Brasil

[VÍDEO] No CNJ, Barroso anuncia medidas de combate ao racismo no Judiciário

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Conselho Nacional da Justiça (CNJ), anunciou, nesta terça-feira (5/11), uma série de propostas e contribuições do conselho para o combate ao racismo e pela promoção da equidade racial dentro do Poder Judiciário.

No mês em que o Brasil celebra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, em homenagem ao líder do Quilombo dos Palmares, Barroso ressaltou que, “em uma sociedade marcada por profundas raízes históricas de discriminação racial e subjugação da população negra”, o papel do Judiciário vai além de aplicar a lei: é preciso que seja um agente transformador da realidade, para que promova equidade e corrija assimetrias.

Barroso falou durante o seminário Boas Práticas em Equidade Racial no Judiciário, que antecedeu a entrega do Prêmio de Equidade Racial do Poder Judiciário.

As iniciativas são diversas e, segundo o presidente, representam um compromisso com mudanças estruturais no sistema de Justiça. Uma delas é o Programa de Bolsas para a Magistratura, que divulgou os selecionados do primeiro edital e começará nos próximos dias a distribuição das bolsas de estudo e das de manutenção. No total, são 100 selecionados para participar. “Vamos mudar a demografia do Poder Judiciário no Brasil”, destacou Barroso no CNJ.

O programa tem como objetivo aumentar a representatividade racial na magistratura, garantindo que as pessoas negras e indígenas, com ou sem deficiência, tenham mais acesso a oportunidades de preparação e formação para a magistratura, com vistas a uma Justiça mais representativa e inclusiva.

Novidades

O CNJ também lançou nesta terça uma ferramenta de acompanhamento da atuação judicial na temática racial: o painel de business intelligence (BI) de justiça racial. Trata-se de uma ferramenta digital de transparência que oferece uma visão abrangente da atuação do Poder Judiciário brasileiro sob a perspectiva racial.

Segundo dados disponibilizados no painel, 75,9% dos magistrados de 2º grau como ministros, desembargadores e juízes substitutos são brancos.

O painel está estruturado em duas pontas:

  • o panorama dos processos criminais relacionados a casos de racismo e crimes correlatos, o que proporciona uma visão clara da atuação judicial nessas situações. Por meio desses dados, é possível identificar o número de processos pendentes e casos novos por estado, por município, por segmento da Justiça e por tribunal;
  • o mapeamento da representatividade racial entre magistrados e servidores em todas as instâncias do Poder Judiciário, permitindo acompanhar a evolução da diversidade institucional.

600 inscritos

Há ainda iniciativas de capacitação de magistrados e servidores para que estejam aptos ao enfrentamento ao racismo. Nesta terça, foi iniciado o curso de letramento racial para servidores do Poder Judiciário, com mais de 600 alunos inscritos.

A criação do Prêmio Equidade Racial, instituído pela Res. CNJ nº 519/2023, também tem o objetivo de estimular e disseminar práticas dos tribunais que visam à eliminação das desigualdades raciais, por meio do reconhecimento de ações, projetos ou programas inovadores no âmbito do Poder Judiciário.

O prêmio tem dois eixos. O primeiro, o de Desempenho, é materializado, por exemplo, no percentual de pessoas negras presentes na composição de comitês e comissões, bem como na condição de palestrantes em eventos institucionais. Além disso, na realização de eventos, campanhas e capacitações sobre a temática racial, entre outras ações.

O segundo é o de Boas Práticas e, em sua primeira edição, foram contempladas 14 iniciativas, as quais serão apresentadas ao longo desta terça no I Seminário de Boas Práticas em Equidade Racial, que é realizado no auditório do CNJ, também nesta terça.

Veja os vencedores:

I – Eixo Boas Práticas:

1º Lugar – Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia – Programa de Equidade Racial do Poder Judiciário do Estado de Rondônia (PJRO)

2º Lugar – Escola Superior da Magistratura do Estado do Rio Grande do Sul – Curso de Acesso Afirmativo Racial à Carreira da Magistratura

3º Lugar – Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão – Narrativas e escutatórias do caminhar das mulheres negras

Menção Honrosa – Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte – Mutirão Racial

II – Eixo Desempenho:

1º Lugar – Tribunal Regional Eleitoral do Amapá;

2º Lugar – Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia e Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região;

3º Lugar – Tribunal de Justiça do Estado do Amapá;

Menção honrosa – Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Fonte: Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Oxe, e não tem cota para negros no judiciário não??? Que estranho…kkkkkkkk
    Ahhh país sem jeito…

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Mounjaro chega ao Brasil na primeira quinzena de maio; Veja preços

Foto: Sandy Huffaker for The Washington Post via Getty Images

O Mounjaro, medicamento para diabetes tipo 2, usado de forma off label para a perda de peso, teve o lançamento no Brasil antecipado. A farmacêutica Eli Lilly informou, nesta sexta-feira (25/4), que o remédio começará a chegar às farmácias de todo o Brasil na primeira quinzena de maio.

O tratamento mensal custará a partir de R$ 1.400 reais, podendo chegar a R$ 2.384,34, a depender da dosagem.

O Mounjaro foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro de 2023 para o tratamento do diabetes tipo 2. Agora, a farmacêutica aguarda a avaliação da agência para a indicação de controle crônico do peso.

“O pedido foi submetido e está em análise. A gente sabe que a obesidade é uma doença que tem impacto social. O tratamento precisa de acompanhamento médico, multiprofissional”, afirmou o Diretor Médico Sênior da Eli Lilly do Brasil, Luiz André Magno, em coletiva à imprensa.

O medicamento, que usa a tirzepatida como princípio ativo, ficou conhecido como o “King Kong do emagrecimento” por levar à perda de peso rápida e intensa em estudos clínicos.

Doses e preços

O Mounjaro será comercializado em uma caixa com quatro canetas aplicadoras de dose única, equivalente a um mês de tratamento. Elas terão dosagens de 2,5 mg e 5 mg.

A caixa será vendida pelo preço máximo de R$ 1.907,29 (2,5 mg) e R$ 2.384,34 (5 mg), considerando a alíquota de 18% de ICMS.

Clientes cadastrados no programa Lilly Melhor Para Você poderão comprar o medicamento com preço reduzido pelo e-comerce e loja física. Nesse caso, os preços do e-comerce são: R$ 1.406,75 (2,5 mg) e R$ 1.759,64 (5 mg). Para as lojas físicas os valores são de: R$ 1.506,76 (2,5 mg) e R$ 1.859,65 (5 mg).

Controle da diabetes e emagrecimento

O medicamento injetável semanal melhora o controle da taxa de açúcar no sangue e do peso de pacientes adultos com diabetes tipo 2 em combinação com uma dieta adequada e a prática de exercícios físicos.

A tirzepatida simula a ação de dois hormônios intestinais, o GLP-1 e o GIP. Eles atuam melhorando a liberação de insulina após uma refeição, ajudam a suprimir o apetite e a aumentar o gasto energético.

O uso do remédio para a perda de peso ainda é off label, ou seja, não é uma indicação escrita na bula.

Durante os ensaios clínicos, ao ser aliado com mudanças na dieta, o remédio levou voluntários ao emagrecimento de até 20% do peso corporal. Testes comparando doses altas de semaglutida (o príncípio do Ozempic), e a tirzepatida, do Mounjaro, mostraram que o remédio que será lançado traz efeitos de emagrecimento mais intensos que o concorrente.

Em um estudo clínico publicado em dezembro, os participantes que usaram tirzepatida perderam 22,8 kg, enquanto os que receberam semaglutida perderam 15 kg.

Entretanto, o remédio também tem seus efeitos colaterais, especialmente náuseas, vômitos e alterações intestinais, como constipação e diarreia.

Metrópoles

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Carnaubais registra 20 tremores de terra de baixas magnitudes nas últimas 48 horas

Imagem: divulgação

Uma série de tremores de terra de baixas magnitudes está sendo registrada próximo ao município de Carnaubais, no Rio Grande do Norte, desde a madrugada de quinta-feira, dia 24 de abril.

De acordo com o Laboratório Sismológico da UFRN, que opera as estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) localizadas na região Nordeste, já são mais de 20 pequenos sismos registrados na região nas últimas 48 horas.

O maior tremor da série, até agora, ocorreu no dia 24/4, às 19h28, com magnitude preliminar 3.0 mR. O tremor mais recente ocorreu nesta sexta-feira (25), às 04h58, com magnitude 1.6 mR.

Ainda não há relatos de que esses eventos tenham sido sentidos pela população local.

Sobre a RSBR

Coordenada pelo Observatório Nacional (ON/MCTI), com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) é a organização pública responsável por monitorar a sismicidade do território nacional através de suas quase 100 estações sismográficas espalhadas pelo país, fornecendo dados essenciais para a compreensão da atividade sísmica e da estrutura interna da Terra. As estações são operadas pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB), Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) e Observatório Nacional (ON).

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VÍDEO: Secretaria de Meio Ambiente de Pau dos Ferros diz que escoamento de água faz parte do projeto e não representa risco à barragem

A Secretaria de Meio Ambiente de Pau dos Ferros se posicionou a respeito de imagens que circulam na internet que mostram a obra da barragem do município.

 

De acordo com esclarecimentos de técnicos responsáveis pela obra, a água que foi escoada não se trata da represa principal, e sim de um acúmulo formado após a construção de uma ensecadeira no canteiro da comporta.

A ensecadeira, uma estrutura provisória utilizada para isolar áreas alagadas e possibilitar o trabalho no local, acabou retendo uma grande quantidade de água no lado jusante (parte externa à barragem). A empresa iniciou o processo de esvaziamento utilizando bombas, mas diante da lentidão, optou-se por fazer uma abertura controlada para liberar a água retida.

“A água que foi liberada não tem acesso livre da barragem. É uma água que já estava dentro da ensecadeira, acumulada como se fosse um tanque. Essa abertura foi feita apenas para permitir o início dos trabalhos de engenharia no local”, explicou o técnico Carlos Nobre.

A liberação teve caráter técnico e controlado, não representando qualquer risco à estrutura da Barragem de Pau dos Ferros, afirmou o órgão. As autoridades reforçam que a barragem segue segura e operando normalmente.

Com informações de Cidadão 190 e RN Divulgações

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Prévia da inflação anualizada vai a 5,49% em abril, acima da meta

Imagem: Poder 360

Considerado a prévia da inflação, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) acumulado em 12 meses acelerou para 5,49% em abril. Havia sido de 5,26% no período anualizado até o mês anterior.

Se o índice oficial vier alinhado ao indicador, significa que a inflação permanecerá acima da meta definida pelo governo –o que trará consequências para os rumos dos juros pelo Banco Central.

A alta do IPCA-15 no mês foi de 0,43%. Representa uma desaceleração em relação à variação de 0,64% em março.

Os índices de inflação são usados para medir a variação dos preços. Ou seja, quanto vale o dinheiro de forma real e o peso no bolso do consumidor.

Em um resumo simplificado, um produto que custava R$ 100 passa a custar R$ 110 se a inflação ampla variou em 10,0% para cima.

Os dados são importantes porque podem indicar como o Banco Central vai alterar ou manter os rumos dos juros no Brasil. A taxa básica (Selic) está em 14,25% ao ano em um processo de alta desde o meio de 2024.

META DE INFLAÇÃO

A inflação do Brasil ficou acima da meta em 2024, quando atingiu 4,83%. O centro do objetivo é 3%, mas o intervalo de tolerância permite que chegue a 4,5%.

O mercado financeiro já espera que o IPCA termine 2025 novamente ultrapassando o objetivo estabelecido. O Boletim Focus publicado em 7 de abril diz que o indicador anual deve ficar em 5,57%.

Poder 360

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Degradação na Amazônia cresce 329% em quase 2 anos e atinge maior nível da série histórica

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em quase dois anos, a degradação florestal na Amazônia saltou de 7.925 km² para 34.013 km², um aumento de 329%, segundo uma pesquisa do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que considera os períodos de agosto de 2023 a março de 2024 e agosto de 2024 a março de 2025. O resultado é o maior da série histórica, iniciada em 2008.

Apesar de estarem ligados, a degradação ambiental é diferente do desmatamento, que é a retirada total da vegetação de determinada região. Já a degradação é caracterizada pela perda parcial da cobertura vegetal. O instituto explica que o aumento se dá, principalmente, devido as grandes áreas atingidas por queimadas entre setembro e outubro do ano passado.

O Pará foi responsável por 91% da degradação registrada em março, com 188 km². O Maranhão aparece em segundo lugar, com 9 km² (4%), e Roraima em terceiro, com 8 km² (4%). O restante ocorreu em Mato Grosso, 1 km² (1%).

Na contramão do período total analisado, março, com 206 km² de degradação na floresta, teve redução de 90% em relação ao mesmo mês do ano passado, que havia registrado o maior índice da série histórica para o período, de 2.120 km²

No ano passado, por exemplo, a área queimada no Brasil superou 30,8 milhões de hectares, um aumento de 79% em relação a 2023. Segundo dados do MapBiomas, que consideram os meses de janeiro a dezembro, a região incendiada foi maior que todo o território da Itália.

Os resultados aparecem em meio a oficialização da presidência da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) pelo Brasil. A agenda, que tem entre os focos a Amazônia, será realizada entre 10 e 21 de novembro deste ano, em Belém (PA).

Uma proposta em análise pelo Congresso Nacional busca transferir a capital do Brasil para Belém durante a COP30. O projeto de lei em questão propõe que os Três Poderes da República — Executivo, Legislativo e Judiciário — estabeleçam-se temporariamente para a capital paraense. Esta medida, segundo a proposição, visa reforçar o compromisso do Brasil com as questões climáticas, além de destacar a importância da Amazônia no cenário internacional.

R7

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Velório do papa Francisco é encerrado na Basílica de São Pedro, no Vaticano; Funeral acontecerá neste sábado (26) às 5h, no horário de Brasília

Foto:  Yara Nardi/Reuters

O velório do papa Francisco foi encerrado nesta sexta-feira (25) por volta das 19h, no horário local (14h de Brasília). Pela manhã, o Vaticano informou que mais de 150 mil pessoas compareceram para se despedir do pontífice.

A cerimônia foi realizada na Basílica de São Pedro e reuniu diversas autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O caixão do papa será fechado ainda nesta sexta. A previsão é de que isso acontecerá por volta de 15h, no horário de Brasília.

O funeral será realizado neste sábado (26), às 10h, no horário local (5h de Brasília), e deve reunir mais de 200 mil pessoas.

Francisco pediu para ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, que fica em Roma, e não no Vaticano. Haverá um cortejo fúnebre.

CNN Brasil

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VÍDEO: Barragem de Pau dos Ferros pode secar após erro em obra e população cobra providências

Moradores de Pau dos Ferros, no interior do Rio Grande do Norte, manifestam grande preocupação nesta sexta-feira (25) devido a um significativo vazamento de água identificado no Açude Público Dr. Pedro Diógenes Fernandes, conhecido como Barragem de Pau dos Ferros. Vídeos que circulam nas redes sociais registram o fluxo da água, gerando apreensão na comunidade local.

A preocupação se intensifica diante da expectativa da chegada das águas da transposição do Rio São Francisco à região do Alto Oeste potiguar. Os moradores temem que o reservatório, crucial para o abastecimento local, possa secar antes que o tão aguardado recurso hídrico do São Francisco chegue à região.

Segundo relatos de internautas, o vazamento estaria ocorrendo no sangradouro da barragem, especificamente na instalação das comportas e nas paredes de contenção. A água estaria infiltrando-se por baixo da estrutura de contenção, construída com pedras na parte inferior, e seguindo em grande volume pelo leito do rio Apodi.

Um dos internautas que divulgou as imagens faz um apelo urgente: “Vamos compartilhar esses vídeos para que chegue às autoridades competentes e tomem providências antes de acabarem com a água da nossa barragem de Pau dos Ferros.” A população aguarda um posicionamento das autoridades competentes.

Grupo Cidadão 190

Opinião dos leitores

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Quatro ministros do STF votam para manter prisão de Collor; caso vai para plenário físico a pedido de Gilmar Mendes

Fotos: Agência Senado

Quatro ministros do Supremo Tribunal Federal votaram pela prisão do ex-presidente Fernando Collor, nesta sexta-feira (25). Flávio Dino, Edson Fachin e o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, acompanharam o voto do relator do caso, Alexandre de Moraes.

Mesmo com os votos, a decisão final será tomada no plenário físico do STF porque o ministro Gilmar Mendes pediu destaque. Cabe a Barroso definir uma data para que a votação aconteça. Barroso, entretanto, está na comitiva do governo brasileiro que foi a Roma, na Itália, para o funeral do Papa Francisco.

Mesmo com a decisão de Mendes, os ministros podem depositar os votos de forma virtual até às 23h59 desta sexta-feira.

O ex-presidente foi preso na madrugada, em Maceió, quando “estava se deslocando para Brasília para cumprimento espontâneo” da ordem judicial, segundo assessoria do político. Collor vai passar por audiência de custódia ainda nesta sexta.

Desdobramento da Lava Jato

Em maio de 2023, o também ex-governador de Alagoas, ex-senador, ex-deputado e ex-prefeito de Maceió foi condenado a oito anos e dez meses pelo próprio Supremo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em caso relativo à BR Distribuidora, um desdobramento da operação Lava Jato. A empresa de distribuição e venda de combustíveis foi subsidiária da Petrobras até 2019.

Segundo decisão de Moraes, a ação penal contra Collor provou que ele teve ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos para receber R$ 20 milhões e “viabilizar irregularmente” contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia na “construção de bases de distribuição de combustíveis”.

Opinião dos leitores

  1. Hoommi, fiquei lendo as notícias da prisão de Collor, quase me esqueci dos 6 BILHÕES do INSS. Será que era essa a intenção mesmo?

  2. Interessante, lava a jato prende Collor enquanto muitos outros inclusive o chefe está livre, leve, solto e na cadeira da presidência, parece mais uma cortina de fumaça, mas deve ser apenas coincidência.

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Defesa de Collor cita Parkinson e bipolaridade e pede prisão domiciliar

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A defesa de Fernando Collor pediu ao ministro do STF Alexandre de Moraes que o ex-presidente seja colocado em regime de prisão domiciliar.

Advogados citaram que ex-presidente tem Parkinson, bipolaridade e apneia do sono grave para justificar necessidade de domiciliar. Em petição encaminhada a Moraes hoje, a defesa disse que Collor tem “comorbidades graves” e precisa fazer uso diário de medicações, de uma máscara contra ronco e apneia, além de visitas médicas especializadas periódicas. Os advogados anexaram ao documento um laudo médico assinado por neurologista para atestar os problemas de saúde.

Defesa também citou idade avançada de Collor, que tem 75 anos. Segundo os advogados, o STF tem reconhecido a possibilidade de prisão domiciliar para idosos, sobretudo quando diagnosticados com comorbidades.

Collor foi preso nesta sexta-feira (25) em Maceió, após determinação de Moraes. O ex-presidente foi levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, que fica na capital do estado.

Moraes rejeitou ontem recursos contra a condenação de Collor, ocorrida em 2023, e determinou que o ex-presidente cumpra a pena de oito anos e dez meses por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), de 2015, ele teria recebido mais de R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014 para viabilizar, por meio de indicações políticas, um contrato de troca de bandeira de postos de combustível celebrado pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

UOL

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  1. Ouvi dizer que Bolsonaro vai ficar internado até 2030.
    No hospital da colônia penal…kkkkkkkkkkk

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STF forma maioria para condenar mulher que pichou estátua do STF; Fux diverge de Moraes e defende redução da pena

Foto: Cristiano Mariz/O Globo

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), divergiu do ministro Alexandre de Moraes e votou para aplicar uma pena de um ano e seis meses de prisão para a cabeleireira Débora Rodrigues. O magistrado votou pela condenação por deterioração de patrimônio e para absolvê-la pelos crimes de tentativa de golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito, dano qualificado e associação criminosa armada.

“Julgo parcialmente procedente o pedido formulado na ação penal para condenar a ré Debora Rodrigues dos Santos à pena de 1 (um) ano e 6 (seis) meses de reclusão e 10 (dez) dias-multa, fixando cada dia multa em 1/30 do salário-mínimo, pela prática do crime tipificado no art. 62, I, da Lei nº 9.605/1998, absolvendo-a quanto às demais imputações”, escreveu Fux.

Agora, há dois votos a favor de uma pena de 14 anos de prisão e um para um ano e seis meses de prisão. Faltam votar os ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. O caso está sendo analisado no plenário virtual da Primeira Turma da Corte.

Presa desde março desde março de 2023, Débora passou a cumprir regime domiciliar no mês passado. Ela foi flagrada pichando a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, localizada na Praça dos Três Poderes.

Sob críticas de um suposto exagero nas penas determinadas aos réus e pressionado pela mobilização a favor de uma anistia no Congresso, o STF interrompeu o julgamento do caso no mês passado a pedido do ministro Luiz Fux.

Apesar de a pichação com batom estar diretamente associada à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ela, Débora responde no processo por cinco crimes: associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado de Direito, golpe de Estado e dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, decorrente da dos atos de vandalismo. Moraes já foi seguido por Flávio Dino.

Dias após pedir vista e suspender o julgamento de Débora, durante o julgamento do núcleo 1 da trama golpista pela Primeira Turma do Supremo, Fux afirmou que após o 8 de janeiro a Corte julgou “sob forte emoção” e sinalizou que votará por uma pena mais branda do que a sugerida por Moraes, mas ainda assim votando pela condenação da mulher.

— Confesso que, em determinadas ocasiões, me deparo com uma pena exacerbada. Foi por essa razão que pedi vista desse caso, porque quero analisar o contexto em que essa senhora se encontrava — afirmou.

Entre integrantes da Corte, a avaliação é que ainda que o desfecho no caso específico de Débora seja de uma pena alta, os resultados dos debates a respeito da dosimetria poderão respingar em novos julgamentos envolvendo outros participantes do 8 de janeiro.

Para auxiliares do Supremo, é possível que julgamentos que começarão a partir dos próximos meses venham com penas totais apresentadas por Moraes mais abrandadas. Na hipótese de penas mais baixas nos julgamentos futuros, pessoas que já foram condenadas a penas mais altas pelas mesmas acusações podem pedir a chamada revisão criminal – que já começaram a chegar na Corte, como informou O GLOBO.

Auxiliares do Supremo também avaliam que uma solução possível para solucionar penas diferentes para crimes similares pode ser a concessão de um habeas corpus coletivo, mas o caminho ainda não é consenso.

Em entrevista ao GLOBO, o ministro Gilmar Mendes, que é decano da Corte, afirmou que o Supremo não deve revisitar as penas já aplicadas às pessoas condenadas pelo 8 de janeiro, mas reforçou que mecanismos previstos na legislação para as progressões de pena devem e podem já ser aplicados.

— Há uma discussão sobre a possibilidade de aplicação da progressão da pena, que é natural. Certamente muitos já são beneficiados ou serão beneficiados pela progressão. Já houve decisões em vários casos sobre prisão domiciliar e imagino que esse trabalho vai ter continuidade. As pessoas não falam, por exemplo, que mais de 500 foram beneficiados por acordos de não persecução penal — disse Gilmar.

No entendimento de integrantes do Supremo, as discussões em torno de ressalvas na dosimetria de penas mostram que, ao contrário das críticas que vêm sofrendo de aliados de Bolsonaro e de parlamentares, a Corte faz análises individualizadas de cada situação. No caso de Débora, que deve ter o destino definido pelos ministros na próxima semana, coube ao próprio Moraes analisar a situação após o pedido de vista de Fux e colocá-la em prisão domiciliar.

Moraes considerou o tempo que ela já vinha cumprindo de prisão preventiva – desde março de 2023, quando foi alvo da Operação Lesa Pátria – junto ao pedido de vista de Fux, o que acarretaria em uma demora para a conclusão do caso.

Interlocutores da Corte reconhecem que a repercussão do caso ampliou a pressão sobre os ministros, mas ponderam que Moraes considerou que a suspensão processual não deveria acarretar prejuízo a ela.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Essa mulher não tem foro privilegiado e tá sendo julgado pelo supremo, aliás nunca teve.
    Isso pode Arnaldo?
    É somente uma pergunta.

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