Minutos após ser afastado por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do mandato e da presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi à porta da residência oficial do presidente da Casa, em Brasília, para reiterar que “não renunciará a nada” e que vai recorrer da decisão. Ele abriu fogo contra o PT, a quem acusou de “retaliar” apenas por “querer companhia no banco dos réus”. Cunha disse que desde que comandou a sessão do impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário, que fez o processo avançar para o Senado, sabia que haveria “reação” do governo.
É óbvio que tem um processo político por trás disso, em que vários momentos enfrento a contestação do PT, que gosta de companhia no banco dos réus. O fato de ter conduzido a sessão do impeachment, que culminou com a votação que teve, mostra que ia ter uma reação, e já era mais do que esperada. A partir dai passou-se a buscar essa reação para me trazer ao banco dos réus na companhia deles — criticou o deputado afastado.
Eduardo Cunha, que deixa a linha sucessória da Presidência da República em caso de ausência do mandatário e do vice-presidente, afirmou que em “nenhuma possibilidade” renunciará nem ao mandato de deputado federal, nem à presidência da Câmara. Seu mandato para a presidência acaba em fevereiro de 2017.
— Não vou renunciar, não há nenhuma possibilidade, não renuncio a nada, nem ao mandato nem a presidência, e vou recorrer e espero obter sucesso no meu recurso.
Com o mesmo ar impassível com que abriu o processo de impeachment em dezembro do ano passado, manobrou em sessões legislativas e disse ao Conselho de Ética da Câmara não ser dono de contas na Suíça, Cunha afirmou ser “estranho” que o STF tenha resolvido julgar apenas agora um pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no ano passado.
— A gente respeita a Suprema Corte, obviamente a decisão tem que ser cumprida, mas não posso deixar de contestar e estranhar. Obviamente vou recorrer. É uma ação cautelar de dezembro, mas estranhamente só foi avaliada na madrugada e no dia seguinte. Se havia urgência por que demorou seis meses para dar a liminar? — questionou.
O presidente afastado respondeu ainda às declarações de Dilma, que comemorou a decisão do STF e disse que Cunha sai “antes tarde do que nunca”. Ele afirmou que a “era do PT” acabará na próxima quarta-feira, data em que o impeachment será apreciado pelo plenário do Senado.
O Globo
O Pau que dá em Cunha, não dá em Renan não???????? Esse Bandido tem que cair também, leve junto, Lula Dilma e o PT juntos.
O Cunha precisa saber que o STF não e a camara. O STF se deixou enganar apenas no caso de Dilma, porem já vai corrigir o erro. Valeu??????
Muita cara de pau de Cunha em querer ligar seu infortúnio ao PT, esquecendo-se do seu colega de golpe Michel Temer. Os golpistas estão começando a agir como um grupo de assaltantes que começam a "matar" entre si para evitar a divisão do roubo, no caso, de espaço no Governo Federal. Cunha achou que iria usufruir da pilhagem do golpe, loteando o governo Temer de cargos, mas puxaram-lhe o tapete!
Estão herdando dos PTralhas essa estratégica