Por UOL
Alvo de críticas de senadores investigados pela operação Lava Jato, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Rodrigo Janot corre o risco de ser o primeiro indicado ao cargo de Procurador-Geral da República a ter sua indicação rejeitada pela Casa desde 1988. A eleição para a lista tríplice com nomes de candidatos a ocupar a PGR (Procuradoria-Geral da República) ocorre nesta quarta-feira (5).
Janot disputa o mais alto cargo do Ministério Público Federal com outros três candidatos: Carlos Frederico Santos, Raquel Dodge e Mário Bonsaglia. No posto desde 2013, Janot é tido como favorito para liderar a lista tríplice que será enviada à Presidência da República. Junto com o favoritismo vêm as críticas de políticos e colegas de trabalho por, entre outras coisas, a forma como conduz a operação Lava Jato.
A eleição para a PGR passa por quatro fases. A primeira é uma votação direta feita entre os próprios procuradores. A eleição é coordenada pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores Federais) e, ao todo, 1.240 procuradores estão aptos a votar. Desse processo sai uma lista com os três mais votados. Os nomes que integrarão a lista tríplice deverão ser conhecidos no início da noite desta sexta-feira.
A segunda fase é a indicação feita pela Presidência da República. Em tese, a presidente pode indicar qualquer um dos três mais votados, mas desde que assumiu, Dilma vem indicando o candidato com o maior número de votos.
A terceira fase é a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Para ser aprovada nesta fase, a indicação precisa ter o voto favorável da maioria simples dos integrantes da comissão. A CCJ é composta por 54 membros: 27 titulares e 27 suplentes. Nove dos 54 integrantes da comissão estão sob investigação no ao STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeitas de envolvimento no esquema da Lava Jato: Humberto Costa (PT-PE), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindberg Farias (PT-RJ), Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO), Edison Lobão (PMDB-MA), Antônio Anastasia (PSDB-MG), Ciro Nogueira (PP-PI) e Benedito de Lira (PP-AL).
A quarta e última etapa é a votação da indicação no Plenário do Senado. Nesta fase, o indicado precisa ter o voto favorável de pelo menos 41 dos 81 senadores.
Rejeição no Senado seria inédita
Desde 1988, quando a aprovação pelo Senado do nome do procurador-geral da República foi reinstituída, ninguém foi “reprovado” nesta fase. Entre os que chegaram mais perto da reprovação estão: Aristides Junqueira (47 votos favoráveis em 1989), Cláudio Fonteles (52 votos favoráveis em 2003) e Antônio Fernando de Souza (53 votos em 2007). Quando o critério é a quantidade de votos contrários, o “campeão” da rejeição é o ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro, que recebeu 18 votos contrários em 2001.
Antes da redemocratização, a escolha do procurador-geral da República cabia exclusivamente ao presidente da República, como se fosse um ministério.
As polêmicas envolvendo Rodrigo Janot e o Senado começaram no início deste ano quando a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a abertura de inquérito contra 12 senadores, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros e o ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL).
As críticas aumentaram no dia 14 de julho quando a PF deflagrou mais uma fase da operação Lava Jato que levou ao cumprimento de mandados de busca e apreensão em escritórios e residências de políticos, entre eles, Collor, que acusou Janot de o ter “humilhado” e “constrangido”.
Ações como a que atingiu Fernando Collor foram criticadas por um de seus principais opositores na disputa por um lugar na lista tríplice, Carlos Frederico Santos. Em entrevista ao UOL, o procurador criticou o que classificou como o uso de “efeitos midiáticos” da operação Lava Jato.
A tensão entre Janot e o Parlamento subiu ainda mais dois dias depois, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusou Janot de obrigar o consultor Júlio Camargo, um dos delatores da operação Lava Jato, a mentir para o incriminar. Camargo afirmou em depoimento à Justiça Federal que pagou US$ 5 milhões em propina a Cunha.
“O delator foi obrigado a mentir”, disse Cunha. Apesar de votar, Cunha, que é próximo a Renan Calheiros, é visto com um dos principais opositores de Janot.
Como se a gente não soubesse como funciona a polícia e o judiciário brasileiro..kkkkkkkkk
Delação premiada não se baseia apenas na palavra do delator. A apresentação de provas é a parte principal da delação. Portanto, comentários que tentam vincular a delação a preferências partidárias não tem sentido e demonstram ignorância sobre o assunto. O delator apresenta provas para ajudar a justiça a esclarecer fatos pelos quais, sem a delação, o delator pagaria sozinho pelo crime. Assim, aguardem que ainda vem muita coisa por aí.
Petista é assim mesmo, cometem a maior corrupção que o país tem notícia e fica colocando nomes que nem sequer constam das investigações. Desde quando Aécio, FHC, Maria Preá, João perna torta está nas investigações? Pelo menos foram citados?
Os petista ficam criando factoides para tentar encobrir a vergonha que produziram em 12 anos de governo. Lançam mentiras no ar para desviar atenção, mas a corrupção é tão grande que a cada dia são anunciadas novos desvios e o jogo de cena criado insistentemente pelo PT perde o foco e vira piada atrás de piada.
Esse Kerginaldo personifica bem essa característica petista, deve ser mais um necessitado do PT.
Os delatores só são obrigados a "mentir" quando os acusados são o Cunha, o Aécio, o Anastasia, etc, etc, etc….kkkkkkkkkkkkkkk
Quando são os petistas…
Os acusados por Janot podem votar?