Foi uma homenagem que acabou correndo o mundo, a recebida pelo professor francês de educação física Alain Donnat ao se aposentar, após 39 anos de profissão. No seu último dia de trabalho, os 700 alunos do colégio fizeram uma longa fila de honra e gritaram seu nome sob intensos aplausos.
As imagens da cena – filmadas e divulgadas por sua esposa, Muriel, em sua página no Facebook – já foram vistas mais de 25 milhões de vezes, segundo ela, incluindo os compartilhamentos e inúmeros sites em todo o mundo que também publicaram o vídeo.
“Estava prestes a deixar o colégio pela última vez. Saí do escritório e vi os alunos formando um corredor de honra. Não sabia o que fazer. No início, andei rápido para acabar logo porque as emoções eram muito fortes”, contou à BBC Brasil o professor, 68 anos, especializado em atletismo e futebol.
“Foi um momento mágico, inesquecível. Sou uma pessoa pudica e fiquei um pouco constrangido, mas precisava continuar avançando para estar à altura do que as crianças estavam fazendo.”
No vídeo da despedida, Donnat aparece com lágrimas nos olhos enquanto percorre em silêncio o caminho até a porta do prédio. “Cruzei olhares de crianças que choravam. Também fiquei com lágrimas nos olhos. Quando cheguei ao final, queria agradecer com palavras, mas não conseguia falar”, completa Donnat. Ele ainda se sente profundamente tocado pela surpresa feita em dezembro pelos alunos e funcionários do colégio Paul Fort, em Is-sur-Tille, um vilarejo de cerca de quatro mil habitantes a 25 quilômetros de Dijon, na Borgonha.
Ele deu aulas nesse colégio 37 anos dos seus 39 de carreira. Seus alunos foram campeões e vice-campeões do torneio juvenil de atletismo por equipes da França no ano passado. “Sempre tentei fazer o máximo para todos. Não sou um gênio nem fiz milagres, mas sempre quis fazer o melhor, ressalta o professor de educação física.
Donnat acredita que a reação dos alunos é ao fato de ele sempre ter dado atenção a todos, independentemente dos resultados.
“Meu objetivo sempre foi que todos progridam, suscitando o entusiasmo. Quis obter coisas positivas em vez de me concentrar no que era negativo. A partir do que um aluno sabe fazer, ele terá confiança para avançar e se ultrapassar”, ressalta.
Um ex-aluno diz, na página do Facebook da mulher do professor, que “ele faz parte desses raros professores que sublimam a juventude. Além de ensinar sua disciplina, ele me deu belas lições de vida.”
A homenagem emblemática recebida por ele é algo bem incomum na França, país onde os professores se sentem ainda menos valorizados do que no Brasil, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Apenas 4,9% dos professores franceses acreditam que sua profissão é valorizada pela sociedade. No Brasil, esse índice é de 12,6%. A média mundial é de 31% e também pode ser considerada baixa. Os dados fazem parte do último estudo “Talis” da OCDE, de 2014, realizado com mais de 100 mil professores em 34 países.
E além da percepção de baixa valorização de sua profissão, muitos professores ainda tem de lidar com a violência de alunos e pais. Casos de professores esfaqueados, agredidos ou mesmo espancados em plena sala de aula ganharam destaques nos jornais em anos recentes. A homenagem a Donnat contrasta com essa realidade no país.
Ele se aposentou oficialmente, mas continuará treinando, por prazer e sem salário, equipes de seu colégio até junho.
UOL
No Brasil, com essa reforma da previdência, todo mundo vai se aposentar na miséria.
Em 2003 o teto da previdência era 10 salários mínimos. Agora corresponde a seis.
No médio prazo, todos vão se aposentar ganhando um salário mínimo e aos 65 ou 70 anos de idade.
Isso é desvalorização de todas as categorias, incluindo professores, e ninguém diz nada.
Será que os deputados e senadores do RN vão apoiar a reforma da previdência?
Por que não passar um ano discutindo com a sociedade alternativas que não prejudiquem o trabalhador?
Não existe mais segurança jurídica.
Qualquer governo chega, bota na cabeça que os culpados pelos problemas do Brasil são os aposentados e lascam os trabalhadores.
Hoje, retiram direitos, e daqui a dez anos o déficit vai continuar.
Quando há superávit gastam o dinheiro com outras coisas (ponte rio Niterói, Itaipu, transamazônica trem bala). Depois vêm com a cara de pau dizer que há déficit sem considerar a COFINS e a CSLL, nem as isenções e a DRU…
Repetir uma mentira diversas vezes para enganar a população…
Afinal de contas, o povo apoiou a saída do PT para levar facada nas costas?
Que os políticos do RN acordem e não se curvem ao governo, que, sob o cortador Meirelles (pimenta nos olhos dos outros é refresco) , fixou-se na ideia de cortar direitos dos trabalhadores, como se isso fosse o santo Graal…
Sem criatividade ou atitude alguma, o ministro permite que a crise continue.
A crise já deveria ter passado.
O governo assistindo de braços cruzados, Meirelles sem nada fazer, só pensando em passar a tesoura, demonstrando falta de competência.
Só assistindo a crise e cortando tudo, inclusive aproveitando a crise para vender ilusões.
Fala-se que a cúpula militar aceitaria o teto do INSS, desde que o salário da alta cúpula aumentasse. Uai, mas não há crise? Por que vai aumentar salário?
Que surpresa ?, a França valoriza menos os seus professores do que no Brasil? Nossa, não sabia disto!
Em país desenvolvido e que valoriza a educação, professor é tratado assim. Já aqui, professor apanha de aluno, é chamado de vagabundo por vereadorzinho meia boca e ainda é criminalizado por cobrar melhorias nas escolas, merenda digna para os alunos e salário digno de um educador.
…..sem falar que na reforma previdenciária proposta por Temer (vulgo João Redondo) seu Donnat ainda teria que trabalhar mais 10 anos (49 anos de serviço) para se aposentar com provento integral.
E ainda tem trouxa que acha que isso tá certo……………………………………………………………