Política

Eduardo Cunha diz que nem mais 10 ministérios resolveriam os problemas de Dilma com o PMDB

Por Josias de Souza

Num instante em que Dilma Rousseff afirma que não cogita fazer uma reforma ministerial, o peemedebista Eduardo Cunha desdenha: “Se der mais dez ministérios para o PMDB, o problema vai continuar igual”. Segundo o presidente da Câmara, a dificuldade de relacionamento do seu partido com o PT e o governo não decorre da distribuição de cargos, mas da ausência de compartilhamento das decisões.

“O partido gostaria de participar mais, discutindo tudo aquilo que precisa acontecer previamente”, afirmou. “O PMDB nunca participou disso. Ainda por cima teve que acompanhar um processo em que o governo ajudou a patrocinar um partido fictício [O PL, organizado por Gilberto Kassab] com o objetivo de nos enfraquecer.”

Eduardo Cunha fez essas declarações numa  entrevista que concedeu ao diário paranaense ‘Gazeta do Povo’. Falou para um jornal do Paraná porque amanhecerá nesta sexta-feira em Curitiba, capital do Estado. Vai inaugurar na cidade um programa de viagens que o levará às 27 unidades da federação até 2016. Chama-se  ‘Câmara Itinerante’.

No gogó, a iniciativa destina-se a aproximar a pauta do Legislativo dos interesses da sociedade. Na prática, tem potencial para nacionalizar a imagem do principal desafeto de Dilma no Parlamento. Junto com os deputados nativos, Cunha promoverá debates nos Estados. Fará isso numa hora em que Dilma é hostilizada nas ruas e tem dificuldades para colocar em pé um programa que vá além do ajuste nas contas da União.

A caravana de Eduardo Cunha resultará em imagens que serão exibidas na TV Câmara. O cheiro de segundas intenções levou o repórter que o entrevistou, André Gonçalves, a indagar: O senhor deseja ser presidente da República? E ele: “Meu candidato é o Eduardo Paes [prefeito do Rio]. Mas se você quiser que eu seja seu candidato…” Vai reproduzida abaixo a entrevista de Cunha:

— Quual é o significado da demissão de Cid Gomes? É o significado do tamanho dele. Ele veio aqui para ser demitido, não veio para se explicar. Na verdade mesmo, veio para fazer show, teatro.

— Mas a mensagem que ficou para o público em geral foi de que o sr. interferiu na demissão, que foi uma demonstração de força. Se ele veio aqui para ser demitido, como é que eu interferiria nisso? Ele que afrontou mais uma vez o Parlamento. Já tinha afrontado antes. Ao invés de se retratar, continuou insultando o Parlamento. Ou ele saía do governo ou essa Casa ia entrar em confronto com o Executivo. Então, eu não tenho dúvida de que ele veio aqui para sair. Se ele não viesse aqui com esse objetivo, não faria o show que fez.

— Mas o sr. acha que foi um show combinado com a presidente Dilma? Não. Foi combinado talvez com o irmão dele [o ex-deputado, ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes]. Ou com o Tico e o Teco, os neurônios dele. Com a presidente, eu não acredito.

— O sr. acha que a Câmara, como instituição, sai mais forte desse episódio? O fato de que o ministro que agrediu o Parlamento veio aqui se explicar torna a Câmara mais forte. Agora, o que ele falou aqui é consequência da política. Se ele optou por acusar ou afrontar, já sabia que perderia o cargo. Seria até mais forte ele se retratar.

— Não sei se o sr. viu a repercussão da demissão dele, principalmente nas redes sociais, mas se fala que o sr. é o presidente da República. Isso é bobagem, não é por aí.

— Muito se fala que a presidente vai fazer uma reforma ministerial em que daria mais espaço ao PMDB. Isso resolve a situação de afastamento em relação ao PT? Não existe isso. Porque o PMDB não está discutindo espaço no governo. Geralmente, uma parte da opinião pública só tenta fazer valer que o PMDB é um partido fisiológico, que tudo o que acontece no país é uma trama do PMDB para ter mais cargos. Isso não corresponde à realidade. Não estamos atrás de cargos. O partido gostaria de participar mais. É participar discutindo tudo aquilo que precisa acontecer previamente. O PMDB nunca participou disso. Ainda por cima teve que acompanhar um processo em que o governo ajudou a patrocinar um partido fictício [O PL, organizado pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab] com o objetivo de nos enfraquecer. Se der mais dez ministérios para o PMDB, o problema vai continuar igual.

— Mas o que é exatamente esse “participar”? Por exemplo, quando a gente vai discutir o ajuste fiscal, quer saber quais são as medidas iniciais, quer influenciar, quer concordar ou não com elas. Não simplesmente tomar conhecimento pela imprensa e sair depois tendo que falar sobre uma coisa que nem sabe do que se trata. O PMDB não aceita mais isso.

— E tem saída para isso, a presidente aceitaria uma participação assim? A questão é a seguinte: tem que parar de discutir se o PMDB vai ter este ou aquele governo, tem que discutir se o PMDB entra no governo de verdade.

— Passados quatro dias das manifestações, o sr. acha que a presidente aprendeu algo com o que aconteceu? Ela era o alvo, não há dúvida disso. Mas ainda não deu nem missa de sétimo dia dessa história. Tem que esperar um pouco para ver como vai ficar.

— Mas e a reação do governo, como a apresentação do pacote anticorrupção?Hoje o governo enviou o pedido de urgência para dois dos projetos anticorrupção apresentados. Um tramita aqui há dez anos e outro há quatro. De repente descobriu que eles eram urgentes? Isso aí foi uma maneira de dar satisfação. Acho que a tentativa de buscar essa satisfação é justa, correta, mas achar que isso resolve o problema, por que não pediu urgência antes?

— Então o sr. acha que ainda não houve resposta da presidente às manifestações?Eu acho que a resposta não se dá apenas por um gesto, um único ato. A gente está vivendo uma crise política. O que vai resolver é um conjunto de mudanças que atinja a forma geral de se fazer política. Não é mudar o nome do articulador político, é mudar a forma como ela é feita, por exemplo.

— O sr. já se posicionou diversas vezes contrário ao início de um processo de impeachment contra Dilma. O que faria o sr. mudar de ideia? Nesse momento? Só mudaria de opinião se houver um ato praticado por ela, no exercício do atual mandato e que haja uma denúncia do procurador-geral da República por crime de responsabilidade e que alguém proponha à Câmara uma denúncia sobre isso. É o que está na lei. Tem que ser uma ação decorrente do exercício do mandato. Na minha opinião, não tem o que fazer quanto a isso.

— Mas o que o sr. acha da pressão popular pelo impeachment? As pessoas estão achando que impeachment é recurso eleitoral. Não é. Impeachment é uma situação de constrangimento do país, de impedimento do presidente da República. Só aconteceu uma vez na nossa história, por outras razões. Você não pode achar que o Brasil é uma republiqueta que vai trocar presidente de uma hora para outra. O sistema presidencialista leva a isso. Quem votou e se arrependeu tem que esperar quatro anos para mudar o presidente. Assim como aquele que votou em mim e se arrependeu também tem que esperar. É bom para o aprendizado político, para que da próxima vez as pessoas prestem bem atenção em quem vão votar.

— Mudou algo internamente na Câmara depois da divulgação da lista dos políticos que serão investigados pela Lava Jato, que inclui o seu nome? Eu vejo [a pergunta] como algo contraditório. Você primeiro vem aqui e me pergunta se eu fiquei mais forte porque derrubei o ministro. Eu acho que não mudou nada. Até porque eu tive uma postura de espontaneamente apresentar a minha defesa completa. O procurador [Rodrigo Janot] escolheu a quem investigar. E ele me escolheu para investigar. A verdade nua e crua é que ele não tinha base para abrir a investigação contra mim. Eu acho que consegui mostrar à Casa que aquilo foi uma decisão política, com o objetivo de enfraquecer o Parlamento e quem está no seu comando. A mediana das pessoas aqui na Casa entendeu isso.

— Ou seja, para o sr. não houve prejuízo na relação com os deputados por ser um dos investigados? Pelo contrário, eu estou sendo tratado como vítima pelos parlamentares.

— Tem medo que o processo se estenda e que a investigação seja constrangedora para o sr.? Eu já respondi a dois inquéritos e a uma denúncia no Supremo Tribunal Federal na minha carreira. Nos dois inquéritos, um foi de pronto negada a instauração. O outro foi arquivado ao seu fim. E na denúncia, feita sem inquérito, eu fui absolvido por unanimidade. Eu estou habituado com essas coisas. Vou trabalhar e demonstrar a minha inocência. Estou absolutamente tranquilo.

— Há uma data-base para a votação da reforma política? O sr. tem acompanhado o andamento da comissão especial sobre o assunto? Sim, as 40 sessões regimentais. Se está andando direitinho na comissão, é problema deles. Passadas as 40 sessões, eu avoco o projeto para o plenário. Se não tiver uma proposta com mudanças, eu voto a original. Isso é uma decisão política.

— Amadureceu algum ponto em discussão? Eu viajo agora [ontem] para Curitiba, junto com o relator da reforma política [Marcelo Castro (PMDB-PI)] e vou ter oportunidade de saber como está. Eu estou vendo a proposta do Distritão [adoção de voto majoritário para as eleições parlamentares] crescer muito na Casa. Financiamento público não passa aqui.

— Uma última pergunta: o sr. deseja ser presidente da República? Que pergunta… Eu não sei. Não passa pela minha cabeça. Eu trato a política da forma como ela é, usando uma passagem bíblica: para cada dia, a sua agonia. Eu vivo uma agonia de cada vez. Eu sou presidente da Câmara hoje, como já fui líder do PMDB. As coisas que aconteceram para mim, foram acontecendo, com os espaços se abrindo. Eu não faço política hoje pensando no cargo que eu vou disputar amanhã.

— Só fazendo um contraponto: o PMDB já decidiu que terá candidato em 2018.Meu candidato é o Eduardo Paes [prefeito do Rio de Janeiro]. Vai ser, depois da Olimpíada de 2016, um prefeito muito bem avaliado, com um bom ativo para mostrar.

— É ele? Meu candidato é o Eduardo Paes. Mas se você quiser que eu seja seu candidato… [risos].

Opinião dos leitores

  1. Os ratos pulam fora, o PT afundou, quebrou, ferrou, maquiou o Brasil. O proprio PT briga entre si porque nao sabem o que fazer para manter a mamata. Querem o financiamento publico de campanha, porque é mais facil desviar dinheiro publico e ninguem ir preso. Dinheiro publico para o PT que esta no poder é mais facil de usar, afinal nao são eles quem paga a conta… Chega de PT, Lula e Dilma, chega de corrupcao neste país. Chega de alienados e bots pagos para postarem mentiras… e quem paga isso? Estão tentando enganar quem?

  2. O PMDB está afundando o Brasil. Tudo isso porque não querem o fim das doações de empresas para as campanhas. Junto com o PSDB estão fazendo o circo pegar fogo para se safarem, desviar o foco e ganharem tempo.
    As doações de campanha são o único modo "honesto"* de um político enriquecer da noite pro dia. E eles não querem perder essa mamata.
    * honesto porque está dentro da lei, mas essa lei é extremamente desonesta porque rouba do povo o direito de elegerem seus representantes. É uma verdadeira aberração colocada por corruptos para se beneficiarem sem serem incomodados.

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Familiares de presos pelo 8/1 cogitam greve de fome para pressionar Hugo Motta por anistia

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Familiares dos presos pelos atos criminosos de 8 de janeiro começaram a procurar parlamentares bolsonaristas com uma estratégia que estão chamando de “solução Glauber Braga” para pressionar pela aprovação do Projeto de Lei (PL) da Anistia.

A ideia é que parentes, juntamente com parlamentares, iniciem uma greve de fome dentro do Congresso Nacional, com o objetivo de pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar, em regime de urgência, o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelo suposto plano de golpe de Estado.

Eles estão motivados pelo fato de que, na última quinta-feira (17), Hugo cedeu à greve de fome de nove dias do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).

O presidente da Câmara prometeu não pautar, por 60 dias, a análise em plenário da decisão do Conselho de Ética que, por maioria, votou pela cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro — Glauber expulsou a chutes e xingamentos, de dentro do Câmara, um militante do MBL em 2024.

O parlamentar com quem conversei ainda não tomou uma decisão sobre o assunto. Ele me disse que, a princípio, ficou um pouco surpreso, mas depois admitiu que se trata de uma reivindicação dos familiares “que faz todo sentido”.

O parlamentar com quem eu conversei ainda não tomou uma decisão sobre o assunto. Mas me disse que, primeiro, ficou um pouco surpreso, mas depois, admitiu, é uma reivindicação dos familiares “que faz todo sentido”.

CNN Brasil – Débora Bergamasco

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Casa Branca declara que ‘vazamento de laboratório’ da China é a verdadeira origem da Covid-19

Foto: Governo Americano

Sob o governo de Donald Trump, a Casa Branca defende a teoria de que o Sars-CoV-2, causador da Covid-19, é um patógeno artificial que vazou de um laboratório de doenças infecciosas em Wuhan, na China. A página onde está publicada a teoria antes era dedicada a informações de saúde e reacende um longo debate sobre as origens da pandemia.

O novo site é intitulado de “Lab Leak – The True Origins of Covid-19” ou “Vazamento do laboratório — a verdadeira origem da Covid-19”, em tradução livre. Entre as evidências apontadas pelo página estão: “o vírus “possui uma característica biológica que não é encontrada na natureza”; “Wuhan abriga o principal laboratório de pesquisa sobre Sars da China, que tem um histórico de conduzir pesquisas de ganho de função (alteração genética e sobrecarga de organismos) em níveis de biossegurança inadequados”, e que “se houvesse evidências de uma origem natural, elas já teriam surgido”.

A página também acusa o infectologista Anthony Fauci, que se tornou um dos principais nomes na luta contra a Covid-19 nos EUA, de se basear em um só estudo para “ocultar” outras versões.

Anteriormente, os Estados Unidos sustentavam a hipótese de que a Covid-19 surgiu da passagem de um vírus de um animal para humanos, e que o surto inicial se concentrou no mercado de municipal de Wuhan, na China. Essa hipótese é apoiada por muitos cientistas após uma série de descobertas. Isso inclui evidências que potencialmente ligam o coronavírus a cães-guaxinins no mercado de Hunan; que os primeiros casos estavam concentrados no mercado; e que evidências genéticas sugerem que o vírus só surgiu no final de 2019.

O Globo

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Velório e sepultamento de Bertone Marinho serão restritos aos familiares

Foto: reprodução

O velório e o sepultamento do ex-vereador de Natal e advogado Bertone Marinho serão restritos aos familiares. A informação foi confirmada pela família à jornalista Eliana Lima.

A família de Bertone expressou gratidão às mensagens de carinho recebidas: “Agradecemos, de coração, todas as mensagens de carinho e solidariedade recebidas neste momento de dor. Em um gesto de cuidado com nossos sentimentos e em busca de serenidade, escolhemos viver as despedidas de Bertone de forma reservada, restrita ao seio familiar. A compreensão e o respeito de todos são, para nós, profundamente reconfortantes”.

Bertone faleceu na manhã desta sexta-feira (18), aos 41 anos. A causa da morte não foi informada. Ele foi vereador em Natal entre os anos de 2012 e 2016, ao final do mantado, decidiu por não tentar a reeleição e buscou se dedicar a advocacia. Bertone era filho dos ex-prefeitos de Canguaretama Jurady Marinho e Fátima Marinho, e irmão da ex-deputada estadual Gesane Marinho. Ele deixa dois filhos pequenos.

Com informações de BZNotícias

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Mais de 335 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O número de pessoas vivendo em situação de rua em todo o Brasil registradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal, em março deste ano, chegou a 335.151. Se comparado ao registrado em dezembro de 2024, quando havia 327.925 pessoas nessa situação, houve um aumento de 0,37% no primeiro trimestre deste ano.

Os dados são do informe técnico de abril do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (OBPopRua/Polos da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG), divulgados na segunda-feira (14). O estudo foi feito com base nos dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) sobre o CadÚnico.

O número apurado em março é 14,6 vezes superior ao registrado em dezembro de 2013, quando havia 22,9 mil pessoas vivendo nas ruas no país.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome informou que retomou, em 2023, as capacitações para entrevistadores e operadores do cadastro único, fortalecendo a atuação dos municípios na coleta de dados. A pasta também destacou a subnotificação e a inconsistência dos dados anteriores, devido ao enfraquecimento da atualização cadastral na gestão anterior (2019-2022).

No Brasil, o relatório demonstra que o CadÚnico registrou em março de 2025:

  •       9.933 crianças e adolescentes em situação de rua (3%);
  •       294.467 pessoas em situação de rua na faixa etária de 18 a 59 anos (88%);
  •       30.751 idosos em situação de rua (9%);
  •       84% são pessoas do sexo masculino.

Em relação à renda, 81% (272.069) das pessoas em situação de rua sobrevivem com até R$ 109 por mês, correspondente a 7,18% do salário mínimo, hoje R$ 1.518.

Mais da metade (52%) das pessoas em situação de rua no país não terminaram o ensino fundamental ou não têm instrução, a maioria é de pessoas negras. Esse percentual é mais que o dobro do total da população brasileira que não completou a escolaridade básica ou em condição de analfabetismo, de 24%, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A baixa escolaridade dificulta o acesso das pessoas às oportunidades de trabalho geradas nas cidades, sugere a pesquisa.

Onde vivem

A Região Sudeste concentra 63% da população em situação de rua do país, o equivalente a 208.791 pessoas. Em seguida, figura a Região Nordeste, onde 48.374 pessoas (14%) estão em situação de rua. Na Região Sul, são 42.367 (13%), na Região Centro-Oeste, 19.037 (6%), e na Região Norte, 16.582 (4%) indivíduos estão nesta condição de vulnerabilidade social.

A análise revela que quatro em cada dez pessoas que vivem na rua no Brasil se encontram no estado de São Paulo (42,82% do total da população em situação de rua). O segundo estado é o Rio de Janeiro com 30.997 pessoas em situação de rua ou 10%, sucedido por Minas Gerais, com 30.355 pessoas.

Em números absolutos, as cinco capitais com as maiores populações em situação de rua são:

  • São Paulo, com 96.220 pessoas;
  • Rio de Janeiro, 21.764;
  • Belo Horizonte, 14.454;
  • Fortaleza, 10.045;
  • Salvador, 10.025;
  • e Brasília, 8.591.

Agência Brasil

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Geral

Dono de churrascaria é morto dentro do próprio estabelecimento em São José de Mipibu

Foto: Maurício Teixeira/TV Ponta Negra

O dono de uma churrascaria foi morto na madrugada desta sexta-feira (18) no quarto em que morava dentro do próprio estabelecimento em São José de Mipibu, na Grande Natal. A vítima foi identificada como Nilson Winter – a idade não havia sido confirmada.

O caso aconteceu no distrito de Taborda. Uma pessoa próxima à vítima, que preferiu não se identificar, disse que o corpo foi encontrado amarrado e com manchas de sangue por todo o quarto.

“Ele estava no chão, enrolado, com a cabeça enrolada, como se fosse enforcamento. E também como se tivessem sido facadas, algo assim”, disse.

O corpo foi encontrado por funcionários pela manhã. Uma delas tentou contato sucessivas vezes por telefone com a vítima, mas não teve retorno. O dono da churrascaria morava no estabelecimento com o neto, que é menor de idade, e estava sob os cuidados do avô.

Uma das portas dos fundos do estabelecimento estava arrombada. Para os funcionários do local, o criminoso teria acessado a churrascaria por esse trecho. Ainda não havia confirmação se o crime foi cometido por uma ou mais pessoas.

“Ele sempre tinha suas discussões com o povo, mas discussões sem maldade. Mas ninguém sabia [de algo a mais que isso]. Aí ontem aconteceu isso”, disse uma pessoa próxima à vítima.

A Polícia Militar foi acionada e a Polícia Civil também esteve na churrascaria para iniciar a investigação do crime, assim como o Instituto Técnico-Cientifico de Perícia (Itep), que realizou a análise no quarto do crime e fica responsável pela necropsia.

g1-RN

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Bolsonaro agradece mensagens de apoio após uma semana internado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu nesta sexta-feira (18) congressistas norte-americanos, parlamentares europeus e ministros das Relações Exteriores que o desejaram pronta recuperação e enviaram mensagens de apoio enquanto se recupera de uma cirurgia. “São gestos que não esquecerei”.

“Em momentos assim, o corpo precisa parar, mas o espírito se renova e se fortalece. Cada oração, cada mensagem, cada gesto de amizade reacende a chama da esperança e lembra da missão que temos pela frente. Há pausas que não interrompem, apenas nos preparam”, escreveu Bolsonaro. Ele completou uma semana internado nesta sexta.

Segundo o boletim médico publicado nesta sexta-feira (18), Bolsonaro está sem dor e sem intercorrências. Ele realizou tomografias de controle que não indicaram nenhuma complicação em decorrência da cirurgia. O ex-presidente continua em jejum oral, alimentando-se exclusivamente por sonda desde a cirurgia.

Poder 360

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Geral

Morre o ex-vereador Bertone Marinho

Faleceu na manhã desta sexta-feira (18), em sua residência, o ex-vereador da cidade do Natal, Bertone Marinho, aos 41 anos. A notícia pegou de surpresa familiares, amigos e a comunidade política da capital potiguar.

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento.

Bertone Marinho deixa dois filhos um legado de atuação pública e de serviços prestados à cidade.

Nossos sentimentos aos familiares e amigos.

Com informações de Rodrigo Loureiro

Opinião dos leitores

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Geral

Bolsonaro segue em UTI cinco dias após cirurgia e tem ‘boa evolução clínica’, diz boletim médico

Foto: Reprodução/Redes sociais

O ex-presidente Jair Bolsonaro segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, informou o boletim médico desta sexta-feira (18). De acordo com os médicos que o acompanham, ele mantém “boa evolução clínica, sem dor e sem outras intercorrências”.

“O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Mantém boa evolução clínica, sem dor e sem outras intercorrências. Apresenta também melhora dos exames laboratoriais. Segue em jejum oral, com nutrição parenteral exclusiva. Hoje, continuará o programa de fisioterapia motora (caminhada fora do leito) e respiratória. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI”, diz o texto.

Em publicação nas redes sociais, Bolsonaro agradeceu as manifestações de apoio que tem recebido, inclusive de “ex-presidentes de países aliados”, “ministros das relações exteriores” e parlamentares dos Estados Unidos. Ele, contudo, não cita nomes.

“Os últimos dias têm exigido de mim silêncio, paciência e dedicação total à recuperação. Mesmo na UTI, sigo firme, amparado por uma equipe médica extremamente dedicada, pela minha família e pelas orações de milhares de brasileiros”, disse ele na mensagem.

O Globo

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Opinião

MARIO SABINO: A peruana vítima da Lava Jato é bem-vinda ao valhacouto de corruptos

Lula, Nadine Heredia e Ollanta Humala | Foto: Ricardo Stuckert

Mario Sabino – Metrópoles

Jornalistas que ajudaram a enterrar a Lava Jato, como se os procuradores e os juízes da operação anticorrupção tivessem ferido de morte o Estado de Direito, agora se escandalizam porque uma das personagens atingidas pela Lava Jato no exterior recebeu asilo do governo Lula.

Eles dizem que não há justificativa para que a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia tenha sido acolhida no Brasil depois de ter sido sentenciada a 15 anos de prisão, assim como o maridão, o ex-presidente Ollanta Humula, que está em cana.

Ambos foram condenados por ter levado uma bola de US$ 3 milhões da Odebrecht para financiar a campanha eleitoral que levou o gajo à presidência do Peru, em 2011.

Nadine Heredia refugiou-se na embaixada brasileira em Lima, alegando perseguição política e a necessidade urgente de tratar um câncer, e escapou para cá, em avião da FAB, com a ligeireza de um delivery de ceviche.

Os seus advogados brasileiros, um deles pertencente àquele intrépido clube do charuto e do vinho conhecido por Prerrogativas, afirmam que Nadine Heredia foi injustiçada pelos promotores e juízes peruanos da mesma forma que os condenados pela Lava Jato o foram pelos procuradores e juízes brasileiros.

É claro que colou, e eu não entendo, juro, qual é a surpresa dos meus colegas jornalistas. Para mim, é lógico que, se colocamos os condenados brasileiros pela Lava Jato na rua, e um deles na Presidência da República, também garantamos liberdade a condenados estrangeiros que foram pegos pela operação nos seus países.

A Lava Jato não era uma “organização criminosa”, como gosta de apregoar por aí o decano do STF e aquele outro integrante do tribunal que não gosta da Transparência Internacional? A Odebrecht e outras empreiteiras não eram dirigidas por gente proba que foi torturada pelos fascistas de Curitiba? O nosso Lula também não foi vítima desse gente horrorosa? Pois então. Venham a nós as criancinhas colhidas pelos tentáculos internacionais da quadrilha.

Ademais, precisamos fazer valer a antiga tradição de sermos valhacouto de corruptos (tivemos até um paraguaio), ladrões (tivemos até um inglês), traficantes (temos até um búlgaro), terroristas (tivemos até um italiano) e assassinos (o mesmo italiano). Acusados de o serem, quer dizer.

A Lava Jato vigarista também ameaçava o nosso belo histórico de terra da eterna presunção de inocência. Já não ameaça mais, ainda bem, com a graça de Deus e a elegância do STF. Bem-vinda, Nadine Heredia.

Opinião dos leitores

  1. Quem deu o tiro mortal na “lava jato” foi Bolsonaro, quando demitiu Moro, aliou-se ao centrão e deu uma declaração pública dizendo:
    – Eu matei a lava jato porque no meu governo não corrupção.

  2. O Luladrão mandou o avião da FAB pra trazer a ladrona e se juntar a quadrilha…bandido defende bandido

  3. FOI EXATAMENTE POR ISSO QUE APERTEI O 13 COM FORÇA. GOSTO É DE INCOMPETÊNCIA, CORRUPÇÃO E OS CANALHAS SAQUEANDO O BRASIL. SÓ LEMBRANDO, O PAULO GUEDES NÃO AMARRA A CHUTEIRA DO HADDAD. O BOZO ESTAVA AFUNDANDO O BRASIL. O LULA NÃO VOLTOU A CENA DO CRIME. QUE CRIME? NÃO EXISTIU CRIME. CRIME SÓ NO PERU, EUA, ETC. AQUI, LULA FOI PRESO INJUSTAMENTE. É TANTO QUE HOJE É O NOSSO PRESIDENTE, TOTALMENTE ABSOLVIDO PELA NOSSA RESPEITADA JUSTIÇA.

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Geral

Três policiais morrem após viatura da PRF colidir com carro de passeio durante perseguição a motociclistas no RJ

Foto: Evandro Cardodo/TV Globo

Três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) morreram após uma viatura da corporação colidir com um carro de passeio durante uma perseguição a motociclistas na Avenida Brasil, altura de Vigário Geral, Zona Norte do Rio, na madrugada desta sexta-feira (18).

Segundo testemunhas, a viatura seguia dois motociclistas sem capacete que fugiram de uma blitz e, durante a ação, os veículos acessaram a pista lateral da via. Por conta das ondulações no asfalto, a viatura “saltou” diversas vezes e bateu no carro de passeio. Os motociclistas que eram perseguidos pela viatura fugiram.

Em seguida, os dois veículos foram arremessados para uma rua lateral, batendo em postes diferentes.

Com o impacto, os quatro agentes que estavam na viatura foram arremessados para fora do carro. O sobrevivente foi encaminhado ao Hospital Getúlio Vargas. Ele foi atendido pela equipe multidisciplinar e recebeu alta nesta manhã.

O veículo de passeio vinha de Parada de Lucas e tinha três ocupantes, mas apenas o motorista foi arremessado. Ele, a mulher e a filha de 2 anos tiveram ferimentos leves.

Carro de passeio que foi atingido por viatura na Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução/TV Globo

“A gente só viu uma moto vindo muito rápido, com um cara sem capacete. Nessa, a gente sentiu o impacto no nosso carro. A viatura bateu atrás do nosso carro. A gente só viu uma perseguição, que foi a moto passando muito rápido, o cara sem capacete nenhum, e o impacto atrás do carro”, falou a empresária Maria José dos Santos, que estava no carro de passeio.

Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil foram acionadas e estiveram no local.

A perícia foi acionada. O caso foi registrado na 38ª DP (Brás de Pina). Os agentes buscam imagens de câmeras de segurança da região e realizam diligências para apurar os fatos.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, divulgou uma nota lamentando o ocorrido e destacando que os policiais estavam “empenhados em garantir a segurança nas rodovias federais durante o feriado”.

A PRF também divulgou uma nota de pesar e decretou luto oficial de três dias no âmbito da instituição.

g1

Opinião dos leitores

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