O PSB de Eduardo Campos e a Rede Sustentabilidade de Marina Silva lançaram na manhã desta terça-feira (4) em Brasília as diretrizes para o programa de governo da coligação, ocasião em que Marina afirmou de forma categórica que o candidato à Presidência é o governador de Pernambuco.
“Vice é o candidato quem define, e o candidato é ele [Campos], vocês têm ainda ainda alguma dúvida disso”, afirmou a ex-senadora, que em outubro aderiu ao projeto do PSB após ver fracassar a tentativa de criação de sua própria legenda, a Rede.
A declaração de Marina, que figura na frente de Campos nas pesquisas eleitorais, foi em resposta à pergunta sobre se já aceitou ser vice na chapa presidencial do atual governador de Pernambuco.
Antes do lançamento das diretrizes, que está sendo realizado em um auditório da Câmara dos Deputados, Marina e Campos foram à sede do PPS oficializar o convite para que o partido integre a coligação.
Ao chegar à Câmara, Campos brincou sobre a questão da vice. “Tenho que ver com a Marina o que ela disse para saber o que ela quer que eu diga.” Ao seu lado, Marina emendou: “Tudo o que [os repórteres] quiserem colocar na minha boca, eu nego.”
O documento com as diretrizes da aliança listam cinco prioridades de governo da dupla, caso sejam eleitos: 1) “Estado e democracia de alta intensidade”; 2) “Economia para o desenvolvimento sustentável”; 3), “Educação, cultura e inovação”; 4) “Políticas sociais e qualidade de vida” e 5) “Novo urbanismo e pacto pela vida”.
O documento faz considerações genéricas sobre esses temas e servirá de base para discussões regionais que formatarão o projeto final de governo.
Na introdução do documento, Campos e Marina, que foram aliados da gestão federal do PT –Marina até 2008; Campos até setembro de 2013– afirmam que “o modelo esgotou-se a olhos vistos, mas as forças políticas que o operam esforçam-se para mantê-lo”.
SÃO PAULO
Apesar do discurso de unidade entre Marina e Campos, há várias divergências na montagem dos palanques estaduais, especialmente em São Paulo, onde a Rede quer uma candidatura própria apesar de o PSB negociar o apoio à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB).
Marina explicitou nesta terça esse cabo de força: “O entendimento da Rede em São Paulo é que temos que ter candidatura própria, pelas inúmeras razões que são conhecidas”.
Folha
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