Após os tumultos ocorridos neste sábado, 18, em Pacaraima (RR), na fronteira do Brasil com a Venezuela, perto de 1.200 imigrantes venezuelanos deixaram o País, informou há pouco ao Estado o comandante da base local da Operação Acolhida, coronel Hilel Zanatta. O posto de recepção, onde são realizados os procedimentos de controle de passaporte e vacinação, chegou a ser fechado entre as 11h00 do sábado e as 8h00 de domingo, para garantir a segurança do pessoal interno. “Calculamos que foram cerca de 1.200 pessoas”, informou.
Durante uma manifestação, parte da população agrediu e destruiu acampamentos de venezuelanos que vivem na cidade de Pacaraima(RR), na fronteira do Brasil com a Venezuela. Alguns venezuelanos foram expulsos e deixados do outro lado da fronteira. Eles reagiram e uma confusão generalizada foi formada. A revolta começou após um assalto a um dos moradores da cidade, o comerciante Raimundo Nonato de Oliveira, de 55 anos. Ele teve a casa invadida e foi espancado durante um assalto que teria sido praticado por quatro venezuelanos. Atingido na cabeça, o homem foi levado para uma hospital da capital, Boa Vista, por causa dos ferimentos.
Segundo o coronel Hilel Zanatta, entram perto de 500 venezuelanos que estavam no posto de recepção e mais perto de 400 que, pelo fluxo normal, chegariam ao País ao longo da tarde. Além desses, há perto de 300 imigrantes que viviam nas ruas de Pacaraima e, por questão de segurança, cruzaram a fronteira de volta.
Parte dessas pessoas, porém, já retornou ao Brasil na manhã deste domingo. “A situação está se normalizando”, disse o coronel. “O fluxo está um pouco menor em relação aos demais dias, mas a recepção e a triagem estão funcionando normalmente.” Ele explicou que muitas das pessoas que passam pela fronteira estão com passagem comprada para outros países, como Argentina, Chile e Paraguai. Outras não solicitam a acolhida na fronteira porque já têm contato em outros pontos do Brasil.
Estadão Conteúdo
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