Polêmica

Isolda diz que apoiou festa “Bolsonaro na Prisão” do Rolé Vermelho como pessoa, sem destinar recursos públicos e piora situação de Brisa

Foto: reprodução

Está difícil para a vereadora Brisa Bracchi. Depois de ter o mandato ameaçado pelo pedido de cassação protocolado pelo vereador Matheus Faustino, agora foi uma aliada quem deixou a vereadora sozinha no meio do incêndio.

Em reportagem veiculada na InterTV Cabugi, a deputada estadual Isolda Dantas disse que apoiou o evento Rolé Vermelho – Bolsonaro na Cadeia apenas pessoalmente, sem qualquer destinação de recursos públicos e fora do gabinete.

A festa contou com 49 mil reais para pagamento de artistas locais, através de emendas impositivas, de dinheiro público.

A emissora também veiculou o vídeo postado por Brisa nas redes sociais, em que a vereadora afirma que o evento não teve conotação político-partidária, contradiz inclusive o vídeo da mesma reportagem, em que a vereadora afirma que a balada vai comemorar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Parece que Brisa está no meio de um furacão e uma das suas aliadas, para se livrar acabou piorando a situação dela.

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Polêmica

STF confirma direito de recusar transfusão de sangue por religião; Supremo rejeitou recurso do Conselho Federal de Medicina que buscava reverter decisão

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para reafirmar o direito de negar transfusões de sangue por motivos religiosos, rejeitando recurso do CFM (Conselho Federal de Medicina), que buscava reverter a decisão favorável ao grupo Testemunhas de Jeová.

O julgamento dos embargos ocorre no plenário virtual, em sessão prevista para durar até as 23h59 desta segunda-feira (18). Votaram por negar o recurso o relator, ministro Gilmar Mendes, e os ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, André Mendonça e Dias Toffoli.

A maioria será confirmada caso não haja pedido de vista (mais tempo de análise) ou destaque (remessa ao plenário físico). A decisão tem repercussão geral, devendo ser observada por todos os tribunais do país.

Em setembro de 2024, o plenário do Supremo decidiu por unanimidade que os cidadãos têm o direito de recusar a realização de procedimentos médicos por motivos religiosos. Esse é o caso, por exemplo, das testemunhas de Jeová, cuja fé não permite as transfusões de sangue.

“A recusa a tratamento de saúde por razões religiosas é condicionada à decisão inequívoca, livre, informada e esclarecida do paciente, inclusive quando veiculada por meio de diretivas antecipadas de vontade”, diz a tese estabelecida na ocasião.

A tese vencedora também estabeleceu a possibilidade da realização de procedimento alternativo, sem a transfusão de sangue, “caso haja viabilidade técnico-científica de sucesso, anuência da equipe médica com a sua realização e decisão inequívoca, livre, informada e esclarecida do paciente”.

O CFM recorreu da decisão alegando haver omissões na medida, pois o Supremo não teria esclarecido o que fazer em cenários nos quais o consentimento esclarecido do paciente não seria possível, ou em casos com risco de morte iminente.

Dois casos concretos serviram de base para a decisão. Um dizia respeito a uma mulher de Maceió que se recusou a fazer uma transfusão para a realização de uma cirurgia cardíaca.

O outro tratava de uma paciente do Amazonas que exigia o custeio pela União de uma cirurgia de artroplastia total em outro estado, em que poderia ser feita sem a transfusão de sangue. o

No voto seguido pela maioria, em que rejeitou o recurso do CFM, o relator Gilmar Mendes escreveu que, ao contrário do argumentado, os pontos de omissão foram levantados e esclarecidos no julgamento.

“Em situações nas quais a vida do paciente esteja em risco, o profissional de saúde deve atuar com zelo, adotando todas as técnicas e procedimentos disponíveis e compatíveis com a crença professada pelo paciente”, reiterou o ministro.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. O profissional pode se recusar a prestar assistência ao paciente também , passando a responsabilidade a outro que queira assumir essa prerrogativa religiosa , que ao meu ver não devemos misturar ciência com religião.

    1. Isso se chama “livre arbítrio”. A extrema esquerda não aceita que o cidadão livre tome suas próprias decisões.

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Polêmica

CHANTAGEM? Documento interno mostra como a Unimed Natal trata as corretoras de saúde

O BLOGDOBG teve acesso a um documento enviado pela Unimed Natal que causa preocupação quanto ao procedimento da cooperativa com seus parceiros credenciados para vender o plano, e até mesmo com a concorrência.

A cooperativa médica enviou um comunicado às corretoras, exigindo que vendam pelo menos 600 planos por trimestre e ameaçando descredenciá-las caso vendam mais planos da Humana Saúde ou de outras concorrentes.

No caso do Plano SELECT, se vender, será compulsoriamente descredenciado.

E, para completar, ainda impõe metas altas de novos clientes exclusivamente para ela, sob risco de suspensão do cadastro e bloqueio dos bônus.

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Polêmica

VÍDEO: Duante show, vocalista alfineta Bolsonaro ao exibir perna sem tornozeleira

 

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Vídeo: Paulo Mathias

Durante apresentação da banda Ira na madrugada de domingo (3), no Encontro de Motociclistas Rotas da Fé, em Monte Carmelo (MG), o vocalista Nasi fez uma referência indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Enquanto cantava a música “Eu quero sempre mais”, o cantor levantou a perna da calça e mostrou que não usava tornozeleira eletrônica, justamente no trecho em que a letra diz: “a realidade que vem depois não é aquela que planejei”.

Opinião dos leitores

  1. Vixeeee,esse insetos do Ira ainda existe ???
    Uma merda dessa imaginei que o tempo já tinha cremado essa banda sem futuro.

  2. Cada um mostra o que tem: quem é honesto mostra a canela sem tornozeleira.
    Já Bolsonaro…

    Ou agora vcs tem bandido de estimação ?

  3. a esquerda, é só misera, ja dis o lula, so vota no PT, os pobres, e pra manter o pt, tem que ficar sempre na misera,,esse ai é um deles, ta na misera, ai quer se-promover, com a tornozeleira,de Bolsonaro,kkkkk ai é f,

  4. Depois vão cancelar shows dessa banda que pouca gente conhece, e ele vai reclamar se injustiça, perseguição e mimimi

    1. Eu sei do que vc gosta kkkkkkkk, agora, por favor, faça higiene íntima, escove os dentes, lave e pentei o cabelo, sim, não esqueça de depilar o bigode, o suvaco e veja se perde algo, seu corpo ficará melhor.

  5. É muito “artista” medíocres e em fim de carreira querendo lacrar pra tentar se reerguer profissionalmente nem que pra isso, tenha que apelar na propagação do ódio. Lugar de esquerdista é no PELOTÃO DE FUZILAMENTO, preferencialmente com dois tiros de fuzil, um na nuca e outro no meio da testa, só então a justiça será feita e perfeita.

    1. Orai e vigiai. Todo pensamento é ensaio da ação, imagine comentário…

    2. Secretário de Paes e ex-presidente da OAB afirma que atuação de Bolsonaro merecia ‘pena de morte’: ‘Bala na nuca. 👉Amigo, não vamos nos igualar a esses canalhas!

  6. Acho curioso que vocês, de Direita, defendem a liberdade de expressão. Porém, somente para aquilo que interessa a vocês.

    A liberdade de expressão de Nasi é invalidada, criticada.

    1. Nós da “extrema direita” estamos seguindo o protocolo adotado pelo seu mentor Lula da Silva, esse protocolo se chama “RECIPROCIDADE”, entendeu ou quer que desenhe?

    2. Isto posto, eu posso chamar Lula de ladrão e corrupto. Essa é a minha opinião!

    3. A liberdade é de expressão e de não comprar ingressos dele, ou de um produtor de não gostar da atitude e resolver não contratar para shows.

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VÍDEO: Mulher quebra espelhos de academia ao ver fotos da nova namorada do ex

 

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Vídeo: Paulo Mathias

Com raiva ao ver fotos da nova namorada do ex expostas na academia, uma mulher se descontrolou e quebrou diversos espelhos do local. O momento foi registrado em vídeo pela própria mulher que depredou o local.

Opinião dos leitores

  1. E é porque o tarifaço de 77% do Maduro nem entrou ainda em vigor.
    Mas está deixando brasileiros nervosos.
    Falta também o dos EUA, mas o dos americanos é só 50%.
    Quem deve está sorrindo a toa é os Argentinos, lá os americanos deixaram 80% dos produtos exportados por eles, com tarifas zero.
    Ou seja, vão exportar com força para a América.
    Belo trabalho do presidente Javier Millei.
    Por aqui no nosso Brasil Varonil, o presidente está em campanha politica chupando jaboticabas e falando asneiras, ao invés de governar.

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Polêmica

VÍDEO: Confusão grande entre a turma que faz passeio nas dunas no litoral do RN

Vídeo: Reprodução

A quinta-feira (17) começou tumultuada na praia de Pirangi, pois aconteceu uma confusão envolvendo a turma que faz passeios nas dunas. Gritaria e ameaças; tudo isso sob os olhares dos turistas. A turma do 4×4 brigando internamente.

Segundo o Blog Gustavo Negreiros, existe uma guerra interna entre o pessoal do 4×4 de pessoas que trabalham no setor há anos com os novatos. Se o serviço é regulamentado pelo estado, não cabe a nenhuma categoria tentar tutelar.

Opinião dos leitores

  1. Essa é uma pendenga antiga , privatizaram as trilhas , até as terras da marinha foram incluídas. Agora tem tantos Cicerones e trilheiros que ficam se engalfinhando na disputa dos explorados turistas. Resultado, quem vem uma vez não volta mais nem indica.

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Polêmica

VÍDEO: Potiguar está internado em estado grave após incêndio na Irlanda

O potiguar Ailton Soares de Oliveira, de 38 anos, está internado em estado grave em um hospital de Dublin, na Irlanda, após ser vítima de um incêndio em um apartamento na capital irlandesa, no último dia 24 de junho. Devido à gravidade das queimaduras, Ailton foi induzido ao coma.

Veja imagens do incêndio:

Segundo as autoridades locais, o incêndio teria sido causado pelas baterias da bicicleta elétrica utilizada por Ailton em seu trabalho como entregador, que estavam sendo recarregadas no momento do acidente. Ele foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros de Dublin e levado ao hospital, inicialmente registrado como indigente.

Outros dois moradores do apartamento também foram encaminhados a hospitais da região. As nacionalidades deles não foram divulgadas.

Os pais de Ailton só foram localizados dois dias após o ocorrido e, até o momento, são os únicos autorizados a visitá-lo.

98FmNatal

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Polêmica

Pai de produtor de Marília Mendonça detalha acordo com Dona Ruth; ouça

O bafafá causado pela revelação de que Dona Ruth ficou com metade da indenização liberada por conta do acidente aéreo que matou Marília Mendonça e mais 4 pessoas em 2021 ganhou um novo capítulo recentemente.

Em um áudio divulgado pelo site Bahia Notícias, o pai de Henrique Bahia, produtor de Marília Mendonça que estava com ela no voo fatídico, revelou detalhes do acordo feito com a mãe da cantora e confirmou a exigência de receber mais do que todos os outros.

“Foi exigido, através de Dona Ruth, que ela só aceitava receber se fosse 50% do prêmio, porque a filha dela era a importante do voo. Houve uma discussão porque não era um caso judicial, os advogados brigando e ela emperrou que só queria metade”, contou George Freitas.

Mais detalhes do caso

Ainda na gravação, ele contou como tudo aconteceu: “E, depois de muita discussão, foi aceitado. Isso porque se as pessoas fossem judicializar. No Brasil, tem pessoas que gostam de dificultar tanto, que ainda não recebeu o seguro. Tinham filhos pequenos”, recordou.

No fim da conversa, George Freitas revelou o motivo de ter aceitado o valor inferior: “Eu até apoiei receber porque não adianta você receber mais [dinheiro] daqui a 10 anos e você não dar um bom estudo, uma boa condição e uma base para a criança”, encerrou.

Destino do dinheiro do acordo

A polêmica envolvendo o acordo que dona Ruth fez com as outras famílias das vítimas do acidente aéreo que matou Marília Mendonça e mais 4 pessoas em 2021 ainda está rendendo. Após a repercussão negativa do caso, o advogado da influenciadora, Robson Cunha, se manifestou. Ele confirmou tudo e revelou o destino do dinheiro.

Entenda o caso

  • Dona Ruth, mãe da cantora Marília Mendonça, voltou ao centro de uma polêmica após notícias sobre a suposta divisão do valor do seguro do avião que caiu em 2021.
  • Além de Marília, quatro pessoas morreram no acidente, em Piedade de Caratinga (MG).
    Segundo Ricardo Feltrin, dona Ruth teria procurado a seguradora da aeronave menos de 24 horas após o acidente.
  • Ao descobrir que o seguro era de 1 milhão de dólares, com apólice que previa 200 mil dólares para cada passageiro, ela teria proposto ficar com metade do valor destinado às demais vítimas.
  • Na prática, ela teria recebido 100 mil dólares de cada uma das quatro famílias, totalizando 500 mil dólares.
  • Ainda de acordo com o relato, Ruth reuniu as famílias dos mortos para apresentar sua decisão.
  • “Quando dona Ruth descobriu que era um milhão de dólares, ela achou que era tudo dela”, contou o jornalista. “Chamou todo mundo e falou: ‘É o seguinte, eu fico com 50% desse valor, porque a Marília era a mais importante de todos’”, detalhou.

Metrópoles/ Fábia Oliveira

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Polêmica

VÍDEO: ERROU FEIO: Funcionária pública denuncia que foi confundida com alvo de operação da polícia em Natal e teve casa invadida

Uma funcionária pública foi vítima de um erro de abordagem durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão da Operação Amicis, realizada nesta quarta-feira (25), em Natal.

Moradora do bairro de Nova Descoberta, na zona leste de Natal, a vítima teve sua residência invadida por agentes da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), que entraram em sua casa à procura de uma suspeita que, na verdade, não morava no local.

TVPontaNegra

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Polêmica

Deputada Érika Hilton rebate acusações de pagar maquiadores com verba pública: “Uma invenção”

Foto: reprodução

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) rebateu, em suas redes sociais, informação que circulou nesta segunda-feira (23) de que teria contratado dois maquiadores como assessores parlamentares em seu gabinete parlamentar. A informação divulgada pelo site Metrópoles afirma que Ronaldo Hass e Índy Montiel foram contratados como secretários parlamentares da Câmara e já maquiaram a congressista em diversas ocasiões.

Na nota divulgada à imprensa, Erika Hilton disse ser “invenção” que eles foram contratados para trabalhar na Câmara como maquiadores. A notícia da contratação dos assessores está entre os assuntos mais comentados nas redes sociais nesta terça (24).

“Não, meus amores, eu não contrato maquiador com verba de gabinete. Isso é simplesmente uma invenção”, afirmou a deputada.

“O que eu tenho são dois secretários parlamentares que, todos os dias, estão comigo e me assessoram em comissões e audiências, ajudam a fazer relatórios, preparam meus briefings, dialogam diretamente com a população e prestam um serviço incrível me acompanhando nas minhas agendas em São Paulo, em Brasília, nos interiores e no exterior. Tudo completamente comprovado por fotos, vídeos e pelo próprio trabalho cotidiano deles”, completou Erika Hilton.

A deputada afirma também que conheceu os dois como maquiadores, e posteriormente os chamou para trabalhar com ela. Segundo Erika, os dois fazem a sua maquiagem quando necessário, mas não teriam sido contratados apenas para essa função.

Para Erika Hilton, a notícia, da forma como foi divulgada e espalhada posteriormente, foi alimentada por seus inimigos para atingi-la politicamente.

“A velocidade com que espalharam essa mentira ontem é desumana. Um tweet, que virou uma matéria de título tendencioso, que virou trending topic, que virou uma onda de tweets e postagens da parlamentares da extrema-direita e daquelas figurinhas de sempre. Isso não são sintomas de uma reação por uma contratação vista como suspeita num gabinete. Isso temos dia sim, dia não, na política. E nunca acontece dessa forma. Isso são sintomas de uma perseguição, de uma tentativa de desmonte generalizado de tudo que alguém faz e já fez. São sintomas de uma revanche, daqueles eternos derrotados no debate público, que ainda não digeriram de tal PL que foi barrado, ou então porque tive sucesso em uma proposta ou denúncia que não queriam que avançasse”, disse a deputada do Psol.

A informação sobre a contratação de maquiadores vem sendo amplamente comentada e criticada nas redes sociais por políticos e autoridades de direita. Foi o caso do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), que criticou o que chamou de privilégios da classe política.

“Políticos e seus privilégios…Enquanto o povo rala para pagar as contas, tem deputada bancando dois maquiadores com dinheiro público. Não dá mais para aceitar esse tipo de absurdo. Cargo público é missão, não camarim de luxo”, disse Zema em comentário na rede X.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi outro que fez uma postagem no Instagram com críticas à contratação. Nos seus stories, Nikolas fez um print da matéria do Metrópoles, e disse: “Ela tá certa, errado é quem votou nisso…”.

A contratação dos maquiadores também rendeu ações de parlamentares. O deputado federal Junio Amaral (PL-MG), por exemplo, protocolou uma representação contra Erika Hilton (Psol-SP) na Procuradoria-Geral da República (PGR) pela nomeação dos dois funcionários no gabinete parlamentar.

O documento foi protocolado ainda nesta na segunda, e o deputado do PL pediu a investigação e eventual responsabilização de Hilton por improbidade administrativa. Na representação, Junio Amaral alegou que Hilton lotou em seu gabinete dois servidores, “desviando suas funções para atender a parlamentar como maquiadores, função totalmente irregular diante das atribuições” definidas em norma da Câmara.

“Temos o entendimento claro de uma interpretação literal da norma que contratar maquiadores com recurso público da verba de gabinete da Câmara de Deputados é promover o desvio de função e finalidade dos secretários parlamentares para benefício pessoal, caso em que temos ampla jurisprudência entendendo que tais situações são compreendidas como ato de improbidade administrativa”, completou o deputado mineiro.

Bahia Notícias 

Opinião dos leitores

  1. Coitados, são explorados. Trabalham como assessores e ainda tem que fazer bico como maquiador para sobreviver. Acho que tem que aumentar o salário deles.

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Polêmica

Conta de Instagram é vinculada a e-mail em nome de Mauro Cid, diz Meta

Foto: Veja

Dados da Meta, enviados ao STF por ordem do ministro Alexandre de Moraes, mostram que a conta de Instagram usada por Mauro Cid está vinculada a um e-mail em nome do delator. A conta é a mesma usada por Cid para negociar joias em nome de Jair Bolsonaro, durante o governo passado, como revelam provas colhidas pela Polícia Federal.

Há duas semanas, VEJA revelou que o delator usou o perfil @gabrielar702 para manter conversas clandestinas sem o conhecimento do ministro do Supremo. Cid negou ser o dono do perfil ou ter utilizado a rede social para enviar mensagens.

Diante das revelações, Moraes mandou a Meta entregar os dados da conta de Instagram ao Supremo. As informações da rede mostram que o e-mail do perfil está em nome de Mauro Cid desde 19 de janeiro de 2024.

Em outro documento, o Google confirmou a existência do mesmo e-mail em nome de Cid, mostra que a conta está associada a um número de telefone do Rio de Janeiro e que o dono do e-mail nasceu em 17 de maio de 1979, mesma data de nascimento de Mauro Cid.

Veja

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Polêmica

Vídeo: dançarina de Zezé Di Camargo chama comida nordestina de lavagem

Um caso de xenofobia protagonizado pela dançarina e backing vocal Bianca Alencar, da equipe da dupla Zezé Di Camargo & Luciano, ganhou as redes sociais e causou revolta Brasil afora. A artista ofendeu a culinária do município de Floresta, no sertão de Pernambuco, durante a passagem pela cidade.

Nos stories do Instagram, Bianca comparou o almoço com “lavagem de porcos” – termo popularmente usado para se referir à mistura de restos de comida destinada à alimentação de suínos.

“Paguei e não comi. Não dá! Parecia lavagem”, disse Bianca em vídeo publicado nas redes sociais. Entre os pratos mencionados por Bianca, está o arroz mexido, considerado uma das especialidades da região.

Após a repercussão, a backing vocal publicou novo vídeo tentando se justificar. Ela afirmou que a intenção era comentar os “perrengues das estradas” e citou ser descendente de nordestinos.

O show de Zezé Di Camargo & Luciano ocorreu na noite de quinta-feira (19/6) e integrou a programação de aniversário da cidade, que contou também com apresentações culturais, shows gratuitos e o corte do tradicional bolo.

Metrópoles 

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(VÍDEO) Padre Fábio de Melo é detonado após falar sobre perdão: “E o gerente?”

Padre Fábio de Melo foi detonado após um comentário durante o programa Sem Censura, da TV Brasil, na última quinta-feira (12/6). O religioso falou sobre perdão e foi duramente criticado por internautas, que se lembraram da recente polêmica envolvendo ele e um gerente de loja.

Durante a participação, Fábio de Melo falou sobre como lidar com o perdão. “Você precisa perdoar o suficiente para não doer, mas também o suficiente para não esquecer”, disse ele na ocasião. A frase foi compartilhada pelo perfil da TV Brasil nas redes sociais.

Nos comentários, internautas logo relembraram a história do padre com o gerente de uma cafeteria. O incidente causou a demissão do funcionário.

“E o gerente que foi demitido? Por tua causa, porque tu foi defender teu macho”, questionou um internauta. Outra pessoa pontuou: “Disse o padre avarento, que colocou na fogueira um funcionário de mercado local, por conta do preço de doce de leite”.

O padre ainda foi apontado como “a epítome da hipocrisia em forma de uma pessoa”. “Fariseu! Prega uma coisa e praticar outra! Minha admiração foi pelo ralo!”, escreveu ainda um seguidor do perfil.

Relembre a confusão entre o padre Fábio de Melo e o gerente de uma cafeteria

O padre Fábio de Melo esteve em Joinville (SC) em maio e protagonizou uma pequena confusão com o gerente de uma cafeteria, Jair José Aguiar da Rosa. O famoso contou que foi destratado após contestar o preço de um produto, que teve o valor cobrado diferente do anunciado na prateleira.

Após a repercussão do caso, o estabelecimento informou, em nota, que o profissional citado no vídeo não faz mais parte do quadro de funcionários.

O religioso afirmou que a postura do ex-gerente foi “grosseira” e disse que “não teria nenhum problema de pagar o preço mais caro”. Ele também ressaltou que não concorda com a demissão.

“Acho que ele merecia uma outra chance, caso não tivesse um histórico de reclamações.”

Fábio de Melo confirmou também que Jair José Aguiar da Rosa não falou diretamente com ele. “A única hora que ele se dirigiu a nós foi quando ele falou alto ‘o preço é esse, se não quiser levar, não leva, não posso mudar no meu sistema’.”

O gerente afirmou ter ficado em “estado de choque” após o ocorrido. “Eu era um simples trabalhador, agora sou a notícia de um país todo. A Havanna Joinville e a Havanna Brasil simplesmente jogaram toda a culpa em cima de mim para proteger o nome da marca”, contou o profissional ao Metrópoles.

Além disso, nas redes sociais, o gerente disse que está com medo de não conseguir um novo trabalho depois da polêmica. “Quero arrumar um trabalho novamente, pois tenho medo de não conseguir mais entrar no mercado. Meu nome está em todos os lugares”, disse.

Ele também alega que sofreu ataques na rua e que a situação afetou a família dele: “Minha imagem foi atacada, minha história deturpada e meu nome jogado ao julgamento da internet sem que eu tivesse a chance de falar”.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Como só tenho informações da Internet, não tenho condições de avaliar e nem julgar.
    Não sou fã desse Padre de Passeata, mas o cliente tem sim o direito de questionar preços diferentes e só o pagar o anunciado.

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Polêmica

Provas obtidas por VEJA mostram que Mauro Cid mentiu no STF sobre mensagens

Foto: Reprodução

A defesa de Jair Bolsonaro nunca escondeu que uma das estratégias para tentar livrar o ex-presidente da acusação de golpe é desqualificar as revelações feitas pelo tenente-coronel Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens fez um acordo de delação premiada e, em troca de benefícios, ajudou a PF a montar o quebra-cabeça do suposto plano urdido no fim de 2022 para anular as eleições, impedir a posse de Lula e manter o ex-capitão no poder. Na segunda 9 e na terça 10, o Supremo Tribunal Federal começou a interrogar os oito réus acusados de integrar o núcleo central da conspirata. Cid foi o primeiro a ser ouvido. De uma maneira geral, repetiu boa parte do que já havia dito antes. Em vários momentos, no entanto, soou tatibitate ao narrar certas passagens e foi acometido por alguns estranhos lapsos de memória. Ao longo de quase quatro horas de depoimento, repetiu incontáveis vezes “não me lembro” e “não me recordo”.

DETALHES - Cid conta que prestou depoimento durante três dias e reclama de manipulação
DETALHES - Cid conta que prestou depoimento durante três dias e reclama de manipulação (./.)

Uma novidade capaz de provocar uma turbulência surgiu no final da audiência, quando um dos advogados de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, fez uma pergunta fortuita. “Quero saber se ele fez uso em algum momento para falar de delação de um perfil no Instagram que não está no nome dele”, indagou. Cid disse que não. O defensor do ex-presidente insistiu: “Ele nunca usou perfil de mídia social para falar com ninguém?”. Cid, de novo, garantiu que não. “Conhece um perfil chamado @gabrielar702?”, tentou mais uma vez o advogado. Cid, nesse momento, gaguejou: “Esse perfil, eu não sei se é da minha esposa”.

PERSEGUIÇÃO - O ex-ajudante de ordens diz que se sentiu pressionado e que os investigadores teriam um objetivo preestabelecido, que era prender o ex-presidente
PERSEGUIÇÃO - O ex-ajudante de ordens diz que se sentiu pressionado e que os investigadores teriam um objetivo preestabelecido, que era prender o ex-presidente (./.)

Era uma armadilha — e o tenente-coronel, ao que parece, caiu nela sem perceber. Ao assinar o acordo de delação premiada com a Justiça, ele assumiu o compromisso de falar a verdade, manter em segredo o teor de suas revelações, não ter contato com outros investigados nem usar redes sociais. Vilardi sabia que Cid havia desrespeitado ao menos duas determinações impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF — e as provas de que isso de fato aconteceu estão em um conjunto de mensagens trocadas entre o tenente-coronel e uma pessoa do círculo próximo a Jair Bolsonaro. VEJA teve acesso aos diálogos. Eles mostram que Cid, já na condição de delator, fazia jogo duplo. Enquanto fornecia à PF informações sobre a movimentação antidemocrática, contava a pessoas próximas uma versão completamente diferente do caso. Nessas conversas, revelou a terceiros o teor de seus depoimentos à PF e bastidores do que se passava durante as audiências. O militar fala em pressões, conta que o delegado responsável pelo inquérito tentava manipular suas declarações e diz que Alexandre de Moraes já teria decidido condenar alguns réus antes mesmo do julgamento. Essas confidências, em tese, podem resultar na anulação do acordo de colaboração e, por consequência, na revisão dos benefícios dados ao tenente-coronel. Há um problema adicional para o delator. Antes do início do interrogatório, Cid foi advertido por Moraes sobre a obrigação de falar apenas a verdade. Ao afirmar, na sequência, que não usou a rede social, ele mentiu.

NA MIRA - Moraes: magistrado é alvo de comentários e apelidos pouco amigáveis
NA MIRA - Moraes: magistrado é alvo de comentários e apelidos pouco amigáveis (./STF)

As mensagens obtidas por VEJA foram trocadas entre 29 de janeiro e 8 março de 2024. O acordo de colaboração premiada havia sido homologado por Alexandre de Moraes cinco meses antes. Nesse período, Cid usava tornozeleira, tinha obrigação de se apresentar semanalmente a um juiz e já estava proibido de se comunicar com investigados e falar sobre o conteúdo de sua delação. Por alguma razão, ele decidiu burlar a determinação de Moraes, usando o Instagram @gabrielar702 para conversar com colegas e pessoas diretamente interessadas no andamento das investigações. Nos diálogos, fala abertamente das longas oitivas que estava tendo de enfrentar — “Foram três dias seguidos” — e do desconforto em relação ao trabalho dos investigadores — “Toda hora queriam jogar para o lado do golpe… e eu falava para trocar porque não era aquilo que tinha dito”. Há várias citações a Alexandre de Moraes, identificado pelas iniciais “AM”. Em uma delas, o tenente-coronel diz ao interlocutor que o “jogo é sujo”, que as petições dos advogados não adiantam nada e que o ministro “já tem a sentença pronta” para condenar ele, o “PR, Heleno e BN” — referência a Jair Bolsonaro e aos generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto.

ARMADILHA - Vilardi e Oliveira Lima: advogados pretendem usar mentira para pedir anulação da delação premiada
ARMADILHA - Vilardi e Oliveira Lima: advogados pretendem usar mentira para pedir anulação da delação premiada (Ton Molina/STF)

Em outra conversa, ao fazer considerações sobre os depoimentos que estava prestando, o delator é indagado sobre a postura do delegado que conduzia o inquérito. “Sabe tentar te conduzir para onde ele quer chegar”, ressaltou Cid. O interlocutor então pergunta se o “ele” é Alexandre de Moraes ou Luís Roberto Barroso, presidente do STF. Cid responde: “AM é o cão de ataque”, “Barroso é o iluminista pensador”. E arremata: “Quem executa é o AM”. As críticas a Moraes, aliás, são constantes, com algumas variações de nível. O ministro, segundo o delator, “tem talento”, mas para ser um “grande pensador Netflix”. “Não precisa de prova!!! Só de Narrativas!!!! E quando falam de provas… Metem os pés pelas mãos… Como foi com FM… que não viajou aos EUA”, ressalta o tenente-coronel, se referindo a Filipe Martins, o ex-­auxiliar de Bolsonaro preso por ordem do ministro por supostamente ter tentado fugir do país, o que até hoje não foi comprovado.

PRERROGATIVA - Gonet: o procurador-geral da República também pode pedir o rompimento do acordo de colaboração
PRERROGATIVA - Gonet: o procurador-geral da República também pode pedir o rompimento do acordo de colaboração (Antonio Augusto/STF)

Cid se mostra resignado com o futuro. “Eu acho que já perdemos… Os Cel PM (coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal) vão pegar 30 anos… E depois vem para a gente”, diz. Uma das alternativas naquele momento para evitar as prisões de todos, na avaliação dele, seria um movimento conduzido pela cúpula do Congresso. “Só o Pacheco ou o Lira vai (sic) nos salvar. O STF está todo comprometido. A PGR vai denunciar”, diz. A outra alternativa vislumbrada era a ascensão de Donald Trump, então candidato a presidente nos Estados Unidos, que poderia impor sanções ao Brasil. “Uma coisa que pode mudar… é uma vitória do Trump… E o Brasil começar a ter sanções… igual Nicarágua e Venezuela”, escreveu, antecipando, sem saber, o que, de fato, pode ocorrer. Cid também faz questão de deixar claro nas mensagens que não fez acusações de golpe contra Jair Bolsonaro. “Eu falava que o PR não iria fazer nada”, diz. O delator fala do desejo de reagir a Moraes e das estratégias de defesa dos seus advogados, que ele considera inúteis. “No final todo mundo acha que não dará em nada… Só eu voltar para a cadeia… junto com o PR”, diz.

PETARDOS - O tenente-coronel faz críticas aos ministros do Supremo, particularmente a Alexandre de Moraes, relator do processo sobre a suposta trama golpista
PETARDOS - O tenente-coronel faz críticas aos ministros do Supremo, particularmente a Alexandre de Moraes, relator do processo sobre a suposta trama golpista (./.)

Braço direito de Bolsonaro durante os quatro anos de governo, o tenente-coronel acompanhava reuniões e conversas de toda natureza e tinha acesso à cúpula militar. Em agosto de 2023, convencido de que poderia ser condenado a até trinta anos de prisão, o tenente-coronel decidiu delatar. As revelações dele foram consideradas fundamentais para a apresentação da denúncia contra o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe — formado pelo ex-presidente, os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira, pelo ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem e pelo ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Cid foi citado 179 vezes na peça de acusação da Procuradoria-Geral da República e prestou nove depoimentos antes da fase de interrogatório. Sua colaboração serviu como linha mestra da denúncia. As provas fornecidas por ele incluíram nove celulares, três computadores, além de tablets e um sem-número de mensagens e arquivos que deram dimensão, rosto e gravidade à tentativa de golpe.

DEPOIMENTOS - Andrei Rodrigues, diretor da PF: queixas de Cid sobre os delegados que conduziram os inquéritos
DEPOIMENTOS – Andrei Rodrigues, diretor da PF: queixas de Cid sobre os delegados que conduziram os inquéritos (Ton Molina/Fotoarena/.)

O acordo de colaboração tem cláusulas rígidas. Para ter direito a benefícios, Cid não pode mentir, omitir, desviar a investigação com versões conflitantes nem proteger ninguém. No interrogatório do STF, ladeado de Bolsonaro e outros cinco integrantes da alta cúpula do antigo governo — Braga Netto, que está preso, prestou depoimento por videoconferência—, ele reafirmou ter presenciado reuniões entre o ex-presidente e militares nas quais foram discutidas medidas que poderiam ser implementadas para impedir a posse de Lula, disse que Bolsonaro acreditava em fraude nas urnas eletrônicas, repetiu que o ex-candidato a vice enviou dinheiro para os militares das Forças Especiais do Exército, reproduziu os xingamentos que eram proferidos contra o ministro Alexandre de Moraes e confirmou ter ouvido que o então comandante da Marinha teria colocado suas tropas à disposição do ex-presidente. Para o Ministério Público, essas informações, aliadas a documentos e outros depoimentos colhidos durante a investigação, não deixam dúvidas de que Bolsonaro e seus auxiliares tentaram um golpe de Estado no fim de 2022.

PROCESSO - Sessão histórica: o interrogatório dos réus durou dois dias e não produziu novidades sobre o caso
PROCESSO - Sessão histórica: o interrogatório dos réus durou dois dias e não produziu novidades sobre o caso (Antonio Augusto/STF)

O delator, no entanto, também minimizou a relevância do que havia contado. Segundo ele, apesar de ter analisado minutas que previam anular a eleição e até a prisão de ministros do STF, Bolsonaro nunca pensou em golpe — algo claramente sem sentido dentro do contexto. Muitos dos diálogos comprometedores encontrados nos telefones dos envolvidos, inclusive no dele, seriam “conversas de bar”, “bravatas” ou lamúrias. Disse que uma de suas funções era servir de “anteparo” do presidente, evitando que ideias e propostas esdrúxulas chegassem ao chefe. Afirmou ainda não se lembrar ao certo em que local do Alvorada teria recebido de Braga Netto um maço de dinheiro para pagar militares que supostamente atuariam na operação golpista. A postura pouco firme do delator no Supremo abriu o flanco para a defesa de alguns réus. O general negou ter endossado ou financiado planos golpistas, alegou que não deu ordens para desqualificar militares que, segundo a acusação, eram reticentes ao golpe e acusou Cid de mentir a seu respeito. Principal atingido com a delação de seu antigo auxiliar de confiança, Bolsonaro também negou todas as acusações. Refutou ter planejado um golpe de Estado, resumiu reuniões com militares a conversas informais, disse que as discussões que teve miravam uma “alternativa constitucional” e afirmou não ter mexido em minuta golpista ou dado ordens para prender autoridades. Para a defesa do ex-presidente, o interrogatório de Cid foi a melhor coisa que aconteceu desde o início do processo.

JOGO DUPLO - Cid fala que a sentença já estaria pronta antes do julgamento e, mais uma vez, defende o ex-presidente das acusações de liderar a conspirata
JOGO DUPLO – Cid fala que a sentença já estaria pronta antes do julgamento e, mais uma vez, defende o ex-presidente das acusações de liderar a conspirata (./.)

Pelas cláusulas do acordo do ex-ajudante de ordens, se a delação for cancelada, ele volta a responder pelos mesmos crimes dos demais réus. Se condenado, pode pegar até quarenta anos de prisão. Em troca das revelações, o tenente-coronel pediu a concessão de perdão judicial ou uma condenação não superior a dois anos. Como ele já ficou preso preventivamente por cinco meses e está com tornozeleira há mais de dois anos, a pena já estaria devidamente cumprida. Livre da cadeia, Cid poderia seguir a carreira militar, inclusive com direito a promoções. Os benefícios da delação são extensivos ao pai dele, o general Lourena Cid, que está sendo investigado por ajudar Bolsonaro a vender presentes recebidos durante o exercício do mandato, à esposa e à filha. Encerrado o processo, todos ainda teriam direito à segurança da Polícia Federal. Tudo isso agora corre risco. “Como grande parte do conjunto probatório demonstrativo da autoria delitiva decorreu da colaboração premiada, se ela cair, de uma certa maneira isso vai ensejar o enfraquecimento geral do conjunto probatório”, diz Gustavo Sampaio, professor de direito constitucional da Universidade Federal Fluminense, falando em tese.

O teor das mensagens no Instagram é parecido com os áudios obtidos e divulgados por VEJA no ano passado, ocasião em que Cid acabou preso e seu acordo de delação por pouco não foi rompido. Na época, justificou que as conversas eram um mero desabafo de quem atravessava uma situação difícil. Essa explicação, se repetida hoje, provavelmente será insuficiente. Além de desrespeitar as regras de confidencialidade, ele dessa vez mentiu ao tribunal, o que é crime. Todos os envolvidos no caso podem pedir o rompimento do acordo de delação e utilizar a transgressão de Mauro Cid para tentar colocar em dúvida boa parte do que foi levantado no processo — hoje são quase 80 terabytes de evidências — ou mesmo usar a descoberta para conseguir uma divergência na Primeira Turma e transferir os embates para o plenário do STF, onde, acreditam, o caso pode tomar outro rumo. A PF e a PGR também podem requisitar a rescisão da delação. A decisão caberá a Alexandre de Moraes. Seja qual for ela, vale lembrar mais uma vez: a acusação elencou muitas provas, não se fiando apenas nas palavras do tenente-coronel. Em tempo: o perfil @gabrielar702 foi retirado do ar logo depois do interrogatório do ex-ajudante de ordens.

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Polêmica

MP denuncia Bruno Henrique por fraude em competição esportiva

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou denúncia contra o atacante do Flamengo Bruno Henrique por suposta participação em um esquema de apostas. Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) consideraram que o jogador teria combinado a aplicação de um cartão amarelo para beneficiar apostadores.

A denúncia foi protocolada nesta quarta-feira (11/6) e acompanha o pedido de indiciamento feito pela Polícia Federal (PF), que apontou o envolvimento do atleta e de outras nove pessoas pelos crimes de estelionato e fraude em competição esportiva. O caso foi mostrado em primeira mão pelo Metrópoles.

“Nos termos em que será adiante detalhado, a presente denúncia tem por objeto a imputação de crimes de fraude a resultado ou evento associado à competição esportiva (art. 200 Lei nº 14.597/2023), bem como de crimes de estelionato praticados em desfavor de pessoas jurídicas que atuam como agentes operadores de quota fixa, nos termos da Lei nº 14.790/2023”, diz o MPDFT.

Segundo os promotores, Bruno Henrique trocou mensagens com o irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, afirmando que receberia um cartão amarelo durante a partida entre Flamengo e Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023.

O relatório da PF em que o atleta foi indiciado destacou que essas conversas comprometem diretamente o jogador, ao vinculá-lo a um esquema articulado para favorecer tanto integrantes de sua família quanto um núcleo paralelo de apostadores.

Com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, cabe à Justiça decidir se a aceita ou não. Caso a denúncia seja aceita, o atacante passa a responder como réu no processo criminal. Se a Justiça entender pelo arquivamento do caso, o jogador é absolvido da acusação na esfera criminal — no entanto, ele continua sendo alvo de uma investigação no âmbito da Justiça Desportiva.

O Ministério Público analisou todo o material periciado pela PF e concordou com a conclusão dos investigadores de que Bruno Henrique está diretamente envolvido nas irregularidades, logo que o atacante avisou o irmão que iria tomar amarelo. Em uma das mensagens, datada de 29 de agosto de 2023, o irmão do atacante questiona se ele estava “pendurado” na competição, em referência à quantidade de cartões acumulados:

“O tio, você está com 2 cartão no brasileiro?”

Em resposta, o atacante escreveu: “Sim”.

Wander segue: “Quando [o] pessoal mandar tomar o 3 liga nós, hein kkkk”

Bruno Henrique responde: “Contra o Santos”.

Na sequência, Wander escreve: “Daqui quantas semanas?”

Bruno Henrique: “Olha aí no Google”

Wander: “29 de outubro”, “Será que você vai aguentar ficar até lá sem cartão kkkkkk”.

Bruno Henrique: “Não vou reclamar”, “Só se eu entrar forte em alguém”.

Wander então responde: “Boua, já vou guardar o dinheiro investimento com sucesso”.

Conversas Bruno Henrique
R$ 10 mil para entrar no esquema

Em 7 de outubro, investigadores encontraram outra troca de mensagens entre Bruno Henrique e o irmão, nas quais voltam a tratar sobre o recebimento de cartão amarelo no jogo contra o Santos.

Os diálogos mostram que o atacante enviou uma mensagem para Wander, a quem ele chama de “Juninho”:

“O Juninho”,
“Vc consegui fazer transferir Pix no valor alto da sua conta?”

Wander responde:
“Consigo, BH”,
“Qual valor?”.

BH segue:
“10 conto”.

Wander responde:
“Consigo”.

As mensagens continuam até que Bruno Henrique informa:
“Vc não pode ser”,
“Temos nomes igual”.

Na sequência, Wander pergunta:
“Vai da ruim?”,
“O que era?”.

BH responde:
“Vai”,
“Negócio de aposta aqui”

Para a PF, o conteúdo sugere que o irmão de Bruno Henrique se interessou pelo suposto esquema. Em seguida, Wander questiona o atacante:

“Uai, da essa ideia aí que vou apostar aqui tô precisando de dinheiro kkkkkk”.

BH retruca:

“Esse aqui pesado não dá pra vc não”.

Wander insiste:

“Se eu ganhar 1 mil reais tá bom se for coisa certa”.

Nas mensagens, BH responde que, para entrar no esquema, seria necessário ter R$ 10 mil disponíveis semanalmente:

“Tem que ter 10 k todo final de semana”.

Wander então informa que o atacante poderia mandar o dinheiro para a conta de uma terceira pessoa, que repassaria a ele. Mas BH responde que já estaria resolvendo isso, acrescentando que com o irmão “não daria”. Wander encerra:

“Entendi”,
“Carai viu”,
“Meu olho até brilhou”

Outro ponto que chamou a atenção dos investigadores foi uma mensagem de Wander questionando o irmão se ele poderia “tomar um amarelo hoje”. Os diálogos mostram que o atacante respondeu:

“Dá não, tenho 1 já”.

A partida em questão era entre Flamengo e Corinthians, disputada na Neo Química Arena, em São Paulo. Bruno Henrique, de fato, recebeu cartão amarelo na ocasião. Para a PF, isso demonstra que Wander recebia informações privilegiadas sobre quando o jogador tomaria cartões.

As conversas continuam, com um novo trecho em que Wander pergunta:

“Deu certo conseguiu aí”.

E BH responde:

“Deu”,
“Lajinha”
“10”

Para a PF, a menção a “Lajinha” indica que essa pessoa teria sido usada por Bruno Henrique no esquema de apostas.

Na sequência, Wander comemora:

“Boa kkkkkk”,
“Só comemorar agora”,
“Tá apostando vitória ou cartão algo assim”

BH responde:

“Não é nada disso não”,
“Parada de cavalo”

Diante disso, os investigadores suspeitam que as mensagens tratem de apostas fraudulentas relacionadas a corridas de cavalo. A tese é reforçada pelo cuidado de Bruno Henrique em não envolver o irmão diretamente, devido ao sobrenome em comum, e também pela fala de Wander:

“Só comemorar agora”

O trecho, segundo a PF, sugere que o resultado da aposta já era conhecido ou garantido. O Metrópoles tenta contato com o jogador.

Ligação nas vésperas do jogo

Segundo a PF, na véspera da partida entre Flamengo e Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023, Bruno Henrique ligou para o irmão para confirmar o cartão amarelo na partida. Após breve troca de mensagens, o atacante do Flamengo liga para Wander, ação que, para a PF, visava avisar que forçaria o cartão.

Metrópoles

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Polêmica

MPT apura denúncias de assédio moral e abusos na Secretaria de Administração Penitenciária do RN

Foto: Reprodução

O Ministério Público do Trabalho (MPT) iniciou uma apuração formal sobre possíveis irregularidades dentro da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (SEAP/RN).

A medida foi tomada após o recebimento de uma denúncia anônima que aponta condutas graves atribuídas à servidora comissionada Maria do Socorro Oliveira, atual chefe da Unidade Instrumental de Administração Geral da SEAP.

De acordo com a denúncia, a servidora estaria cometendo práticas de assédio moral contra subordinados, como humilhações públicas, ofensas verbais e ameaças frequentes. O relato ainda informa que essas atitudes vêm gerando sofrimento psicológico em diversos trabalhadores, alguns dos quais teriam buscado apoio profissional para lidar com a situação. Muitos, porém, não formalizam as queixas por medo de sofrer represálias, como transferências arbitrárias para unidades prisionais.

A denúncia também chama atenção para problemas na gestão do setor comandado por Maria do Socorro, responsável por compras e licitações. Segundo os relatos, falhas na condução desse setor estariam prejudicando o funcionamento da secretaria e das unidades prisionais, com a falta de materiais e serviços básicos.

Diante dos fatos, o procurador do trabalho Francisco Marcelo Almeida Andrade determinou a conversão da denúncia em procedimento preparatório de inquérito civil, que é uma etapa inicial da investigação.

A SEAP deverá apresentar, em até 15 dias, explicações formais e uma lista com todos os servidores que atuam no setor sob comando da servidora citada.

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