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Com 'vergonha moral' do Brasil, movimento quer separar o Sul do resto do país

1509929_10152220844673239_5934382996022668436_nFoto: Fernanda Canofre/Vice Brasil

O movimento O Sul é Meu País surgiu em 1992 na cidade de Laguna, Santa Catarina, com a proposta de separar Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul do resto do Brasil. Segundo Celso Deucher, catarinense e atual presidente do movimento, contabilizando os simpatizantes nos três estados, atualmente há 6 milhões de pessoas em torno da ideia. A página oficial no Facebook registra pouco mais de 16 mil curtidas. São mais um, talvez o maior, entre os 53 movimentos separatistas que já apareceram na região. No site oficial, a organização se apresenta como “a consequência, de cujas causas não podemos ser acusados”.

No encontro realizado no dia 20 de setembro em um hotel em Passo Fundo, os separatistas do grupo falaram das óbvias razões que possuem para se separar do Brasil e volta e meia recaíram sobre a crítica à corrupção e à política nacional. Disseram aceitar pessoas de todos os credos, raças e tendências políticas, desde que o indivíduo esteja “imbuído do desejo separatista”. Na fala dos líderes e palestrantes, “tudo que está errado” é traduzido em repulsa ao Bolsa Família, às cotas raciais, ao processo do Mensalão.

“A gente vê o governo abrindo mais vagas no Bolsa Família, mas não vê postos de trabalho”, reclama Deucher. “Nós queremos nos livrar, porque esse Estado, Brasília, não nos representa. Ele não diz nada para nós, o que ele diz é só coisa ruim”, conclui. A rejeição a Brasília é o mote dos panfletos que os membros imprimem com dinheiro do próprio bolso e distribuem em suas cidades. O mais recente lembrava que, em 2013, os três estados do sul arrecadaram 152 bilhões de reais, mas tiveram “retorno” de apenas 29,3 bilhões. Em letras amarelas, o movimento faz a conta: 80% “do total arrecadado não retornou aos estados”.

Eles acreditam que a distribuição das contas desencadeou um processo de “favelamento do sul”. Fundador do movimento separatista paranaense República das Araucárias, Helio Ribas Micheleto chegou a ser demitido do emprego em 1993 por sua ligação com a causa. Nem por isso se afastou do movimento ou deixou de usar na lapela do paletó o broche que carrega o símbolo dos três estados. “Hoje, os dez maiores municípios do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, municípios com mais de cem mil habitantes, estão cheios de favelas. (…) De onde é que veio isso aí? Gerado pela pobreza, pela falta de investimento federal, deixando os governadores sem dinheiro e, consequentemente, os municípios”, afirma.

Os separatistas também se creem injustiçados na representação parlamentar. Deucher reconhece que algumas das “oligarquias que tomaram conta do Estado nacional” são do Sul. Ainda assim, acredita que o cálculo do quociente eleitoral – que divide o número de eleitores pelo número de cadeiras disponíveis – faz com que o Sul nunca seja ouvido. “Como eu preciso de 17 catarinenses para valer um voto de um cara, sei lá, do Acre? De onde que saiu essa conta tão louca que um tem que ter poder econômico e outro tem que ter poder político? Num tempo em que o voto universal é um voto, como que isso continua acontecendo no Brasil, né? Essa questão aí, ela é seríssima. Por quê? Porque ela tira o valor como cidadãos que nós temos, como brasileiros. Tira a nossa força de lutar por aquilo que nós queremos”, frisa.

Na conferência, as “oportunidades” de expansão do movimento e formas de se espalhar a ideia são discutidas durante uma Oficina de Planejamento Estratégico. Um dos participantes sugere que o movimento utilize a mesma estrutura do marketing multinível – o polêmico esquema de pirâmide – esclarecendo que aqui não entraria dinheiro. Ele explica que uma pessoa seria responsável por integrar outras três à organização; essas três, outras três; e assim por diante. Outro integrante reconheceu na ideia uma estratégia também utilizada por igrejas evangélicas para arrebanhar mais fiéis: “Ah, sim, na igreja chamamos isso de igreja em células. Pode funcionar!”, exclama.

Mas a polêmica maior é o ter ou não ter participação ativa na política brasileira. Um dos participantes, Hermes Aloisio, vice-presidente do movimento em Passo Fundo, foi também candidato a vice-governador do Rio Grande do Sul pelo PRTB, o partido de Levy Fidelix. No programa de governo de sua coligação, o plebiscito pela “autodeterminação política e econômica” é uma promessa. Deucher tenta se afastar disso. Fala que alguns políticos já demonstraram interesse em apoiá-los: “Só que nós não queremos esses apoios, entendes? Porque os caras são sujos, pô”.

deucher2Foto: Fernanda Canofre/Vice Brasil (Celso Deucher, presidente do movimento O Sul é o Meu País, em palestra no encontro realizado em Passo Fundo)

Na mesma época em que os catarinenses tentavam reunir os três estados sulistas em torno da causa com a fundação de O Sul é Meu País, em Porto Alegre, a República Federativa dos Pampas virava notícia nacional. Em 1993, Irton Marx, presidente da organização que defendia um território independente só para os gaúchos, protagonizou uma reportagem no Jornal Nacional da Rede Globo defendendo um país que falasse alemão. Acabou sendo acusado de nazista e processado pelo Estado. Uma imagem que, mesmo com a absolvição de Marx, ainda assombra os separatistas de hoje.

“O cara (Marx) criou um país inteiro. Ele sentou numa mesa e – com o perdão da palavra – se masturbou com a ideia e botou tudo ali. (…) Ele era radical, personalista, era ele que era o gostosão do negócio. Era ele que ditava as ordens, e isso começou a desagradar todo mundo”, critica Deucher.  Depois da secessão sulista, o movimento representado por ele decidiu se legalizar, registrando inclusive um CNPJ, se formalizando como pessoa jurídica.

O presidente alega que, na década de 1990, o grupo foi espionado pelo governo. Pessoas que se apresentavam como interessados na causa participavam das reuniões, gravavam conversas e, um tempo depois, aparecia um processo contra os separatistas. Outras vezes, recém-chegados pediam a palavra e revelavam um discurso fascista. Deucher conta que isso ainda se repete vez ou outra. Há oito meses, um militar da reserva gravou um dos encontros e registrou representação contra ele no Ministério Público com base na Lei de Segurança Nacional.

Ainda que Deucher critique o personalismo de Irton Marx, é difícil separar sua figura de O Sul é Meu País. Ele mesmo admite ser procurado para palestras dentro dos movimentos de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Amapá como referência do assunto. “Durante os anos, eu me especializei em Direito de Autodeterminação dos Povos. Talvez, assim, como professor, eu seja um dos maiores especialistas sobre isso na América Latina. Que é o quê? O estudo do significado desse direito”, conta. Um dos 27 livros que publicou (O Sul é Meu País), que estava à venda sobre uma mesa durante o encontro por R$ 25 reais, serve como referência constante nas falas dos integrantes. Na discussão sobre estratégias de disseminação da causa, impulsionar a venda da obra foi uma das questões apontadas. Um dos presentes chegou a brincar: “Bota uma Polar junto que vai vender rapidinho”, se referindo à cerveja gaúcha que usa a hipérbole do orgulho sulista em suas peças publicitárias.

Para o jornalista, professor e empresário Celso Deucher, o separatismo é pessoal. Vem daí sua terceira razão para a criação de um novo país: “É tu te sentir parte de um país. Nós não nos sentimos brasileiros. Não sei o porquê. Não sei o que é que houve. Cara, como é que tu vai me obrigar a me sentir brasileiro? Entendeste? Não tem outra nacionalidade que eu me sinta mais. Eu não me sinto alemão, não me sinto italiano, não me sinto nada: eu me sinto sulista”, revela. Assim como a maioria dos separatistas reunidos na conferência, além da geografia e mesmo a neve que, para eles, “respeita os limites geográficos” e não cai em São Paulo, o que os afasta da ideia do Brasil como nação é que o país passou a representar vergonha moral.

– Esse sentimento interno, essa coisa dentro de mim, dentro de milhões de outras pessoas, de não se sentirem brasileiros, de terem vergonha de serem brasileiros, de quando perguntada ‘De que país tu é?’, ‘Cara…meu, eu sou do Brasil, bicho. Desculpa’. Entendeste? Tu implorar desculpas pras pessoas por ser do Brasil. Cara, eu não sou daquele país lá da bunda grande, da mulata puta, do não sei o quê – eu não sou. Peraí, cara. Não é isso. Sabe, essa imagem que o Brasil faz questão de passar. Sabe, do tráfico humano, do tráfico sexual. Sabe, esse país erótico em que as menininhas com doze anos colocam os peitinhos para fora e chamam os gringos pra virem comer elas (sic). Esse país não é o meu, cara – destaca.

“Mas tu não achas que exploração sexual acontece no Sul também?”, perguntei.  – Acontece, acontece muito, justamente por quê? Porque nós temos lá inclusive uma sulista, uma Xuxa da vida, que erotizou a mulheradinha desde pequenininha. Qual é o negócio? Mostra a bundinha, filha. Mostra os peitinhos, filha. Diz que tu é gostosa, filha. Tu me entendeu? Quem é que fez isso, onde é que tá a mística desse troço aí? TV e outros meios de comunicação que sempre trabalharam isso como produto nacional. Nós somos um povo querido, alegre, e nossas mulheres são as mais gostosas. Não é isso? É isso que nós vendemos lá fora”.

Rebati: ‘Tu não achas que isso também é cultura do Sul, de certa forma?” -Não, não é. Aqui, o pai olha para a filha e diz: ‘Filha, tu vai te formar’. (…) Não que os outros povos sejam: ‘Ah, os outros são vadio (sic) e nós somos trabalhador (sic)’, não é essa a questão. (…) Nós reconhecemos, o Sul reconhece, que tu só pode prosperar via trabalho. Tu não vai prosperar ficando deitadinho na rede ou se ficar coçando as partes como a gente diz, deitadinho, esperando que o governo dê alguma coisa para ti. Uma Bolsa Família, uma Bolsa-não-sei-o-quê, esse paternalismo estatal.

A Constituição de 1988 estabelece em seus princípios fundamentais, no Artigo 1º, que a República brasileira é “formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal”. No entanto, também garante “a livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação” e concede a “liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar”. Os separatistas do sul se inspiram nos movimentos da Escócia, de Québec e da Catalunha. A região anexada pela Espanha no século XVIII, aliás, teve seu pedido de plebiscito negado pelo Parlamento Espanhol, mas aprovado dentro do Parlamento catalão.

Casos assim levam os separatistas brasileiros a acreditar que, tendo representação parlamentar, podem conseguir seu plebiscito: “Temos bancada evangélica, pecuarista, de direitos dos homossexuais; é disso que precisamos: uma bancada separatista”, explana Emerson Leme, professor de Londrina responsável pela Oficina de Planejamento Estratégico da conferência.

Anidria da Rocha, mãe de cinco filhos, se uniu ao movimento há dez meses e já se transformou em uma de suas maiores forças de trabalho. Em oito meses, ela recrutou mais de três mil pessoas em sua cidade, São Jerônimo, município de 22 mil habitantes na região metropolitana de Porto Alegre. Segundo Anidria, todos os filhos – exceto a caçula de dois anos – militam pela causa. Ela conta, orgulhosa, que a filha do meio, de 14 anos, chega a passar horas no telefone conversando sobre a ideia com amigos: “Eu digo pra ela: isso aí é uma independência que a gente vai buscar e que vocês vão viver. Eu e o pai de vocês não vamos viver isso aí. Vai demorar um pouco para acontecer, e a gente não vai viver. Vai ser para vocês”, salienta.

Os jovens são parcela representativa no movimento. Em uma das discussões, Deucher chega a se emocionar falando sobre isso: “Os pais nos chamam de nazistas e os filhos nos apoiam… Isso é o que vale, tirar essa ideia do chão”, destaca com a fala embargada e sendo abraçado por companheiros. Entre os jovens, está o catarinense natural de Florianópolis, Rafael Sardá, 19 anos.

Sardá começou a militar pela causa ainda com 16 anos. Descobriu o movimento pela internet, depois de uma conversa com o pai sobre por que o Sul era diferente do Brasil. O pai, no entanto, não é separatista nem participa dos eventos com o filho. Ainda na escola, Rafael enfrentava discussões com professores e colegas, alguns favoráveis, outros nem tanto. “Muitos acham que eu sou um bandido, que eu tenho que ser preso, sendo que eu não cometi nenhum crime. A gente age de acordo com a Constituição; a gente tem liberdade de pensamento, de expressão. Mas eles acham que eu sou um câncer no país, que é falta de nacionalismo meu”, conta. O lado contrário não o intimida: “Eu mandei costurar uma bandeira e carrego para os lugares. Peguei um cano de PVC, amarrei a bandeira e saí com ela pela cidade, as pessoas me perguntavam. Acho isso legal”.

E ele entrou de cabeça na causa. Na Conferência, Sardá apresentou o hino que compôs para o futuro novo país que sonha conquistar, intitulado “Um Grito no Sul do Mundo”. Segundo ele, a inspiração veio da Marselhesa e do Hino da URSS. “Eu não sou comunista, mas, durante aquele curto período de tempo, eu me torno comunista, eu quero ser comunista. Depois, eu volto ao normal”, explica para a plateia enquanto passa slides explicando a letra de sua obra. Deucher, porém, avisa que o hino não é oficial, é apenas a colaboração de um companheiro. Ele não quer que nada pareça apressado.

Deucher é um norte para os sulistas reunidos na bandeira celeste de seu grupo. Na hora em que discutem a redação dos valores e da missão, inspirados em empresas como a Coca-Cola e a Unilever, é para ele que olham, buscando uma referência. Ele calcula cada passo. Agora, diz, estão na fase de recrutar pessoas para ter força quando o momento do plebiscito chegar. Para isso, não se opõe explicitamente a nenhuma causa, a nenhum partido, a nenhuma ideia. A posição sobre as demarcações de terras indígenas, por exemplo, um dos conflitos mais negligenciados pelo poder público no Sul do país, é prova disso.

Vários integrantes desfilaram na conferência com a frase “Esta terra tem dono” estampada no lado esquerdo do peito. Alguns dizem que ela foi proclamada por Sepé Tiarajú enquanto ele era assassinado pelos espanhóis, em São Gabriel, no Rio Grande do sul. Outros, que era o grito de guerra usado pelo Cacique Guairacá em batalhas nas terras de Santa Catarina. Concordam que os índios são os donos da terra, mas chegam a dizer que a história do povo do Sul começa com a fundação dos Sete Povos das Missões. Deucher lembra que fala por si, não pelo movimento, e diz acreditar que um possível país independente saberia lidar melhor com a questão do que o Estado brasileiro atual:

“Nós temos de achar um meio de que o índio possa manter sua cultura e suas terras tradicionais. Agora, ele também tem de saber que nós estamos em um outro mundo e que, hoje, ninguém mais caça para sobreviver. Você tem o trigo, você tem o arroz, você tem o feijão. O índio do sul praticamente se aculturou. ‘Ih, cara, só porque ele se aculturou, nós vamos deixar o cara à margem da sociedade? Vamos jogar o cara na beirada da estrada e ele vai passar o resto da vida dele ali?’. Que tipo de ser humano nós somos, então? Então, nós temos de achar um meio, e isso os governantes não gostam de enfrentar, porque depende de criar ambientes que essas pessoas possam voltar a ser aquilo que elas são ou a fazer aquilo que o Cacique, aquele Cacique Mimbiá de Florianópolis, fez. Ele foi pra universidade, estudou, é advogado e está aí concorrendo como qualquer cidadão comum. Eu convivo, tenho muitos alunos indígenas. Não indígena que anda pelado por aí. Indígenas, em que tu olha para ele etnicamente e: ‘Cara, tu é um índio’. Os antepassados deles viviam no mato ali; no entanto, eles estão lá, estão estudando como qualquer outro ser humano”, frisa.

O movimento, de fato, é bastante democrático para ouvir ideias. Enquanto defende ser uma organização horizontal, elege a nova diretoria executiva – que trocou o presidente por Odilon Xavier, um gaúcho, respeitando o revezamento entre os três Estados –  e acompanha a palestra “Líderes para um Sul Livre”, baseada em ensinamentos de Gandhi e Abraham Lincoln. Nela, o palestrante Ozinil Martins de Souza, também professor, abordou desde a arte de falar em público à ameaça do crescimento muçulmano no mundo. “Eu sou politicamente incorreto, tá, gente? Eu odeio o politicamente correto, é uma coisa que me agride”, esclarece entre suas considerações.

Na semana em que a Escócia votou seu plebiscito, uma rádio do Rio Grande do Sul promoveu uma enquete pedindo a opinião dos gaúchos sobre o separatismo. O resultado: 12.834 votos para o sim (74%) contra 4.487 para o não (26%). Uma petição no Avaaz pedindo o plebiscito já passou das cinco mil assinaturas. Na hora de reunir pessoas, número é prioridade. Por isso, não convém fazer inimigos.

Matéria original publicada no site da Vice Brasil, via Operamundi, UOL

Opinião dos leitores

  1. já está na hora de irmos a uma guerra civil para acabar com maus brasileiros existentes em todas as regiões do pais.Nos estados unidos foi assim há dois séculos.Porque não aqui?

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Geral

Tarifas podem ser negociadas muito rapidamente, diz Trump sobre reunião com Lula

Foto: Evelyn Hockstein/Reuters

O presidente Donald Trump afirmou a jornalistas, na entrada da reunião com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que as tarifas impostas ao Brasil podem ser negociadas muito rapidamente. O encontro aconteceu Kuala Lampur, na Malásia, na tarde deste domingo (26) no horário local (manhã de domingo no Brasil).

“A circunstância com a qual estamos lidando agora ainda será discutida, e eu acho que provavelmente chegaremos a uma conclusão bem rápido. Nós nos conhecemos, sabemos o que cada um quer. Acho que chegaremos a uma conclusão”, disse ele.

Ainda antes da reunião, questionado se as penas contra o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, eram uma das condições para as negociações com o governo brasileiro, o líder americano disse que isso não era da conta dos jornalistas. “Eu gosto de Bolsonaro. Ele é um bom sujeito. Nós ficamos incomodados com as penas contra ele”, afirmou Trump.

Membros do governo brasileiro afirmaram após o encontro, porém, que o ex-presidente foi um assunto brevemente tocado na conversa, sendo mencionado por Lula apenas para deixar claro que Bolsonaro foi julgado pelo Judiciário brasileiro, um órgão independente.

Embora o encontro estivesse acertado há dias, e tenha ocorrido nessa tarde, a reunião permaneceu fora da agenda oficial da presidência para evitar que, caso ocorresse algum imprevisto, o governo brasileiro ficasse em posição sensível.

A apreensão foi semelhante à vivida pelo governo durante a organização da reunião. A preferência para que fosse em um país terceiro se deu devido ao temor de que Trump seria uma figura imprevisível, e que uma visita a Washington para discutir o problema poderia colocar Lula em uma situação inadequada.

O medo era de que o americano fizesse uma espécie de emboscada para o brasileiro, a exemplo do que fez com outros líderes europeus na Casa Branca. Os dois presidentes participam como convidados na Malásia da cúpula da Asean (Associação dos Países do Sudeste Asiático, em português).

O encontro também foi precedido por apreensão do governo devido a falas de Lula em seu giro pela Ásia. Quando passou por Jacarta, na Indonésia, o presidente tocou em temas sensíveis para os americanos, como a Venezuela, e criticou o protecionismo do país sem citar Trump nominalmente.

Em conversa com jornalistas, Lula disse que traficantes são “vítimas” de usuários de drogas, referindo-se aos ataques dos EUA a embarcações da Venezuela.

Em conversa com jornalistas logo após decolar, Trump afirmou que poderia diminuir as tarifas do Brasil “sob circunstâncias certas”. Já Marco Rubio, ao falar com a imprensa a bordo do Air Force One após a saída do Catar, disse que é melhor para o Brasil, a longo prazo, que o país seja parceiro comercial dos EUA, e não da China.

O secretário de Estado afirmou ainda que questões políticas podem estar ligadas ao possível acordo com o Brasil.

Obviamente, temos alguns problemas com o Brasil, particularmente com a forma como eles têm tratado alguns de seus juízes, com o setor digital nos Estados Unidos, com os indivíduos localizados nos Estados Unidos, por meio de postagens nas redes sociais. Teremos que resolver isso também”, disse ele.

Isso se tornou um problema em tudo isso. Mas o presidente vai explorar se há maneiras de resolver tudo isso, porque achamos que será benéfico fazê-lo. Vai levar algum tempo.

Folhapress

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Geral

Disputa no mercado de delivery no Brasil leva à polícia por suspeita de espionagem

Foto: iStock

A guerra pelo bilionário mercado de delivery no Brasil atingiu um novo patamar e se transformou em caso policial em São Paulo, com suspeitas de espionagem corporativa. Na última sexta-feira (24/10), a Polícia Civil paulista iniciou investigação sobre um ex-funcionário do iFood, acusado de levar informações sigilosas para uma empresa concorrente de origem asiática.

Segundo a denúncia, o ex-colaborador teria transferido milhares de dados de clientes e informações internas para dispositivos pessoais e compartilhado parte do conteúdo com um sobrinho. Ele nega as acusações e atualmente trabalha na 99 Food, aplicativo de delivery que começou a operar em São Paulo em agosto. Durante o cumprimento da ordem judicial, foram apreendidos computadores, celulares e pen drives, que passarão por perícia técnica.

Esta não foi a única ação envolvendo a guerra entre empresas. No início da semana, outro ex-funcionário do iFood foi alvo de busca e apreensão em Itaquera, zona leste da capital. O caso envolve suspeita de repasse de informações para a Keeta, do grupo chinês Meituan, que iniciará operações no Brasil em Santos e São Vicente, com planos de expansão para São Paulo ainda em 2025. A empresa nega as acusações.

O iFood vem investigando casos desse tipo desde o início do ano. A empresa suspeita que diversos funcionários foram assediados por consultorias internacionais, principalmente da China, oferecendo até R$ 5.500 para obter informações sobre faturamento, precificação e margens de lucro, configurando um possível caso de espionagem industrial.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Lula diz que teve ‘ótima reunião’ com Trump e anuncia retomada imediata das negociações sobre tarifas

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nas redes sociais que teve uma “ótima reunião” com o americano Donald Trump neste domingo (26), na Malásia. Segundo o brasileiro, o encontro foi “franco e construtivo” e serviu para tratar da agenda comercial e econômica bilateral. Lula destacou que as equipes de ambos os países vão se reunir “imediatamente” para buscar soluções sobre tarifas e sanções aplicadas a autoridades brasileiras.

A reunião ocorreu no Centro da Cidade de Kuala Lumpur (KLCC), às 15h30, horário local (4h30 de Brasília), e durou cerca de 50 minutos. Foi o primeiro encontro presencial entre os dois desde uma breve conversa durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro, e acontece no contexto das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros impostas pelos EUA e das sanções a autoridades brasileiras relacionadas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No encontro, Lula afirmou não haver assunto proibido e pediu que o tarifaço fosse suspenso enquanto durassem as negociações. Estiveram ao lado do presidente brasileiro o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o assessor do Ministério do Desenvolvimento, Márcio Elias Rosa, e o diplomata Audo Faleiro, ligado ao assessor especial da presidência, Celso Amorim. Pelo lado americano, participaram o secretário de Estado Marco Rubio, o secretário do Tesouro Scott Bessent e o representante de Comércio Jamieson Greer.

Na primeira parte do encontro, os líderes conversaram com a imprensa por cerca de 10 minutos. Questionado sobre a possibilidade de redução das tarifas, Trump disse que o assunto seria discutido: “Sabemos o que cada um quer”. O americano afirmou ainda ser uma “honra” estar com Lula e que provavelmente fariam “alguns bons acordos”.

Com informações do O Globo

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Geral

Deputado propõe lei para punir com prisão gestores de estatais por má administração

Foto: Reprodução / Direção Concursos

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Fabio Schiochet (União-SC), apresentou um projeto de lei que cria o crime de “Gestão Temerária em Empresa Estatal”, com penas de 2 a 8 anos de prisão para dirigentes que, por negligência ou imprudência, causem prejuízos relevantes a empresas públicas. A proposta foi protocolada na quinta-feira (23) e prevê alterações no Código Penal Brasileiro.

A informação é da coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles. O texto determina que será punido o gestor que praticar ato de má administração capaz de gerar dano econômico expressivo ao patrimônio da estatal. Entre as condutas enquadradas estão violar normas legais ou estatutárias, assumir riscos desproporcionais e realizar operações sem respaldo técnico, contábil ou jurídico suficiente. O deputado, porém, exclui da aplicação da lei situações decorrentes de eventos macroeconômicos extraordinários ou de políticas públicas determinadas formalmente por órgãos de controle.

Schiochet citou os Correios como exemplo de caso que justifica a urgência da proposta. A estatal registrou prejuízo de R$ 4,3 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025, segundo dados oficiais. Para o parlamentar, esse tipo de resultado demonstra “a necessidade de punir condutas de má gestão desvinculadas de corrupção, mas que ainda assim causam danos vultosos e evitáveis ao erário”.

O projeto será analisado inicialmente pelas comissões temáticas da Câmara antes de seguir para votação no plenário. Se aprovado, segue para o Senado e, posteriormente, para sanção presidencial.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Retorno de Lula da Ásia intensifica expectativa por nova indicação ao STF

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna da Ásia nesta terça-feira (28) sob forte expectativa pela escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A cadeira está vaga desde 18 de outubro, quando foi oficializada a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Antes da viagem, havia a possibilidade de o anúncio ocorrer ainda no exterior, o que não se concretizou. O principal cotado é o advogado-geral da União, Jorge Messias, nome considerado favorito no Planalto.

Após a indicação, o nome escolhido precisará ser avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aprovado pelo plenário do Senado, com pelo menos 41 votos favoráveis. Messias, que vem adotando postura discreta para evitar a imagem de campanha, afirmou em recente evento no IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa) que o STF deve respeitar as políticas públicas definidas pelo Executivo e Legislativo, reforçando a defesa da autonomia entre os Poderes.

O segundo nome mais cotado é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, que tem boa interlocução com ministros do STF. Diferente de Messias, Pacheco tem falado abertamente sobre o assunto e declarou estar “honrado” por ser lembrado, mas destacou que a decisão cabe exclusivamente ao presidente. “É importante que todas as etapas sejam cumpridas com espírito público e republicanismo”, afirmou na quinta-feira (23).

Nos bastidores, auxiliares do governo lembram que Lula costuma demorar algumas semanas para definir nomes ao Supremo. Em seu terceiro mandato, o petista levou 57 dias para indicar Cristiano Zanin, substituto de Ricardo Lewandowski, e 60 dias para anunciar Flávio Dino no lugar de Rosa Weber. Caso o ritmo se repita, a nova indicação deve ocorrer até meados de novembro, após o retorno do presidente e as conversas finais com aliados e líderes do Congresso.

Com informações da CNN Brasil

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Geral

Corte em isenção fiscal trava importações e prejudica pesquisas científicas no Brasil

Foto: Karime Xavier/Folhapress

A comunidade científica brasileira enfrenta dificuldades crescentes para manter suas atividades em meio à redução da cota de isenção de impostos para importação de materiais de pesquisa, mecanismo essencial administrado pelo CNPq. O valor destinado a essa isenção vem diminuindo nos dois últimos anos do governo Lula (PT), o que tem paralisado a chegada de equipamentos e insumos fundamentais a laboratórios de universidades e institutos.

Neste ano, a cota anual de US$ 229,2 milhões (R$ 1,2 bilhão) praticamente se esgotou antes do fim de 2025 — restando apenas 0,7% do total, segundo o CNPq. Instituições como UFRJ, UnB e UFABC já relatam impossibilidade de registrar novos pedidos desde o meio do ano. Pesquisadores afirmam que o impasse tem levado à interrupção de experimentos e atrasos em projetos, incluindo o radiotelescópio Bingo, parceria entre Brasil e China, que precisou recorrer a apoios emergenciais para prosseguir.

O contraste é que, ao mesmo tempo, os recursos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) atingiram cifras bilionárias, ampliando o financiamento geral da ciência, mas sem o aumento proporcional na cota de importação. Para a presidente da SBPC, Francilene Procópio Garcia, “houve irrigação de recursos, mas sem permitir que os laboratórios tivessem como comprá-los”. Uma nota técnica do CNPq reforça que a “redução da isenção fiscal compromete a eficiência dos investimentos em CT&I”.

A SBPC, a ABC e a Andifes enviaram carta à Casa Civil, alertando que a limitação da cota é um “entrave crítico ao desenvolvimento científico” e pedindo ampliação imediata. O documento foi encaminhado ao Ministério da Fazenda e ao MCTI, que afirmaram acompanhar o caso e buscar soluções conjuntas. O CNPq reconheceu a insuficiência dos valores e tenta liberar novo aporte ainda neste ano, projetando para 2026 uma cota mínima de US$ 400 milhões para atender à demanda reprimida.

Enquanto o impasse não é resolvido, pesquisadores apontam que o atraso nas importações freia o avanço de descobertas e o ritmo da inovação no país. “Com esses entraves, você retarda o desenvolvimento das pesquisas”, lamenta o professor Romildo Toledo, da Coppe/UFRJ, que tenta há meses importar um equipamento essencial ao seu laboratório.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Geral

Lula defende relação pacífica e diálogo com os EUA em reunião com Trump

Foto: Reuters

Durante o encontro com o presidente americano Donald Trump, neste domingo (26), em Kuala Lumpur, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não há motivo para desavença entre Brasil e Estados Unidos. O petista destacou que os dois países devem manter uma relação baseada no diálogo e no respeito mútuo, reforçando a importância de evitar conflitos diplomáticos.

Lula afirmou que levou uma “longa pauta” para a conversa com Trump e se disse otimista com a possibilidade de avanços concretos nas negociações comerciais. O encontro ocorre em meio à expectativa de um acordo que reduza as barreiras tarifárias impostas pelos EUA a produtos brasileiros — medida que gerou tensão entre os dois governos nos últimos meses.

Trump, por sua vez, declarou que espera um resultado positivo para ambos os países, elogiando o Brasil e ressaltando o respeito pelo presidente brasileiro. O americano afirmou que as conversas caminham para uma solução rápida sobre as tarifas, sinalizando disposição para uma reaproximação diplomática.

Essa foi a primeira reunião presencial entre Lula e Trump, com duração aproximada de 50 minutos. O encontro ocorreu durante a 47ª Cúpula da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), e marcou o primeiro gesto concreto de tentativa de reconstrução da relação entre as duas maiores economias do continente americano.

Com informações da CNN Brasil

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Política

Gleisi tenta medir força da base e promete reorganizar articulação com Centrão

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, inicia nesta semana uma nova rodada de reuniões com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e líderes partidários da base e do Centrão para medir o tamanho do apoio ao governo e tentar reorganizar a articulação política. A ministra pretende se reunir com representantes do MDB, PSD, Podemos, PP, União Brasil e Republicanos, partidos que mantêm cargos na Esplanada, mas vêm demonstrando divisão em votações recentes.

O governo busca recompor sua base após a derrota com a derrubada da MP 1303, que tratava do IOF. Desde então, aliados do Centrão foram exonerados de cargos federais, o que aumentou a tensão política. Agora, Gleisi tenta reconstruir pontes e negocia redistribuição de cargos e revisão de demissões, condicionando a retomada de espaços à fidelidade em votações-chave. Nos bastidores, integrantes do Planalto avaliam que a estratégia surtiu efeito, já que deputados que haviam se afastado do governo agora buscam reaproximação e novas indicações.

Na avaliação de Gleisi, a recomposição é essencial para garantir apoio a projetos econômicos prioritários e para o desenho de estratégias eleitorais visando 2026. Um dos exemplos de conciliação ocorreu com o PP, que manteve sua cota no Ministério dos Esportes após acordo que garantiu a permanência de André Fufuca sem punições internas.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, reconheceu que a relação entre o governo e o Congresso “ainda tem muito a melhorar” e cobrou liberação de emendas e ajustes na articulação política. Ele prometeu votar ainda nesta semana o projeto de corte de gastos do Executivo, enquanto o Planalto planeja reenviar o conteúdo da MP 1303 em dois projetos de lei e uma nova medida provisória, com foco na tributação de apostas esportivas, fintechs e juros sobre capital próprio — pontos que devem gerar resistência no plenário.

Com informações do G1

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Geral

Lula e Trump discutem tarifas em encontro na Malásia

Foto: Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o líder americano Donald Trump se reuniram neste domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a 47ª cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático). O encontro, o primeiro entre os dois chefes de Estado, durou cerca de 50 minutos e teve como principal tema o tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

Trump afirmou que as duas nações devem trabalhar por “acordos bons para ambos os países” e elogiou o petista. “É uma grande honra estar com o presidente do Brasil. É um grande país e eles estão indo muito bem até onde eu sei”, disse o americano. Ele também declarou esperar “chegar a uma conclusão rápida sobre tarifas”, sinalizando disposição para negociar a redução das taxas de importação.

Questionado sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Trump afirmou manter boa relação com o brasileiro, mas descartou tratar do assunto com Lula. “Sempre gostei dele. Me sinto muito mal pelo que aconteceu. Sempre achei que ele era um cara honesto, mas já passou por muita coisa”, afirmou.

Lula, por sua vez, disse estar otimista com os resultados do encontro e que a imprensa “terá boas notícias” após as negociações. “Não há nenhuma razão para haver desavenças entre Brasil e Estados Unidos”, afirmou. Segundo o presidente, há uma “longa pauta” a ser tratada, mas o objetivo é manter a relação entre os dois países “a mais civilizada possível”.

O encontro foi visto como um passo importante na tentativa de reaproximação diplomática e comercial entre Brasília e Washington, especialmente após as tensões causadas pelo tarifaço de 50% anunciado pelos EUA em julho.

Com informações da CNN Brasil

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Geral

Trump diz que ‘ódio tremendo’ entre Putin e Zelensky impede qualquer acordo de paz

Foto: Daniel Torok/Casa Branca/Divulgação

Durante o voo para a Malásia, onde participa da 47ª Cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o clima de “ódio tremendo” entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky tem impedido qualquer avanço nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.

Em conversa com jornalistas a bordo do Air Force One, Trump disse estar decepcionado com o presidente russo, destacando que as conversas sobre o fim da guerra não têm mostrado progresso.

“Temos que saber que vamos fechar um acordo. [Então] Não vou perder meu tempo. Sempre tive um ótimo relacionamento com Vladimir Putin, mas isso tem sido muito decepcionante. Achei que isso teria acontecido muito antes da paz no Oriente Médio”, declarou o republicano, em referência ao recente acordo entre Israel e o grupo Hamas.

Trump afirmou ainda que, ao contrário de outras negociações que enfrentou durante sua carreira, o impasse entre os dois países é sustentado por sentimentos de hostilidade profunda.

“Eu poderia dizer que quase todos os acordos que já fiz teriam sido mais difíceis do que com a Rússia. E com a Ucrânia, mas não foi bem assim. Há muito ódio entre os dois, e entre Zelensky e Putin, um ódio tremendo”, disse.

R7

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