Jornalismo

Desastre em Minas Gerais x Terrorismo em Paris: como a imprensa brasileira cobriu os dois casos?

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Portal Comunique-se

Quinta-feira, 5 de novembro: duas barragens de rejeitos da Samarco, empresa cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, se romperam e inundaram de lama o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Sexta-feira, 13 de novembro: ataques terroristas em Paris, na França, deixaram mais de 120 mortos e centenas de feridos. As duas notícias pautaram a imprensa brasileira, mas em proporções bem diferentes. É isso que mostra o levantamento feito pela reportagem do Portal Comunique-se ao olhar para as mídias TV, jornal e revista. Diante da importância factual de ambas, a reportagem levou o tema a acadêmicos, que avaliaram o comportamento dos veículos de comunicação. Mas antes de abrir o debate, vamos aos dados.

Globo, SBT, Record e Band
A análise feita pelo Portal Comunique-se leva em consideração o comportamento da imprensa no início de cada fato. Ou seja, mostra como foi a cobertura do desastre em Minas Gerais nos dias 5, 6, 7 e 8 de novembro, e as notícias dos ataques em Paris nos dias 13, 14 e 15 do mesmo mês. A começar pelas emissoras de TV, a Globo dedicou, aproximadamente, uma hora e 12 minutos de sua programação, ao longo dos quatro dias analisados, para abordar a pauta nacional. Os programas que entram no estudo são os jornalísticos ‘Hora Um’, ‘Bom Dia Brasil’, ‘Jornal Hoje’, ‘Jornal Nacional’, ‘Jornal da Globo’ e ‘Fantástico’. No total, 17 reportagens foram apresentadas. Fabiana Almeida, Ricardo Soares, Viviane Possato, Cristiane Leite, Fernando Moreira, Aline Aguiar e Ismar Madeira foram alguns dos jornalistas envolvidos nessas coberturas. O Portal Comunique-se observou que a emissora não criou especiais sobre o tema. Quando o assunto é o ataque em Paris, o canal reservou, aproximadamente, três horas e 54 minutos de sua grade para abordar o tema nos dias 13, 14 e 15. As reportagens foram veiculadas nas mesmas atrações mencionadas, sendo que ‘Hora Um’ ganhou edição extra no sábado, 14, especialmente para falar do tema. Além disso, ‘JN’ e ‘Fantástico’ também tiveram edições dedicadas à pauta. Os correspondentes foram movimentados e nomes como Carolina Cimenti, Cecília Malan, Márcio Gomes, Ilze Scamparini, Pedro Vedova, Roberto Kovalick, Fábio Turci, Alan Severiano, Sandra Coutinho, Tonico Ferreira, Jorge Pontual e Marcos Uchôa reportaram os acontecimentos – diretamente da capital francesa e de outras cidades. No total, 68 reportagens foram apresentadas.

O mesmo acontece com outras duas emissoras. SBT, por exemplo, transmitiu, aproximadamente, 16 minutos de reportagem sobre o desastre em Minas Gerais nos programas ‘Jornal do SBT’ e ‘SBT Brasil’. Fernanda de Andrade e Sid Marcus estão na lista dos repórteres que cuidaram da pauta. No total, oito reportagens foram veiculadas. A notícia sobre os ataques terroristas ganhou espaço de 45 minutos nas mesmas atrações com informações de Elcio Ramalho, Karina Pachiega, Daniel Adjuto, Yula Rocha e Sérgio Utsch. O canal, assim como fez a Globo, entrevistou o especialista Heni Ozir Cukier para falar sobre a violência. No total, 18 matérias foram apresentadas sobre o atentado.

A Record veiculou 40 minutos de conteúdo sobre a pauta nacional nos noticiários ‘Balanço Geral Manhã’, ‘Fala Brasil’ e ‘Jornal da Record’. Para cuidar da apuração, estavam envolvidos os jornalistas Virgínia Nalon, Sálua Zorkot, Helen Oliveira e Luiz Carlos Azenha. Quinze reportagens foram ao ar. O tema internacional ganhou no canal, aproximadamente, uma hora e sete minutos com matérias de André Tal e Jonathas Mello, jornalista que colaborou com as informações. Ele mora em Paris e falou de maneira especial para a emissora. Foram veiculadas 25 reportagens.

A Band foi a única que apresentou dados distintos. Em seus programas ‘Café com Jornal’, ‘Brasil Urgente’, ‘Jornal da Band’ e ‘Jornal da Noite’, a emissora usou uma hora e 44 minutos da grade para falar sobre o caso em Minas Gerais com 26 matérias. Para os ataques em Paris, uma hora e dois minutos foi reservada para o tema. No total, o canal colocou no ar 23 reportagens, sendo que o correspondente Milton Blay esteva envolvido na cobertura.

CartaCapital, Época, Veja e IstoÉ
Quando os fatos aconteceram, as revistas semanais já tinham definido suas capas. CartaCapital, Época, Veja e IstoÉ tiveram a oportunidade de tratar do desastre em Minas Gerais na capa desta semana, já que o evento foi no dia 5 de novembro. Em todas as publicações, exceto em Veja, o caso ganhou chamadas na capa, mas não como destaque principal. A Época chegou a criar especial sobre o assunto, mas os ataques em Paris fizeram com que o material ficasse em segundo plano.

Correio Braziliense, Diário de Pernambuco, Estadão, Estado de Minas, Folha de S. Paulo, Gazeta do Povo, O Globo, O Tempo e Zero Hora
Quando a análise chega aos impressos diários, é possível ver que as duas pautas ganharam as capas. Correio Braziliense, Diário de Pernambuco, Estadão, Estado de Minas, Folha de S. Paulo, Gazeta do Povo, O Globo, O Tempo e Zero Hora trabalharam a tragédia de Minas Gerais e os ataques em Paris de maneira parecida, com capas destacando o caso brasileiro nos dias 6, 7 e 8 de novembro e a pauta internacional como foco nos dias 14, 15 e 16. A diferença está nas publicações locais. Mesmo diante do terrorismo internacional, Estado de Minas e O Tempo mantiveram o caso nacional em evidência.

Valor notícia?
Quem conversou com a reportagem do Portal Comunique-se foi a coordenadora do curso de jornalismo da Cásper Líbero, Helena Jacob, e o coordenador do curso de jornalismo da PUC do Rio Grande do Sul, Fábian Chelkanoff Thier. Ao terem conhecimento dos dados levantados pela reportagem, eles concordam que as duas notícias são de extrema importância, mas foram enfáticos ao dizer que a imprensa não deu a verdadeira dimensão para o caso de Minas Gerais nos primeiros dias de cobertura. Eles levantam, ainda, alguns motivos para isso ter acontecido.

Segundo Helena, falar em “desastre natural” ao noticiar que as barragens romperam é um erro. Trata-se de desastre tecnológico, avalia. “A cidade estava arrasada, a lama continuava correndo, chegou ao Rio Doce e só depois, motivada pelas redes sociais, a imprensa viu que era muito mais sério. Houve despreparo, mas acredito que agora os veículos estão correndo atrás do prejuízo”. Segundo a professora, que acompanhou a cobertura dos dois casos, o trabalho está equilibrado nesta semana.

Ela conta que os ataques em Paris ganharam mais destaque porque existe miopia no jornalismo. “Paris é lugar importante para a cobertura internacional, mas o mundo não é somente isso. O que acontece é que existe espetacularização midiática sobre o tema, já que as pessoas conhecem a França, o público tradicional da imprensa conhece as grandes capitais e isso direciona a cobertura porque tem identificação. Porém, isso não justifica não cobrir fatos nacionais”. Helena afirma que a cobertura sobre os ataques terroristas foi positiva, mas ressaltou que se não tivesse pressão das redes sociais, os veículos iriam cobrir a pauta fortemente ao longo desta semana sem dar atenção aos problemas do próprio país.

De acordo com Chelkanoff Thier, pautas internacionais, ainda mais quando se fala em terrorismo, sempre serão muito importantes, no entanto o que se viu na cobertura de Minas Gerais é que a maior tragédia ambiental do Brasil foi colocada em segundo plano por questões econômicas e financeiras. “A impressão que tenho é que os veículos têm medo de falar sobre a Vale. A Samarco cometeu erro gravíssimo contra a população, mexeu com vidas e um distrito inteiro, e ninguém diz nada?”, questiona.

Para o acadêmico, a situação ainda tem agravante: pauta ambiental tem menos prestígio e é tratada de maneira secundária no Brasil. “Alguns especialistas defendem que por 100 anos vamos pagar pelo que aconteceu em Mariana. Só que o que vai acontecer no futuro acaba não ganhando espaço na imprensa. Vamos ter problemas de flora e fauna, de água, que já vive crise, e não se fala, pois o que acontece agora é mais importante do que vai acontecer. É um erro do jornalismo de maneira geral. A imprensa é imediatista”.

Chelkanoff Thier compara o que aconteceu em Minas Gerais com o caso da boate Kiss, que matou mais de 240 pessoas no interior do Rio Grande do Sul. Ele lembra que os âncoras deixaram as bancadas para apresentarem os jornalísticos no local. “Existe problema grande de critério no jornalismo brasileiro. Por qual motivo o apresentador não foi até o local ver a situação de Minas Gerais? Por que não enviaram mais jornalistas? Esse rompimento foi tão grave quanto o caso do incêndio em Santa Maria. Não há como mensurar a tragédia que foi o caso de Minas e a mídia não fala com proporção sobre o tema”. O professor concorda com Helena do ponto de vista das redes sociais. Para ele, as mídias alternativas ajudaram a noticiar e criar comoção diante do caso.

Opinião dos leitores

  1. Foram eventos que serviram para a imprensa deixar de cobrir as manifestações de 15 de novembro. O Brasil está pegando fogo e a imprensa faz de conta que está às mil maravilhas. O combate final se aproxima.

  2. A cobertura foi um massacre de notícia sobre os coitados na França e algumas frases sobre Mariana.
    Monumentos nacionais com luzes na cores da França, e Mariana?
    Brasileiro é fraco até nessa hora, onde a dor do exterior é mais forte que a nossa própria, eita país de gente fraca e que não se dá valor

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Cidades

Natal zera filas do Cadastro Único e já agenda usuários em até três dias

Foto: Demis Roussos

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas), zerou a fila do Cadastro Único na cidade. Em menos de nove meses, mais de 41 mil pessoas foram atendidas na capital potiguar. Hoje, quem agenda o serviço pelo aplicativo Natal Digital consegue atendimento em até três dias. O Cadastro Único é a porta de entrada para benefícios como Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica e Benefício de Prestação Continuada (BPC), fundamentais para milhares de famílias.

Para dar conta da demanda, a Semtas reforçou os Centros de Referência da Assistência Social (Cras), estruturou a unidade do Cadastro Único na Zona Norte, criou uma central no Alecrim, com capacidade para mais de 500 atendimentos por dia, e organizou mutirões nas comunidades.

A mudança já é sentida por quem depende do serviço. “Já tinha tentado antes e não conseguia. Agora foi rápido, faço tudo pelo celular. Estou feliz porque consegui marcar e já sei que vou ser atendida na quarta-feira”, contou a dona de casa Janaíne Judaico.

Beneficiário do BPC, Manoel Lopes também aprovou a novidade. “Foi muito importante poder resolver tudo sem sair de casa. Eu consegui agendar pela plataforma para quarta-feira e fiquei tranquilo, sabendo que já está garantido”, disse.

A secretária de Trabalho e Assistência Social, Nina Souza, destacou o marco e lembrou das medidas implementadas para fortalecer o serviço.  “Zerar a fila do Cadastro Único e atender 41 mil pessoas é resultado do esforço das equipes e da reorganização dos serviços. Hoje, quem agenda sabe que será atendido com agilidade e transparência. Este ano, implantamos ações no CadÚnico para que a população não perca seu benefício, com atendimento aos sábados e aumento no número de entrevistadores”, relatou.

A diretora do Departamento de Proteção Social Básica da Semtas, Carla Maria, reforçou que o avanço só foi possível pelo empenho das equipes técnicas.“Esse resultado mostra o compromisso da gestão e fortalece a qualidade do atendimento à população”, destacou.

Com o novo fluxo consolidado, os atendimentos seguem de forma contínua, com agendamento pelo Natal Digital (disponível nas principais plataformas eletrônicas) e serviços prestados presencialmente nas unidades do Cadastro Único da Semtas, na Zona Norte, no Alecrim e nos 12 Cras da cidade.

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Brasil

Ministro da Saúde diz que não está “nem aí” para visto americano

Foto: Reprodução

Alexandre Padilha, ministro da Saúde, disse que não está “nem aí” sobre a possibilidade de não conseguir autorização para entrar nos Estados Unidos. A declaração foi feita na 3ª feira (16.set.2025), durante entrevista depois do lançamento do cronograma de integração do Cadastro SUS ao CPF.

Padilha citou “Tô Nem Aí”, lançada em 2003 pela cantora Luka, para expressar sua posição. “Esse negócio do visto eu to igual aquela música: ‘Tô nem aí’, sabe? Vocês tão mais preocupados com o visto do que eu, certo? Tô nem aí. Eu acho que só fica preocupado quem quer ir para os Estados Unidos. Eu não quero ir para os Estados Unidos”, declarou.

O ministro recebeu convites para participar de reuniões internacionais nos EUA, incluindo um encontro de ministros da Saúde na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York e uma reunião da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) em Washington. Ambos os eventos estão programados para setembro.

O Ministério de Relações Exteriores informou na 2ª feira (15.set.2025) que nem todos os integrantes da comitiva que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem aos Estados Unidos receberam os vistos necessários para entrar no país. Lula embarca para Nova York no sábado (20.set.2025) para participar de reuniões diplomáticas e da abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que será realizada em 23 de setembro.

Até o momento, o Poder360 confirmou que a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana de Medeiros, integrarão a comitiva. Outros ministros ainda aguardam definições de agenda para confirmar a viagem.

No caso de Padilha, o Itamaraty encaminhou um pedido de concessão de visto ao ministro à embaixada dos Estados Unidos em 19 de agosto. A solicitação se deu 4 dias depois de o governo de Donald Trump (Partido Republicano) revogar a permissão da mulher e da filha de Padilha de entrar no país. O visto do próprio Padilha não foi revogado porque já havia expirado.

Ainda na conversa com jornalistas, Padilha disse que pode não comparecer aos eventos internacionais por compromissos no Congresso Nacional brasileiro.

O ministro também fez críticas indiretas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “Só fica preocupado com visto quem quer sair do Brasil, ou quem quer ir pra lá pra fazer lobby de traição da pátria, como alguns tão fazendo. Não é o meu interesse, tá certo? Então eu tô nem aí com relação a isso” afirmou.

Outros funcionários do governo brasileiro também tiveram seus vistos americanos revogados. Entre eles estão Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do ministério e atual coordenador-geral para a COP30.

Poder360

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Saúde

Tomógrafos do Walfredo Gurgel quebram e pacientes são transferidos para Parnamirim

Foto: Magnus Nascimento

O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, está funcionando sem tomógrafo. Os dois aparelhos de tomografia da maior unidade hospitalar do Rio Grande do Norte estão quebrados desde terça-feira (16). Diante deste cenário, os pacientes que necessitam do serviço estão sendo transferidos para o Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim, na região Metropolitana de Natal.

A informação foi confirmada à reportagem da TRIBUNA DO NORTE pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). De acordo com a pasta, a empresa responsável pela manutenção já foi acionada para realizar o serviço. A expectativa é de que os exames voltem a ser realizados no Walfredo até esta quinta-feira (18).

“Imediatamente após a quebra dos equipamentos, a empresa responsável pela manutenção foi acionada e a previsão é de que os exames retornem na unidade no máximo até amanhã (18). Enquanto isso, a assistência aos pacientes que necessitam de tomografia segue assegurado no Hospital Deoclécio Marques de Lucena”, esclareceu a Sesap em nota.

Tribuna do Norte

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Política

QUAEST: 51% desaprovam Lula e 46% aprovam, aponta pesquisa

A aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece estável, segundo nova rodada da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17). O levantamento mostra que 46% aprovam a gestão e 51% desaprovam, mesmo patamar registrado em agosto.

A avaliação geral do governo também não apresentou mudanças relevantes: 38% classificam a gestão como negativa (39% em agosto) e 31% como positiva (mesmo índice anterior).

Na economia, a melhora na percepção sobre o mercado de trabalho foi o destaque. A fatia dos que afirmam ser mais fácil conseguir emprego cresceu de 34% para 41%, enquanto caiu de 55% para 49% a dos que veem mais dificuldade. A avaliação sobre preços dos alimentos e poder de compra manteve-se estável.

O tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é amplamente rejeitado pelos brasileiros. Para 73%, a medida é equivocada, e 74% acreditam que a taxação de produtos nacionais terá impacto negativo em suas vidas. Já 49% avaliam que Lula e o PT agem de forma correta nesse embate, enquanto 27% dão razão a Bolsonaro e seus aliados.

Programas sociais do governo continuam bem avaliados. Desde março, cresceu de 51% para 65% a proporção dos que consideram iniciativas como Minha Casa Minha Vida, Farmácia Popular e Bolsa Família direitos que não podem ser retirados.

Segundo o fundador e CEO da Quaest, Felipe Nunes, o efeito positivo observado em agosto, puxado pela percepção da queda na inflação dos alimentos, deixou de influenciar os índices. “Embora a maioria continue avaliando negativamente o tarifaço – o que ajuda o presidente Lula no debate – esse efeito foi neutralizado por outros temas domésticos e não gerou ganho extra nas pesquisas”, afirmou.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas presencialmente entre os dias 12 e 14 de setembro, em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Infomoney

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Brasil

STF sai fortalecido após julgamento de Bolsonaro, avalia CEO da Quaest

Foto: Ueslei Marcelino 

Na avaliação do CEO da Quaest, Felipe Nunes, o STF (Supremo Tribunal Federal) saiu fortalecido após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa de golpe de Estado. A análise se dá a partir de dados de pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17).

“Ao fim e ao cabo, a pesquisa cobra preço dos dois lados: Lula vê sua recuperação interrompida e Bolsonaro enfrenta maior rejeição sobre o seu caso na opinião pública. No fim, o único a sair fortalecido é o ministro Alexandre de Moraes”, aponta Nunes.

Segundo o levantamento, cresceu a percepção de que o processo judicial contra o ex-presidente foi imparcial: eram 36% em agosto e agora são 42% os que veem imparcialidade no caso. Por outro lado, caiu de 52% para 47% os que acreditam que houve perseguição ao ex-mandatário.

Após o julgamento, também aumentou o percentual dos que são contra um impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em agosto, 46% defendiam o impeachment, contra 43% que o rejeitavam. Agora, 52% dizem que Moraes não deve ser retirado da Suprema Corte, enquanto 36% defendem sua saída.

A Primeira Turma do STF condenou na última quinta-feira (11) o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, com início em regime fechado, por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Além de Bolsonaro, outros sete aliados do chamado “núcleo crucial” do plano de golpe também foram condenados, com penas que variam de dois a 27 anos de prisão.

CNN

Opinião dos leitores

  1. É o quê! Faz-me rir, essa pesquisa mais parece uma campanha publicitário objetivando dá moral aos ministros do STF, estão mais sujo que puleiro de galinheiro.

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Religião

Obra do Complexo Nossa Senhora de Fátima mobiliza fiéis na zona Norte de Natal

Foto: Magnus Nascimento 

A zona Norte de Natal acompanha com expectativa a evolução das obras do Complexo Turístico Religioso de Nossa Senhora de Fátima, em Pajuçara. A escultura de 35 metros de altura, assentada sobre uma base de 8 metros, começou a ser erguida e já desperta atenção de moradores e visitantes. Orçado em aproximadamente R$ 15 milhões, o projeto é executado pela Prefeitura e prevê transformar o espaço em um polo de fé e turismo, ampliando a oferta religiosa na capital, que hoje tem sua força voltada ao litoral. De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), a obra deve ser entregue até o fim do segundo semestre deste ano.

A iniciativa contempla não apenas a instalação da imagem, criada pelo escultor pernambucano Ranilson Vieira Barbosa, mas também áreas de oração, vitral, réplica da Capelinha das Aparições de Fátima e espaços de apoio. A secretária municipal de Infraestrutura, Shirley Cavalcanti, explicou que a primeira etapa já foi concluída, incluindo a base da escultura, estacionamento, vias de acesso e pavimentação. “As peças já se encontram no local da montagem, e a equipe do artista já está executando os ajustes finais e reforços. Até o fim desse segundo semestre, a estrutura da Santa será entregue”, afirma.

A expectativa da comunidade é de que o monumento ajude a impulsionar a economia e o turismo na região. Para o pároco do santuário, padre João Nascimento, a obra tem significado religioso e social. “A comunidade católica tem ficado muito satisfeita porque se trata de um símbolo da fé católica muito forte, muito presente em todos os lares. Eu costumo sempre dizer que aonde o padre não foi, aonde a freira não foi, aonde a igreja não foi, a imagem de Nossa Senhora vai e evangeliza”, relata. Segundo ele, o projeto se soma à réplica da Capelinha das Aparições, em construção ao lado da paróquia.

Na avaliação do sacerdote, o complexo reforça a vocação de Natal para o turismo religioso ao ampliar a oferta além do tradicional “sol e mar”. Ele ressalta que o visitante que percorre o Caminho dos Mártires e passa pelo Parque das Dunas poderá contemplar tanto a imagem de Nossa Senhora de Fátima quanto a réplica da Capelinha das Aparições, sem precisar viajar até Portugal.

Tribuna do Norte 

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Geral

Ministro de Lula reage a avanço da anistia: “Atenta contra os Poderes”

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Um dos ministros mais próximos do presidente Lula, Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, reagiu ao avanço do projeto de anistia na Câmara dos Deputados.

Em conversa com a coluna do Paulo Cappelli nesta quarta-feira (17), o ministro comparou uma eventual anistia a um atentado contra a harmonia dos Poderes e argumentou que a medida seria inconstitucional.

“Os agentes públicos, financiados com dinheiro público, conspiraram contra a democracia, contra a Constituição e contra a liberdade do povo. Essas pessoas fizeram isso e geraram provas contra elas próprias. Há assim uma vasta comprovação dos atos criminosos praticados”, argumentou Macêdo.

O ministro prosseguiu: “Houve um julgamento, que respeitou o devido processo legal, o amplo direito de defesa, a garantia do contraditório. Foi um julgamento que fortaleceu a democracia brasileira. Então, a anistia é inconstitucional e atenta contra a harmonia entre os Poderes”.

O ministro concluiu citando pesquisas de opinião:

“Uma anistia não é um bom recado para o povo brasileiro, que, em sua maioria, segundo as mais recentes pesquisas, demonstrou ser contra esse projeto e também mostrou sua aprovação ao julgamento conduzido pelo STF”.

Em reunião com líderes de partidos, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), prometeu pautar para esta quarta-feira a votação do requerimento de urgência envolvendo o projeto de lei, capitaneado pela oposição, que busca anistiar Jair Bolsonaro e outros condenados por um suposto golpe de Estado.

Metrópoles – Paulo Cappelli

Opinião dos leitores

  1. Quem é em…..kkkkkkkkkk, será que ele perguntou isso ao nine anistiado em plena ditadura, logo ele, que era X9 do regime.

  2. Isto posto, os cúmplices da quadrilha que hoje comanda o Brasil, cometeram crimes muito mais grave na década de 60 e 70, entretanto, foram todos perdoados e anistiados no ano de 1979. Porque os anistiados de ontem é contra a anistia de hoje?

  3. Muitos almoços muitas reuniões de autoridades nos ultimos dias, tá tudo mastigado.
    No final, nem magnistik nem pessoas presas, o que na minha humilde visão é ótimo.
    Já está passando da hora de pacificar o País.
    Que essas turbulências fiquem para trás.
    Viva o Brasil.
    2026 é logo ali!

  4. Calma ministro!
    Não precisa esperneios.
    Tudo Não passa de teatro.
    Nos bastidores, já está tudo mastigadinho.
    Vc sabe disso meu caro.
    Efeito Donald Trump.
    No fim, todos se salvam, graças a o presidente Norte Americano, Donald Trump.
    Isso é fato.

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Geral

Grupo matou ex-delegado-geral em SP por falha da inteligência da polícia, diz especialista

Foto: Reprodução

O assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz expõe graves deficiências no sistema de inteligência da polícia de São Paulo, segundo análise do ex-secretário nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva. O caso, caracterizado como uma execução, apresenta semelhanças significativas com um episódio anterior ocorrido no aeroporto de Guarulhos (SP).

Silva destaca que o método utilizado na execução sugere possível envolvimento de policiais, considerando a gesticulação e a forma como os disparos foram efetuados. Uma hipótese que, segundo ele, deve estar sendo investigada pelas autoridades.

Falhas na prevenção

O especialista aponta que houve falha no sistema de vigilância e inteligência, que não conseguiu evitar este segundo ataque após o incidente no aeroporto de Guarulhos. “O Estado já perdeu. Perdeu um funcionário público exemplar que estava aposentado, não teria por que ser alvo da ação dessa facção”, afirmou.

A ausência da Polícia Civil em operações importantes também foi criticada por Silva. Ele menciona especificamente uma grande operação realizada na Faria Lima, envolvendo sistemas financeiros e setores mais sofisticados do crime organizado, que contou com a participação do Ministério Público, Polícia Federal e Receita Federal, mas não teve a presença da Polícia Civil.

Silva enfatiza que não basta ser eficiente apenas na investigação posterior aos crimes. “A função principal da Polícia é evitar que as coisas aconteçam”, ressalta, destacando a necessidade de medidas preventivas mais eficazes no combate ao crime organizado.

CNN – William Waack

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Geral

Posição do PT contra a PEC da Blindagem irrita Centrão e gera temor de revide em votação da anistia

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A urgência do projeto que anistia os envolvidos em supostos atos golpistas do 8 de Janeiro e que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro deverá ser colocado em votação hoje pela Câmara. Uma parte dos governistas teme que, pelo fato de o PT não ter apoiado a PEC da Blindagem, a Câmara possa retaliar o governo aprovando a urgência do projeto da anistia. Além disso, há o receio de que isso resvale na Medida Provisória do Setor Elétrico, que reduz a conta de luz, e perde a validade hoje.

Até ontem, antes de o PT orientar o voto contra a PEC da Blindagem, havia uma tendência majoritária entre os partidos do Centrão para barrar a anistia; a ideia era apenas pautar a urgência do projeto de autoria do líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), para que fosse derrubada no plenário. Isso encerraria o debate por um perdão que incluiria Bolsonaro no caso da suposta trama golpista e a recuperação de sua elegibilidade. Depois, então, seria discutido um texto focado em redução de penas, o que também favoreceria o ex-presidente ao reduzir a punição de mais de 27 anos imposta pelo Supremo Tribunal Federal, mas não o livraria da prisão nem da inelegibilidade. Bolsonaristas, no entanto, recusam-se a aprovar uma versão reduzida da anistia.

A avaliação agora é que o PT dificultou a aprovação da PEC, que já enfrentava dificuldades por ser impopular. Momentos antes da votação, um integrante da cúpula do PP disse que os deputados do PT “deveriam ficar de castigo” e ser excluídos da reunião com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), ontem que trataria do destino da anistia e da MP da conta de luz.Por outro lado, outros integrantes do Centrão fizeram uma ressalva que, mesmo com o PT orientando contra a votação, 12 petistas votaram a favor. O governo liberou a bancada para votar como desejar.

Ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que se reuniu com ministros do Centrão pedindo empenho para barrar a anistia, reforçou que PEC, por ser emenda à Constituição não é assunto de governo, uma vez que a proposta não está sujeita sequer a veto presidencial e que os parlamentares interessados conseguiram aprová-la:

— Ao governo interessa debater e votar a agenda do país, a começar pela isenção do IR, a justiça tributária — afirmou Gleisi.

Encontro de Lula

O projeto da anistia e beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro foi tratado como uma afronta ao STF em encontro entre o presidente Lula e os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, da Corte. A conversa ocorreu ontem no Planalto, quando Fachin entregou a Lula o convite de sua posse como presidente do Tribunal. A solenidade será no dia 29.

Ainda durante a visita de Fachin e Moraes a Lula, a anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado foi tratada como inconstitucional. O Planalto busca impedir o avanço da proposta no Congresso. Fachin assumirá o STF para o biênio 2025-2027. Na vice-presidência tomará posse o ministro Alexandre de Moraes.

Maioria é contra

Pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem mostra que aproximadamente quatro a cada dez brasileiros (41%) são contra a possibilidade de anistia para os envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O levantamento aponta ainda que 36% da população são a favor do perdão a todos os envolvidos na trama, incluindo Bolsonaro, enquanto 10% defendem a anistia apenas para os manifestantes do 8 de janeiro de 2023. Não sabem ou não responderam à pesquisa são 13%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, a pesquisa revela que Bolsonaro não encontra espaço na opinião para o debate sobre a anistia.

— Não há clima na sociedade hoje para uma anistia em relação ao ex-presidente. São 51% “não anistia” ao ex-presidente Bolsonaro, somando os 41% que são contra (qualquer anistia) com os 10% que topam anistia apenas para os manifestantes — afirmou.

Por outro lado, outros integrantes do Centrão fizeram uma ressalva que, mesmo com o PT orientando contra a votação, 12 petistas votaram a favor. O governo liberou a bancada para votar como desejar.

Ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que se reuniu com ministros do Centrão pedindo empenho para barrar a anistia, reforçou que PEC, por ser emenda à Constituição não é assunto de governo, uma vez que a proposta não está sujeita sequer a veto presidencial e que os parlamentares interessados conseguiram aprová-la:

— Ao governo interessa debater e votar a agenda do país, a começar pela isenção do IR, a justiça tributária — afirmou Gleisi.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Pesquisa comprada às vésperas da votação, para enganar os bestas. Acredita nessa pesquisa quem quer.

  2. O gado natalense nao vai comentar nada q 100% dos deputados da direita e extrema direita votaram a favor dessa imoralidade?

  3. Na minha opinião essa PEC não tem nada de blindagem, é até uma redundância em relação aos políticos, o problema é que no Brasil atual é necessário mostrar e convencer que a grama é verde e o céu é azul.

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Geral

Cicchetti Midway agora tem a Quarta do Jazz com a cantora Sâmela Ramos

Vídeo: Divulgação

A partir desta quarta-feira, 17, o Cicchetti Midway se transforma no novo ponto de encontro para os amantes de Jazz em Natal, com a Quarta do Jazz. Toda semana, a talentosa Sâmela Ramos, cantora e compositora que tem conquistado a cena musical com sua voz marcante e presença de palco inesquecível, será a responsável por transformar suas noites de quarta-feira em momentos únicos e envolventes.

Com um repertório que explora o melhor do Jazz, Sâmela traz para o Cicchetti uma apresentação repleta de energia, sofisticação e groove. A cada apresentação, Sâmela leva o cliente a uma verdadeira viagem musical, com interpretações autênticas e uma conexão única com a plateia.

Natural de Guarulhos (SP), Sâmela vem se destacando no cenário musical desde 2017, quando começou a explorar projetos autorais e parcerias com músicos renomados. Com 13 anos de vivência em Natal, ela conquistou o carinho do público pela sua expressividade vocal e pela habilidade de criar experiências inesquecíveis no palco.

A Quarta do Jazz é a oportunidade perfeita para você se envolver com o universo do jazz em um ambiente sofisticado, com boa música, pratos incríveis e uma noite repleta de charme e estilo.

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