Diversos

Via Ápia: MPF ajuíza ações contra sobrinho de João Maia e grupo que desviaram R$ 13,9 milhões do Dnit

Ao todo, 25 pessoas e quatro empresas estão envolvidas nos casos de corrupção na obra de um dos lotes da duplicação da BR-101 no Rio Grande do Norte

O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) apresentou três ações de improbidade contra 25 pessoas e quatro empresas envolvidas no desvio de recursos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), descoberto pela operação Via Ápia, em novembro de 2010. As irregularidades envolveram a duplicação do Lote 2 da BR-101. Dentre os réus estão o ex-superintendente do Dnit/RN, Fernando Rocha Silveira, e o ex-chefe de Engenharia, Gledson Maia, além de empresários e representantes do consórcio Constran–Galvão–Construcap.

As ações são assinadas pelo procurador da República Fernando Rocha de Andrade e os réus foram divididos em três grupos (confira detalhes ao final do texto). Ao todo, o MPF aponta desvio de R$ 13.902.242,02. A Via Ápia revelou a existência de diversas irregularidades na execução dos 35,2km de obras do Lote 2, entre o município de Arês e a divisa com a Paraíba.

Foram identificados má execução dos serviços, omissão na fiscalização, prorrogação indevida dos prazos e transferência irregular dos recursos, sem contar a liberação de trechos sem licença de operação. Apesar dos indícios de irregularidades, confirmados posteriormente por órgãos com o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU), Fernando Rocha Silveira não aplicou ao consórcio sanções pelas falhas ou atrasos.

Além das empresas consorciadas, também há envolvimento da ATP Engenharia Ltda., responsável pela supervisão da obra e que deveria auxiliar o Dnit a fiscalizar os serviços, mas que trabalhou para “atender aos objetivos escusos do consórcio executor da obra”. A duplicação do lote se iniciou em 2006 e o contrato passou por sete aditamentos. Um deles, o 6º aditivo, de setembro de 2010, aumentou em R$ 15,9 milhões o valor total da obra, que alcançou R$ 214 milhões.

Esse sexto aditivo foi assinado em meio a diversas fraudes e, ainda assim, aprovado pela Superintendência Regional do Dnit/RN, com pareceres favoráveis da ATP Engenharia e do fiscal do contrato, Luiz Maiolino, terceiro funcionário do Dnit incluído nos atos de corrupção, além de Fernando Rocha Silveira e Gledson Maia, este último apontado como autor intelectual do esquema.

Propinas – Nas gravações feitas pela Polícia Federal, os subornos pagos aos funcionários do Dnit eram tratados por nomes como “Pão de São Carlos”, “cogumelo”, “rapadura”, “encomenda”, “camarão”, “livro”, “relatório”. Em diversas ligações interceptadas, os envolvidos tratavam das negociatas. Em uma delas, Mário Sérgio Molinar (da Constran), pergunta a Gilberto Ruggiero (gerente do consórcio): “(…) aquele camarão lá, que o Maiolino pediu, você levou pra ele?” E recebe a resposta: “Não, tá lá no meu bolso.”

Imagens do circuito interno de um hotel de Natal comprovam um dos encontros, em julho de 2010, entre Gilberto e Gledson Maia. O primeiro levava a propina em uma bolsa. No mesmo dia, havia sido sacado R$ 50 mil da conta bancária do consórcio, sem qualquer justificativa. Gilberto ligou a Gledson e informou: “Então! eu tô com aquele resto aqui (…)” E o chefe de Engenharia respondeu: “Faça o seguinte…(…) Dê um pulinho aqui!”

Já em 10 de setembro, o carro de Andrev Yuri (funcionário da ATP) foi parado pela Polícia Federal vindo de Recife para Natal. Na vistoria, foi encontrada na mala um pacote lacrado que Andrev confessou conter R$ 180 mil em espécie. Ele alegou que seria para pagamento de contas da empresa, porém ao chegar na capital potiguar trocou de veículo e se dirigiu à casa de Gledson Maia.

Ao ser interrogado, Andrev admitiu pagamento de valores ao chefe de Engenharia do Dnit, mas alegou que se resumia a uma doação à campanha eleitoral do deputado federal João Maia, tio de Gledson. No mesmo dia da entrega, contudo, Andrev foi interceptado conversando com outro funcionário da ATP, Marlos Wilson, sobre o pagamento de propina a representantes do Dnit.

“É verdade” – Quando da deflagração da Via Ápia, foram apreendidos R$ 258 mil em poder de Luiz Maiolino. O funcionário realizou ligações e informou à irmã que estava sendo preso e, ao comentar que a denúncia era sobre crimes de corrupção no Dnit, confirmou: “Pior que é verdade, né? Pior que é verdade” e ainda acrescentou: “o pior é que vão encontrar coisa…”.

Os três funcionários do Dnit envolvidos na Via Ápia também já foram citados em outras irregularidades, como os atos de corrupção desbaratados pela operação Mão Dupla, deflagrada no Ceará. Já no tocante à Via Ápia, foram identificados na conta de Fernando Rocha Silveira depósitos (de R$ 10 mil e R$ 20 mil) que coincidiam com os períodos de pagamentos realizados ao consórcio.

O nome do ex-superintendente e de empresas que pagaram suborno aos representantes do Dnit foram encontrados em um manuscrito e também em uma planilha de Gledson Maia, quando este foi preso em flagrante no estacionamento de uma churrascaria, em 4 de novembro de 2010, recebendo propina de Túlio Beltrão Filho, cuja empresa realizava uma obra para o Dnit na BR-304.

Parte do suborno pago a Gledson pela Constran–Galvão–Construcap foi encaminhado através de José Luís Horto, sócio de uma pedreira contratada pelo consórcio. Gilberto Ruggiero remetia o dinheiro para a conta da pedreira de José Luís, que repassava a propina a Gledson Maia.

Desvios – Foram utilizadas diferentes maneiras de desviar recursos da obra. Uma delas diz respeito à ponte sobre o Rio Curimataú, em Canguaretama. As fundações foram erguidas sobre solo instável e parte da obra cedeu. Para solucionar o problema, o consórcio utilizou um método de estabilização do solo, chamado CPR, mas registrou a utilização de outra metodologia, a Jet Grouting, de custo muito mais elevado. Só essa irregularidade causou prejuízo de R$ 1.406.048,01 aos cofres públicos.

Representantes das empresas (Ruggiero, Frederico Eigenheer Neto e Marlos Wilson) chegaram a se reunir na sala de Fernando Rocha Silveira. Eles acordaram que deveriam uniformizar os operários e adesivar as máquinas com a palavra “Jet Grouting”, como forma de burlar a fiscalização do TCU, ou paralisar o serviço e retirar as máquinas.

A relação “extracontratual” dos envolvidos era tamanha que, em outra oportunidade, Fernando Rocha Silveira chegou a ameaçar representantes da ATP que estavam querendo remanejar seu sobrinho, funcionário da empresa: “(…) não gostaria de ver esse meu sobrinho do lado de fora (…) entendeu? Aí seria uma agressão da ATP com a minha pessoa né? (…) porque eu tenho uma atenção toda especial com a ATP, sabe? e gostaria de ter a mesma…em contrapartida a mesma atenção né?”

Outra forma de desvio foi a inexecução de parte dos serviços e a adulteração das medições, que estabeleciam o que tinha de ser pago ao consórcio. Também foram faturados os valores dos serviços de terraplenagem, em um prejuízo de R$ 4.222.566,07 para o Dnit. Houve superfaturamento nos serviços de fornecimento e colocação de geodrenos, com dano de R$ 2.778.139,32 ao poder público. Outra forma utilizada foi superfaturar o preço do transporte de materiais betuminosos. A ilegalidade representou um impacto extra de R$ 591 mil.

Ação penal – As primeiras denúncias contra os envolvidos na Via Ápia foram apresentadas pelo MPF em agosto de 2011. Na ocasião, Gledson Maia, Fernando Rocha Silveira, Luiz Maiolino, Frederico Eigenheer Neto, Gilberto Ruggiero, Adrev Yuri, Marlos Andrade, Emir Napoleão Kabbach, José Luís Arantes Horto e Mário Sérgio Molinar foram denunciados pela prática dos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, além de crime contra a lei de licitações.

Em novembro de 2013, o MPF incluiu na ação os réus Dário Galvão Filho, Eduardo Galvão, Mário Galvão, José Gilberto Valentin, Ricardo Cordeiro, Frank Balarotti, Jorge Aun, José Roberto Bertoli, Luiz Nogueira, Roberto Capobianco, Eduardo Capobianco, Celso Villas Boas, José Theodózio Netto, Marco Aurélio Guimarães e Carlos Eduardo de Paiva. A Ação Penal 0005441-20.2011.4.05.8400 tramita na Justiça Federal e as novas ações foram protocoladas sob os números 0807172-76.2015.4.05.8400; 0807209-06.2015.4.05.8400; e 0807212-58.2015.4.05.8400.

Réus e funções de cada à época dos atos de corrupção

Gledson Golbery de Araújo Maia – chefe de Engenharia do Dnit/RN

Fernando Rocha Silveira – superintendente regional do Dnit/RN

Luiz Henrique Maiolino de Mendonça – servidor do Dnit/RN e fiscal do contrato

Frederico Eigenheer Neto – gerente comercial do consórcio executor da obra

Gilberto Ruggiero – gerente-geral do consórcio executor da obra

Adrev Yuri Barbosa Fornazier – funcionário da ATP Engenharia

Marlos Wilson Andrade Lima de Góis – engenheiro civil da ATP Engenharia

Emir Napoleão Kabbach – diretor da Constran

José Luís Arantes Horto – sócio da Pedreira Potiguar Ltda. – ME

Mário Sérgio Campos Molinar – engenheiro civil da Constran

Dário de Queiroz Galvão Filho – representante da Galvão Engenharia

Eduardo de Queiroz Galvão – representante da Galvão Engenharia

Mário de Queiroz Galvão – responsável técnico da Galvão Engenharia

José Gilberto de Azevedo Branco Valentin – presidente da Galvão Engenharia

Ricardo Cordeiro de Toledo – diretor da Galvão Engenharia

Frank Adriano Balarotti de Araújo – diretor da Galvão Engenharia

Jorge Alberto Aun – responsável técnico da Constran

José Roberto Bertoli – representante legal da Constran

Luiz Sérgio Nogueira – representante legal da Constran

Roberto Ribeiro Capobianco – sócio, diretor vice-presidente e responsável técnico da Construcap

Eduardo Ribeiro Capobianco – sócio e diretor vice-presidente da Construcap

Celso Verri Villas Boas – procurador da Construcap

José Theodózio Netto – sócio-administrador da ATP Engenharia

Marco Aurélio Costa Guimarães – responsável técnico da Construcap e lobista do consórcio

Carlos Eduardo Albuquerque de Paiva – engenheiro supervisor da ATP Engenharia

Constran S/A – Construções e Comércio – empresa integrante do consórcio executor da obra

Galvão Engenharia S/A – empresa integrante do consórcio executor da obra

Construcap-Ccps Engenharia e Comércio S/A – empresa integrante do consórcio executor da obra

ATP Engenharia Ltda.. – empresa responsável pela supervisão da obra

http://www.prrn.mpf.mp.br/grupo-asscom/noticias-internet/via-apia-mpf-ajuiza-acoes-contra-grupo-que-desviou-r-13-9-milhoes-do-dnit

Opinião dos leitores

  1. Cambada de ladrões. Manda essas pragas lá pra Nisia Floresta, mais precisamente para o presídio.

  2. Meu amigo, é só corrupção nesse país.
    Será que nunca haverá punição pesada para quem pratica esse crime?

  3. Isso mesmo Augusto, sobrinho também daquele deputado distrital que ROUBAVA na CÂMARA FEDERAL onde tinha um cargo de responsa todos do PR que se alojam no ministério dos transportes e seus órgãos.

  4. Quanto roubo meu Deus!!!!!

    Somente o que a imprensa noticiou no RN recentemente:
    – 13,9 milhões DNIT
    – 19 milhões Idema
    – 5 milhões Assembleia Legislativa
    – 14 milhões Precatórios TJ
    – 10 milhões Ipem/Imetro
    – 53 milhões Governo Fernando Freire

    Ainda faltam os escândalos da vistoria do DETRAN, e o que prendeu o filho de Wilma que não lembro o nome da operação e os valores, sem falar mais coisinhas pequenas que não vem na mídia e na mamada dos políticos e sua trupe de comissionados !!!!

    Pergunto como é que um Estado desse vai para frente???

    Taí de onde vem a riqueza de tanta gente aqui no RN !!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

VÍDEO: Ataque a ônibus na BR-101 deixa passageiros em pânico em Natal

 

View this post on Instagram

 

A post shared by Novo Notícias (@novonoticias)

Vídeo: Reprodução/Instagram

Passageiros de um ônibus da empresa Trampolim da Vitória viveram momentos de pânico após o veículo ser alvo de um ataque na BR-101, em Natal, na noite desta segunda-feira (data pode ser ajustada pelo portal). O coletivo seguia em circulação quando foi cercado por um grupo de pessoas, que passou a arremessar pedras contra o ônibus.

De acordo com as primeiras informações, o ataque pode estar relacionado a uma briga entre torcidas organizadas. A suspeita é de que integrantes de uma torcida rival estivessem dentro do ônibus no momento da ação, o que teria motivado a agressão.

Durante o ataque, pedras atingiram o veículo, causando desespero entre os passageiros. Apesar do susto, até o momento não há confirmação oficial de feridos. A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência, mas o grupo responsável pelo ataque conseguiu fugir antes da chegada das viaturas.

O caso será investigado para identificar os envolvidos e apurar as circunstâncias do ataque. A empresa Trampolim da Vitória ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.

A Polícia reforça a importância de denúncias anônimas, que podem ser feitas pelo telefone 190 ou pelo Disque-Denúncia 181, para auxiliar nas investigações.

Novo Notícias 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Lula sanciona porte de arma para policiais legislativos dos estados e do DF

Foto: Adriano Machado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (23) a concessão de porte de arma de fogo aos policiais legislativos das Assembleias Legislativas dos Estados e da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

O chefe do Executivo vetou trechos do texto que dispensavam a comprovação de capacidade técnica e aptidão psicológica para a concessão do porte de armas de fogo para o grupo.

Na avaliação do Poder Executivo, os vetos foram necessários por representarem uma flexibilização significativa do sistema normativo e a retirada de garantias essenciais para o manuseio seguro de armas de fogo, com risco à política nacional de controle de armas e à segurança pública.

Segundo o presidente, as medidas configurariam, ainda, violação da Constituição, que consagra a segurança como direito social.

O projeto de lei foi aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara em caráter conclusivo em outubro. O texto altera o estatuto do desarmamento de 2003.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Líder do PT ironiza boicote à Havaianas e diz que direita “não regula bem da cabeça”

Foto: Gustavo Bezerra/PT

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), saiu em defesa da Havaianas após a marca virar alvo de boicote por políticos e influenciadores de direita. Em vídeo publicado nas redes sociais nesta segunda-feira (22), o deputado ironizou a reação ao comercial estrelado por Fernanda Torres e afirmou que o protesto não teve efeito prático, já que encontrou a loja “lotada” ao fazer compras em um shopping.

A campanha da Havaianas provocou reação após a atriz afirmar que não queria que as pessoas começassem o ano “com o pé direito”, frase interpretada por bolsonaristas como mensagem política. No domingo (21), o ex-deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um vídeo jogando um par de chinelos da marca no lixo e acusou a empresa de adotar posicionamento ideológico.

Lindbergh respondeu mostrando a fila na loja e ironizou o gesto da direita, dizendo que comprou chinelos para si, para a ministra Gleisi Hoffmann e para os filhos. Ele ainda destacou, em tom de deboche, que a sacola da Havaianas é vermelha. “Esse boicote da extrema-direita, pelo jeito, não está funcionando”, afirmou.

Ao final do vídeo, o petista citou a própria campanha publicitária da marca para provocar os adversários políticos. “Nós vamos entrar com tudo, com os dois pés na porta em 2026”, disse, em referência direta à fala de Fernanda Torres no comercial que motivou a polêmica.

Com informações do Poder360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Atuação da esposa de Moraes no STF cresceu após ministro assumir cadeira

Foto: Reprodução

A advogada Viviane Barci de Moraes ampliou significativamente sua atuação no Supremo Tribunal Federal após o marido, Alexandre de Moraes, tomar posse como ministro da Corte, em 2017. Antes da nomeação, ela havia atuado em apenas oito processos no STF; desde então, passou a participar de outros 22 casos, segundo levantamento divulgado pela Folha de S.Paulo.

A atuação ganhou ainda mais repercussão após vir à tona um contrato do escritório de Viviane com o Banco Master, instituição que entrou em processo de liquidação extrajudicial. O acordo previa honorários de R$ 129 milhões e incluía a coordenação de estratégias jurídicas junto ao Judiciário, Ministério Público, Polícia Federal e diversos órgãos do Executivo e do Legislativo.

A polêmica aumentou nesta semana após O Globo revelar que Alexandre de Moraes teria procurado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para tratar da situação do Banco Master, que negociava a venda de ativos ao BRB. A operação acabou sendo bloqueada pelo Banco Central, o que ampliou questionamentos sobre possível conflito de interesses.

Em maio, o STF decidiu que magistrados podem julgar processos que envolvam escritórios de advocacia com parentes de até terceiro grau. Para a Transparência Internacional – Brasil, a decisão representa um “dano profundo e duradouro” à integridade da Justiça, ao abrir espaço para o que a entidade classificou como uma nova era de lobby judicial em larga escala.

Com informações de O Antagonista

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Governo pede criação de 200 cargos para inflar nova agência

Foto: EBC

No último dia de funcionamento do Congresso antes do recesso, o governo Lula enviou ao Legislativo um pedido para criar mais de 200 cargos na Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD). A proposta, assinada pelos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Esther Dweck (Gestão e Inovação), prevê a ampliação da estrutura da autarquia com cargos comissionados e funções de confiança.

Somente 26 desses cargos devem gerar impacto imediato de R$ 2,13 milhões ainda neste ano, além de mais R$ 5,11 milhões previstos para os dois anos seguintes. A conta ficará integralmente a cargo do contribuinte, segundo estimativas incluídas no próprio pedido encaminhado ao Congresso.

A ANPD, que antes funcionava como uma autoridade vinculada ao Ministério da Justiça, passou recentemente à condição de agência reguladora. Agora, o governo quer criar uma nova carreira específica, batizada de “Especialista em Regulação de Proteção de Dados”, com 200 vagas efetivas.

A proposta reacende críticas sobre o inchaço da máquina pública e a criação de novos espaços para indicações políticas, em um momento de discurso oficial voltado ao controle de gastos e responsabilidade fiscal.

Com informações do Diário do Poder

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PESQUISA CONSULT: Rogério abre quase 6 pontos sobre Allyson em Natal

Foto: Consult

Novos números divulgados pelo Instituto Consult sobre a disputa eleitoral para o Governo do Estado, apenas com eleitores de Natal, mostram a liderança do senador Rogério Marinho (PL), com quase 6 pontos percentuais de vantagem sobre o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União). O desempenho representa uma maioria de aproximadamente 30 mil votos na capital potiguar. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (23) pela Tribuna do Norte.

De acordo com o levantamento, Rogério Marinho tem a preferência de 31,2% do eleitorado natalense, enquanto Allyson tem 25,3%. O secretário estadual da Fazenda, Cadu Xavier (PT), surge com 7,3%. Nenhuma das opções ficou com 13,9% das citações, enquanto outros 22,3% não souberam dizer.

A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 19 de dezembro, a margem de erro é de 3% com confiabilidade de 95%. Ao todo foram entrevistadas mil pessoas nas quatro regiões de Natal.

A Consult ainda pesquisou um segundo cenário da disputa. Neste, a liderança também é do senador Rogério Marinho, com 23,8%, seguido por Allyson com 21,2%, o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos) com 15,9% e Cadu Xavier com 6,3%. Nenhuma das opções teve 12,6% e não soube responder 20,2%.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Bolsonaro completa um mês preso e aguarda definição de cirurgia

Foto: Diego Herculano/Reuters

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completou um mês preso em regime fechado e aguarda autorização do Supremo Tribunal Federal para realizar uma cirurgia abdominal. Detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, ele pode deixar a cela pela primeira vez desde a prisão para passar pelo procedimento de retirada de uma hérnia.

Na última semana, a defesa solicitou permissão para a cirurgia, e o ministro Alexandre de Moraes determinou a realização de perícia médica pela Polícia Federal. O laudo confirmou a necessidade de intervenção cirúrgica. Agora, os advogados precisam indicar a data do procedimento para que o STF avalie a liberação temporária.

Dependendo do pós-operatório e dos cuidados médicos exigidos, Moraes poderá reanalisar o pedido de transferência de Bolsonaro para prisão domiciliar. A defesa sustenta que o ex-presidente enfrenta problemas de saúde que não podem ser plenamente tratados no ambiente prisional.

Bolsonaro foi preso preventivamente em 22 de novembro, por ordem de Moraes, sob suspeita de tentativa de violação da tornozeleira eletrônica e risco de fuga. Relatórios oficiais confirmaram que ele tentou abrir o equipamento com um ferro de solda, fato posteriormente admitido pelo próprio ex-presidente.

Dias depois, a prisão foi convertida em execução de pena após a defesa não apresentar recursos dentro do prazo. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e segue custodiado em uma ala especial da PF, com visitas restritas a familiares, médicos e advogados, mediante autorização judicial.

Com informações da CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Governo Tarcísio aponta plágio e vê cópia de slogan em discurso de Lula sobre o “impossível”

Foto: Reprodução/ CanalGov

O Governo de São Paulo avaliou como plágio uma mensagem divulgada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais no último domingo (21). A fala do petista, com referência ao “impossível”, foi comparada por aliados do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a uma campanha publicitária recente da gestão paulista, usada no balanço de ações de 2025.

Durante um evento no Palácio do Planalto, Lula afirmou que “não existe nada impossível de ser feito no mundo, quando alguém tem coragem de fazer”, frase dita na inauguração de uma maquete da transposição do Rio São Francisco. No mesmo dia, mais cedo, o governo paulista havia promovido uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes com o slogan “coragem para fazer o impossível”, lema adotado para destacar obras retomadas e projetos destravados no estado.

Fontes do Palácio dos Bandeirantes afirmaram que a semelhança entre as mensagens não foi coincidência e classificaram a ação do governo federal como uma apropriação indevida do conceito usado pela gestão Tarcísio. A leitura interna é de que o episódio reforça o clima de disputa política antecipada entre Lula e o governador paulista, cotados como possíveis adversários em 2026.

A rivalidade também se reflete na disputa pela autoria de grandes projetos tocados em parceria entre os governos estadual e federal, como o túnel Santos–Guarujá, ações na Favela do Moinho e a retomada do Rodoanel. Nesta segunda-feira (22), o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, cobrou publicamente o reconhecimento do financiamento federal no trecho norte do Rodoanel, em evento com a presença de Tarcísio, reacendendo o embate político entre as gestões.

Com informações do Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Em crise, Correios tem pior índice de entregas e atrasam ao menos 30% das encomendas às vésperas do Natal

Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo

Às vésperas do Natal, os Correios registram o pior índice de entregas no prazo em 2025, com pelo menos 30% das encomendas atrasadas em todo o país. A situação é resultado da grave crise financeira da estatal, agravada por greves em centros estratégicos como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, além de dívidas com fornecedores que vêm se acumulando ao longo do ano.

Dados internos indicam que o índice médio nacional de entregas dentro do prazo caiu para menos de 70%, bem abaixo da meta oficial de 96%. Em janeiro, o percentual era de 97,7%, mas despencou em dezembro: até o dia 6, apenas 76,6% das encomendas chegaram no prazo, com registros diários apontando atrasos em mais de 32% dos envios. O problema tem afetado diretamente consumidores e comerciantes, especialmente no período mais sensível do varejo.

Com a instabilidade dos Correios, empresas privadas de logística relatam uma corrida por novos contratos. Transportadoras como Jadlog e Loggi registraram aumento expressivo na demanda, puxada principalmente por pequenos e médios varejistas que dependiam da estatal para entregas em todo o país. Em alguns casos, o crescimento superou 50% apenas neste mês, evidenciando a migração acelerada para soluções privadas.

Especialistas avaliam que o episódio compromete ainda mais a imagem dos Correios e acelera a perda de mercado da estatal, hoje estimada entre 40% e 50% do setor de entregas. Enquanto grandes centros urbanos passam a ser dominados por empresas privadas, a estatal tende a se concentrar no interior e em regiões menos rentáveis, mantendo seu papel como serviço público essencial, porém cada vez mais pressionado.

Com informações do O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Startup potiguar Quark alcança 1.500 empresas atendidas e se consolida no mercado nacional

Foto: Divulgação

A startup potiguar Quark Tecnologia, uma empresa da ESIG Group, tem sido destaque no Brasil com as soluções de gestão de pessoas (QuarkRH) e gestão de clínicas (QuarkClinic). Já são mais de 1.500 empresas atendidas pelas soluções.

O número consolida a Quark como referência nacional em tecnologia B2B (Business to Business), reforçando a força do ecossistema inovador potiguar. A conquista é ainda mais expressiva porque a grande maioria dessas empresas está fora do Rio Grande do Norte, espalhadas por 100% dos estados brasileiros e atuando nos mais variados segmentos da economia.

Para o fundador e CEO, Gleydson Lima, a conquista comprova a força da empresa potiguar no cenário nacional: “Atender milhares de empresas pelo Brasil demonstra que nossas soluções estão de fato facilitando a vida de muita gente. Esse é só o começo de uma jornada, temos muito potencial e vamos crescer forte em 2026”

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *