Polícia

Delator acusa líder do governo na Câmara de receber propina

Por Época

AJUDA O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), é acusado de receber R$ 95 mil em propina. (Foto: Beto Barata/Folhapress)

A presidente Dilma Rousseff nunca teve uma vida estável no Congresso. Extensa na teoria, sua base de apoio parlamentar não só deixa a desejar nos momentos decisivos, como joga a favor de um pedido de impeachment de Dilma. Na semana passada, parlamentares mostraram que seu governo não está em condições de organizar qualquer coisa no Legislativo. Parte disso se deve ao fato de Dilma ter perdido um de seus principais articuladores no Senado, o líder do governo Delcídio do Amaral (PT-MS). A Operação Lava Jato levou Delcídio, preso em novembro ao tentar obstruir a investigação, e hoje convertido em colaborador. Agora, a Lava Jato ameaça carregar o outro líder de Dilma, também petista. O deputado José Guimarães, do PT do Ceará, aparece em uma delação premiada acertada com os procuradores da Força Tarefa do Ministério Público Federal.

Trata-se de um acordo especial: é o primeiro fechado por um operador do PT. Foi homologado há poucos dias pelo ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. A pedido do delator, que teme pela vida, seu nome é mantido em sigilo pela Procuradoria Geral da República. Trata-se de uma exceção, permitida por lei, no padrão de tratamento das delações obtidas pela Lava Jato. ÉPOCA teve acesso à delação do petista. Para cada caso que conta, ele lista uma série de documentos fornecidos para provar o que está dizendo. Seus relatos incluem, além de Guimarães, casos de corrupção que envolvem o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, e o ex-presidente da Câmara, deputado Marco Maia.

O delator confessa que trabalhou como uma peça essencial do esquema clandestino montado pelo PT para arrecadar dinheiro de empresas interessadas em fazer negócios com o governo. Essas empresas tinham de pagar um pedágio, operado pelo delator e organizado por Paulo Ferreira, tesoureiro do PT entre 2005 e 2010, e marido da ministra do Desenvolvimento Social, Teresa Campello. Ferreira é, hoje, o único dos mais recentes tesoureiros do PT que não passou pela cadeia. O sistema de pagamento do pedágio era simples e já bastante conhecido nas investigações da Lava Jato: Ferreira orientava o delator a celebrar falsos contratos de prestação de serviços de empresas fantasmas com as companhias privadas interessadas em obter contratos na Petrobras, outras estatais e bancos públicos. Depois que recebiam os pagamentos de estatais, as empresas acertavam a propina combinada com os petistas, mediante contratos fajutos para serviços inventados.

O passo seguinte era dividir os valores, muitas vezes em dinheiro vivo, entre o delator, Paulo Ferreira e outros envolvidos. Um desses envolvidos foi José Guimarães. Em 2010, o colaborador pediu ajuda a Guimarães para aproximar um dos sócios da empreiteira Engevix, José Antunes Sobrinho, do presidente do Banco do Nordeste (BNB), Roberto Smith. Sobrinho queria um empréstimo de R$ 260 milhões. “José Antunes Sobrinho contou ao colaborador que tinha acabado de ganhar uma licitação para a construção de três usinas eólicas na Bahia. Por causa disto, perguntou se o colabrador não o poderia ajudar na captação de recursos para a construção das três usinas, a qual seria realizada junto ao Banco do Nordeste”.

Como se sabe, a parte mais importante na elaboração de um projeto capitalista de porte no Brasil é ter acesso ao padrinho político de alguém com a chave de um gordo cofre público. No
depoimento, o colaborador afirma que Guimarães era a pessoa certa, pois havia indicado Smith para o cargo. “Como você me ajuda depois?”, disse Guimarães, segundo o relato do colaborador. Ele prometeu, então, parte da comissão de 1% (R$ 2,6 milhões) que receberia. A reunião foi acertada logo depois e o delator fretou um jatinho para ir a Fortaleza reunir-se com Roberto Smith. O empréstimo saiu em 2011.

Na hora do pagamento, no entanto, Sobrinho regateou e o valor da propina caiu para R$ 1 milhão. No depoimento, o colaborador afirma que pagou “R$ 95 mil ao deputado federal José Guimarães” pela ajuda, divididos em dois cheques, de R$ 65 mil e de R$ 30mil. Como em todos os seus relatos, o colaborador faz uma lista de documentos que pode fornecer como prova. No caso de Guimarães, são oito, entre eles cópias dos cheques e um comprovante do aluguel do avião. Guimarães já foi acusado de outros negócios com o banco do Nordeste.

Em um episódio ridículo e rumoroso, em 2005, no início do escândalo do mensalão, um assessor seu foi preso pela Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com US$ 100 mil ocultos na cueca. O descuidado José Adalberto Vieira da Silva carregava ainda R$ 209 mil em uma mala. Guimarães, segundo o Ministério Público Federal, era o beneficiário do valor. Investigações mostraram que o dinheiro era propina paga pelo consórcio Sistema de Transmissão do Nordeste, interessado em obter um empréstimo de R$ 300 milhões do Banco do Nordeste. Na ocasião, Guimarães negou ter conhecimento do que seu assessor fazia.

Pelas histórias que conta, o colaborador se deslocava com desenvoltura no mundo que une empresas interessadas em dinheiro público e os políticos que podem fazer isso acontecer. Suas confissões, portanto, não se resumem ao líder do governo na Câmara. O colaborador da Lava Jato está para o ex-deputado Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, como Marcos Valério estava para Delúbio Soares. Todo tesoureiro do PT tem seu operador – que, um dia, cai. A diferença no padrão Valério é que, desta vez, o operador resolveu falar de verdade. Em quase todas as histórias que relata, o colaborador cita Paulo Ferreira como parceiro. Foi Ferreira que apresentou o delator ao ex-presidente da Câmara, deputado Marco Maia, em 2011. Dois anos depois, o colaborador ajudou Maia a comprar um apartamento em Miami, por cerca de US$ 600 mil, pagos por duas empresas e registrado em nome de uma empresa offshore.

Em setembro de 2012, o colaborador recorreu a Ferreira para unir a empreiteira OAS, investigada pela Lava Jato, e os Correios. A OAS buscava o principal patrocinador para a Arena Grêmio – e pensava que os Correios seriam perfeitos para abrir os cofres. “A ideia era que o colaborador procurasse Paulo Ferreira, para que ele, na condição de parlamentar, pleiteasse junto ao então presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, o referido patrocínio”. Egresso do sindicalismo, Pinheiro chegou à presidência dos Correios pelas fileiras do PT. Segundo o delator, Ferreira topou a missão e foi ao encontro da representante da OAS. A justificativa, de acordo com o delator, era a paixão: “Paulo Ferreira disse que iria pleitear o patrocínio para ajudar o Grêmio, que era o seu time de coração”. Pelo dinheiro, Ferreira iria onde a OAS quisesse.

No encontro, o colaborador disse que havia “uma comissão pelo trabalho e que este valor ser ia ser dividido entre ele e Paulo Ferreira”. De acordo com o colaborador, Ferreira contou que falou com Wagner Pinheiro e que o negócio estava encaminhado. O delator disse aos investigadores que recebeu R$ 420 mil pela tarefa. O delator usou o velho expediente de forjar um contrato fictício para receber o dinheiro da OAS. Uma nota fiscal de 3 de setembro de 2012 comprova o que ele diz. “Do valor recebido, o colaborador repassou por volta de R$ 200 mil para Paulo Ferreira. O valor foi retirado em espécie por Paulo Ferreira no escritório do colaborador em São Paulo”, diz o texto da delação. O delator ofereceu como provas aos investigadores notas fiscais frias, o contrato forjado com a OAS e registros de entrada e saída de seu escritório.

O deputado José Guimarães rebate as afirmações do delator. “Tenho a consciência absolutamente tranquila de que jamais me beneficiei de recurso público, razão pela qual reitero meu repúdio às supostas acusações”. O deputado afirma que a acusação é política e que se defenderá. “Uma acusação desse tipo revela oportunismo diante do conturbado momento político no país e a incessante tentativa de criminalizar o PT e o governo, bem como seus defensores e representantes. Adotarei todas as medidas cabíveis, dentro do Estado de Direito, para defender minha honra, contra a qual não tolerarei ataques sem fundamento”. Procurado, o ex-deputado Paulo Ferreira também negou veementemente as afirmações do delator. “Nego categoricamente e enfaticamente o recebimento de qualquer valor relacionado a suposto patrocínio dos Correios à Arena Grêmio”, disse. A Engevix disse que “todas as informações relativas à atuação da Engevix foram e serão sempre prestadas diretamente às autoridades competentes”.

A assessoria do Grêmio afirma que “nunca se soube de pedido de patrocínio do Grêmio aos Correios, nem tão pouco de contatos feitos com o referido deputado federal. Só podemos informar que a atual administração do Grêmio desconhece totalmente esse assunto”. Os Correios disseram que houve pedido de patrocínio e foi recusado. A estatal diz ainda que não há registro de reunião entre o presidente e o então deputado federal Paulo Ferreira na data citada pelo delator. “Os Correios não vão se manifestar sobre conteúdo de delação do qual não têm conhecimento”. O Banco do Nordeste afirma que “todas as decisões de crédito são colegiadas e seguem rigorosamente os normativos internos e respectivos níveis de decisão”. A OAS não respondeu até o fechamento da edição. O advogado de Marco Maia, Daniel Gerber, disse que seu cliente não tem apartamento em Miami e está à disposição da Justiça

Opinião dos leitores

  1. Esse elemento ficou conhecido como o cueca cheio de dólares e reais e quem o PT chama para ser seu líder na Câmara? O próprio. Esse salafrário que se julga o paladino da honestidade e da justiça.

  2. Esse partido e 99% dos políticos corrompidos com a corrupção ainda se tira 1% que talvez não seja mais e 99% certeza

  3. A CARA DESSE SUJEITO, PARECE JÁ DE CULPADO E CHORANDO O TEMPO TODO.

    AI MEU DEUS COMO EU SOU NOJENTO , FEDIDO EU MAIS PAREÇO UMA CARNIÇA!!!!!!!

  4. Prá tanto dinheiro…agora vai ter q usar uma "samba canção"…kkkk…não escapa um!!!…pense num ParTido??!!

  5. Vai ter que usar um cuecão, mais dinheiro, foi pouco quando foi pego com dinheiro na cueca, agora mais.
    aonde vai a ganãncia de um cueção de couro corrupto.

  6. O brasileiro tem memória curta, esse aí é aquele dos dólares na cueca, que não deu em nada.

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Geral

Lula reclama de aviões do governo: “Muito ruim. Precisa comprar mais”

Foto: Reprodução/YouTube

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na tarde desta sexta-feira (26/4), da cerimônia de entrega de aeronaves comerciais fabricadas pela Embraer para a companhia Azul Linhas Aéreas. Em discurso, o chefe do Executivo reclamou da frota de aviões do governo.

“Vamos fazer uma parceria muito bem equilibrada para que a Embraer dê certo, para que a Azul dê certo. Para que a Gol volte a comprar avião da Embraer, para que a Latam volte a comprar avião da Embraer, para que o governo volte a comprar os aviões que precisa comprar para renovar a frota”, disse o presidente.

Ele ainda frisou: “Tá muito ruim a frota de avião. Nós precisamos comprar mais”, reclamou o presidente.

Em seguida, Lula perguntou ao ministro Fernando Haddad em qual aeronave ele voltaria para casa. “É um velhinho?”, perguntou ao titular da Fazenda, que riu.

O evento ocorreu durante a visita do chefe do Executivo a São José dos Campos, São Paulo. Na ocasião, Lula, acompanhado do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e da primeira-dama, Janja Lula da Silva, batizou um dos aviões entregues à companhia em um gesto simbólico.

Metrópoles

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Gastronomia

PAPO DE FOGÃO: Que tal aprender a preparar uma autêntica Paella e um crumble de castanha com sorvete de caipirinha?

Esta semana, no Papo de Fogão, vamos explorar uma combinação de sabores irresistíveis! Destaques incluem uma autêntica Paella, preparada pelo Chef Tiago Lira do Restaurante Il Giardino no Resort Beija Flor, em Pipa/RN. Além disso, nossa dica rápida vem de Tauá/CE, com um tentador Crumble de Castanha com Sorvete de Caipirinha, preparado do Chef Júnior Souza do Restaurante Maria Bastos. Prepare-se para uma verdadeira viagem gastronômica!

SÁBADO
BAND
MARANHÃO, 7h
CEARÁ, 8h
PIAUÍ, 8h
MATO GROSSO, 8h30
ALAGOAS, 10h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Geral

Usuário que enviou SMS para roubar acesso a sistema do governo já deu golpes com Bolsa Família e Pix

Foto: lucato/Thinkstock

A mensagem SMS usada para tentar roubar dados de funcionários do governo com acesso ao sistema de pagamentos da União veio do mesmo número que já aplica uma série de golpes parecidos relacionados ao Pix, ao programa Bolsa Família e a empréstimos bancários.

O Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal) foi alvo de ataque. O Estadão identificou mais de R$ 15 milhões em dinheiro público desviados para contas abertas em nome de empresas e pessoas físicas, incluindo beneficiários de programas sociais. A suspeita é que houve roubo de senhas, CPFs, CNPJs e chaves Pix para efetuar os desvios.

Conforme a reportagem revelou, usuários do Siafi, incluindo funcionários do governo e do Congresso Nacional, receberam uma mensagem SMS no dia 8 de abril com um link fraudulento em seus celulares. A mensagem trazia o nome do servidor, o CPF e uma suposta mudança de acesso ao sistema.

O SMS foi identificado como uma tentativa de roubo de dados e pode ter sido a origem dos desvios praticados. No dia seguinte, todos foram orientados a alterar suas senhas e reportar o ocorrido.Mensagem SMS recebida por usuários do Siafi com link fraudulento, no dia 8 de abril. Foto: Reprodução

O número que enviou a mensagem é o mesmo recebido por vários servidores – e é o mesmo que já tentou aplicar outros golpes na praça, como o golpe do Pix, do Bolsa Família e de empréstimos bancários.

Nesse tipo de ataque, criminosos enviam links para o celular das pessoas falando que elas precisam atualizar os dados para não perder acesso à conta ou ao benefício do programa social do governo. Há dezenas de reclamações registradas na internet e em órgãos de defesa do consumidor.

O Estadão identificou desvios que somam R$ 15,2 milhões entre março e abril. O dinheiro foi desviado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O recurso serviria para pagar duas empresas de tecnologia, incluindo o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), que pertence ao governo a presta serviços para esses órgãos. O Serpro também é responsável pela gestão da tecnologia do Siafi.

Mais de R$ 10 milhões foram desviados depois que o governo já sabia do ataque e da tentativa de roubo de acesso ao Siafi. A Secretaria do Tesouro Nacional afirma que houve roubo de acesso de usuários específicos e que a segurança do sistema ficou intacta. Depois dos desvios, o governo aumentou as exigências para acesso, como certificado digital expedido pelo Serpro e cadastro por reconhecimento facial.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal, pela Abin, pelo Banco Central e pelo Tribunal de Contas da União – que apuram os valores desviados, possíveis falhas no sistemas e a autoria do ataque. Até o momento, só há informação de R$ 2 milhões recuperados do total de desvios, mas a quantia pode ser maior.

Analistas ouvidos pelo Estadão dizem que o Siafi poderia estar mais protegido de acessos fraudulentos se fossem adotadas pelo governo mais práticas recomendadas por especialistas de segurança de informação.

Procurada, a Secretaria do Tesouro Nacional não se pronunciou. O Ministério da Fazenda direcionou a pergunta sobre a segurança do Siafi para o Ministério da Gestão, responsável pelos serviços de tecnologia do governo, mas o órgão também não se posicionou.

Estadão Conteúdo

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Educação

Universidades veem proposta ‘ofensiva’ do governo Lula e ampliam greve

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Aumento de instituições paradas ocorre após o movimento grevista rejeitar a proposta do governo Lula (PT). Representantes do MEC (Ministério da Educação) e da pasta de Gestão e Inovação apresentaram, na semana passada, uma proposta de 9% de reajuste aos professores e 9,5% aos servidores em 2025 — mantendo assim em 0% o aumento para esse ano. Para 2026, seriam 3,5% para ambas as categorias.

Categorias definiram a reunião com o governo como “decepcionante”. “A proposta foi tão ofensiva às nossas expectativas que ocorreu um crescimento da greve, vários campi que não tinham aderido agora aderiram”, disse Lobão, que também é professor de matemática do IFPB (Instituto Federal da Paraíba).

A Andifes (associação que reúne os reitores das universidades federais) afirmou à reportagem que 22 instituições estão em greve no momento. Outras 12 estão com indicativo para paralisação aprovado e 16 já decidiram que não vão aderir. Em 17 universidades ainda haverá assembleia para decidir sobre o movimento, afirma o grupo.

O UOL procurou o MEC, que disse ter encaminhado os questionamentos ao MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos). Não houve respostas até a publicação deste texto.

A greve teve início em 2 de abril por parte dos professores, mas ganhou força em 15 de abril. A categoria técnico-administrativa começou a paralisação no mês passado, em 18 de março.

Quais são as reivindicações

Os professores reivindicam reajuste salarial de 22% dividido pelos próximos três anos — 7,06% em cada, começando em 2024. Já os servidores técnico-administrativos pedem por um aumento de 34%, também dividido no mesmo período de tempo.

As categorias também pedem reestruturação da carreira e um “revogaço” de leis dos últimos governos. Segundo o presidente do Andes, o governo não deu atenção a reorganização de carreira e deixou “escanteados os aposentados e aposentadas, que não vão ter qualquer espécie de acrescimento na sua renda nesse ano”.

Os servidores também pedem a recomposição do orçamento de investimento na rede federal de ensino. No primeiro ano do governo Lula, as instituições tiveram um aumento no orçamento comparado a 2022, mas este ano a verba minguou — as instituições afirmam que precisam de R$ 2,5 bilhões a mais nas contas para fecharem o ano.

Segundo a reportagem apurou, o tema não avançou nas negociações do governo com os movimentos grevistas.

UOL

Opinião dos leitores

  1. EITA QUE COOSA FANTÁSTICA. VIA MEUS PROFESSORES DA UF GANHANDO 20MIL. 30MIL E ATE MAIS. E AGORA EM GREVE. QUE ISSO DRS. E SO FAZER O LLL E O CORAÇÃO ♥

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Educação

Após falhas em sistema, MEC prorroga prazo para as convocações da lista de espera do Fies

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta sexta-feira (26) que prorrogou até 17 de maio o prazo para as convocações da lista de espera do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do primeiro semestre de 2024.

A decisão foi anunciada após reclamações de estudantes, que alegam que erros do Ministério da Educação (MEC) no processo seletivo estão atrapalhando a convocação de novos alunos na lista de espera.

Os estudantes — que disputam mais de 67 mil vagas para fechar contratos de empréstimo e pagar a graduação — relatam falhas técnicas, demora excessiva na fila de espera e outros problemas que, na visão deles, exigiriam uma ampliação do prazo de inscrições.

Em resumo, as queixas do estudantes são as seguintes:

O sistema eletrônico pelo qual os estudantes enviam os documentos na matrícula tem problemas técnicos desde o início do processo, atrasando todas as etapas seguintes;

As listas de espera não estão “rodando” no ritmo esperado, por isso, milhares de alunos que não foram aprovados na 1ª chamada aguardam a convocação;

A mesma pessoa está sendo aprovada em mais de uma opção de curso (algo vetado pelo edital do Fies);

O prazo final do Fies termina em 30 de abril e, mesmo com as falhas relatadas acima, a pasta afirma que “não vislumbra possibilidades de prorrogação”.
Além disso:

O edital do Fies 2024 foi publicado apenas em 7 de março, quase dois meses após a divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — em 2023, o documento saiu em 27 de janeiro, antes das notas da prova.

As inscrições do Fies terminaram em 18 de março, após algumas universidades já terem iniciado o ano letivo. Isso fez com que os aprovados, que ainda teriam todo o trâmite da pré-aprovação e da matrícula, perdessem as primeiras semanas de aula.

Abaixo, entenda os detalhes dos problemas:

Problema 1: sistema de entrega de documentos com falhas
Os alunos que foram pré-selecionados na 1ª chamada (divulgada em 28 de março) tinham de enviar, como é de praxe, uma série de documentos para a universidade. O sistema eletrônico usado pelas instituições de ensino, no entanto, apresentou problemas técnicos e atrasou esse processo.

Por isso, o MEC aumentou o prazo para a etapa de conferência de dados pessoais. Segundo relatos enviados à reportagem, mesmo assim, as falhas não foram corrigidas e continuam atrasando as matrículas.

“O sistema de acesso das faculdades oscilou muito, falhou e comprometeu os prazos. Foi uma correria gigante [desde o início]”, explica Rogério*, coordenador de bolsas e financiamento de uma instituição de ensino privada.

“É comum termos intercorrências no Fies, mas, neste ano, foram muitas mudanças [nas regras do programa] em pouco de espaço de tempo. É como trocar o pneu com o carro andando”, diz.

Problema 2: a lista de espera não está ‘rodando’
Acontece, então, um efeito cascata:

Quando um candidato que passou na 1ª chamada não efetiva a matrícula ou não entrega os documentos a tempo, a vaga é transferida para a lista de espera (todos os reprovados disputam essa segunda chance). Em geral, a lista “roda” várias vezes, e novos alunos vão sendo convocados. O período para essa “repescagem”, segundo o edital, vai de 28 de março a 30 de abril.

No entanto, jovens ouvidos pelo g1 afirmam que a lista de espera não está “rodando” como em anos anteriores. A primeira saiu em 28 de março, como era previsto, mas a segunda só foi divulgada em 18 de abril. Desde então, afirmam os estudantes, nenhum outro nome foi convocado.

Provavelmente, o que explica essa lentidão é justamente o problema no sistema de entrega dos documentos.

Forma-se um ciclo: os candidatos pré-selecionados não conseguem completar a matrícula -> o MEC prorroga o prazo para esses alunos entregarem os documentos –> as vagas ficam “represadas” e não são liberadas para as listas de espera.

g1

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Polícia

VÍDEO: Mulheres furtam expositor de relógios escondendo objeto dentro de cesto de lixo em Bom Jesus

Três mulheres furtaram um expositor de relógios de uma loja de variedades na cidade de Bom Jesus, no interior do Rio Grande do Norte, de uma maneira inusitada. As suspeitas levantaram um tapete para esconder a ação, colocaram o expositor completo dentro de um cesto de lixo, e depois saíram andando normalmente.

O crime aconteceu no domingo (21), mas as imagens viralizaram nesta sexta-feira (26). As câmeras de segurança do estabelecimento flagraram o momento do crime.

A ação aconteceu às 11h21, enquanto a loja estava aberta e com clientes transitando normalmente no local.

g1-RN

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Polícia

Oito eleitores são presos por falsificação de documentos para transferência eleitoral no RN, diz TRE

Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi

Oito eleitores foram presos nas últimas duas semanas em cartórios do Rio Grande do Norte ao apresentarem documentos falsos para a transferência eleitoral, segundo o Tribunal Regional Eleitoral do RN (TRE-RN).

Segundo o TRE, os documentos apresentavam inconsistências. Os casos, registrados como crimes eleitorais, passaram a ser investigados pela Polícia Federal.

Desde o dia 15 de maio, o TRE estendeu os horários de atendimento em todos os cartórios do RN para realizar mudanças de domicílio eleitoral ou impressão do primeiro título.

O crime mais recente registrado aconteceu na quinta-feira (25), quando dois eleitores foram detidos na 46ª Zona Eleitoral (ZE), em Ceará-Mirim, que atende também os municípios de Pureza, Taipu e Ielmo Marinho.

Na ocasião, a dupla apresentou documentos falsos para transferência eleitoral, e a polícia foi acionada pelos servidores.

“Desde a semana passada, percebemos que alguns eleitores de Pureza estavam utilizando-se de um contrato de locação de imóvel, todos no mesmo formato e muitos assinados pela mesma testemunha”, relatou o chefe do cartório da 46ª ZE, Paulo Almeida.

Na manhã desta sexta (26), a dupla passou por audiência de custódia, e a juíza Niedja Fernandes dos Anjos e Silva concedeu a liberdade provisória. Além dos eleitores, um pré-candidato, que não teve o nome revelado, também passou a ser investigado pela PF.

Mais presos em cartórios

Também nesta semana, na quarta-feira (24), servidores do cartório da 7ª Zona Eleitoral, em São José de Mipibu, verificaram que os comprovantes de residência apresentados por três pessoas para alteração no domicílio eleitoral tinham inconsistências.

Enquanto acionavam a Polícia Militar, um dos suspeitos fugiu, mas a dupla que permaneceu no local admitiu que morava na zona rural de Macaíba e que tinha recebido a proposta para alterar a cidade de votação em troca de benefícios durante as eleições de 2024. Os dois foram encaminhados para a PF.

Segundo o chefe de cartório da 7ª ZE, Ailton Rodrigues Barbosa, cerca de 20 a 30 requerimentos estão sendo analisados pelo cartório suspeitos de fraude no comprovante de domicílio.

“A gente pede que fiquem atentos para não ceder a propostas de políticos, pois na maioria dos casos são pessoas simples, de pouca instrução, que são enganadas com promessas e benefícios e que não sabem o que pode acontecer com elas”, explicou Ailton Barbosa.

“Portanto fiquem atentos, pois todos vão responder na Justiça em caso de crimes eleitorais, tanto os eleitores como os candidatos”.

No dia 16 de abril, outras quatro pessoas foram presas em flagrante, no cartório eleitoral de Goianinha, na 9ª Zona Eleitoral. A acusação foi a mesma: apresentaram documentos falsos para transferência de domicílio eleitoral.

Benefícios são oferecidos por pré-candidatos, alerta TRE

Segundo o TRE, na maioria dos casos, os pré-candidatos envolvidos oferecem benefícios aos eleitores durante o processo eleitoral para que votem e apoiem a candidatura deles.

Alguns dos benefícios oferecidos são: distribuição de feira (como sacolões), dinheiro ou promessas de cargos públicos após serem eleitos.

“É importante que o eleitor não se submeta a promessas e dádivas oferecidas por candidatos, objetivando o seu voto, pois isso se traduz em crime eleitoral, tanto para o eleitor como para o pretenso candidato”, comentou o chefe de cartório da 46ª ZE, Paulo Almeida.

g1-RN

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Geral

Álvaro Dias assina ordem de serviço para recapeamento asfáltico de três vias na Zona Leste

Foto: Alex Régis

Os serviços do programa Asfalto Novo não param na cidade de Natal. São dezenas de ruas drenadas e recapeadas pela gestão municipal, que está requalificando vias públicas nas quatro zonas administrativas da cidade. Na manhã desta sexta-feira (26), no Palácio Felipe Camarão, o prefeito Álvaro Dias assinou mais uma ordem de serviço, desta vez para serviços do gênero nas avenidas Campos Sales e Floriano Peixoto, como também da rua Miramar, todas localizadas na Zona Leste. O investimento é da ordem de R$ 3,8 milhões. A Potiguar Construtora será a responsável pelos serviços.

Na ocasião, Álvaro Dias fez referência ao programa Asfalto Novo, implementado em sua gestão, comentando que o programa não representa apenas obras de infraestrutura, mas também de segurança no trânsito para os motoristas e valorização dos imóveis das vias beneficiadas. “As três vias públicas do contrato são trechos de intenso tráfego na cidade e muito importantes. O investimento favorece também o turismo na cidade, o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e renda. Com a nova orla marítima da Zona Leste que urbanizaremos e modernizaremos, vamos dar um impulso grande ao turismo em Natal”, observou o chefe do Executivo municipal.

Na solenidade, Dias mencionou, ainda, o recapeamento asfáltico e a recuperação de dezenas de vias públicas nas quatro regiões administrativas, como as avenidas Deodoro da Fonseca, Hermes da Fonseca, Jaguarari, Interventor Mário Câmara, Praia de Ponta Negra, Prudente de Morais, Rui Barbosa e São José, dentre outras. “Cito também a obra da avenida Felizardo Moura, com quatro pistas e mais uma reversível, afora as Praças Cívica, Gentil Ferreira, a de Candelária, a Praça das Flores e o Parque Ecológico de Capim Macio. E estamos também com obras no San Vale, conjunto Santa Catarina, pontilhão de Cidade Nova, além do Hospital Municipal de Natal, Complexo Turístico da Redinha e o Teatro Municipal Sandoval Wanderley. Queremos deixar uma Natal mais agradável e próspera para a população”, concluiu o prefeito.

Participaram, ainda, da solenidade o vereador Herberth Sena, representando a Câmara Municipal do Natal; vereador Kleber Fernandes; secretário municipal de Governo, Joham Xavier; secretário de Infraestrutura, Carlson Gomes; secretário de Comunicação Social, Heverton de Freitas, além do representante da Potiguar Construtora, assessores e servidores municipais.

Opinião dos leitores

    1. Exatamente isso, como também a Omar o’grady cheio de buracos, hoje vi uns quatro carros com pneus estourados.

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Brasil

Bandeira verde: Aneel mantém conta de luz sem cobrança adicional em maio

Foto: ADRIANO ISHIBASHI/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (26) que no mês de maio a bandeira tarifária permanecerá verde. Dessa forma, os consumidores não terão custo extra nas contas de luz.

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Geral

VÍDEO: Pacheco cobra LULA; ‘Além de arrecadar, qual proposta do governo de corte de gasto para equilibrar as contas?’

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma ampla discussão para debater o gasto público e o corte de gastos por parte do Poder Executivo.

A declaração desta sexta-feira, 26, ocorre depois que Pacheco anunciou um recurso de agravo contra a decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de empresas e prefeituras. O magistrado atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), ou seja, do governo federal.

“O que o Brasil precisa, já que se invoca tanto essa questão de responsabilidade fiscal nessa petição que parece muito catastrófica da AGU, como se a desoneração da folha fosse o grande mal do país e se os municípios fossem a grande parte do problema, é preciso então ter uma ampla discussão sobre gasto público e corte de gasto por parte do governo federal”, disse Pacheco a jornalistas

Fonte: Portal 98Fm

Opinião dos leitores

  1. Parece que está acordando agora do sono, quando o empresário há tempos já havia tentado acorda lo.

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