunda-feira (14) dose da vacina da Pfizer em hospital de Long Island, no estado de Nova York — Foto: Mark Lennihan/Pool via Reuters
A primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 em Nova York, nos Estados Unidos, foi uma enfermeira de Long Island, no norte do estado. A aplicação da primeira dose da vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech foi transmitida ao vivo nesta segunda-feira (14).
Sandra Lindsay é enfermeira da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Judaico de Long Island e trabalha na linha de frente no combate ao coronavírus. A vacinação foi transmitida em um evento virtual que contou com a presença do governador do estado, Andrew Cuomo.
“O que você faz todos os dias é o que faz um herói”, disse Cuomo em mensagem direcionada à profissional de saúde.
Os EUA começaram sua campanha de vacinação nesta segunda, após a aprovação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) no domingo (13). Profissionais de saúde na linha de frente da Covid-19 devem ser os primeiros a receber vacina.
O governador afirmou que ela “pode ser a primeira dos Estados Unidos”, mas isso não foi oficialmente confirmado pelas autoridades até a última atualização dessa reportagem. Vacinações acontecem simultaneamente nesta segunda em pelo menos 145 centros pelos EUA.
O presidente norte-americano, Donald Trump, disse em uma rede social que “a primeira vacina foi administrada” e celebrou a aplicação: “Parabéns EUA! Parabéns, mundo!”.
Uso emergencial
O diretor do CDC, Robert R. Redfield, comemorou no domingo a aprovação do imunizante em momento crítico, de nova alta de casos do novo coronavírus nos EUA. Neste sábado, o país registrou 3.309 mortes por Covid-19 nas 24 horas anteriores.
“Tive o orgulho de assinar a recomendação do Comitê Consultivo em Práticas de Imunização para usar a vacina Covid-19 da Pfizer em pessoas com 16 anos ou mais. Esta recomendação oficial do CDC segue a decisão da FDA de sexta-feira de autorizar o uso emergencial da vacina”, diz Redfield.
Na avaliação do órgão, publicada no domingo, a vacina da Pfizer tem alta eficácia em todas as faixas de idade, sexo, raça, etnia e entre pessoas com “condições médicas subjacentes”, assim como entre participantes com evidência de infecção anterior pelo Sars-CoV-2 (o novo coronavírus).
Na semana passada, a farmacêutica publicou um estudo com os resultados preliminares dos testes de fase 3 da vacina. Segundo a pesquisa, o imunizante teve 95% de eficácia. Isso significa, na prática, que 95% das pessoas vacinadas ficam protegidas contra a Covid-19.
Outros países
O Reino Unido o Bahrein, o Canadá, a Arábia Saudita, México e Singapura aprovaram o uso da vacina da Pfizer na semana passada. No Reino Unido, a campanha de vacinação já começou.
Na semana passada, o Ministério da Saúde disse que o Brasil poderia ter vacinação contra a Covid-19 ainda neste mês ou em janeiro se a Pfizer conseguisse aprovação emergencial da sua vacina na Anvisa. O governo também disse que assinaria uma intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer.
Os anúncios foram feitos depois de o governo dizer, na semana anterior, que o Brasil não tinha infraestrutura para armazenar vacinas que exigissem temperaturas muito baixas de armazenamento – como a da Pfizer.
G1
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