Segundo dados do IBGE, as vendas do Comércio Varejista Ampliado tiveram alta de 12,2% no Rio Grande do Norte em novembro de 2012, na comparação com o mesmo mês de 2011. O desempenho elevou a média anual de crescimento do estado – que estava em 7,4% – para 9,6%. O número acumulado no ano (ainda faltando os dados de dezembro) já está dentro do que previu o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Fernandes de Queiroz, lá em outubro de 2012.
Naquela época, quando o acumulado no ano estava na casa dos 5,5% de crescimento, o presidente mantinha o tom otimista em suas entrevistas. “Ações como incentivos fiscais para alguns produtos e aumento na oferta de crédito devem servir para turbinar as vendas neste final de ano. Estamos confiantes de que 2012 seja fechado com um crescimento de vendas entre 8% e 10% sobre 2011”, afirmou Queiroz à época.
O crescimento acumulado das vendas até novembro já é bem maior (quase o dobro) do que foi registrado em todo o ano de 2011, quando as vendas cresceram 5,5% sobre 2010.
Há ainda mais duas comparações interessantes para os números de novembro no Rio Grande do Norte. A primeira é que ela é mais de seis vezes maior que o 1,9% de crescimento registrado em novembro de 2011. A segunda é que a média potiguar no penúltimo mês de 2012 ficou bem acima da média nacional, que foi de 9,4%.
No caso do Comércio Varejista Restrito, que não leva em conta as vendas dos segmentos de Automóveis e Materiais de Contrução, o incremento de vendas em novembro de 2012 no RN foi de 10,5%. No acumulado até novembro, o Varejo Restrito teve alta de 7%.
Para o presidente do Sistema Fecomércio RN, o desempenho potiguar em dezembro foi reforçado sobretudo pelas medidas do governo federal de incentivo à economia. “Claro que as medidas do governo federal, ligadas à maior oferta de crédito e isenção de impostos em alguns produtos, pesaram. Elas fizeram, inclusive, com que muita gente antecipasse as compras de final de ano para novembro”, diz Queiroz.
Questionado sobre se esta antecipação poderia refletir negativamente, puxando para baixo as vendas em dezembro, o presidente da Fecomércio diz que não acredita nisso.
“No nosso entender, no caso específico de dezembro de 2012, fatores locais devem pesar mais a favor do aumento de vendas. Entre estes fatores estão a abertura novas lojas em Natal e Grande Natal. Tivemos dois grandes supermercados e uma grande rede de eletrodomésticos que começaram a operar entre o finalzinho de novembro e o início de dezembro. Certamente que isto vai impactar nos números. Além disso, a injeção do 13o. salário e o próprio clima natalino devem ser determinantes no aumento. Seguimos apostando em alta próxima dos 10% para as vendas de todo o ano de 2012”, diz Marcelo Queiroz.
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