O governo da Venezuela expulsou nesta quarta-feira o jornalista americano Timothy Hallet Tracy, detido em abril sob a acusação de incitar estudantes venezuelanos para gerar atos de violência. “O gringo Timothy Hallet Tracy, capturado fazendo espionagem em nosso país, foi expulso do território nacional”, disse o ministro do Interior, Miguel Torres, no Twitter. O ministro não deu detalhes sobre a situação legal de Tracy, nem se foram encontradas provas de crime, mas insistiu na tese de espionagem. O advogado de Tracy, Daniel Rosales, afirmou à emissora de TV “Globovisión” que seu cliente pegou um voo hoje com destino a Miami (EUA). Segundo ele, a Promotoria ditou um “ato conclusivo” no qual solicitou o arquivo do caso porque não havia elementos suficientes para acusar o jornalista. Segundo declarações posteriores divulgadas pelo Ministério do Interior, Torres afirmou que Tracy “tinha uma série de trabalhos com jovens integrantes de partidos políticos e ações de inteligência, recebendo informações através de vídeos, fotos e reuniões”. O próprio Torres anunciou a captura de Tracy no dia 25 de abril, em meio a uma situação de crise após as eleições presidenciais, vencidas pelo candidato apoiado por Hugo Chávez, Nicolás Maduro, e não reconhecidas pelo líder opositor Henrique Capriles. “Partidos da extrema direita querem uma guerra civil (…), o cavalheiro que foi capturado, de nome Timothy Hallet Tracy (…) e toda a sua atuação obedecem a um treinamento e adestramento como um agente de inteligência”, declarou na ocasião o ministro do Interior. Segundo a família de Tracy, o americano estava na Venezuela para filmar um documentário e foi detido quando se preparava para sair do país pelo aeroporto internacional Simón Bolívar.
EFE
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